Edifício Pombalino de gaveto entre a Rua dos Douradores n.º 96 a 104 e a Rua da Vitória, n.º 10 a 16

IPA.00025564
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior
 
Edifício residencial multifamiliar e comercial pombalino, integrado nos planos de reconstrução da zona da Baixa, de estrutura em gaiola, com estabelecimentos comerciais no piso térreo, sobreloja e cinco pisos de habitação, desenvolvendo-se a caixa da escada ao centro. Fachada principal seguindo o esquema de uniformidade e simplificação arquitectónica, devido à necessidade de construir rapidamente, rasgada por vãos de verga recta a ritmo regular, os do 3.º piso, o nobre, com janelas de sacada, bem como os do 4.º e 6.º pisos, e as restantes de peitoril, todas com bandeira e molduras de cantaria. Fachadas revestidas a azulejos de padrão fitomórfico, em tons de verde. Na zona de habitação, desenvolvem-se interiormente dois fogos por andar, os do lado esquerdo com duas portas de ligação à escada, a principal e uma de serviço, tendo menor área, ambos com salas de estar voltadas para a fachada principal, com rodapés de azulejos de padrão fitomórfico, pombalino, e zona de serviços voltados para o saguão, nas traseiras do imóvel.
Número IPA Antigo: PT031106481232
 
Registo visualizado 3159 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial multifamiliar  Edifício  Edifício residencial e comercial  

Descrição

Planta rectangular, com caixa de escadas central, escada de lanços paralelos, com patamares intermédios de acesso aos dois fogos de cada piso. Massa simples, disposta na vertical, com cobertura em telhado de três águas. Fachadas de sete pisos, o último correspondendo a águas-furtadas, com embasamento de cantaria e revestidas a azulejos de padrão fitomórfico em tom de verde. Fachada principal voltada a O., para a R. dos Douradores, marcada no cunhal direito por pilastra toscana de ordem colossal, seccionada por friso de cantaria que separa os pisos de loja e sobreloja dos de habitação, e pela abertura, a ritmo regular, de vãos rectilíneos, cinco por piso, com molduras de cantaria. Piso térreo rasgado por porta central de verga recta, de acesso aos pisos superiores, de habitação, ladeada por dois espaços comerciais, cada um com dois vãos de montra que acompanham o pé-direito e cujas molduras se prolongam para o piso superior, de sobreloja, o qual é rasgado, num jogo alternado, por janelas de varandim, de verga abatida e trapezoidal, com guarda em balaustrada de ferro; no terceiro e quarto pisos, separados por friso e o superior com embasamento de cantaria, abrem-se, sobrepostas, janelas de sacada, de moldura simples, também, com guarda em ferro, e com caixilharia integrando bandeira; o quinto piso tem janelas de peitoril, de verga recta, terminando em friso e cornija; no sexto piso, surgem janelas de sacada, com guarda corrida, em ferro forjado e papagaios também em ferro, sendo rematado por cornija; as águas-furtadas, revestidas a telha preta, tem cinco mansardas com molduras terminadas em empenas de ângulos rectos. Fachada lateral voltada a S., para a R. da Vitória, idêntica à anterior, mas apenas com quatro eixos de vãos: janelas de peitoril de molduras superiormente recortadas e formando falsos brincos rectos e de sacada, apenas no sexto piso. INTERIOR: primeiro piso composto por três lojas, uma ocupando quase toda a área do piso, com acesso pela R. dos Douradores e pela R. da Vitória, com a zona de venda ao público na esquina entre as duas ruas e as restantes áreas de escritório e serviços; as outras duas lojas, de menor área, têm apenas uma sala e instalações sanitárias, estando voltadas, uma para a R. dos Douradores e a outra para a R. da Vitória. Pela porta central da fachada principal, de duas folhas com grelha em ferro fundido e bandeira igualmente em ferro, acede-se ao vestíbulo, de planta rectangular e eixo longitudinal, separado da escada por arco de volta perfeita em cantaria; tem pavimento em mármore, enxaquetado, paredes com embasamento de cantaria e silhar de azulejos de padrão fitomórfico, monocromo verde sobre fundo branco, e tecto de estuques decorativos, com elementos vegetalistas nos ângulos e florão central. Escada com degraus em madeira e lanços paralelos, à excepção do primeiro lanço que apresenta degraus em cantaria e é perpendicular aos restantes, patamares intermédios, com guarda em ferro e corrimão em madeira, tendo nas paredes silhar de azulejos de padrão idênticos aos do vestíbulo. Nos patamares intermédios abrem-se, alternadamente, uma e duas portas; a primeira porta é de serviço do apartamento esquerdo, as outras duas são, uma porta correspondendo ao principal acesso do apartamento esquerdo, e, a outra, a única porta de acesso ao apartamento direito. A sobreloja ocupa toda a área do piso, com oito assoalhadas dispostas em torno da caixa de escadas, as duas maiores intercomunicantes, voltadas para a fachada principal e parte da fachada lateral, e tendo as instalações sanitárias nas traseiras. Pisos de habitação com dois apartamentos por piso, de planta estruturada em torno da caixa das escadas, o do lado esquerdo de menor área, com quatro a seis assoalhadas, cozinha e instalações sanitárias; o do lado direito, com sete e oito assoalhadas, uma das quais interior, cozinha e instalações sanitárias. Possui pavimentos em soalho nas salas e quartos e cerâmico nas cozinhas e instalações sanitárias, tectos planos, com estuques decorativos nas salas nobres e em madeira nas restantes. As salas nobres, voltadas para a R. dos Douradores e para a R. da Vitória, têm rodapés em azulejos reaproveitados e pinturas murais com elementos geométricos simples, sob a camada cromática.

