Muralhas e Torreões de Lagos / Cerca Urbana e Frente Fortificada de Lagos

IPA.00001285
Portugal, Faro, Lagos, São Gonçalo de Lagos
 
Arquitectura militar, medieval, renascentista. Planta em forma de pentágono irregular, com 9 baluartes quadrangulares - pentagonais, com orelhões e rampas de acesso para artilharia pesada. A muralha medieval envolvia todo o casario em volta da Igreja de Santa Maria do Castelo e tinha pelo menos dois pontos de passagem para o exterior, um para a praia (Porta do Mar ou da Ribeira) e outro para terra (Porta da Vila), e talvez uma poterna. Muralha resultante da intersecção de 2 cercas, a medieval (marítima), mais espessa, e a 2ª cerca (do lado terra) já com características renascentistas pontuada por 7 baluartes. Ao contrário do usual, não se situa num ponto alto mas junto ao rio. A forma dos Baluartes da Porta da Vila, da Alcaria e da Porta dos Quartos, respectivamente 1.º, 4.º e 5º baluartes da Cerca Nova, responde já às novas características da balística, introduzida no séc. 15.. A localização do baluarte da Porta da Vila, num ponto de cota elevada sobranceiro à cidade, permitndo um controlo total da muralha e área abrangente; a envolvente do Baluarte de São Francisco / Baluarte do Jogo da Bola, 7º baluarte da Cerca Nova.
Número IPA Antigo: PT050807050003
 
Registo visualizado 4125 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Militar  Cerca urbana / Frente fortificada    

Descrição

Planta incompleta em forma de pentágono irregular, pontuada por 9 baluartes e com 5 ruas de acesso. Intersecção de 2 cintas de muralhas de épocas diferentes. Da cerca medieval ainda existe o pano de muralha voltado ao mar, a E., desde o antigo Paço dos Governadores (actualmente o Hospital de Lagos), à Porta de São Gonçalo e ao Baluarte da Torre do Trem. Segue, parcialmente desmantelada para S., até à Porta da Vila. É neste ponto, no Baluarte de Santa Maria que começa a Cerca Nova, estendendo-se para O., com os Baluartes da Praça de Armas, da Conceição e da Alcaria. Neste último, a orientação muda para N., com os Baluartes da Porta dos Quartos e de Santo Amaro. No baluarte seguinte, o de São Francisco, a muralha, agora incompleta, segue em direcção ao mar, para E.. Na cerca medieval, a Porta de São Gonçalo encontra-se ladeada por 2 torres de secção quadrada, avançadas em relação à muralha; os lanços de muralha, com 2m de espessura e uma altura que varia entre os 7,5m a 10m, dividem-se no remate em duas zonas: o caminho de ronda e o parapeito, no qual assentam as ameias e seteiras. A Cerca Nova responde já às características do uso de artilharia, constituída por 3 baluartes de flancos retirados (de Santa Maria, da Alcaria e de São Francisco) e 4 torres ou meios baluartes (da Praça de Armas, da Conceição, da Porta dos Quartos e de Santo Amaro). O ajardinamento fente à porta de São Gonçalo é da autoria do Arquitecto Paisagista António Viana Barreto. Baluarte da Porta da Vila de planta poligonal, três orelhões com cunhais em pedra aparelhada, acesso à plataforma do topo através de rampa com alguns degraus e parapeito com aberturas para artilharia e canhoneiras. Baluarte da Porta dos Quartos de planta quadrangular, com três orelhões com cunhais em cantaria aparelhada; acesso à plataforma do topo através de escadaria com degraus largos e vão de porta com moldura em cantaria; parapeito com aberturas para artilharia e canhoneiras. O Baluarte de São Francisco / Baluarte do Jogo da Bola tem igualmente planta quadrangular, dois orelhões com cunhais revestidos a cantaria, acesso à plataforma do topo através de rampa com alguns degraus e parapeito com canhoneiras. Baluarte da Alcaria / Baluarte das Freiras de planta quadrangular, situado no ângulo SO. da Cerca Nova, do lado terra. Tem 2 orelhões com cunhais em pedra aparelhada. Acesso à plataforma do topo através de escadaria com degraus largos. Parapeito com canhoneiras.

