Palácio Sousa Calhariz / Palácio Sobral / Edifício da Caixa Geral de Depósitos, CGD, do Calhariz

IPA.00021142
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia
 
Arquitectura residencial, neoclássica. Palácio urbano de planta rectangular, de cobertura alteada em mansarda, com fachadas rebocadas e pintadas, rematada por cornija sobrepujada por beiral, primeiro piso revestido a placagem de cantaria e restantes três pisos divididos por friso de cantaria. O ritmo de vãos é regular, com molduras de cantaria essencialmente rectilínea. Animação da fachada posterior conseguida mediante introdução de pilastras. O esquema compositivo das fachadas segue moldes neoclássicos, de grande austeridade decorativa, cingindo-se os ornamentos aos portais principais, emoldurados por colunas dóricas, sobre as quais se sustenta o balcão de cantaria do piso superior. Esta atenção dada ao portal e o total despojamento ornamental dos panos de fachada é comum a muitos palácios lisboetas, correspondendo a uma linguagem que remonta ao séc. 17.
Número IPA Antigo: PT031106150908
 
Registo visualizado 1615 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  

Descrição

Planta rectangular, de massa paralelepipédica, resultante da junção de dois palácios através de passadiço ao nível dos pisos superiores da fachada principal, sobre arco atravessado pela rua. O edifício O.*1 de planta rectangular organiza-se em torno de um pátio central, enquanto que o edifício E.*2, de maiores dimensões, se organiza em torno de dois pátios rectangulares. Coberturas diferenciadas, de telhados de quatro águas, alteado em mansarda, onde se abrem, a ritmo regular, águas-furtadas. Fachadas divididas em quatro registos, com excepção da fachada posterior de três registos. Embasamento e primeiro piso revestido a cantaria de calcário e restantes rebocados e pintados de rosa claro. Apresenta marcação de registos através de friso ao nível do terceiro e quarto registos através de frisos de cantaria, e pilastras nos cunhais. Remate em cornija sobrepujada por beiral. A fenestração, correspondente entre andares, faz-se a ritmo regular, apresentando no primeiro piso janelas de peitoril á face, guarnecidas por gradeamento em ferro forjado; no segundo piso janelas de peitoril de moldura de cantaria recta com avental; no terceiro piso janelas de sacada, assente em pequenas mísulas, com gradeamento de ferro forjado e moldura de cantaria recta, rematada por cornija recta; o quarto piso corresponde a andar em sobreloja, com janelas de moldura recta de cantaria. A fachada principal, voltada a S., divide-se em três panos. O pano central, enquadrado por pilastras, avança ligeiramente e corresponde ao eixo de ligação entre os dois palácios. É composto por grande arco, que se prolonga até á altura do segundo piso, sobre o qual se rasga janela de sacada, de moldura recta, rematada por cornija e com balcão em cantaria. Ao nível do quarto piso abre-se sobreloja, sobrepujada por cornija e remate em empena triangular. O pano esquerdo estende-se á largura de sete vãos, com portal principal ao centro, de moldura rectilínea de cantaria, com figuras relevadas no topo, ladeado por colunas dóricas, sobrepujadas por plintos relevados, nos quais assenta o balcão de cantaria do vão correspondente no segundo piso. O pano direito, apresenta composição semelhante, mas estendendo-se á largura de 12 vãos, com pilastra adossada ao centro. O portal principal é análogo, mas ao nível do primeiro piso as janelas de peitoril alteram com portas e portão recortados á face. A fachada lateral esquerda do corpo O. apresenta uma sucessão de 12 vãos, com primeiro piso acompanhando o declive do terreno, com as janelas, guarnecidas por gradeamento em ferro forjado. A fachada lateral direita do corpo E., apresenta os mesmos 12 vãos sucessivos, com o primeiro piso a diminuir paralelamente á subida da cota do terreno, até se confundir com o embasamento e não dispor de janelas. A fachada posterior do corpo E. apresenta três andares, com embasamento em cantaria. No primeiro piso vãos de peitoril, com avental e gradeamento em ferro forjado. No segundo piso vãos de sacada, com guarda em ferro forjado. Sobre este sobreloja rasgada por vãos rectilíneos de moldura rectangular e piso amansardado, rasgado por águas-furtadas. É ritmado por pilastras que enquadram os conjuntos do 3º ao 5º e 8º ao 9º vãos, que dispõem de sacada corrida ao nível do segundo piso, e o último conjunto de porta ao centro, de moldura recta de cantaria, com acesso por três degraus de cantaria. A fachada posterior do corpo O. apresenta esquema análogo, adaptado á largura dos seus 7 vãos, estando os três centrais emoldurados por pilastras, sendo que no primeiro piso dispõe de portas e não janelas de peitoril. As fachadas lateral esquerda do corpo E. e a fachada lateral do corpo O. são semelhantes, dispondo cada uma de 9 vãos sucessivos, sendo que na primeira se abrem 5 vãos ao nível do primeiro piso e na segunda 8. As fachadas são unidas pelo passadiço sobre arco, em cujo intradorso se abrem 3 vãos correspondentes, no primeiro piso, revestido a cantaria, abrem-se 3 janelas cortadas á face. No segundo janelas de peitoril com avental, moldurada a cantaria simples. Na face posterior no passadiço, sobre pedra de fecho do arco abre-se janela geminada de três lumes, assentes e sobrepujada por almofadas de cantaria. O conjunto é rematado por cornija, sobre a qual se rasga novo conjunto de janelas geminadas de três lumes, de menores dimensões. No piso alteado em mansarda abre-se uma água-furtada em eixo.

