Parque da Quinta das Conchas e dos Lilases

IPA.00023905
Portugal, Lisboa, Lisboa, Lumiar
 
Arquitectura agrícola. Quinta de produção transformada em parque constituído por vegetação ornamental, com predomínio do estráto arbóreo, disposta com um sentido determinado e acompanhado de elementos construídos, como banco, canteiros, estátuas e peças de água, murado sem percepção dos limites exteriores em grande parte da sua extensão. Os outros três povoamentos localizam-se no Buçaco, Lousã e Moncorvo, não existindo outros povoamentos com estas características na Europa. Na mata encontramos outros dois povoamentos de Zelkova crenata e Eucalyptos globulos com grande valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico. A quinta é o terceiro maior espaço verde da cidade de Lisboa, depois de Monsanto e da Bela Vista; Os Cupressus lusitanica da mata têm mais de cem anos e constituem um dos quatro únicos povoamentos com esta antiguidade em Portugal. Esta árvore é originária do México e foi disseminada na época das descobertas.
Número IPA Antigo: PT031106181149
 
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Registo

 
Espaço verde          

Descrição

A propriedade é murada ou gradeada a toda a volta. A quinta das conchas está separada por muro da quinta dos lilases, a N., interrompido por portões que permitem a comunicação entre as duas. A QUINTA DAS CONCHAS consiste em duas áreas distintas: a mata, a S. a cota progressivamente superior e o jardim na parte inferior. O JARDIM compreende uma zona de merendas entre o muro sobre a alameda das linhas de torres e o grande tanque para do amplo prado central. Este é limitado a E. por um passadiço de madeira que o atravessa no sentido N.-S.. e é ladeado por palmeiras. Ainda na zona do prado, junto ao acesso pela Rua Pastor de Macedo existe um edifício que inclui a cafetaria, instalações sanitárias, um espaço de informação municipal e um local de exposições. A zona superior do jardim está equipada com parque infantil e um palco para a realização de espectáculos enquadrados por caminhos sobre passadiços de madeira que cruzam com canais de água. Junto ao muro a E. está a denominada fonte luminosa que tem ligação aos canais de águas que se iniciam nesta zona. Entre o jardim e o muro que o separa da quinta dos lilases, está definida uma área de passeio limitada por um canal de água que desagua no grande lago e onde existem árvores de grande porte formando uma alameda que estende desde o portão na alameda das linhas torres até ao da rua 1, junto ao qual está um restaurante e instalações sanitárias. MATA: de arvoredo denso traçado por caminhos sinuosos que acompanham os declives, preserva as ruínas de um antigo palacete, um chafariz e uma mina. É constituída essencialmente por um povoamento de Cipreste do Buçaco com exemplares de grande valor desta espécie e de outras (Zelkova crenata e Eucalyptus globulos) que se encontram perto da mina e no parque de merendas. Entre estas espécies estão plantadas palmeiras e crescem arbustos densos, tornando a mata constrastantemente fresca e protegida da luz. A QUINTA DOS LILASES é rica no estrato arbóreo, traça por caminhos rectilíneos na parte mais próxima da quinta das conchas e por um desenho ais orgânico na outra parte. Nesta última, junto ao limite N., existe um grande lago também de traçado naturalizado, alimentado por um chafariz. No extremo perto do portão da rua 1 destaca-se uma latada criando um local de estadia.

Acessos

Alameda das Linhas de Torres, n.º 156, 198 - 200

Protecção

Inexistente / Inclui EFIP - Espécies Florestais Classificadas de Interesse Público, DR, 2.ª série, n.º 285, 12 dezembro 2000 (15 Exemplares de Zelkova crenata e 41 Exemplares de Eucalyptos globulos)

Enquadramento

Situada no alto do Lumiar, quase totalmente rodeada por urbanizações recentes e por terreno espectante a E.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Produtiva: quinta / Recreativa: parque

Utilização Actual

Recreativa: parque

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 21

Arquitecto / Construtor / Autor

António Viana Barreto ( 1979-1982)

Cronologia

Séc. 16, meados - a quinta é desenvolvida por Afonso de Torres; 1979 - anteprojeto de recuperação da quinta e seus jardins; 1982 - projeto de recuperação da quinta e seus jardins; 2005, 12 Maio - reabertura ao público

Dados Técnicos

No projecto de recuperação houve preocupação com a gestão da água ficando todo o sistema hídrico constituído em circuito fechado, ou seja, a água da mina e dos poços é incorporada no sistema.

Materiais

Material Vegetal: cipreste-do-buçaco (Cupressus lusitanica), lodão (Zelkova crenata), eucalipto (Eucalyptus globulus).

Bibliografia

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/Arquivo Pessoal António Viana Barreto; CML

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/Arquivo Pessoal António Viana Barreto; CML

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: recuperação da quinta e adaptação ao uso público.

Observações

Autor e Data

Pereira de Lima 2005

Actualização

 
 
 
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