Acessos

Rua dos Douradores, n.º 96 a 104; Rua da Vitória, n.º 10 a 16

Protecção

Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) / Incluído na Zona de Proteção do Convento e Igreja de Corpus Christi (v. PA.00011495)

Enquadramento

Urbano, flanqueado, integrado no conjunto da Baixa Pombalina (v. PT031106190103), no vale de aluvião entre as colinas do castelo, a E., e a de São Francisco, a O.. Disposto de gaveto, adossa-se por E. e N. a edifícios de cércea semelhante, abrindo a O., para a Rua dos Douradores e a S. para a Rua da Vitória. Na fachada posterior, possui um saguão.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: edifício residencial e comercial

Utilização Actual

Comercial: loja (piso térreo) / Devoluto (pisos de habitação)

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Eugénio dos Santos (1758). CONSTRUTOR CIVIL: Frederico Augusto Ribeiro (1906); Libertário Martins Vagueiro (1948). EMPREITEIROS: António Henrique Nunes (1948); João Baptista de Matos (1967); Tiago Gomes Fernandes (1977); José Antunes Sereno (1980 - 1981); José Augusto Gomes (1981); Vamaro - Construção Civil, Lda (1988); OMEP - Obras, Medições e Projectos, Lda. (1992). ENGENHEIROS: Manuel da Maia (1755); Carlos Mardel (1758); António Ferreira (1940); Alberto Saraiva e Sousa (1944); Joaquim Fausto Janela Lucas (1966); Mário de Matos Martins Nogueira (1969); Joaquim Gusmão Martins Vasco (1971); António Augusto Rosa (1971).

