Casa da Quinta da Fonte / Casa da Fonte
| IPA.00025599 |
| Portugal, Aveiro, Albergaria-a-Velha, Albergaria-a-Velha e Valmaior |
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| Casa abastada setecentista, integrada em quinta. Evolui em dois pisos, composto por dois corpos, casa principal e celeiro, volumetricamente escalonados, de planta em L. Casa principal com alçados rebocados e pintados circunscritos por cunhais apilastrados na fachada principal, sendo esta percorrida por embasamento pintado; remates em cornija e beiral. Fachada principal e 2º piso da fachada lateral direita rasgadas por vãos em arco abatido, com moldura em arco contracurvado, sendo os do 2º piso encimados por cornija. Fachada principal com vão central do 2º piso de sacada e laterais apresentando avental; à direita da fachada principal, portal nobre, com porta em arco abatido ladeada por pilastras rematadas por entablamento, dá acesso a um pátio. Fachada lateral direita rasgada, no 1º piso, por vão rectilíneo, apresentando escadaria de acesso ao 2º piso. Fachada posterior rasgada por vãos em arco abatido no 1º piso e rectilíneos no 2º piso, sendo marcada por varanda alpendrada com escadas de acesso ao 2º piso. |
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| Número IPA Antigo: PT020102010036 |
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| Registo visualizado 522 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Casa abastada
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Descrição
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| Planta em L composta por dois corpos, volumetricamente escalonados, de dois pisos, de volumes articulados em justaposição de massa disposta na horizontal, com varanda alpendrada desenvolvida na fachada posterior. Coberturas diferenciadas em telhados de uma água sobre o alpendre da fachada posterior, de duas águas sobre o volume a SO. e de três águas sobre o volume da casa principal, surgindo chaminé nos dois volumes. Casa principal com fachadas rebocadas e pintadas de branco, sendo circunscritas por cunhais simples, e cunhais apilastrados, em cantaria, na fachada principal onde é percorrida por embasamento pintado de cinzento; remates em cornija e beiral. Fachadas rasgadas por vãos protegidos por caixilharia de madeira pintada de branco com moldura exterior pintada de verde e porta em alumínio na fachada lateral direita e, na fachada principal, por caixilharia em PVC pintada de branco nos vãos do 2º piso e portas em madeira no 1º piso. Fachada principal, virada a NE., rasgada por vãos alinhados em arco abatido, cinco em cada piso, com moldura em cantaria em arco contracurvado, sendo os do 2º piso encimados por cornija; 1º piso rasgado por três aberturas jacentes e duas portas e 2º piso rasgado por cinco janelas, sendo a central de sacada, com guarda em ferro forjado pintado de verde, assente em consolas e as laterais apresentando aventais rectangulares ornados de dois florões cada um. Visível à direita portal nobre dando acesso a um pátio, com porta em arco abatido, de duas folhas, em ferro forjado, pintado de verde, ladeada por pilastras da ordem dórica rematadas por entablamento onde assenta cruz quadrilobada sobre soco volutado decorado com concheado e florão, em posição centralizada, por sua vez ladeado por pináculos sobre soco. Fachada lateral direita do corpo principal rasgada, no 1º piso, por janela de verga recta, de duas folhas surgindo escadaria de um lanço, adossada lateralmente, com guarda plena, em cantaria, de acesso ao piso nobre, apresentando decoração volutada e em concheado no remate da guarda; 2º piso rasgado por vãos semelhantes aos da fachada principal, uma porta e três janelas, estas últimas apresentando três pendentes na moldura inferior. Visível, à esquerda, edifício do celeiro. Fachada lateral esquerda adossada a edifício. Fachada posterior marcada pela varanda alpendrada ao nível do 2º piso, à qual se acede por escada de um lanço com guarda plena rebocada e pintada de branco, adossada lateralmente; sub alpendre rasgado por vãos de verga recta, três janelas e uma porta com moldura em cantaria, apresentando face SE. rasgada por porta de verga recta, igualmente com moldura em cantaria; vão de escadas rasgado por duas aberturas em arco abatido, de diferentes dimensões, a maior funcionando como porta de acesso ao 1º piso. INTERIOR: Não observado. |
Acessos
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| Rua Eng. Duarte Pacheco, número 20, 20A, 22 e 22A |
Protecção
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| Inexistente |
Enquadramento