Acessos

Largo do Calhariz, n.º 26 a 34; Rua Luz Soriano; Rua da Rosa; Rua da Atalaia; Travessa das Mercês, n.º 3 e 5

Protecção

Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) / Parcialmente incluído na Zona de Proteção dos Ascensor da Bica e meio urbano que o envolve (IPA.00023491)

Enquadramento

Urbano, isolado, formando lote, incluído no conjunto do Bairro Alto. Implantado em zona de declive moderado, estando a fachada principal e posterior em diferente cota do terreno. Todas as fachadas abrindo directamente para a via pública. Nas proximidades do Palácio Valada-Azambuja (v. PT031106490122).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Serviços: banco

Propriedade

Privada: pessoa colectiva

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Giuseppe Luígi Cinatti (1942-1944); Cândido Paulo Teixeira de Melo (1952 e 1957).

Cronologia

PALÁCIO SOUSA-CALHARIZ/ PALMELA: 1703 - O palácio foi fundado e mandado construir por D. Francisco de Sousa (1631 - 1711), Senhor do Morgado do Calhariz, em terrenos comprados a D. Inês Margarida de Lencastre, viúva do 9º Barão do Alvito e mantendo-se sempre na posse dos Duques de Palmela (*1); 1803-1806 - entre estes anos esteve instalada no palácio a Academia Real de Fortificações; séc. 19 (finais da década de 20) - palácio esteve alugado á Câmara Eclesiástica de Lisboa; séc. 19 (inícios da década de 30) - está instalada no palácio a Contadoria Fiscal da Tesouraria Geral das Tropas; séc. 19 (década de 40) - D. Pedro da Sousa Holstein, 1º duque de Palmela, chamou o arquitecto Giuseppe Cinatti para dirigir as obras de modernização do palácio que herdara dos Sousa-Calhariz; 1842 / 1844 - remodelação ampliação e restauro de interiores (aplicação de estuques e pinturas decorativas) e exteriores realizados sob orientação de Cinatti e Rambois, construção de um anexo destinado a prolongar para nascente a fachada voltada á rua das Mercês, criação de um jardim (a Nascente) em terrenos adquiridos à Câmara Municipal de Lisboa entre a Travessa da Trombeta e a Rua da Atalaia; 1908 - desde esta data está instalado o estabelecimento de Luiz Vítor Rombert nos nº 30 a 32; 1914 - há referência á instalação da Liga Naval Portuguesa no palácio até 1929; 1914 - esteve instalado no nº 34 a firma A. Figueiredo e Compª; 1927 - esteve instalado até 1947 o estabelecimento de A. Lopes Maia no nº34; 1928 - desde este ano até 1945 esteve instalado nos nº 27 e 28 o estabelecimento de móveis da firma Paixão Carvalho Lda.; 1929 - entre esta data e 1931 há registo de estar instalada no nº29 o estabelecimento de Luiz Borges; 1930 - esteve instalada no nº30 a firma de Marques e Rodrigues; 1933 - esteve instalada até 1944, no nº33, a Barbearia Calharix Lda.; 1935 - a partir desta data e até 1947 há registo de a sede do Automóvel Clube de Portugal estar instalado no nº29; 1942 - Casimiro Braga tomou de trespasse o estabelecimento do Luiz Victor Rombert; 1945 - registo que H. Santos tinha estabelecimento nos nº 30 a 32; 1948, 10 Maio - H. Santos deu baixa do seu estabelecimento; 1948, Maio - as negociações da Casa Palmella com a Caixa Geral de Depósitos foram interrompidas por imposição camarária, uma vez que o imóvel se encontrava em zona em estudo; o negócio compreendia o grupo de prédios com os nº12 a 38 na R. da Rosa, os nº63 a 67 da Travessa dos Fieis de Deus, os nº3 a 11 da R. da Trombeta e os nº 4 a 10 da Tr. Das Mercês, constituindo um bloco independente a ser vendido por 3 mil contos; 1948, 10 Maio - a firma H. Santos deu baixa do seu estabelecimento sito nos nº 30 a 32; 1951, 19 Fevereiro - a administração da Caixa Geral de Depósitos afirma que as obras de grande remodelação no palácio se prevê começarem em Junho ou Julho de 1951, após ter recebido auto de contrafé da Câmara Municipal de Lisboa; 1951, 10 Março - auto de vistoria da Câmara Municipal de Lisboa declara o palácio como exteriormente mal conservado; 1952, Janeiro - encontra-se concluída a primeira