Acessos

Avenida das Descobertas, Rua da Porta da Vila, Rua Infante de Sagres, Rua do Cemitério, Praça de Armas, Jardim da Constituição, Largo dos Quarteis, Rua da Atalaia e Rua do Biker; Rua do Caracol e Rua do Cemitério (Baluarte de São Francisco); Largo Dr. Vasco Gracias e Jardim Dr Júdice Cabral (Baluarte da Alcaria / Baluarte das Freiras)

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 9 842, DG, 1.ª série, n.º 137 de 20 junho 1924, ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 275 de 24 novembro 1969

Enquadramento

Urbano, marítimo Destacada a E. e integrada na malha urbana a S., O. e N.. Muralha abaluartada no lado interior. O Baluarte de Santa Maria / Baluarte da Porta da Vila situa-se, destacado, no ângulo SE. da Cerca Nova, do lado terra, com rampa de acesso ao topo, onde se avistam os baluartes da Praça de Armas, da Conceição, da Alcaria e da Porta dos Quartos. O Baluarte da Alcaria / Baluarte das Freiras fica a SO. da Cerca Nova, com os Baluartes da Porta dos Quartos a NO., da Conceição a S. e Jardim municipal nos flancos E. e O.. O Baluarte da Porta dos Quartos situa-se no troço O. da muralha, do lado terra, a O. da Cerca Nova, tendo o Jardim municipal no flanco E. e os Baluartes da Alcaria e de Santo Amaro, a S. e N., respectivamente; o Baluarte de São Francisco / Baluarte do Jogo da Bola, integrado a N. da Cerca Nova, encontra-se numa zona menos turística da cidade, gozando ainda de um ambiente muito popular, com vista panorâmica para a Baía de Lagos e para os Baluartes de Santo Amaro, da Porta dos Quartos e da Alcaria.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: cerca urbana / frente fortificada