Cronologia

1755, 1 Novembro - terramoto arrasa grande parte da zona baixa da cidade; no fim do mês, o Eng. Manuel da Maia foi escolhido para proceder à direcção técnica da reconstrução; 29 Novembro - alvará dando condições para que o Ministro da Inspecção de cada bairro procedesse ao levantamento de todas as ruas, praças e edifícios públicos existentes em 31 de Outubro, para elaborar um cadastro de cada um dos bairros da capital; 1755 / 1758, entre - elaboração do projecto-piloto para a reconstrução da Baixa-Chiado; 1755, 4 Dezembro - entrega da Parte Primeira da Dissertação de Manuel da Maia; 30 Dezembro - Sebastião José de Carvalho e Melo proibiu toda e qualquer construção até à definição de um plano; 1756, 31 Março - Parte Terceira do relatório de Manuel da Maia, onde se introduziu as primeiras quatro hipóteses desenhadas para reflexão sobre a reconstrução da cidade baixa; determinava-se que os prédios deviam ser todos de três pisos, o que viria a ser recusado; 1758, 12 Maio - Lei estabeleceu os direitos públicos da edificação por meio de "um plano decoroso, digno da capital" e determinando que os terrenos em que se deviam levantar os edifícios se começassem a entregar; Junho - estabeleceu-se que os prédios teriam uma cércea de quatro pisos com águas-furtadas; Manuel da Maia, lamentando não ter condições físicas para realizar os desenhos, informa ter designado para apurar a planta final e dirigir as obras os Engs. Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, cabendo a Eugénio dos Santos, arquitecto do Senado, o desenvolvimento das peças principais; os projectos tiveram a convergência e cumplicidade de Sebastião José de Carvalho e Melo e os membros do seu gabinete; 1759, 12 Junho - ordem para entrega dos terrenos das ruas antes chamadas dos Ourives do Ouro, dos Douradores e dos Escudeiros, que seriam integradas na nova rua nobre designada de Augusta; o Marquês de Pombal deu instruções sobre a maneira como os proprietários deveriam tomar posse dos seus terrenos, a fim de iniciar a reedificação da Baixa, começando simultaneamente do Terreiro do Paço para o N. e do Rossio para o S., para maior urgência; 1760 / 1769, entre - pertencia, quanto mais não seja o chão onde viria a ser construído o prédio, à Junta do Comércio; 1769, 6 Março - entre outras medidas legislativas do Marquês de Pombal para acelerar a construção da R. Augusta, publicou decreto que procurava salvaguardar a edificação desta rua em primeiro lugar; 1773, 21 Junho - resolução do Marquês, alterando as disposições do anterior decreto, e estipulando que a Junta do Comércio deveria assumir a edificação dos prédios ainda não iniciados pelos proprietários dos chãos, gerindo depois as Obras Públicas a sua administração, enquanto as vendas não se verificassem; 1800 / 1809, entre - data provável da construção do prédio; 1886 - construção das águas furtadas pelo seu proprietário, Alexandre Roberto da Silva; 1938, 9 Fevereiro - falecimento de Alexandre da Silva, que deixa o prédio à SCML; 1945, 31 Julho - mês e meio após o fim da II Guerra Mundial, o andar do 2.º frente foi arrendado à Sociedade de Comércio Américo-Luso-Britânico; 1959, 14 Fevereiro - abandono súbito do andar pelos gerentes da Sociedade de Comércio Américo - Luso - Britânico; a SCML solicitou à PIDE a sua localização; 1963, Agosto - infestação de formiga branca nas vigas de madeira; 1965, 16 Novembro - abatimento do tecto de uma sala no 3º Esq.; 1969, 28 Fevereiro - sismo provocou a abertura de rachas e a ruína das chaminés, obrigando à sua reconstrução; 1990, 6 Junho - desmoronamento de tectos; 1993, Dezembro - desabamento de tecto.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante (de gaiola - estrutura autónoma e modulada de peças de madeira maciça, travadas entre si e capazes de resistir a um abalo sísmico, suportando os pavimentos e cobertura mesmo após a ruína das alvenarias das paredes).

Materiais

Estrutura de gaiola preenchida a alvenaria, rebocada e pintada; frisos, embasamentos, pilastras e molduras dos vãos em cantaria calcária; revestimento de mármores em algumas cozinhas; vidros simples; portas e caixilharia de madeira; pavimento cerâmico e de madeira; revestimento das fachadas exteriores, das chaminés, rodapés em azulejos; guardas e papagaios em ferro; algerozes metálicos; estores metálicos; cobertura de telha.

Bibliografia

MACEDO, Luís Pastor de, A Baixa Pombalina, Lisboa, 1938; FRANÇA, José-Augusto, A Reconstrução de Lisboa e a Arquitectura Pombalina, Lisboa, 1978; Lisboa e o Marquês de Pombal. Exposição Comemorativa do Bicentenário da Morte do Marquês de Pombal, (Catálogo da Exposição), dir. Irisalva Moita, Lisboa, 1982; FRANÇA, José-Augusto, Lisboa Pombalina e o Iluminismo, Lisboa, 1987; FERNANDES, José Manuel, Alguns apontamentos sobre urbanismo alfacinha (da Baixa ao campo Grande, do século XVIII ao século XX), in Lisboa de Frederico Ressano Garcia, 1847 - 1909, (dir. Raquel Henriques da Silva), Lisboa, 1989; MOURA, Carlos, Lisboa Pombalina, Lisboa, 1991; MADUREIRA, Nuno, Cidade: Espaço e quotidiano. Lisboa 1740 - 1830, Lisboa, 1992; VALE, Teresa Leonor, Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio, in Monumentos, n.º 1, Lisboa, 1994; SILVA, Vítor Cóias, Um novo modelo (e uma nova visão) do Edifício Pombalino, in Monumentos, n.º 6, Lisboa, 1997; Monumentos, n.º 21, Lisboa, Setembro 2004.

