Edifício na Travessa da Condessa do Rio, n.º 10

IPA.00022914
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia
 
Edifício residencial multifamiliar oitocentista, de planta rectangular e lote estreito, com fachada principal de quatro pisos, terminada em cornija com guarda de ferro corrida, e águas-furtadas, rasgada a ritmo regular por vãos rectilíneos de moldura simples, tendo no primeiro porta e duas janelas de peitoril e nos seguintes duas janelas de sacada com guarda de ferro e janela de peitoril. Interior com divisão espacial marcada pelas escadas de tiro com lances rectos, interrompidos por pequeno patamar em cada piso, a partir do qual se desenvolve corredor longitudinal de distribuição.
Número IPA Antigo: PT031106281067
 
Registo visualizado 2406 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial multifamiliar  Edifício  Edifício residencial  

Descrição

Planta longitudinal rectangular, de lote estreito, massa simples, disposta na vertical, com cobertura em telhados de quatro águas. Fachadas de cinco pisos, o último correspondendo a águas furtadas, rasgadas por vãos rectilíneos de molduras simples, a ritmo regular e sobrepostos. Fachada principal voltada a O., definida por frisos verticais de cantaria e horizontais separando os pisos, com superficie murária em reboco revestido com azulejos de padrão, azul sobre fundo branco, com flor ao centro, e embasamento pintado a cinzento. No 1º piso abrem-se duas janelas de peitoril e uma porta; nos 2.º, 3.º e 4.º pisos, duas janelas de sacada com guardas em ferro forjado e uma de peitoril, no alinhamento da porta; sobre este último piso, terminado em cornija de cantaria sobrepujada por sacada corrida com guarda de ferro forjado, assentam duas trapeiras. Na fachada posterior, voltada a E., abre-se uma porta e uma janela no piso térreo e duas janelas de sacada nos 2.º, 3.º e 4.º pisos. INTERIOR: com escadas de tiro, encostada à empena do lado direito, de lances rectos interrompidos por patamar de acesso aos fogos, um por andar; cada um dos pisos tem planta idêntica, com quatro divisões dispostas ao longo de corredor disposto no sentido O. / E., localizando-se a cozinha e casa-de-banho a E.. Tectos de estuque pintado de branco, decorados com ornatos vegetalistas inseridos em molduras. O 2.º piso tem pequeno logradouro nas traseiras, cujo acesso é feito através da cozinha. Esta e a casa-de-banho apresentam painéis de azulejos, azul cobalto sobre fundo branco, reaproveitados, formando silhar, com albarradas, simples, interligadas por palmitos ou por palmitos e aves, e elementos vegetalistas, com barras de flores, elementos vegetalistas, volutados, concheados e óvulos. Na casa-de-banho, surge ainda registo de azulejo, azul cobalto e amarelo sobre fundo branco, com imagem da Virgem inserida em cartela. No logradouro, banco revestido com azulejos de vários padrões vegetalistas reaproveitados, em azul cobalto sobre fundo branco ou com policromia amarela; espaldar com dois registos de azulejo, separados por friso, o inferior com um putti a segurar um cacho de uvas e o superior com representação de Santo António.

Acessos

Travessa da Condessa do Rio, n.º 10

Protecção

Incluído na Zona Especial de Proteção do Bairro Alto e imóveis classificados na área envolvente e na Zona Especial de Proteção do Convento dos Paulistas (v. IPA.00005186)

Enquadramento

Urbano, flanqueado. Integrado na malha urbana do Bairro de Santa Catarina, no qual se insere harmonicamente, a meia-encosta, adossado de ambos os lados a edifícios, formando frente de rua. Adaptado ao declive do terreno, abre para rua calcetada e tem nas traseiras, ao nível do 2.º piso, pequeno logradouro. Na proximidade, ergue-se a Igreja de Santa Catarina (v. PT031106280038).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: edifício residencial

Utilização Actual

Residencial: edifício residencial

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc.18, final - provável construção; séc. 19, finais / 20, inícios - reforma do prédio; 1914 - Pedro Firmino Robert, então proprietário, procedeu a obras para melhorar as condições higiénicas do prédio; 2000, 5 Setembro - Deliberação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, aceitando a doação de 4/5 do prédio, feita por Maria Emilia Robert e Maria Adelaide Robert Pujol Delarrubi.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em alvenaria rebocada; elementos estruturais, molduras dos vãos, frisos e cornija em cantaria; pavimento de madeira e cerâmico; revestimento da fachada principal, algumas paredes do interior e silhares do logradouro em azulejos; portas e caixilharia em madeira; vidros simples; estores metálicos e plásticos; algerozes plásticos; guardas em ferro forjado; cobertura de telha.

Bibliografia

Documentação Gráfica

SCML: DGIP; IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

SCML: DGIP

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1914 - desaterro de parte do logradouro, ao nível do 2.º piso, construção de uma divisória, aproximadamente na prumada do piso térreo, alteração dos vãos da fachada posterior, abertura de uma passagem para o logradouro, onde se consruíu uma retrete.

Observações

Autor e Data

Helena Mantas 2004

Actualização

 
 
 
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