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Edifício e estrutura Edifício
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Descrição
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Planta composta por um corpo principal rectangular de 4 pisos ao qual se justapõem, no respectivo alçado posterior, 2 corpos também rectangulares de 2 e 3 pisos, volumetria escalonada, cobertura efectuada por telhados a 2 águas em mansarda, a 4 águas perfurada por clarabóia e em terraço. Delimitado por cunhais em cantaria, com piso térreo revestido com placagem de cantaria e restante superfície murária em reboco pintado e abertura de vãos, a ritmo regular. Alçado principal a S., composto por 3 corpos separados por pilastras de cantaria, dos quais se destaca o axial, constituído como eixo de simetria da restante fachada e de remate diferenciado, piso térreo rasgado por vãos de verga ligeiramente curva, dos quais se destaca o portal a eixo, coincidente com a entrada principal. Andar nobre assinalado por janelas de sacada de verga recta destacada articuladas com varandins de guarda em ferro fundido, sobrepujadas por janelas de peito de verga, também destacada. O alçado é superiormente rematado por cornija encimada por platibanda em balaustrada interrompida, ao nível do corpo axial, por frontão triangular, acima da qual se regista um último andar amansardado. INTERIOR: 2 zonas distintas: uma 1ª definida pelo piso térreo e 1º andar do corpo principal e respectivos corpos adossados, com acesso axial assinalado por vestíbulo rectangular com rodapé pétreo, muros laterais rasgados por vãos de verga recta em cantaria e articulado, no muro de topo, com escadaria de lanços rectos opostos com patamar intermédio, conducente ao andar nobre, e com circulação efectuada por meio de corredores de implantação em U, contíguamente a saguão (resultante da articulação dos diferentes corpos); uma 2ª zona composta pelos 2 últimos pisos com acesso a partir de porta no extremo E., articulada com outro vestíbulo comunicante com escada e elevador que asseguram a ligação entre todos os pisos e pelos quais se acede ao 2º e 3º pisos - ambos dominados por corredores longitudinais e com compartimentos desenvolvidos ao longo dos alçados principal e posterior. No último piso existe adossado um terraço de planta em T, correspondente a parte da cobertura do piso inferior. |
Acessos
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Rua da Escola Politécnica, n.º 38 - 46 |
Protecção
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Incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) / Incluído na Zona Especial de Proteção do Jardim Botânico da Faculdade de Ciências (v. IPA.00007006) e na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente |
Enquadramento
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Urbano, flanqueado, integrado no conjunto edificado da Praça do Príncipe Real, nas proximidades da Antiga Escola Politécnica (v. PT031106460332), do palacete Anjos (v. PT031106460742) e do palacete Paulo Cordeiro. No alçado posterior articula-se, de modo desalinhado, com jardim de planta rectangular de limites coincidentes com o Jardim Botânico. |
Descrição Complementar
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ESTUQUES: destaca-se o conjunto de estuques ornamentais em quase todos os compartimentos do edifício principal. Sobre os mesmos é interessante verificar que estes acompanham os gostos dos períodos em que foram edificados, pelo que se reconhecem programas decorativos ainda associados ao final do século 18, ao nível do 1º andar, estuques claramente oitocentistas no 2º andar e, finalmente, ao gosto arte déco -nos frisos que decoram o último piso; MADEIRA: o programa decorativo da edificação é complementado pela aplicação de pavimentos em parquet, com diferentes composições ornamentais. |
Utilização Inicial
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Residencial: palacete |
Utilização Actual
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Comercial: loja |
Propriedade
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Privada: colectiva |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1728 - o edifício que se erguia neste local era pertença de Pereira de Azambuja, cavaleiro da Ordem de Cristo; 1738 - habitava o imóvel (por arrendamento) a família do capitão-mor José António de Castilho, tendo um seu descendente levado (por casamento) a propriedade para a família dos condes da Lousã; séc. 19 - construção do actual palacete, que funcionou como primeira residência dos condes do Restelo; 1904 - era então proprietária a condessa do Restelo, D. Teresa Bastos (2ª esposa do 1º conde, Pedro Augusto Franco), a qual efectua obras de alteração e ampliação do palácio; 1922 - o palácio (em mau estado de conservação) encontrava-se na posse de D. Afonso de Portugal Sanches de Baena e Farinha (1886 - 1945), 2º visconde de Sanches de Baena; 1946 - o imóvel era pertença da viscondessa viúva de Sanches Baena, D. Maria da Conceição Zuzarte de Sárrea; séc. 20 - instalaram-se sucessivamente no imóvel: a Força Aérea (Direcção do Serviço de Material), a Secretaria Geral da Universidade de Lisboa (década de 40); 1987 - eram proprietários dos imóvel Miguel Pereira Coutinho Sanches de Baena e família, que neste ano arrenda o imóvel à SIPEC (Sociedade Internacional de Promoção do Ensino e Cultura), que aí instala pretende instalar a Universidade Internacional; 1988 - aquisição do imóvel pelo Fundo VIP (Fundo de Valores e Investimentos Prediais), representado pela SILVIP (Sociedade Gestora do Fundo de Valores e Investimentos Prediais), com vista ao seu arrendamento ao SIPEC, para instalação da Universidade Internaconal; 1999 - aquisição do imóvel pela empresa Interna Empório Casa que aí inaugura um novo espaço comercial. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira, vidro, azulejos |
Bibliografia
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FRANÇA, José-Augusto, (dir. de), A Sétima Colina. Roteiro Histórico e Artístico, Lisboa, 1994 ; Recuperação do Palácio dos Condes do Restelo. Interna Empório Casa, in Lisboa. Urbanismo. Boletim da Direcção Municipal de Planeamento e Gestão Urbanística, Ano 3, Nº 10, Mar.-Abr. 2000 ; FRANÇA, José-Augusto, Monte Olivete Minha Aldeia, Lisboa, 2001. |
Documentação Gráfica
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CML: Arquivo de Obras, Procº nº 33.048 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CML: Arquivo de Obras, Procº nº 33.048 |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1904 - obras de alteração e ampliação; 1931 - 1933 - transformação do sotão em mansarda, obras de conservação e beneficiação geral; 1940 - obras de conservação e beneficiação geral (exterior); 1946 - pequenas reparações internas; 1957 - instalação de elevador; 1958 - obras de conservação e beneficiação geral; 1964 - fixação de algumas cantarias (placagem) na fachada principal; 1967 - obras de conservação e beneficiação geral; 1969 - obras de conservação e beneficiação geral; 1988 - obras de conservação e beneficiação geral; UTENTE (Força Aérea Portuguesa): 1965 - construção de anexo dois pisos adossado ao alçado posterior (obras clandestinas); Interna Empório Casa: 1999 - obras de conservação e beneficiação geral, (alteração do interior). |
Observações
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Autor e Data
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Teresa Vale e Maria Ferreira 2002 |
Actualização
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