Monumento Funerário do Sobrado / Memorial da Boavista

IPA.00000262
Portugal, Aveiro, Castelo de Paiva, União das freguesias de Sobrado e Bairros
 
Padrão de couto que demarcava os limites territoriais na área jurisdicional do Mosteiro de Arouca. Estrutura constituída por duas cabeceiras verticais de terminação discóide, com cruzes latinas gravadas em cada face, onde se apoiam duas lajes horizontais, com emblemática decorativa gravada.
Número IPA Antigo: PT010106090003
 
Registo visualizado 1071 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Político e administrativo  Estrutura de delimitação territorial  Marco  Marco de couto

Descrição

Estrutura construida em granito, assente num soco, é constituído por duas lajes horizontais colocadas a dois níveis que se unem por dois blocos verticais em forma de estela funerária com remates circulares onde se inscrevem, interna e externamente, cruzes latinas de hastes simples; a laje superior é rectangular e a inferior, corresponde a uma tampa sepulcral, com formato convexo na superfície. Ao nível da emblemática decorativa gravada, a laje inferior, apresenta uma longa espada e uma cruz inscrita num círculo e a superior, figura geométrica em ponta de lança que inclui, no interior, uma cruz.

Acessos

EN 224, Rua Dom José da Arrochela, Lugar da Quinta Boavista

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto, nº 37 728, DG, 1ª Série, nº 4, de 05 Janeiro 1950

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado na confluência de vias de comunicação, próximo de uma rotunda, a NE. da vila. Surge, em terreno, fronteiro à entrada na Quinta da Boavista (PT01010609004), em local de destaque.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Política e administrativa: marco de couto

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 12 / 13

Arquitecto / Construtor / Autor

Arquitectura: Lídia Costa (Estudo de Arquitectura, 2006); Empreiteiro: Lusocol (2007)

Cronologia

1191 - documento existente na Torre do Tombo, que se refere a um como marco de delimitação de propriedade de um Mosteiro vizinho, onde terá repousado o corpo de D. Mafalda na sua viagem final da vila de Canavezes para o Mosteiro de Arouca; séc. 12/13 - época provável da construção do monumento *2; 2012, 16 outubro - anúncio nº 13571/2012, DR, 2ª série, nº 200, com projecto de decisão relativo à fixação da zona especial de proteção.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura de granito.

Bibliografia

PINHO LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Dicionário Geográfico, Estatístico, Corográfico, Heráldico, Arqueológico, Histórico, Biográfico, Etimológico de todas as cidades, vilas e freguesias de Portugal e grande número de aldeias, Lisboa, 1873; VASCONCELOS, Strecht, Lendas e tradições de Castelo de Paiva, 1941; CORREIA, Azevedo de, Arte Monumental Portuguesa, Vol. 1, Porto, 1975, p. 39; BARROCA, Mário Jorge, Necrópoles e Sepulturas Medievais de Entre-Douro-e-Minho (séculos V a XV), Porto, 1987, p. 400, 449; ROCHA, Manuel Joaquim e LOUREIRO, Olímpia, Memórias paroquiais de Castelo de Paiva e outros documentos, 1988; GONÇALVES, Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro, XI, Lisboa, SILVA, António Manuel S. Pinto da, O Marmorial de Alpendurada (Marco de Canaveses): um tipo raro na tumulária medieval, Marco Histórico e Cultural. Actas de eventos marcoenses. Marco de Canaveses: Câmara Municipal de Marco de Canaveses, 1988-1998, p. 19, 21; 1991, pp. 109; ROSAS, Lúcia Maria Cardoso (coord.), Rota do Românico do Vale do Sousa (monografia),Valsousa-Rota do Românico do Vale do Sousa, 2008; www.rotaromanico.com, 27 Dezembro 2010.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DREMN

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DREMN

Intervenção Realizada

DREMN: 2006, Maio - elaboração de estudo de arquitectura para o marmoiral: 2007 - obras de conservação e valorização do imóvel e espaço envolvente (muros de contorno, arborização, pavimentação, equipamento e iluminação própria.

Observações

*1 - A Rota do Românico do Vale do Sousa inclui 21 imóveis: Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios (v. PT011311100010), Igreja do Salvador de Cabeça Santa (v. PT011311040009), Igreja de São Gens de Boelhe (v. PT011311020008), Igreja de Abragão (v. PT011311010015), Capela da Senhora do Vale (v. PT011310080004), Igreja de São Pedro de Ferreira (v. PT011309050001), Ponte de Espindo (v. PT011305130009), Ponte de Vilela (v. PT011305020008), Igreja de Aveleda (v. PT011305020004), Torre de Vilar (v. PT011305260005), Igreja de Santa Maria de Airães (v. PT011303020007), Igreja de São Salvador de Unhão (v. PT011303280004), Igreja de São Vicente de Sousa (v. PT01303260008), Igreja Velha de São Mamede de Vila Verde (v. PT011303330020), Igreja de Paço de Sousa (v. PT011311220003), Igreja de Cete (v. PT011310080001), Igreja Matriz de Meinedo (v. PT011305130002), Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (v. PT011303150001) e Memorial da Ermida (v. PT011311150005). *2 - A origem e intenção do Marmoiral continua ainda por definir, alguns autores, como Nogueira Gonçalves, aponta como data de edificação o séc. 16; outros, como Strecht de Vasconcelos, considera este monumento como sendo o túmulo de um cavaleiro templário; outros, baseando-se em notícia documental, referem-no como marco de delimitação de propriedade de um mosteiro. Apesar de todas as conjecturas, há uma grande probabilidade de este monumento se referir ao enterramento de uma figura nobre não identificada.

Autor e Data

Margarida Alçada 1983 / Carlos Ruão 1996 / Sónia Basto 2010

Actualização

 
 
 
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