Mosteiro e Colégio dos Congregados / Congregação de São Filipe de Néri

IPA.00001149
Portugal, Braga, Braga, União das freguesias de Braga (São José de São Lázaro e São João do Souto)
 
Arquitectura religiosa, barroca, rococó e neoclássica. Edifício de planta rectangular, composta por igreja e convento adossado lateralmente. Igreja de planta longitudinal, de nave única, com fachada principal em cantaria, ritmada por pilastras e largas cornijas recortadas a dividir os registos, flanqueada por torres sineiras. Interior com coro-alto assente em arco de cantaria, nave ritmada por pilastras, com cobertura em abóbada de berço de cantaria e pavimento de mármore e madeira, com capelas retabulares neoclássicas, arco triunfal de volta perfeita, capela-mor com pavimento de mármore e cobertura em abóbada de estucada. Retábulo-mor rococó em talha dourada e policromada com marmoreados. Edifício conventual, de planta rectangular, definindo interiormente claustro quadrangular, com fachada principal ritmada por pilastras, que definem módulos verticais onde se abrem vãos alinhados com grossas molduras de cantaria, demarcando-se o pano central todo em cantaria, onde se abre o portal principal. Interior com capela de Nossa Senhora Aparecida com decoração de pilastras com capitéis galbados, medalhões de concheados, arcos almofadados, cuja decoração se prolonga para cúpula elíptica. Toda a decoração da fachada principal repete-se no interior, sendo tratada como se fosse um trabalho de talha. Todo o interior da igreja em cantaria revela-se um óptimo trabalho de arquitectura, em que as pilastras, nichos e esculturas atingem um alto nível técnico. O altar-mor, embora tardio, é de excelente qualidade, assim como os altares de Nossa Senhora das Dores e de Santo António. A pequena capela de Nossa Senhora da Aparecida ou dos Monges é coberta por cúpula, cuja decoração em cantaria existente nas paredes se prolonga para a cúpula através das trompas e pedras de fecho dos arcos, dando ilusão de uma grande dimensão que o espaço na verdade não tem.
Número IPA Antigo: PT010303420046
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Congregação do Oratório - Oratorianos