fase da empreitada de remodelação e ampliação do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (Palácio Palmela); 1952, Maio - ante-projecto para remodelação e ampliação do palácio Palmela pela Caixa Geral de Depósitos, onde se propõe a substituição de pavimentos, divisórias escadas, a destruição da parede exterior da ala nascente e dos corpos laterais recolhidos, e alinhamento das fachadas, construção de caves para arquivo, da autoria de Cândido Palma Teixeira de Melo; 1955, 23 Junho - o projecto de remodelação pela Caixa Geral de Depósitos está completamente elaborado, aguardando apenas autorização do ministro das Obras Públicas; 1955, Julho - reconhecimento geológico do terreno; 1955, 24 Agosto - concurso público para a empreitada de remodelação e ampliação do palácio Palmela, com base de licitação em 15783461$00; 1956 - saída do último locatário, o Automóvel Clube de Portugal (em 44 já lá estava segundo foto); 1956-1959 - realização de obras no palácio pela Caixa Geral de Depósitos, resultando a anexação ao Palácio Sobral e destruindo as obras oitocentistas, prolongando o corpo principal do edifício até á rua da Atalaia 1959 - remodelação do projecto da Caixa Geral de Depósitos para obter maiores áreas de trabalho e serviços; 1961, Janeiro - está em construção o piso intermédio do e a adaptação do andar amansardado; 1961 - 1961 - Conclusão da construção, pela Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência; 1961, 15 Junho - terminada a empreitada de remodelação e ampliação; 1967, Abril - estudo para a ligação dos dois palácios por arco sobre a R. da Rosa; 1967, 28 Setembro - a Câmara Municipal de Lisboa autoriza a ligação por arco dos dois palácios; 1969 - está em curso a obra do arco de ligação entre os dois palácios; PALÁCIO SOBRAL: séc. 18, 2ª metade - reedificação do palácio por Joaquim Inácio da Cruz Sobral (1725 - 1781) sobre uma estrutura existente desde o séc. 17 e que pertencera a Lázaro Leitão Aranha; 1811 - é o Quartel-general do Duque de Wellington; 1812 / 1813 - serve de Quartel-general a Lord Beresford; 1879 - deixa de funcionar no imóvel o Hotel Mata; 1887 - é vendido pelos Condes de Sobral ao estado para instalação da Caixa Geral de Depósitos; de imediato, se iniciam obras de recuperação para instalação do Ministério da Justiça; um incêndio que destruíu os dois últimos pisos, levou ao abandono da ideia; 1894 - o edifício estava a ser reconstruído, para a instalação do Ministério das Obras Públicas, projectando-se a existência de três pisos e uma mansarda, ficando, no primeiro, um vestíbulo, recepção e armazéns, surgindo no segudo, uma sala comum a todas as direcções do Ministério, e vários gabinetes; 1896 - a obra achava-se bastante adiantada, faltando alguns elementos de estuque e pintura; 1957, 19 Novembro - contrato do arquitecto Cândido Paulo Teixeira de Melo para a remodelação do palácio, pela quantia de 242666$60; 1965, 30 Março - entrega defenitiva do projecto de remodelação do palácio; 1965 - na memória descritiva para o projecto de remodelação do palácio estava prevista a ligação ao palácio Palmela por túnel ao nível das caves; 1965, Março - orçamento para o projecto de remodelação do palácio Sobral; 1965, 10 Maio - abertura do concurso público para a empreitada geral de ampliação e remodelação do palácio 1968, Setembro - no primeiro termo adicional ao projecto de remodelação verifica-se que as paredes exteriores não tinham a resistência necessária, optando-se pela sua reconstrução total, nivelamento ao nível do palácio Palmela, uniformização das fachadas e pensa-se a ligação por arco dos dois palácios.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura de alvenaria mista, rebocada e pintada; embasamento, pilastras, frisos, cornijas, e molduras de vãos e balcões em cantaria de calcário; guardas e gradeamento de vãos em ferro forjado; telha de canudo na cobertura; caixilhos de janelas em alumínio; telha de canudo na cobertura.