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Época Construção

Séc. 12 / 14 / 16 / 17 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

929 - o Califa de Córdova, Abderramão III conquista Lagos e cerca apovoação com duas ordens de muros e torres; 1189 - conquista de D. Sancho I; 1191 - retomada árabe; 1244 - tomada definitiva por parte dos portugueses; 1332 - consta de carta de D. Afonso IV às justiças de Lagos, que continuassem "as obras de muros da villa, aos quais faltavam 500 varas, em roda, para a sua conclusão"; 1370 - D. Afonso IV escreve ao corregedor da Vila de Lagos para que se terminasse a reconstrução das muralhas;séc. 15, final / séc. 16, início - D. Manuel manda edificar a 2ª cerca com mais 4 baluartes do lado do mar (da Porta Nova, da Porta de Portugal, da Barroca e do Trem do Quartel); 1520, c. de - D. João III ordena a conclusão das obras da muralha que em toda a sua extensão fica com 14 pontos fortificados: para o rio, de O. para E., o Baluarte de São Gonçalo (antiga Torre da Ribeira), o Castelo, os Baluartes da Praça, da Barroca, da Porta Nova e de Portugal; para terra os Baluartes da Porta do Postigo, do Jogo da Bola, do Paiol, da Porta dos Quartos, das Freiras, da Gafaria, do Coronheiro e da Porta da Vila; para além das duas comunicações para o exterior existentes, abriram-se mais seis: para o rio as Portas do Cais, de São Roque e Nova; para terra, as Portas de Portugal, do Postigo e dos Quartos; 1569, 24 de Novembro - alvará de D. Sebastião nomeando Pedro Dias Mandador da Armação de Pesca do Zavial; séc. 16, final / séc. 17, início - por alvará de D. Filipe I (Lagos é atacada por uma poderosa força comandada pelo corsário Francis Drake em 1587, em virtude da guerra entre Espanha e Inglaterra) conclui-se nova cerca de muralhas, atribuída ao 1º governador do Algarve que se seguiu ao fronteiro-mor, Fernão Telles de Menezes (também se atribui a construção ao governador que lhe sucedeu, João Furtado de Mendonça); 1618 - redacção manuscrito de Alexandre Massay, Descrição do reino do Algarve, no qual a cerca apresenta apenas um pano de muralha; 1618, 02 de Janeiro - alvará de D. Filipe II fazendo mercê ao padre Vicente Freira da Capelania da Armação de Pesca do Zavial, com obrigação de dizer missa aos domingos e dias santos; 1621 - castelo dos Governadores torna-se residência do Alcaide-Mor, Lourenço da Silva; 1629 - D. Luís de Sousa, futuro Conde do Prado, toma posse do cargo de Governador e Capitão General; 1630, 15 de Maio - carta pela qual Rodrigo Rebelo Falcão, Provedor das Almadravas do reino do Algarve, solicita a defesa dos "portos de Almádena e Azavial por estarem expostos e oferecidos a maior perigo"; 1633, 20 de Outubro - D. Luís de Sousa, Governador e Capitão General, ao termine do cargo e a pedido do Conselho da Fazenda, informa que existiam 2 torres de vigia a Torre de Aspa e a do Azavial, por ele reedificadas, pois que as encontrara "por terra" e "sem de nenhum uso"; o mesmo deu início à construção do Forte de Santo Ignácio do Zavial, ficando apenas a cisterna por construir; o Forte servia à defesa da Armação de Pesca de atum, existente desde tempos antigos na Ponta do Zavial; Séc 17 - restauro das muralhas, pelo Bispo D. Francisco Barreto, governador interino do Algarve; 1690 - obras, a mando de D. Francisco Luís da Gama (Marquês de Niza); 1695 - construção das cavalariças reais e quartéis dos Quartos, sendo governador Eugénio Aires de Saldanha Meneses e Sousa; 1754 - inspecção do Forte do Zavial por D. Rodrigo António de Noronha e Meneses, Governador do Reino do Algarve, encontrando-se este em bom estado; 1755 - terramoto provoca desmoronamento das muralhas, assim como do Paço dos Governadores e a sua capela e do Forte de Santo Ignácio do Zavial; reconstrução por D. Francisco Correia de Mendonça Pessanha; 1763, 01 de Agosto - o Marquês de Louriçal, Governador do Reino do Algarve solicita a D. Luís da Cunha a construção da Bateria do Zavial, com vista à defesa da Praia do Zavial; 1765, 18 de Julho - relatório pelo qual o Sargento-Mor de Engenharia Romão José do Rego aconselha a instalação de uma bateria no local do arruinado Forte de Santo Ignácio do Zavial, manifestando-se contra a reconstrução do mesmo; 1788 - a Bateria do Forte do Zavial, entretanto construída, encontrava-se em parte arruinada; 1793, 17 de Julho - restabelecido por Decreto o Trem de Artilharia; 1795 - por ordem do Governador, Conde do Vale de Reis construção do Quartel do Regimento de Infantaria 2, no lugar da antiga ermida de Santa Bárbara, sob a porta de São Gonçalo; o lugar foi depois ocupado pelo 3º Batalhão de Infantaria 17 e pela Bateria de Artilharia; 1805, 27 de Setembro - alvará, assinado pelo Príncipe Regente D. João, determinando que da Praça de Lagos ficariam dependentes todas as fortificações, desde a bateria do Zavial, a O., até ao Forte da Meia Praia, a E. *2; ficavam extintos, por se encontrarem destruídos ou não ser aconselhável a sua conservação, todos os outros pontos fortificados não incluídos no alvará; 1821, 18 de Abril - relatório do tenente-Coronel do Regimento de Artilharia nº 2, João Vieira da Silva, segundo o qual existiam apenas na Bateria do Zavial, 3 peças de ferro em muito mau estado; 1833 - ataque à Porta dos Quartos decorrente da luta de guerrilhas sob o comando do "Remexido", ardendo toda, é entaipada com pedra solta entre 2 ataques; 1840 - a Bateria do Zavial encontra-se completamente abandonada; 1849 - descrição da artilharia da Praça de Lagos por dois oficiais de Engenharia "este baluarte (dos Quartos) só tem uma canhoneira num flanco, as do outro flanco estão tapadas e devem-se abrir"; 1863 - alargadas as Portas dos Quartos e de Portugal e construção de chafariz no sítio do baluarte da Porta Nova, com autorização do Ministério da Guerra; 1888 - alargadas as portas do Postigo, Cais da Vila e Nova, com autorização do Ministério da Guerra; 1893 - estudo de construção de um paredão para defender do mar as muralhas, com obra orçamentada em 115.000$00 (início das obras em 1897, com a presença de D. Carlos e D. Amélia, mas não tiveram prosseguimento); Séc. 20, inícios - construção de edifício adossado ao revelim quinhentista; adquiridos prédios que obstruíam a imagem do Baluarte da Porta dos Quartos para posterior demolição 1938, 24 de Junho - despacho do Sub-Secretário de Estado da Guerra, pelas quais as ruínas da Bateria do Zavial ( prédio militar nº1 da Praça de Lagos ), são entregues ao Ministério das Finanças; 1940 - abertura da Av. da Guiné (actual Av. das Descobertas); 1940, 20 de Março - assinatura de auto pelo qual os Baluartes da Barroca ( Prédio militar nº9 ), da Piedade e da Vila ( prédios militares nº 10 e 41 ) são transferidos do Ministério da Guerra para o Ministério das Finanças; auto de devolução consagrando a passagem da Bateria do Zavial ao poder civil; 1943, 21 de Abril - inscrição na Matriz Urbana da Freguesia da Raposeira, como pertencente ao Estado, da Bateria do Zavial; 1960 - intervenção da DGEMN: demolidas as construções do Bairro da Ribeira adossadas às muralhas; abertura dos dois arcos da Porta de São Gonçalo; desentaipamento de ameias; demolição revelim quinhentista situado frente ao Castelo dos Governadores e do edifício que lhe estava adossado; 1962, 09 abril - definição de ZEP publicada no DG, 2.ª série, n.º 84; 2007, Maio - obstrução passagem em arco no troço de muralha da Rua do Caracol.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes em taipa e alvenaria de pedra

