|
Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição monástica Tipo bola
|
Descrição
|
Plataforma de planta octogonal, formada por quatro degraus, assente em soco sobrelevado, rebocado e pintado de branco. Sobre esta, surge monolítico de sílex, correspondendo a fragmento de tronco fossilizado de uma gimnospérmica (de uma conífera cretácica), vulgarmente conhecido como Pederneira, com cerca de 1,10 m. de altura e de diâmetro irregular. |
Acessos
|
Pederneira; Largo Bastião Fernandes |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, no centro do principal largo da povoação, de planta retangular, pavimentado a calçada à portuguesa, formando quadrícula de malha larga preta e branca, integrando lateralmente algumas árvores de grande porte, canteiros de flores e bancos de jardim. O largo é enquadrado a E. pelo edifício da Casa da Câmara da Pederneira (v. IPA.00003334) e a S. pela fachada lateral esquerda da Igreja Paroquial da Pederneira (v. IPA.00001421). |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
Autarquia local, Artº 3º, dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
|
Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
1195 - a povoação da Pederneira constitui um dos coutos do Mosteiro de Alcobaça; D. Sancho I, condenando algumas atitudes menos próprias por parte dos habitantes da localidade contra o prior do mosteiro, que detinha a tutela sobre o território, dirige carta aos juízes da Pederneira, para castigarem danos e ofensas feitos pelos habitantes contra o prior de Alcobaça; 1514, 01 outubro - D. Manuel I concede foral novo à vila da Pederneira; provável construção de um pelourinho *1; 1712 - Pederneira tem 250 vizinhos e é da comarca de Leiria; 1758, 01 julho - o pároco Inácio Barbosa de Sá nas Memórias Paroquiais da freguesia, refere que a povoação, com 171 fogos, integra os coutos do Mosteiro de Alcobaça, tem dois juízes ordinários e câmara; 1855 - extinção do concelho da Pederneira devido ao declínio demográfico, sendo então anexado ao de Alcobaça; 13 janeiro - extinção do julgado judicial da Pederneira; 1876 - apeamento do pelourinho; 1886 - o tronco fossilizado de uma conífera cretácica é transportado do antigo cemitério, para a Praça Bastião Fernandes e colocado em frente da antiga câmara, em substituição do antigo pelourinho, como que apelando a um sentimento de autonomia; 1898, 3 junho - restaura-se o concelho da Pederneira; 1912 - criação do concelho da Nazaré, devido ao crescimento da povoação da Praia da Nazaré, onde é integrada a povoação da Pederneira; o fóssil é aproveitado como símbolo popular da soberania local; 1942 - a base e outros pedaços do antigo pelourinho guardam-se no Edifício dos Paços do Concelho. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
|
Estrutura de silex; plataforma rebocada e pintada ou com degraus em cantaria. |
Bibliografia
|
COELHO, P. M. Laranjo - "A Pederneira - apontamentos para a história dos seus mareantes, pescadores, calafates e das suas construções navais, nos sécs. XV a XVII" in O Archeologo Português. Lisboa: 1922, vol. 25; COSTA, António Carvalho da (Padre) - Corografia Portugueza. Lisboa: Officina Real Deslandesiana, 1712, vol. 3; MALAFAIA, E. B. de Ataíde - Pelourinhos Portugueses - Tentâmen de Inventário Geral. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MARQUES, Maria Zulmira Albuquerque Furtado - Por Terras dos Antigos Coutos de Alcobaça. Alcobaça: Tipografia Alcobacense, 1994; MESQUITA, Marcelino - Praia de Portugal - A Nazareth, Sítio e Praia. Lisboa: 1913; SEQUEIRA, Gustavo de Matos - Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Leiria. Lisboa: Academia Nacional de Belas Artes, 1955, vol. V; Pelourinho (Tronco fóssil), (http://www.cm-nazare.pt/), [consultado em 20-01-2014]. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
|
BNP: FIGUEIREDO, Frei Manuel de, 1780 (Cód. 1479) ; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 28, n.º 98, fl. 625-628) |
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
*1 - O primitivo pelourinho tinha plinto paralelepipédico, coluna de fuste octogonal, e remate em bola, assentando num soco de granito, com quatro degraus, provavelmente o que serve de apoio ao marco de pederneira; no topo tinha um espigão em ferro com gancho. |
Autor e Data
|
Isabel Mendonça 1991 |
Actualização
|
|
|
|