Documentação Gráfica

SCML: DGIP / DGEMN: DSID

Documentação Fotográfica

SCML: DGIP / DGEMN: DSID

Documentação Administrativa

SCML: DGIP, proc.º 35; CML: obra n.º 9997; DICO, proc.º 35

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1886, 9 Julho - ampliação do edifício com a construção de um piso de águas furtadas, autorizada pela CML, na condição de reformular a rede de esgotos; 20 Julho - autorização da CML para o proprietário abrir as frestas das sobre-lojas, aumentando o vão, e a colocar uma varanda corrida no 6º andar, tudo no lado da Rua Vitória; INQUILINO: 1895, 2 Outubro - pintura da fachada da loja da Rua da Vitória n.º 10 autorizada pela CML; PROPRIETÁRIO: 1906, 6 Junho - demolição do madeiramento do telhado e divisões interiores do sótão, para deixar de ser habitado, substituição da telha portuguesa por marselhesa, reconstrução da varanda do quinto andar (águas-furtadas) substituindo a cantaria por outra nova e o ferro ondulado por telha de escama ou ardósia, forro de toda a fachada com azulejo, reparação das cantarias, pintura dos caixilhos e portas exteriores e interiores, fazendo de novo os caixilhos precisos, limpeza e colocação de estuque da escada, feitura numa das divisões da loja de um quarto para guarda-portão, obras autorizadas pela CML e sob direcção técnica de Frederico Augusto Ribeiro, construtor civil; 1906, 10 Outubro - construção de duas retretes em cada pavimento, autorizada pela CML e sob direcção técnica de Frederico Augusto Ribeiro, construtor civil; INQUILINO: 1920, 17 Janeiro - substituição da porta de madeira por uma de ferro, articuladas com a caixa voltada para o exterior na loja do n.º 10 da Rua da Vitória, autorizada pela CML; 1927, 21 Maio - obras de limpeza e conservação exteriores do n.º 100 da Rua dos Douradores, autorizadas pela CML; 1928, 1 Maio - reparações na calçada do passeio pelo inquilino do n.º 96 da Rua dos Douradores, autorizadas pela CML; 1930, 12 Junho - obras de limpeza e conservação dos exteriores na sobreloja do n.º 100 da Rua dos Douradores, autorizadas pela CML; PROPRIETÁRIO: 1930, 17 Junho - autorização da CML para feitura de obras de conservação e limpeza dos exteriores; 1939, 28 Janeiro - a CML solicitou à SCML que procedesse à limpeza geral do prédio, tendo as obras sido executadas em Maio; 1939, 14 Outubro - os Bombeiros participaram à CML que no edifício havia um armazém de papel que colocava o edifício sob risco de incêndio; Inquilino: 1940, 9 Março - a CML autorizou o inquilino da sobreloja a fazer a obra necessária imposta pela vistoria dos Bombeiros sob projecto do engenheiro António Ferreira; 1941, 25 Abril - autorização da CML para reparação dos estuques do tecto e paredes, colocação de mosaicos no chão, pinturas interiores e pintura exterior de uma porta, na loja da R. da Vitória n.º 10; 1943, 25 Fevereiro - a Mesa autorizou o inquilino do 3º Dto. a fazer obras de alterações no interior; 1944, 20 Janeiro - por proposta do adjunto Engenheiro Santa Clara Gomes, foi adjudicado ao Engenheiro Alberto Saraiva e Sousa a elaboração de projectos de reabilitação de vários edifícios, entre os quais o 5º Dto. do prédio; 1947, 5 Fevereiro - a CML solicitou limpeza exterior do prédio para não contrastar com os restantes, sendo os proprietários intimados a fazê-las até Setembro de 1946; 1947, 28 Julho - autorização da CML para a sobreloja efectuar pinturas interiores; Proprietário: 1948, Março - adjudicação das obras de conservação e limpeza geral das fachadas ao empreiteiro António Henrique Nunes, e sob gestão técnica de Libertário Martins Vagueiro, construtor civil; INQUILINO: 1949, 2 Junho - autorização da CML para o inquilino do 2º Dto. do n.