Descrição

Planta rectangular composta por igreja e convento adossado lateralmente, a E.. Volumes escalonados, de dominante horizontal, quebrada pelo verticalismo das torres sineiras, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas e coruchéu coroado por urna nas torres. IGREJA de planta longitudinal, com nave única e capela-mor rectangulares em eixo e torres sineiras quadrangulares adossadas lateralmente à fachada principal. Fachada principal virada a N., em cantaria, flanqueada por torres sineiras, rematada em empena contracurvada e cruz sobre acrotério ao centro, ritmada por possantes pilastras sobrepujadas por urnas, definindo três panos verticais, e horizontalmente dividida por cornijas salientes e recortadas, em dois registos. No primeiro registo, e no pano central, portal de verga e moldura recortada coroado por friso e cornija quebrada, sobrepujado por janelão de moldura recortada, ladeado por dois idênticos menores. No segundo registo, e no painel central, janelão de remate trilobado ladeado por dois nichos que albergam as imagens de pedra de São Filipe Néri e São Martinho de Dume. Torres sineiras definidas por pilastras, coroadas por pináculos, com acesso interior e três registos, o primeiro rasgado por dois janelões em eixo, o segundo com relógio coroado por cornija quebrada e o último com quatro sineiras, em arco de volta perfeita, rematadas por platibanda, com pináculos nos ângulos. Fachada posterior a S., em empena, com cruz sobre acrotério e pináculos nos extremos. INTERIOR: Coro-alto sobre arco abatido, com cartela ao centro, assente em modilhões, com balaustrada de madeira e portas laterais de acesso. Sub-coro com silhar de azulejos policromos a verde e branco definindo desenhos geométricos e duas pias de água benta a ladear guarda-vento de madeira com pintura polícroma. Nave com cobertura em falsa abóbada de berço forrada a corticite, assente em cornija saliente e pavimento em mármore e madeira. Paredes laterais ritmadas por pilastras coríntias, com dois registos marcados por duplas cornijas, com órgão de tubos em talha dourada e policromada com marmoreados a verde amarelo e vermelho, junto ao coro-alto, oito capelas laterais retabalares de arco pleno, assentes em pilastras toscanas, com retábulos de talha dourada e polícroma a branco, de planta recta, de um só eixo, com decoração de volutas, acantos, grinaldas e anjos, sendo no lado do Evangelho de invocação de São Bento, São José, Sagrado Coração de Jesus e Cristo Crucificado e no da Epístola de Santo António, Santo Amaro, Santa Ana e a Virgem e Nossa Senhora das Dores e dois púlpitos quadrados, confrontantes, com base de pedra sobre mísula e guardas vazadas com balaustrada de madeira. Arco triunfal pleno, com aduelas almofadas, marcadas por motivo decorativo, sobre pilastras coríntias sobrepostas, ladeado por quatro nichos concheados, em eixo, de arco pleno sobre pilastras dóricas, albergando as imagens de pedra de Abraão e David, do lado do Evangelho e Isaac e Jacob, do da Epístola. Capela-mor sobreelevada a que se acede por dois degraus de pedra, com pavimento de mármore e cobertura em abóbada de berço estucada e pintada, decorada com motivos vegetalistas. Paredes laterais com lambril de mámore e superiormente estucada e pintada de verde e branco com motivos em losango, ritmada por pilastras coríntias, com dois registos marcados por cornija dupla, entre friso denteado. São rasgadas por duas portas encimadas por dois janelões rectangulares, sobrepostos. Retábulo-mor de talha dourada e polícroma com marmoreados a verde, azul e rosa, de planta recta, de um só eixo, rematado por frontão curvo interrompido, sobrepujado por espaldar ladeando por anjos. Tribuna recortada, enquadrado por dois pares de colunas coríntias, com fustes estriados. No banco, sacrário enquadrado por par de colunas espiraladas. CONVENTO, de planta rectangular definindo interiormente claustro quadrangular com chafariz central. Edifício de três pisos com fachadas rebocadas e pintadas de branco. Fachada principal ritmada por pilastras colossais, desenvolvendo cinco módulos verticais. Pano central em cantaria, rematado por de frontão contracurvado, mais elevado, com o brasão dos Oratorianos na base, enquadrado no primeiro piso, por colunas dóricas e aletas, que emolduram o portal principal de verga recta, decorado com caneluras e no segundo por pilastras jónicas que definem arco ultrapassado, onde se rasga janela de sacada sobre possantes mísulas, rematada por cornija recta e encimada por janela em arco abatido de guilhotina. Panos laterais, rasgados por janelas de moldura recortada, sendo as do primeiro piso de verga recta e dois batentes e as dos superiores em arco abatido e de guilhotina. No segundo piso, janelas encimadas por cornija quebrada, sendo as das extremidades de sacada. No gaveto, delimitando a fachada conventual, largo cunhal em cantaria onde se rasgam dois conjuntos de três janelas, sobrepostas e dissemelhantes, com decoração de concheados, volutas e acantos. CLAUSTRO com arcaria ritmada por pilastras toscanas, tendo o piso superior vãos constituídos por janela de sacada ladeada por quatro janelas rectangulares, organizados simétricamente. Ao centro, fonte com tanque quadrilobado, com taça central por onde jorra a água.INTERIOR com átrio com lambril de azulejos estampilhados, amarelos, azuis e brancos, com portas laterais de acesso ao piso superior e frontal de passagem para o claustro e espaços adstritos à Irmandade, com relevância para uma pequena capela denominada de oratório dos Monges ou de Nossa Senhora da Aparecida, com decoração em cantaria, com cobertura em abóbada de arestas, com cúpula elíptica, ao centro, com registo demarcado por cornijas, rasgado por óculos, moldurados, com demarcação no fecho, prolongando-se para a cornija que delimita o fecho da cúpula, pintado com rosetão. Entre os óculos, pilastras coríntias que se ligam a trompas. Paredes da capela decoradas com medalhões com concheados e pilastras de capitel galbado, que sustentam arcos almofadados, cujas pedras de fecho se prolongam para a cúpula. Na parede testeira retábulo de talha dourada, albergando a imagem de Nossa Senhora da Aparecida.

Acessos

São José de São Lázaro, Avenida Central; Rua Dr. Cândido Novais Sousa

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 45/93, DR, I Série-B, nº 280 de 30 de novembro 1993 *1

Enquadramento

Urbano, adossado em banda, no extremo O., numa das principais avenidas da cidade, fazendo esquina para a R. D. João de Novais *2. A fachada principal abre-se aos espaços ajardinados da avenida, onde sobressaiem algumas tílias centenárias.