Materiais

Taipa (rebocada em alguns troços), alvenaria de pedra, cantaria (canhoneiras), tijoleira (topo dos baluartes da Alcaria e da Porta dos Quartos)

Bibliografia

AAVV, Guia Expresso das Cidades e Vilas Históricas de Portugal. Lagos e Silves, Jornal Expresso, 24 Agosto 1996; ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1948; CALLIXTO, Carlos Pereira, História das Fortificações Marítimas da Praça de Guerra de Lagos, Lagos, 1992; DGEMN, , Muralhas de Lagos, Boletim da DGEMN, nº 104, Junho, 1961; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 4, LIsboa, 1874; MARTINS, José António A. de Jesus, A Freguesia de Sta Maria, Estudo Histórico-monográfico (Junta de Freguesia de Santa Maria de Lagos), Lagos, 1992; PAULA, Federico Mendes, Lagos no período árabe, Lagos, Câmara Municipal, 1997; PAULA, Rui M., Lagos, Evolução Urbana e Património, Lagos, 1992; PEREIRA, Esteves e RODRIGUES, Guilherme, Portugal Diccionário, vol. 4, Lisboa, 1909; ROCHA, João Paulo, Monografia de Lagos, Faro, 1991; , Carlos Pereira, História das Fortificações Marítimas da Praça de Guerra de Lagos, Lagos, 1992; , Rui M., Lagos, Evolução Urbana e Património, Lagos, 1992; ROSADO, Valentim e MARTINS, José A. de Jesus, Património Monumental de Lagos. As muralhas e o sistema defensivo medieval in I Encontro Ibérico de Municípios com Centro Histórico. Santarém, 6-8 de Novembro de 1992. Actas, Câmara Municipal de Santarém, 1994.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS; AHM (3ª Div., 47ª Sec., nº 1596/11 e 18962/3); DSFOE (Arm. 2, Prat. 17, Pasta 24, Doc. 105; Arm. 2, Prat. 17A, Pasta 25, Doc. 4016; Arm. 5, Prat. 68, Pasta 83, Doc. 8690 e 8691)