º 100 da Rua dos Douradores a proceder a pequenas reparações, pinturas e limpeza das paredes e tectos; 1958, 4 Fevereiro - foram efectuadas vistorias sanitárias que impuseram a construção de casas de banho no 4º Esq.; PROPRIETÁRIO: 1958, Julho - conclusão das obras no 2º F pelo Serviço de Obras da SCML; 18 Agosto - realização de vistorias sanitárias que impuseram a construção de casas de banho no 4º Dto.; 1959, Janeiro - reparação dos pavimentos do 1.º andar; Dezembro - conclusão das obras de construção das casas de banho no 4º andar; 1962 - obras de beneficiação no exterior e nas escadas de serviço; 1963, 18 Abril - a CML solicitou à SCML que procedesse a obras de conservação geral do prédio; 1963, 11 Janeiro - por vistoria da Delegação de Saúde do Distrito de Lisboa, o inquilino da sobreloja foi intimado a estucar os tectos de madeira, rever a instalação eléctrica e emparedar a chaminé existente; Inquilino: renovação das montras da sobreloja; 1964, 25 Janeiro - o inquilino da sobreloja solicitou autorização para alterar os vãos; 1966 - alterações nas montras da sobreloja; 1969, Abril - a firma inquilina do 1º andar pretendia fazer obras de adaptação; 1967, 27 de Fevereiro - adjudicação da empreitada das obras de reparação geral no 5.º Esq.º à firma João Baptista de Matos; PROPRIETÁRIO: 1969, Janeiro - obras de reparação geral do 5.º esquerdo para novo arrendamento; INQUILINO: 1969, 2 Dezembro - multa da Polícia Municipal ao inquilino do 1.º andar do n.º 100 da R. dos Douradores por fazer obras clandestinas: limpezas interiores, construção de tectos falsos, colocação de divisórias; 1970, 14 Julho - a CML indeferiu o projecto de legalização apresentado pelo técnico Mário de Matos Martins Nogueira; 1971, 24 Maio - o inquilino entregou o projecto de legalização assinado por Joaquim Gusmão Martins Vasco, agente técnico de engenharia civil que implicava a demolição de paredes exteriores e colocação de lintéis, tendo os cálculos sido efectuados por António Augusto Rosa, agente técnico de engenharia civil; Junho - o inquilino do 1º e 2º andar fez obras irregulares no 1º andar e abriu um vão entre o 2º Esq. e o 1º andar do prédio na Rua dos Fanqueiros, sem autorização da SCML; já os anteriores inquilinos haviam feito obras de alteração das paredes divisórias sem autorização da SCML; 1977, 19 Agosto - adjudicação da empreitada das reparações do 4.º andar para eliminação das infiltrações das águas pluviais à firma Tiago Gomes Fernandes; 1978, 3 Abril - devido a fortes infiltrações, as paredes da despensa, casa de banho e sala contígua, no 3.º andar, foram destruídas; execução de obras para resolver o problema; 1980, 8 Outubro - adjudicação da empreitada de beneficiação geral à firma José Antunes Sereno; 16 Outubro - início das obras de reparação geral da cobertura do prédio; 1981, 21 Abril - adjudicação da empreitada de obras de conservação exterior à firma José Antunes Sereno; 4 Agosto - adjudicação das obras de conservação e beneficiação das mansardas a José Augusto Gomes; 1982, Setembro - substituição das madeiras das janelas do 5º Esq.; 1988, 26 Abril - adjudicação das obras de reparação e conservação à firma Vamaro - Construção Civil, Lda.; 1990, 7 Março - a CML intimou a SCML a tomar medidas de segurança contra incêndio: remodelação das instalações eléctricas, fecho dos vãos de comunicação com outros prédios, proceder a obras de beneficiação geral; 1992, 20 Fevereiro - a empreitada de execução de obras de reparação do edifício foi adjudicada à firma OMEP - Obras, Medições e Projectos, Lda.; 1992, 7 Setembro - a CML intimou a SCML a fazer obras de conservação geral; 2003, 7 Janeiro - a CML intimou a SCML a fazer obras de conservação; 2003, 6 Fevereiro - a CML solicitou a cobrança de obras coercivas realizadas; como não foram pagas, a CML tomou posse administrativa do prédio para fazer obras coercivas.

Observações

Autor e Data

Helena Mantas e João Simões 2007

Actualização

 
 
 
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