Descrição Complementar

TALHA: Retábulo de Nossa Senhora da Aparecida, de planta recta, de um só eixo, rematado por fragmentos de cornija recortada, com cartela ao centro e tribuna ovalada, percorrida por elemento fitomórfico, ladeada por largos acantos e concheados. Altar em forma de urna. ÓRGÃO: Planta trapezoidal, rematado por cornija com decorações de elementos fitomórficos, com três castelos, com o central mais elevado, de disposição convexa e os laterais em meia cana.. Na base dos castelos surjem flautas de palhetaria em leque, com carrancas na base. Os nichos apresentam gelosias em cortina. Consola com teclado e registos em janela. Coreto protegido por balaustrada, com a parte central proeminente, assente em três mísulas com decoração de acantos.

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Educativa: escola superior

Propriedade

Pública: Universidade do Minho / Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Arquitectos: André Soares (atribuído o risco da fachada da igreja e janelas do cunhal do convento, capela dos Monges ou de Nossa Senhora da Aparecida e retábulo de Nossa Senhora das Dores), Alberto da Silva Bessa (projecto da torre sineira da direita); Entalhadores: Marceliano de Araúlo (retábulo de Santo António), Pe. Martinho Pereira (imagem de Nossa Senhora das Dores), João Evangelista Araújo Vieira (imagem do Sagrado Coração de Jesus); Escultores: A. Nogueira, (esculturas de São Filipe de Néri e São Martinho de Dume); Pedreiros: Pedro Vidal (obra da fachada principal da igreja), Manuel Fernandes da Silva, António Correia.

Cronologia

Séc. 17, meados - João de Meira Carrilho, influente Cónego de Braga, desejando aplicar parte da sua avultada fortuna numa obra pia que fosse do maior agrado de Deus, convidou a Congregação do Oratório a instalar-se na cidade; 1686, 13 Fevereiro - os padres José do Valle e Francisco Rodrigues, enviados para Braga pelo Superior da Congregação do Oratório em Portugal, com o objectivo de fundarem na cidade uma casa daquela Ordem, receberam autorização do arcebispo D. Luis de Sousa; 1686, 13 Julho - morre o Padre Francisco Rodrigues sendo sepultado na Sé; 1686, Outubro - chegaram de Lisboa os Padres da Congregação Manuel de Vasconcelos e Manuel Barbosa; 1687, 2 Maio - os Padres da Congregação compraram umas casas e quintal no Campo de Sant'Ana; 1688, Fevereiro - a Câmara deu licença à Congregação para que escolhesse o sítio onde pretendia fundar um Convento; 1689, 16 Outubro - os padres começam a construir uma pequena capela, para onde se transferem futuramente; o Arcebispo de Braga, D. Luís de Sousa dá licença ao Padre José do Valle para benzer o oratório e para nele serem celebrados os ofícios divinos; 1690, 13 Setembro - o Papa Alexandre VIII assina em Roma o Breve "Ad instar pastoralis" aprovando e confirmando a construção e constituição da Casa do Oratório em Braga; 1702, 25 Outubro - dada a exiguidade da capela "para receber o numeroso concurso da gente" D. João de Sousa publica uma provisão autorizando a recolha de esmolas pelo Arcebispado destinadas à construção da Igreja da Congregação, dando à sua conta a importância de 100 mil réis; 1703 - o mestre pedreiro " arquitecto" Manuel Fernandes da Silva dá início aos trabalhos de construção; 1704 - o novo Arcebispo, D. Rodrigo de Moura Teles, publicou uma provisão semelhante à do seu antecessor; 1717, 27 Outubro - "quando estavam terminadas a capela-mor e os dois lados do corpo da Igreja até ao púlpito, ficando já dois altares de cada lado" o Bispo Titular de Uranópolis, Coadjutor do Arcebispo de Braga, benzeu a Igreja dos Congregados e nela celebrou um solene Pontificial; 1723, Setembro - obra de pedraria do mestre António Correia; 1738 - início da construção da ala residencial dos padres; 1741 - veio a Braga um arquitecto da cidade do Porto fazer uma vistoria aos trabalhos; 1750 - o Mapa das ruas de Braga, desenhado pelo Pe. Ricardo da Rocha, mostra os edifícios em construção com a fachada ao nível do piso térreo; 1755 - André Soares riscou, para os Oratorianos, o desenho das janelas do cunhal com a Cangosta da Palha; 1755 - realização do altar de Nossa Senhora das Dores, segundo risco provável de André Soares; 1761 - colocada a imagem de Nossa Senhora das Dores; 1761 / 1766 - retábulo da capela da Senhora da Aparecida ou dos Monges; 1761 / 1768 - o mestre de pedraria, galego, Pedro Vidal, executa a obra da fachada principal da Igreja; 1783 - colocação do retábulo da capela-mor e estuque do tecto ; 1834, Maio 30 - decreto de expulsão dos Oratorianos do seu Convento; 1841 - o governo destinou o convento devoluto à recém criada Biblioteca Pública; 1842 - reorganização da confraria; 1844, Setembro 20 - criação do Liceu de Braga sendo instalado no mesmo edifício conventual; 1845 / 1847 - as instalações conventuais albergam o Quartel General da Brigada do Minho; 1854 - durante a grave epidemia de cólera que afectou a região, foi instalado no convento uma enfermaria provisória; 1857, Setembro 16 - abertura da Biblioteca Pública, tendo como bibliotecário Manuel Rodrigues Abreu, amigo pessoal de Almeida Garrett; 1866 - após o grande incêndio que destruiu o Paço Arquiepiscopal transferiram-se para as instalações do convento as Repartições Públicas; séc. 19, último quartel - a Igreja entretanto deteriorada sofreu obras de recuperação; 1878, Janeiro - a Câmara Municipal instalou na torre da igreja um relógio que passou a ser o indicador do tempo na cidade; 1914 - realização da imagem do Sagrado Coração de Jesus; 1921 - a parte do convento, liberta com a saída do Liceu, foi aproveitada para instalar a Escola do Magistério Primário; 1964 - graças à benemerência do Comendador António Augusto Nogueira da Silva a fachada dos Congregados é completada, pela construção da torre lateral direita e colocação das esculturas dos nichos.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes e estrutura mista.

Materiais

Estrutura, molduras das portas e janelas, fonte do claustro, pavimento do primeiro piso da ala conventual e coro alto em granito; pavimento da capela-mor de mármore; pavimento da igreja de mármore e madeira de riga; revestimento das paredes e tecto da capela-mor em estuque; tecto da nave em corticite; coberturas de telha de canudo; portas, guarda-vento retábulos, órgão, balaustrada do coro-alto e guardas dos púlpitos de madeira; sacadas e grades das janelas em ferro.

Bibliografia

Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; A Igreja dos Congregados. Alguns apontamentos para a sua História, Braga, 1966; SMITH, Robert C., Frei José de Santo António Ferreira Vilaça, Escultor Beneditino do Século XVIII, vol. 1, Lisboa, 1972, pp. 199, 329; COSTA, Luis, Braga. Roteiro Monumental e Histórico do Centro Cívico, Braga, 1985, pp. 11 - 12; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, Convento dos Congregados, Braga, 1988; ROCHA, Manuel Joaquim Moreira da Rocha, Arquitectura Civil e Religiosa de Braga nos séculos XVII e XVIII. Os Homens e as Obras, Braga, 1994, pp. 106 - 107, 122, 194 - 195, 212; OLIVEIRA, Eduardo Pires de Oliveira, O Edifício do Convento do Salvador - de mosteiro de freiras ao Lar Conde de Agrolongo, Braga, 1994; PASSOS, José Manuel da Silva, O Bilhete Postal Ilustrado e a História Urbana de Braga, Lisboa, 1996, pp. 109 - 118; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, A Paróquia de São José de São Lázaro (1747 - 1997), Braga, 1997; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, Braga. Percursos e memórias de granito e oiro, Porto, 1999, pp. 107 - 110; T.M.C., Três meses para angariar parceiros e patrocínios, in Correio do Minho, 27 Outubro 2006, p. 6; COSTA, Luís, SERAPICOS, Rui, Basílica dos Congregados, in Correio do Minho, 24 Fevereiro 2007.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN:CAM 0032/5, 0032/8, 0286/6 e 0355/30, DGEMN:DREMN

Intervenção Realizada

DGEMN: 1928, 27 Abril - Obras de melhoramento das instalações; 1953, 27 Abril - obrasd de melhoramento das instalações; Irmandade dos Congregados: 1964 - restauro integral do órgão *3; restauro da talha dos retábulos; remoção do estuque da cobertura da nave e colocação de corticite; DGEMN: 1995 - renovação da instalação eléctrica; Irmandade dos Congregados: 1997 / 1998 - substituição do guarda-vento; arranjo do sub-coro *4.

Observações

*1 - DOF: Convento, Colégio e Igreja dos Congregados, também denominado da Congregação de São Filipe de Néri; *2 - Na época da construção esta rua denominava-se Cangosta da Palha; *3 - custeado integralmente por donativo do Dr. Teotónio dos Santos; *4 - estas obras, com um custo de cerca de 18.000 contos, foram supervisionadas pela DGEMN e subsidiadas pela Irmandade e donativos de pessoas singulares e colectivas.

Autor e Data

António Dinis e Ana Pereira 1999

Actualização

Margarida Elias (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD-FA/UTL)) 2011
 
 
 
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