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| Urbano, com edifício de dois pisos e águas-furtadas, inserido no espaço da quinta, adossado à fachada lateral esquerda; situado em terreno desnivelado, com fachada principal, em cota inferior, virada para eixo viário, antiga artéria de passagem¹. Rodeado por muro em cantaria, sendo escalonado, rebocado e pintado de branco e percorrido por embasamento pintado a cinzento, na fachada principal. Acesso à esquerda feito por porta cocheira de verga recta, com moldura em cantaria, de duas folhas em ferro pintado de verde onde surge inscrição "FONTE" e bandeira em ferro forjado, dando acesso a alpendre Na continuidade do muro para SE. o acesso faz-se por pequeno portão e porta cocheira em ferro, pintados de verde, ladeando pequena capela. À direita acesso por portal nobre. A SE., muro que rodeia a Quinta, virado para a linha do Caminho-de-Ferro. A NO., zona pavimentada e ajardinada, tanque público e edifício pertencente ao grupo folclórico, Cultural e Recreativo de Albergaria-a-Velha. A NE. edifícios incaracterísticos de dois pisos. A N., no cruzamento da R. Eng. Duarte Pacheco com a R. Vasco da Gama surge a Capela do Divino Espírito Santo e cruzeiro (v. PT020102010015) e a ca. de 100 metros para NO. a Igreja Matriz de Albergaria-a-Velha (v. PT020102010009). |
Descrição Complementar
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| No espaço da quinta surge edifício adossado à fachada lateral esquerda da casa principal, de planta rectangular, com cobertura em telhado de duas águas com chaminé, interrompido pelas águas-furtadas com cobertura em telhado transversal igualmente de duas águas; fachadas de dois pisos e águas-furtadas, sendo as laterais e posterior, rebocadas e pintadas de branco; remates em cornija e beiral e em cornija, encimada por balaustrada suportando estátuas no remate, na fachada principal, ladeando a água-furtada; fachadas rasgadas por vãos protegidos por caixilharia de madeira formando quadrícula. Fachada principal voltada a NE., revestida a azulejo de padrão monocromo azul sobre branco até à altura da cornija que remata o 2º piso, sendo circunscrita por cunhais apilastrados e percorrida por embasamento, pintados de cinzento; fachada rasgada por vãos com moldura em cantaria; no 1º piso surge vitrina em arco abatido protegida por vidro e gradeamento em ferro, ladeada por duas portas em arco de volta perfeita; 2º piso rasgado por quatro janelas de sacada, de verga recta, de duas folhas, com bandeira em arco de volta perfeita, com guarda em ferro forjado; água-furtada com faces rebocadas e pintadas de branco, circunscrita por cunhais apilastrados pintados de cinzento, ladeados por pano de muro volutado assente sobre a balaustrada onde surge elemento floral decorativo circunscrito por friso saliente quadrangular pintado de cinzento, e remate em frontão triangular sem base, sendo rasgada por vão idêntico aos do 2º piso apresentando elemento decorativo no vértice do arco da moldura; fachada lateral esquerda e posterior, rasgadas por vãos com moldura pintada de cinzento; a da esquerda, com remate em empena, rasgada, no 2º piso, por vão em arco de volta perfeita e vão de verga recta e na empena por cinco vãos de verga recta de diferentes dimensões; fachada posterior rasgada no 1º piso por duas janelas jacentes, no 2º piso por três janelas de verga recta com bandeira em arco de volta perfeita e água-furtada com remate em frontão triangular sem base, rasgada por janela de verga recta. Espaço da quinta composto por alpendre, parcialmente fechado, adossado à fachada lateral esquerda do edifício de dois pisos e águas-furtadas, com cobertura em telhado de duas águas, com função de garagem e ao qual se acede por porta cocheira surgindo pequeno anexo em tijolo, adossado a este. A SE surge pequena Capela virada para o eixo viário de planta longitudinal, simples, de nave única com cobertura a telhado de duas águas e fachadas rebocadas e pintadas de branco percorridas por embasamento pintado de cinzento, sendo circunscritas por cunhais, simples na fachada posterior e apilastrados na fachada principal, rematados por pináculos pintados de cinzento; remate em cornija e beiral; fachada principal virada a NE. com remate em arco canopial com cruz sobre soco no vértice, rasgada por janela basculante de verga recta com caixilharia em PVC protegida por gradeamento em ferro e moldura pintada a cinzento; no tímpano surge painel de azulejos; fachada lateral esquerda rasgada por porta travessa; fachada lateral direita cega e fachada posterior com remate em empena, igualmente cega; interior de nave única revestido a azulejo industrial de padrão monocromo branco com cobertura em masseira pintada a azul claro e pavimento em lajeado de mosaico industrial de padrão monocromo bege; na parede testeira surge maquineta de madeira. No volume, de dois pisos, adossado, em L, ao corpo da casa principal, desenvolve-se celeiro no 2º piso e adega, garagem e anexos no 1º piso; fachadas rebocadas, rasgadas por vãos de verga recta protegidos por caixilharia em alumínio com portas de madeira ou em chapa de metal e pequenas aberturas circulares, e remates em cornija e beiral. Face SO., do celeiro, com escadas de acesso ao 2º piso e, adossados a esta, surgem galinheiro em tijolo e betão e pombal com fachadas rebocadas e