Povoação do Lamegal / Aldeia do Lamegal
| IPA.00024197 |
Portugal, Guarda, Pinhel, Lamegal |
|
Núcleo urbano sede de freguesia. Vila medieval de juridisção senhorial. O traçado urbano apresenta uma malha de padrão orgânico, organizada em função do espaço polarizador junto à igreja Matriz, a partir do qual se ramificam as duas vias estruturantes, para N. e para S. Predominam as casas de dois pisos, com incidência significativa de casos em que surgem escadas exteriores, que revelam a predominância de parcelas de pequena dimensão. É também comum a casa de 2 pisos com loja no piso térreo. No alinhamento desta encontramos também a casa térrea com meia cave. A casa térrea simples com uma ou mais janelas, embora também surja com uso residencial, está mais associada ao uso agrícola. Os elementos arquitectónicos de relevância encontram-se em trabalhos de cantaria, nomeadamente em vãos de portas, janelas e nas escadas exteriores. São de referir os equipamentos de condução e abastecimento de água, como o poço, o chafariz e o lavadouro público. O poço surge no cruzamento de duas vias e tem a particularidade de ter uma boca de recepção e outra de emissão de água. |
|
Número IPA Antigo: PT020910120188 |
|
Registo visualizado 448 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoação Povoação medieval
|
Descrição
|
Estrutura urbana centrada num núcleo fundacional constituído pela Igreja Matriz e pelo pelourinho, geradores dos espaços públicos mais importantes. Todos os espaços públicos, mesmo os fundamentais, são irregulares. O "Largo da Igreja" (denominado assim pela presença do edifício religioso, não por ter um topónimo atribuído, tal como nas restantes ruas e praças), tem ao centro o cruzeiro e confronta com a fachada principal da Igreja Matriz. O "Largo do Pelourinho", é contíguo ao anterior e confronta com a fachada lateral N. da Igreja Matriz. Neste largo encontra-se o pelourinho, o chafariz, o forno comunitário e o edifício de uma escola actualmente devoluto, construído sobre a antiga Casa da Câmara (2ª metade do séc. 20). Estes espaços funcionam como articulação dos eixos viários principais de acesso ao núcleo, um eixo a N., um eixo a S. que faz a articulação com o espaço rural e um eixo a O., que atravessa o rio por uma ponte medieval, que possivelmente foi construída no local de uma ponte romana. Estes percursos coincidem com as vias de entrada na vila, nomeadamente o eixo N. de acesso a Pinhel, sede de concelho. As ruas principais têm um traçado irregular e larguras muito variáveis. A expansão urbana do séc. 20 deu-se para N., gerando um segundo núcleo, muito descaracterizado. Estes dois núcleos estão separados por um amplo quarteirão, quadrangular, composto por grandes logradouros e terrenos cultivados, atravessados por uma linha de água. O traçado urbano é orgânico, estruturado em função do núcleo anteriormente descrito, que concentra o poder religioso e político. É notória a presença do cemitério, que ainda hoje se enquadra totalmente na malha urbana, a N. da Igreja, confrontando a sua cabeceira. As travessas, becos e pequenos largos, anexos às vias principais são uma constante na malha urbana do Lamegal. Os quarteirões são muito irregulares e na sua maioria só têm duas ou três frentes urbanas, sendo a outra frente confrontada com os terrenos agrícolas circundantes. Os quarteirões centrais, à excepção do já referido, são de dimensões muito reduzidas, com logradouros quase inexistentes. Os lotes são essencialmente estreitos e quadrangulares. O edificado é predominantemente de 2 pisos e piso térreo, apresentando hoje grande heterogeneidade morfológica. É notória a ausência de edifícios de maiores dimensões, sendo muito comuns as construções relacionadas com o uso agrícola ou misto, residencial e agrícola. |
Acessos
|
EM574 |
Protecção
|
Inclui Pelourinho do Lamegal (v. PT020910120003) / Igreja Matriz do Lamegal / Igreja de Nossa Senhora da Assunção (v. PT020910120112) / Ponte em Lamegal (v. PT020910120115) / Capela de Santo António (v. PT0209101202113) |
Enquadramento
|
Urbano. Situado a cerca de 12 km. a S. de Pinhel, implantado na margem esquerda do rio Lamegal (hoje comummente conhecido por ribeira da Pega em terreno com declive pouco acentuado. Sendo uma zona essencialmente de produção agrícola, as vinhas e os campos de cultivo são a marca característica da paisagem envolvente. São produzidos maioritariamente no Lamegal cereais, vinho e agropecuária baseada em bovinos, ovinos e caprinos. A margem do rio, na envolvente do núcleo urbano, é marcada pela presença de inúmeros moinhos de água, noras e canais de rega. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Não aplicável |
Utilização Actual
|
Não aplicável |
Propriedade
|
Não aplicável |
Afectação
|
Não aplicável |
Época Construção
|
Época medieval |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Não aplicável |
Cronologia
|
Séc. 13 - povoação doada por D. Afonso III a D. Pedro Anes; 1284 - nas inquirições de D. Dinis, era a única Honra do Julgado de Pinhel, séc. 15 - provável edificação do pelourinho; ausência de carta de foral, apesar de constituir uma pequena unidade concelhia com autonomia no exercício da justiça, mas não administrativa; 1527 - no Cadastro da População do Reino não é referido como concelho, mas como "termo do Lugar" de "Lamegal"; anexação da freguesia de Penhaforte; 1757 - a vila contava com 128 fogos; 1855 - passagem do concelho de Jermêlo, da comarca da Guarda para a comarca e concelho de Pinhel; 1874 - a vila contava com 180 fogos e 600 almas. |
Dados Técnicos
|
Não aplicável |
Materiais
|
Não aplicável |
Bibliografia
|
LEAL,Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873 |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID; CMP |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID; CMP |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN/DSID; CMP |
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
A área inventariada abrange uma zona de expansão da segunda metade do séc. 20, muito descaracterizada, com o objectivo de dar a conhecer a realidade do núcleo urbano em toda a sua extensão. |
Autor e Data
|
Marta Clemente 2006 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |