Chafariz na Rua da Boavista / Bica dos Olhos

IPA.00024254
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia
 
Arquitectura infraestrutural, maneirista. Chafariz urbano, integrado num nicho existente num prédio de habitação, do tipo espaldar recto, flanqueado por pilastras e rematado em friso e cornija, sobre a qual surgem enrolamentos simétricos; no espaldar, integra-se a bica, nas armas da cidade, que verte para pequena taça semicircular, cujos sobejos vertem para nicho aberto na base do espaldar.
Número IPA Antigo: PT031106491162
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de elevação, extração e distribuição  Chafariz / Fonte  Chafariz / Fonte  Tipo espaldar

Descrição

Chafariz de cantaria de calcário lioz, de planta recta, integrada num nicho, com cobertura interior em abóbada de berço abatido, composto por um espaldar rectilíneo, flanqueado por pilastras toscanas e rematado em friso e cornija, encimados por decoração de enrolamentos volutados, dispostos simetricamente, integrando triângulo, com duas das faces curvas, contendo a data "1675". No espaldar enquadra-se uma cartela octogonal com as armas da câmara municipal, sobre a qual existe, ao longo de dois silhares, uma inscrição: "HE OBRIGADO O DONO DESTA PROPRIEDADE A CONSERVAR ESTA BICA SEMPRE CORRENTE À SUA CUSTA". Na caravela, inscreve-se a bica, que verte para uma taça semicircular, de bordos boleados, tendo, na base, um orifício de escoamento, que verte para um nicho rectilíneo, com moldura saliente, que se enquadra num maciço murário, disposto obliquamente relativamente ao espaldar.

Acessos

Rua da Boavista, junto ao n.º 32

Protecção

Incluído na Zona Especial de Proteção do Bairro Alto e imóveis classificados na área envolvente

Enquadramento

Urbano. Implantado no interior de um nicho rectangular, em cantaria de calcário lioz, existente num edifício situado na esquina da Rua da Boavista com a Travessa do Marquês de Sampaio, no local onde se erguia a Porta do Pó. O nicho encontra-se voltado para uma via rodoviária, separado dela por um passeio público, pavimentado a calçada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Hidráulica: chafariz

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1675 - data inscrita no remate da fonte, o que indiciará a data da sua construção ou remodelação; é alimentada por uma nascente situada no prédio contíguo, sendo o seu proprietário responsável pela sua conservação, tendo propriedades medicinais, relativas a inflamações dos olhos; nas imediações existia a Bica de Duarte Belo; 1707 - o proprietário, o carpinteiro António Ferreira, foi obrigado a mudar a fonte e reparar os danos dos canos; 1927 - análise química à água, reconhecendo-se as suas propriedades sulfatadas; os sobejos corriam para o mar.

Dados Técnicos

Estrutura autorportante.

Materiais

Estrutura em cantaria de calcário lioz.

Bibliografia

CHAVES, Luís, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, s.d.; CAETANO, Joaquim de Oliveira, SILVA, Jorge Cruz, Chafarizes de Lisboa, Sacavém, Distri-Editora, 1991; FLORES, Alexandre M. e CANHÃO, Carlos, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Edições INAPA, 1999.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, 2.ª metade - limpeza do conjunto e tratamento dos rebocos e pinturas do nicho.

Observações

Autor e Data

João Machado 2006 / Paula Figueiredo 2007

Actualização

 
 
 
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