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS/DM; AHM

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID-001/008-009-0978/A, DGEMN/DREMS; DGEMN/DSARH; AHM (3ª Div., 9ª Sec., Cx nº 91, n.º 22, Cx nº 92, nº 1 e nº 21); DSFOE; BNL, Secção de Reservados, nº 10835

Intervenção Realizada

1888 - alargada a Porta da Vila com a autorização do Ministério da Guerra; Câmara Municipal de Lagos: 1902 - consolidação, desde a Ribeira até à Porta de Portugal; DGEMN: 1955 - aquisição de edifícios que obstruíam a imagem do Baluarte da Portda da Vila e demolição de edificações adossadas à muralha (doca, antigo Paço dos Governadores e antiga Rua da Ribeira); reparação da muralha; 1957 - consolidação da muralha a S. e O., arranjo dos adarves junto à Avenida das Descobertas (construção de cortinas e ameias); 1958 - demolição de edificações adossadas à muralha (Av. das Descobertas), consolidação e reparação de panos de muralha (antiga Rua da Ribeira), limpeza de vegetação existente na muralha, construção de ameias em troços de muralha (Av. das Descobertas), consolidação da Porta de São Gonçalo; 1959 - demolição de edifícios junto ao Baluarte da Barroca, de Santa Maria e da Porta dos Quartos; 1960 - desobstrução e reparação de panos de muralha perto do antigo Paço dos Governadores, elevação em alvenaria de pedra da muralha da cerca medieval, execução de rebocos em troços de muralha e no Baluarte do Cais de Alcântara, remoção de construções por cima desse baluarte, construção de laje no pavimento do Baluarte do Cais de Alcântara; 1962 - beneficiação da iluminação das muralhas; DGEMN: 1969 - consolidação das muralhas; 1969 - arranque de vegetação, tapamento de rombos, refechamento de fendas, encasque de panos de muralha, reconstrução de rebocos desligados e salitrosos na muralha junto à Porta dos Quartos; 1984 - consolidação de panos de muralha junto à Porta dos Quartos: tapamento de rombos, arranque de vegetação e consolidação, reparação do coroamento da muralha; baluarte da Porta dos Quartos: recuperação de uma pedra dos olhais e colocação no devido local, fornecimento de cantaria no vão de acesso ao topo, tapamento de rombo, reconstrução de rebocos; execução de alvenaria hidráulica no pano de muralha entre os baluartes da Alcaria e da Porta dos Quartos; 1985 - reparação de troço de muralha entre os baluartes da Praça de Armas e da Porta dos Quartos: execução de alvenaria hidráulica com pedra da região em rampas, colocação de tijoleira no topo dos baluartes da Alcaria e da Porta dos Quartos, reparação de fenda, arranque de vegetação e consolidação, reconstrução de rebocos no troço S., colocação de cantaria em canhoneiras; 2000 - 2001 - obras de adaptação do Baluarte da Porta da Vila a observatório astronómico: consolidação de alvenarias, desobstrução de canhoneiras, reparação de rebocos, reformulação de pavimentos; reforço da estrutura do depósito de água existente, construção na superfície superior do baluarte de plataforma correspondente ao observatório e construção de instalações sanitárias na zona da rampa de acesso ao baluarte; 2004 - obras de conservação no troço da R. da Capelinha incluindo consolidação de rebocos existentes e execução de rebocos em falta; 2005 - obras de conservação no troço do Lg. de Santa Maria da Graça incluindo consolidação de rebocos existentes e execução de rebocos em falta.

Observações

*1 - DOF...compreendendo especialmente as Portas de Portugal e a do Postigo e os restos dos Antigos Paços dos Governadores do Algarve, onde habitou o Infante D. Henrique; *2 - Incluía os fortes da Meia Praia e da Ponte da Bandeira, as baterias do Pinhão, de Nossa Senhora da Piedade, do Porto de Mós, de São Luis de Almádena, de Vera Cruz da Figueira e do Zavial; esta última teria sido uma torre de vigia, cuja época de construção e cuja localização se desconhecem, aventando-se a hipótese de se localizar no Alto de Mil-Rei.

Autor e Data

João Neto 1991 / Anouk Costa e Marta Celada 1997 / Teresa Camara 2009

Actualização

Teresa Valente 2005
 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login