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Edifício e estrutura Edifício Comercial Alpendre de feira
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Descrição
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Planta rectangular simples, formando volume único coberto com telhado de duas águas. Estrutura composta por parede central, o que permite a organização de um alpendre de cada lado. O alçado principal, orientado a SO., apresenta bancada corrida composta por blocos de granito, sobre a qual se apoiam as estacas de madeira que sustentam o telhado. No lado oposto (NE.) as estacas assentam directamente sobre o solo, já que não possui bancada. Alçados laterais cegos com empena angular. Pavimento térreo. |
Acessos
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Devesa, Campo da Feira |
Protecção
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Incluído na Zona de Protecção da Aldeia de Castelo Mendo (v. PT020902080007) |
Enquadramento
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Peri-urbano. Ergue-se isolado ao cimo da Devesa, junto à estrada de acesso à Vila (v. PT020902080007). Um pouco abaixo, a meia encosta, observa-se o Chafariz d'El Rei (v. PT020902080025). No lado oposto, num rochedo sobranceiro ao caminho, situa-se um cruzeiro (v. PT020902080042). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comercial: alpendre de feira |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 13 / 14 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1229 - concessão de carta de foral por D. Sancho II, onde se estabelece a realização de uma feira, pela Páscoa, São João e São Miguel, com a duração de oito dias. No foral institui-se também a realização de um mercado de pão, carne e peixe no Castelo; é considerada a primeira feira oficial do Reino, dado que se diferencia nitidamente do mercado (RAU, 1983). Porém, desconhece-se o local exacto da feira neste período, sugerindo-se a hipótese de decorrer na Rua da Praça, junto às Portas da Guarda; 1281 - possível transferência do local da feira para a Devesa (NEVES, 1993); a construção do alpendre nesta época apenas se coloca como hipótese de trabalho; 1758 - as denominadas Memórias Paroquiais referem que já não é costume "fazer feira", pelo que se aponta esta data como baliza para o processo de degradação do imóvel; 1996 - encontrava-se em ruínas, desprovido de cobertura e madeiras. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Granito, alvenaria, revestimento inexistente; madeira; telha de canudo. |
Bibliografia
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Dicionário Geographico de Portugal, (Memórias Paroquiais), 1758; SILVA, José Antunes e FERNANDES, José Manuel, Castelo Mendo, Estudo de Recuperação Urbana e Arquitectónica, Lisboa, 1979; RAU, Virgínia, Feiras Medievais Portuguesas, Subsídios para o seu Estudo, 2ª ed., Lisboa, 1983; RAU, Virgínia, Feiras, in SERRÃO, Joel, dir., Dicionário de História de Portugal, Porto, 1984, vol. II, pp. 539 - 542; NEVES, Vítor Manuel Leal Pereira, Três Jóias Esquecidas, Marialva, Linhares e Castelo Mendo, Castelo Branco, 1993; CARVALHO, Amorim de, Castelo Mendo, um Conjunto Histórico a Preservar, Braga, 1995. |
Documentação Gráfica
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CMAlmeida |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMAlmeida |
Documentação Administrativa
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CMAlmeida |
Intervenção Realizada
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CMAlmeida: 1997 - reconstrução do alpendre, consolidação estrutural das paredes, construção da estrutura em madeira que sustenta a cobertura, assentamento de telha nova. |
Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição 1997 |
Actualização
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