Bibliografia

RACZYNSKI, Les Arts en Portugal, Paris, Jules Renouard, 1846, pág. 399; Revista das Obras Públicas e Minas, tomo XXVII, n.º 313 a 315, Junho-Março 1896, pp. 66-67; CASTILHO, Júlio de, Lisboa antiga: o Bairro Alto, Lisboa, Bertrand, 1979, I vol; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Fasc. VII, Lisboa, 1950, págs. 43 - 47; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; CASTILHO, Júlio, Lisboa Antiga, o Bairro Alto, II vol., Lisboa, ed. Câmara Municipal de Lisboa, 1954, pág.111; FRANÇA, José-Augusto, A Arte em Portugal no século XIX, Lisboa, Bertrand, 1981; MATOS; José Sarmento de, "História do Palácio Palmela" in A Procuradoria Geral da República, Lisboa, P:G:R:, 1987; VALDEMAR, António, A Cidade dos Sítios, 1993; VALDEMAR, António, Palácio Sobral, Palácio Sousa Calhariz, in SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo, (dir. de), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; CARITA, Helder, Bairro Alto - Tipologias e Modos Arquitectónicos, Lisboa, 1994, págs. 80-81; LEAL, Joana da Cunha, Giuseppe Cinatti (1808-1879) Percurso e Obra (dissertação de mestrado em História da Arte Contemporânea), Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 1996.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; CML: Arquivo fotográfico.

Documentação Administrativa

CML: Arquivo intermédio, Procº nº 9939, MOP.

