Mosteiro de Sião / Convento das Inglesinhas / Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG)

IPA.00017521
Portugal, Lisboa, Lisboa, Estrela
 
Arquitectura religiosa, setecentista e do séc. 20. Mosteiro feminino da Ordem de Santa Brígida.
Número IPA Antigo: PT031106170818
 
Registo visualizado 1441 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Mosteiro feminino  

Descrição

Acessos

Rua do Quelhas, n.º 14 a 30; Rua das Francesinhas; Rua Miguel Lupi.

Protecção

Incluído na Zona Especial de Protecção conjunta do Museu Nacional de Arte Antiga (v. IPA.00003153), da Igreja de São Francisco de Paula (v. IPA.00002621), do Convento das Trinas do Mocambo (v. IPA.00003151) e do Chafariz da Esperança (v. IPA.00004943) *1

Enquadramento

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: mosteiro feminino

Utilização Actual

Educativa: faculdade / instituto superior

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 17 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Arquitecto: Adelino Nunes, Jorge Segurado, Amílcar Pinto (reabilitação para Emissora Nacional)

Cronologia

Séc. 16 — as religiosas abandonam o Mosteiro de Sião, em Inglaterra, passando à Flandres; 1563 — as religiosas são acolhidas pela Duquesa Margarida de Parma, governadora da Flandres, que as envia para um mosteiro; 1568 — devido às perseguições, as religiosas fogem para França, chegando a Ruão, sustentadas pelo rei de Espanha, Filipe II; 1594, maio — abandonam França e chegam a Lisboa quinze religiosas e três sacerdotes, acolhidos pelo rei D. Filipe I, dando-lhes para sustento 2$000 diários; ficam sujeitas ao núncio da Santa Sé, em Lisboa; 04 maio — as religiosas refugiam-se no Convento da Esperança; sécs. 16 - 17 — construção da igreja em terras doadas por Isabel de Azevedo, no Mocambo, sendo a planta atribuível a Nunes Tinoco; 1640 — D. João IV doa a mesma quantia e 12 móios de trigo por ano; 1650, 17 agosto — um incêndio destrói o edifício onde se encontravam, tendo-se recolhido as religiosas numa quinta pertencente a Fernão da Silveira e, alguns dias depois, no Mosteiro da Esperança; 1651, março — as religiosas inglesas mudam-se para uma casa anexa ao Mosteiro da Esperança; 1655 — edificação do novo mosteiro, concorrendo D. João IV com cinco mil cruzados; 07 outubro — mudança das religiosas para o novo edifício, que apenas tinha uma pequena ermida, transformada, posteriormente, em Casa do Capítulo; início da construção da igreja, sendo padroeiro da capela-mor Rui Correia Lucas, que doa 10 mil cruzados e 20$000 anuais para a lâmpada; 1672 — inicia-se a utilização da igreja, ainda sem retábulo; 1707 — a igreja é de grandes dimensões, abobadada a ladrilho, sendo a capela-mor pintada em brutesco, tendo, ao centro, o Trânsito da Virgem; nesta, a porta da sacristia e um nicho para alfaias, com molduras de cantaria vermelha; o retábulo-mor é de talha dourada, com dois nichos laterais e tribuna coberta por painel pintado, sob o qual se acha o sacrário; a nave tem duas capelas laterais de cada lado, dois painéis e duas janelas que iluminam o espaço; tem os coros, o inferior com a grade elevada relativamente ao pavimento da igreja; no coro-alto, uma imagem da Virgem com o Menino, considerada milagrosa; no mosteiro vivem 30 religiosas; inicialmente tiveram a assistência de religiosos ingleses, no entanto, tendo estes falecido e não sendo substituídos, são assistidas espiritualmente por sacerdotes seculares irlandeses; 1755, 01 novembro — o terramoto provoca alguns estragos, prontamente arranjados; 1758, 27 Abril — nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco de Santos-o-Velho, Gonçalo Nobre da Silveira, é referido o convento, que tem como padroeiro a Coroa; 1833 — segundo Luís Gonzaga Pereira, a capela-mor tem a imagem de Nossa Senhora e dois nichos com santos da Ordem; tem quatro capelas laterais e a nave está pintada de branco, com alguns quadros; 1930 - 1935 — adaptação de parte do edifício (Rua do Quelhas) aos Estúdios da Emissora Nacional, obra efetuada segundo projeto do arquiteto Amílcar Pinto (1890 – 1978); 1955 — continuação das obras no edifício pela Direção dos Serviços de Construção e Conservação da DGEMN; 1990 — a escola que funciona no local passa a denominar-se Instituto de Economia e Gestão, deixando o antigo nome de Instituto Superior de Economia (1972) e o anterior Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

