|
Edifício e estrutura Edifício
|
Descrição
|
Planta trapezoidal, volumetria paralelepipédica, cobertura efectuada por telhado a 4 águas, perfuradas por janelas trapeiras e articulado com clarabóia. De 4 pisos (um deles ao nível da cobertura e outro parcialmente enterrado, apenas assinalado no alçado posterior), cunhais boleados em cantaria e superfície murária parcialmente revestida com placagem de cantaria em silharia fendida - piso térreo (alçado principal e lateral N.) - e em reboco pintado com abertura de vãos, predominantemente de verga recta, a ritmo regular. Alçado principal composto por 3 corpos separados por pilastras de cantaria, dos quais se destaca o axial, constituído como eixo de simetria da restante fachada e de tratamento diferenciado, piso térreo rasgado a eixo, por portal de verga destacada ligeiramente curva ladeado por 2 janelas de peito de verga recta destacada sendo o conjunto encimado, ao nível do andar nobre, por 3 janelas de sacada de verga recta destacada servidas por varanda comum, com guarda em ferro fundido. Nos corpos laterais, idêntidos entre si, abertura de portais nos respectivos extremos, articulados com janela de peito no piso térreo e sobrepujados por janelas de sacada de verga recta destacada guarnecidas por varandim. Alçado posterior precedido de muro ao nível do piso térreo, correspondente ao piso enterrado (*1) (que se prolonga ao alçado lateral S.). Apresenta-se compartimentado em 3 corpos separados por pilastras dos quais se destaca o central mais extenso, animado pela abertura de vãos de morfologia idêntica aos do alçado descrito - correspondentes a janelas de peito alternadas com janelas de sacada sobrepujadas por 3 janelas de sacada articuladas com varandas. O edifício é superiormente rematado por cornija, acima da qual se eleva platibanda em muro. INTERIOR: vestíbulo de planta rectangular articulado, por meio de lanço de escadas de cantaria, com zona central em plano sobrelevado, correspondente a auditório de planta rectangular (*2), em torno do qual se desenvolve corredor de circulação e de acesso aos compartimentos distribuídos ao longo dos 4 alçados - dos quais se distinguem os espaços do 1º andar, contíguos ao alçado principal e directamente comunicantes entre si. Os pisos articulam-se entre si através de 2 escadas de serviço localizadas nos extremos do auditório ( a N. e a S.). |
Acessos
|
Rua Cecílio de Sousa, n.º 61 - 65; Rua de São Marçal, n.º 174; Travessa da Procissão |
Protecção
|
Incluído na Zona de Proteção no Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) / Incluído na Zona Especial de Proteção do Bairro Alto e imóveis classificados na área envolvente |
Enquadramento
|
Urbano. Isolado, destacado, em zona de acentuado declive. Edifício de 4 frentes, 3 delas articuladas com eixos viários, definindo parte de quarteirão. Em posição fronteira ao palacete Menino de Ouro (v. PT031106460761) |
Descrição Complementar
|
ESTUQUE: alguns dos tectos, em articulação com pintura mural - num deles o estuque foi pintado de molde a imitar um trabalho esculpido em madeira; MADEIRA: lambris de madeira, numa das salas; PINTURA: alguns tectos dos compartimentos do andar nobre apresentam-se decorados com pintura mural, um deles com uma cena figurativa representando dois putti e com a assinatura S. Ordonez e outros 2 com pintura de índole ornamental inscrita em medalhões |
Utilização Inicial
|
Residencial: palacete |
Utilização Actual
|
Educativa: colégio |
Propriedade
|
Privada: British Council |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido |
Cronologia
|
1889 - pedido de licença camarária com vista à construção do palacete nos terrenos de uma antiga quinta, por José Augusto Alves do Rio, oficial da Marinha e metereologista do Observatório da Tapada da Ajuda; 1907 - obras de alteração interior (portas, compartimentação, etc.); c. 1919 - arrendamento do 1º andar a uma senhora de apelido Sotto-Mayor Castelo Branco, a qual contactou o pintor S. Ordoñez para decorar os tectos das salas deste piso; 1928 - é proprietário do edifício Rafael Barros e Sá, marido de Maria Augusta Alves do Rio Barros e Sá; 1952 - o palácio encontra-se na posse de Rita Barros e Sá Contreiras; c. 1976/77 - o imóvel é vendido pelos descendesntes de José Augusto Alves do Rio à Embaixada Britânica, que aí instala outros serviços do British Council (antes no próximo Palacete do Menino de Ouro - 1106460761 ); 1981 - inauguração dos serviços do British Council instalados no palacete (após obras de adaptação). |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes |
Materiais
|
Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira, vidro, tijolo burro |
Bibliografia
|
ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Vol. II, Lisboa, s.d. |
Documentação Gráfica
|
CML: Arquivo de Obras, Procº nº 26.233 |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
CML: Arquivo de Obras, Procº nº 26.233 |
Intervenção Realizada
|
PROPRIETÁRIO: 1907 - alterações interiores, abertura de vãos para comunicação de compartimentos; 1928 - obras de conservação e beneficiação geral interiores e exteriores; 1932 - obras de conservação e beneficiação geral; 1939 - obras de conservação e beneficiação geral; 1940 - obras de conservação e beneficiação geral; 1949 - obras de conservação e beneficiação geral; 1957 - obras de conservação e beneficiação geral; 1975 - reparação de muro; c. 1977 / 1981 - obras de transformação dos interiores (para instalação de serviços do British Council); 1984 - obras de conservação e beneficiação geral; 1985 - abertura de porta dando para a Rua de São Marçal; 1986 / 1987 - obras de alteração dos interiores, com vista ao aproveitamento da cave. |
Observações
|
*1- convertido em piso, aquando das obras realizadas no edifício, no sentido de criar um 2º acesso pela Rua de S. Marçal. *2 - edificado na zona anteriormente correspondente à caixa da escadaria principal directamente iluminada por clarabóia. |
Autor e Data
|
Teresa Vale e Maria Ferreira 2002 |
Actualização
|
|
|
|