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1877, Agosto - abertura de duas portas no palácio Sousa-Calhariz, nos n.º 33 e 34; 1908, Janeiro - ampliação do revestimento da frente do estabelecimento nos n.º 31 e 32 no palácio Sousa-Calhariz; 1908, Maio - colocação de três vitrines no estabelecimento nos n.º 31 a 33; 1910, Setembro - substituição de escada para sobreloja e transformação de janela de peito em porta na fachada voltada à Rua da Rosa; 1911, Janeiro - colocação de duas vitrines e uma marquise no estabelecimento no n.º 34 da Palácio Sousa-Calhariz; 1927, Maio - colocação de calhas de ferro das águas pluviais no estabelecimento sito no n.º 34 do palácio Sousa-Calhariz; 1928, Janeiro - limpeza, reparações exteriores e interiores e de canos de esgoto no estabelecimento sito no n.º 29 do palácio Sousa-Calhariz; 1928, Setembro - limpeza, reparações exteriores, interiores e de canos de esgoto no estabelecimento sito no n.º 26 do palácio Sobral; 1929, Março - limpeza e reparações exteriores, interiores, canos de esgoto e telhados no estabelecimento sito no n.º 29 do palácio Sousa-Calhariz; 1929, Julho - limpezas e reparações exteriores no estabelecimento do n.º 34 do palácio Sousa-Calhariz; 1930, Julho - construção de escada interior, em madeira, para ligar a loja á sobreloja no estabelecimento nos n.º 26 a 28 do palácio Sobral; 1930, Agosto - colocação de montras e guarda-ventos e repintura de cantarias no estabelecimento sito no n.º 33 do palácio Sousa-Calhariz; 1931, Fevereiro - limpeza, reparações interiores e exteriores no estabelecimento do n.º 31 do palácio Sousa-Calhariz; 1931, Junho - limpeza e reparações exteriores e interiores, reparações em canos de esgoto no palácio Sousa-Calhariz/Palmela; 1931, Julho - limpeza e reparações exteriores do n.º 29 do palácio Sousa-Calhariz; 1935, Janeiro - colocação de tabuleta iluminada com o emblema do Automóvel Clube de Portugal em vidro fosco, com letras encarnadas e emblema a cores, na parte superior do portão da fachada principal do n.º 29 do palácio Sousa-Calhariz; 1935, Março - pintura a imitar pedra e repinte de cantarias do estabelecimento no n.º 33 do palácio Sousa-Calhariz; 1937, Abril - revestimento a mármore polido das cantarias do estabelecimento no nº 27 do palácio Sobral; 1939, Março - pintura da frente do estabelecimento sito nos números 30 a 32; 1940, Março - obras de limpeza gerais e pintura a cor-de-rosa do palácio Sousa-Calhariz; 1942, Julho - obras de limpeza exterior e interior no estabelecimento n.º 30 a 33 do palácio Sousa-Calhariz; 1942, Agosto - trabalho de estuque, pintura, caiação e reparação de pavimento no n.º 1 da Rua da Atalaia, no palácio Sousa-Calhariz; 1944, Setembro - alterações na porta de entrada no estabelecimento no nº33 do palácio Sousa-Calhariz; 1945, Março - alargamento do vão central, rasgo da cornija para colocação de toldo, limpeza, reparações interiores, alterações nos revestimentos, paredes e tectos, do estabelecimento nos n.º 30 a 32; 1945, Novembro - reparação de caixa de toldo no n.º 37 no Palácio Sousa-Calhariz; 1949, Maio - trabalhos de reparação no palácio Palmela; 1951, Junho - reparação da instalação eléctrica no palácio Palmela; 1955, Agosto - obras exteriores de limpeza e pintura de portas e montras no n.º 27 do palácio Sobral; 1956, Janeiro - início dos trabalhos de remodelação do palácio Sousa-Calhariz, estando em demolições o n.º 34; 1960, Maio - pintura de paredes e teto do último piso do palácio Palmela; 1960, Novembro - pintura de estuques no palácio Palmela; 1961, Janeiro - trabalhos de reajustamento para os serviços a instalar no palácio Palmela; 1961, Dezembro - assentamento de portas de ferro tipo lagarto; 1962, Julho - substituição dos vidros dos segundo e terceiros andares; 1967, Janeiro - impermeabilização da zona de arquivo e arranjos de pavimento, assentamento de vidros vácuos no segundo andar e arranjos de pavimentos e paredes; 1967, Julho - colocação de grades nas janelas e portas do primeiro piso; 1968, Outubro - pintura de paredes e tectos interiores; 1969, Junho - reparações na instalação eléctrica; 1969, Setembro - instalação de tipografia e microfilmagem no palácio Palmela; 1970, Fevereiro - trabalhos na cave; 1970, Dezembro - diversos trabalhos de reparações internas.

Observações

*1 - este edifício corresponde ao antigo palácio Sobral, cuja fachada principal é possível conhecer por fotografias; tratava-se de uma fachada dividida em cinco registos, correspondendo o último a um andar em ático e mansarda; era revestida a cantaria aparente ao nível do primeiro piso, e revestida em alvenaria rebocada e pintada nos seguintes, com divisão de andares através de cornijas, marcação dos ângulos por pilastras de cantaria e remate em platibanda; o pano central avançado, dispunha de galeria no primeiro piso, no segundo de 3 janelas de sacada, guarnecidas de varanda corrida em cantaria, e rematadas por cornija ondulada; ao nível do terceiro de 3 janelas de sacada de cantaria, rematadas por cornija ondulada; o quarto piso dispunha de 3 janelas de peitoril, rematadas por cornija recta. *2 - este edifício corresponde ao antigo palácio Calhariz-Palmela, cujo módulo compositivo se manteve sensivelmente; originalmente o palácio estendia-se á largura de sete vãos por andar, dividindo-se o actual primeiro piso em dois, dispondo no primeiro de uma sequência de portas e no segundo de janelas de peitoril. No andar em sobreloja os actuais vãos rectangulares correspondiam a óculos ovalados; o actual piso em mansarda é também um acrescento posterior; o portal principal manteve-se, mas o motivo nobilitante das armas interrompendo a cornija do vão axial superior perdeu-se; para E. o palácio dispunha de uma ala, com o mesmo número de pisos, rematada por frontão triangular, dispondo-se na fachada S. escadaria de aparato, aberta para jardim. *3 - parte do conjunto está implantado na freguesia de Santa Catarina.

Autor e Data

Inês Pais 2006

Actualização

 
 
 
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