“A Emissora Nacional [Fotografia]”. Rádio Semanal, suplemento de Jornal do Comércio e das Colónias. Lisboa, 22 set. 1934, ano 81, n.º 24239, p. 13; “A Emissora Nacional como é por dentro — A técnica de Barcarena e os Estúdios do Quelhas”. Rádio Semanal, suplemento de Jornal do Comércio e das Colónias, Lisboa, 27 jul. 1935, ano 82, n.º 24497, pp. 16, 17 e 32JANEIRO, Maria de Lurdes; FERNANDES, José Manuel — Arquitetura Modernista em Lisboa, 1925-1940: levantamento e classificação de arquitetura modernista na cidade de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1991; MATOS, Alfredo; PORTUGAL, Fernando — Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1974; Mosteiros, Conventos e Casas Religiosas de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1972, vol. II; PALMEIRO, João de Morais — “Viagem internacional à volta das Emissoras – II Os ‘Feiticeiros de Barcarena’”. Rádio Semanal, suplemento de Jornal do Comércio e das Colónias, Lisboa, 20 out. 1934, ano 82, n.º 24261, ano 82, p. 8 e 9; PEDREIRINHO, José Manuel — “Nunes, Adelino”. Dicionário dos Arquitetos ativos em Portugal do século I à atualidade. Lisboa: Edições Afrontamento, 1994, p. 178 – 179; PEDREIRINHO, José Manuel — “Segurado, Jorge Almeida”. Dicionário dos Arquitetos ativos em Portugal do século I à atualidade. Lisboa: Edições Afrontamento, 1994, p. 216 a 217; PEREIRA, Luís Gonzaga — Monumentos Sacros de Lisboa em 1833. Lisboa: Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1927; “Programa oficial da inauguração Emissora Nacional”. Rádio Semanal, suplemento do Jornal do Comércio e das Colónias. Lisboa, 27 jul. 1935, ano 82, n.º 24497, pp. 3 a 6; “O Sr. Presidente da República inaugurou oficialmente a Emissora Nacional”. Rádio Semanal, suplemento do Jornal do Comércio e das Colónias. Lisboa, 10 ago. 1935, ano 82, n.º 24509, pp. 1, 12, 13 e 23; Relatório da Atividade do Ministério no ano de 1955. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1956; Relatório da Atividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Relatório da Atividade do Ministério nos Anos de 1959. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1960, vol. 2; SANCHEZ, Sebastião Formozinho — “Emissora Nacional”. In SANTANA, Francisco; SUCENO, Eduardo (coord.) — Dicionário da História de Lisboa. Lisboa: Carlos Quintas & Associados, 1994, p. 333; “Viagem internacional à volta das Emissoras — I Emissora Nacional — Lisboa, Portugal”. Rádio Semanal , suplemento de Jornal do Comércio e das Colónias. Lisboa, 13 out. 1934, ano 81, n.º 24255, pp. 8 e 9; “À Volta das Emissoras — A Emissora Nacional”. Rádio Semanal, suplemento de Jornal do Comércio e das Colónias. Lisboa, 1 dez. 1934, ano 82, n.º 24297, p. 3, SILVA, Hélia, MÉGRE, Rita e LOURENÇO, Tiago Borges, “Apear, restaurar e applicar de novo… Novas arquiteturas para velhos interiores de espaços religiosos de Lisboa, in Clara Moura Soares, Vera Mariz (eds.), Dinâmicas do Património Artístico: circulação, transformações e diálogos, Lisboa, ARTIS - Instituto de História da Arte, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2018, p.110.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DREL, DGEMN/DSEP, DGEMN/DSPI

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

DGEMN: 1956 - diversas obras, pelos Serviços de Construção e Conservação.

Observações

EM ESTUDO. *1 DOF: Zona Especial de Proteção conjunta aos imóveis: Museu Nacional de Arte Antiga, Igreja de São Francisco de Paula, Túmulo da rainha D. Maria Vitória, Palácio do conde de Óbidos, Chafariz das Janelas Verdes, Teatro da Casa da Comédia, Edifício da rua das Janelas Verdes n.º 78 - 78, Cinema Cinearte, Chafariz da Esperança, Convento das Trinas, Casa de António Sérgio, Palacete do viscondes e condes dos Olivais e da Penha Longa, Troço do do Aqueduto das Águas Livres, Abadia de Nossa Senhora da Nazaré do Mocambo.

Autor e Data

Patrícia Costa 2003

Actualização

JoseRaimundoNoras (Contribuinte externo) 2016
 
 
 
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