pintadas de branco, ambos incaracterísticos. Fachada posterior rodeada por pequeno pátio pavimentado. Fachadas laterais e posterior prolongando-se por zona ajardinada, com alameda em terra batida e ajardinada a NO. e, face à fachada posterior, tanque de planta rectangular com muro em cantaria alteado em dois dos lados formando espaldar; face a um dos espaldares plinto galbado suporta taça semi ovalada, ladeada por pilastras. AZULEJARIA: No tímpano da fachada principal da Capela surge painel de azulejos representando Nossa Senhora da Conceição sustida por anjos, circunscrito por moldura ovalada a amarelo, apresentando superior e inferiormente decoração vegetalista de padrão policromado a cor-de-rosa, verde e amarelo sobre fundo verde-claro; moldura interrompida superiormente por decoração a concheado e inferiormente por cartela com inscrição "Nª Sª / DA / CONCEIÇÃO"; TALHA: na parede testeira da Capela surge maquineta de madeira com o fundo pintado de branco e decoração marcada a dourado, de planta recta de um eixo, delimitado por colunas com capitéis coríntios ladeando nicho em arco de volta perfeita, protegido por vidro; remate em entablamento com cobertura de canhão encimada por três vasos em forma de urna. |
Utilização Inicial
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| Residencial: casa |
Utilização Actual
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| Residencial: casa |
Propriedade
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| Privada: pessoa singular |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido. |
Cronologia
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| Séc. 18, 2ª metade - construção do edifício de habitação; séc. 19 - O Alferes Manuel Luiz Ferreira, conhecido pelo Alferes da Fonte por habitar na casa da família por si herdada, situada no Lg. da Fonte, torna-se mentor da Fábrica de papel de Valle Maior e o maior industrial do Distrito de Aveiro associado ao seu irmão José Luiz Ferreira Tavares; 1877 - morte de José Luiz Ferreira Tavares; 1 de Julho de 1889 - morte de Manuel Luiz Ferreira; séc. 19, finais / séc. 20, início (conjectural) - construção do edifício de dois pisos e águas-furtadas adossado à fachada lateral esquerda da casa principal; 1999 - quinta é propriedade de Carlos Tavares Lopes; séc. 20, finais / séc. 21, início (conjectural) - restauro dos vãos do celeiro bem como adossamento da varanda alpendrada à fachada posterior; séc. 21, início - alteração da pintura das fachadas da casa principal de ocre-amarelo para branco. |
Dados Técnicos
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| Estrutura autoportante. |
Materiais
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| Estrutura rebocada e pintada; principais elementos arquitectónicos em cantaria (molduras dos vãos do corpo principal); ferro (gradeamentos e portão nobre); madeira (caixilharia das janelas do 2º piso da fachada lateral direita, bem como portas do 1º piso da fachada principal e porta do 2º piso da face SE.); PVC (caixilharia das janelas do 2º piso da fachada principal); alumínio (porta e vão do 1º piso da fachada lateral direita, bem como porta da fachada posterior); cobertura exterior em telha. |
Bibliografia
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| GONÇALVES, A. Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro. Zona sul, VI, Lisboa, 1959; FERREIRA, Delfim Bismarck, Albergaria-a-Velha - Imagens do Passado, Albergaria-a-Velha, Leo Clube de Albergaria-a-Velha, 1994; FERREIRA, Delfim Bismarck, Casa e Capela de Santo António em Albergaria-a-Velha (Século XVIII). Genealogia, História e Arte, Centro de estudos de genealogia, Heráldica e História da Família da Universidade Moderna do Porto, 1999; FERREIRA, Delfim Bismarck, Valmaior ao longo dos séculos, Junta de Freguesia de Valmaior, 2005; PINHO, António Homem de Albuquerque, Albergaria -a-Velha. Oito Séculos do Passado ao Futuro, Albergaria-a-Velha, Reviver, 2002. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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| Séc. 19, finais / séc. 20, início (conjectural) - adossamento de um edifício de dois pisos e águas-furtadas à fachada lateral esquerda da casa principal; séc. 20 (conjectural) - adossamento à fachada SO. do volume do celeiro de um galinheiro e pombal; séc. 20, finais / séc. 21, início (conjectural) - alteração dos vãos dos alçados do celeiro e do 1º piso da fachada lateral direita da casa principal para colocação de caixilharia em alumínio, adossamento de varanda alpendrada à fachada posterior; séc. 21, início - modificação da pintura dos alçados da casa principal. |
Observações
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| 1 - artéria de passagem existente desde a época de Dom Afonso Henriques, de Lisboa ao Porto, por Santarém e Coimbra. |
Autor e Data
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| Ana Lemos 2006 |
Actualização
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