Pelourinho de Silves

IPA.00002815
Portugal, Faro, Silves, Silves
 
Arquitectura político-administrativa e judicial, setecentista. Pelourinho em coroa, com soco quadrangular, fuste quadrangular e remate com quatro ferros de sujeição com decoração zzomórfica, encimado por coroa fechada. Pelourinho reconstruído que conserva o remate original, em coroa e os 4 ferros zoomórficos, em forma de serpente.
Número IPA Antigo: PT050813070004
 
Registo visualizado 972 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  

Descrição

Estrutura em cantaria rosa, composta por soco quadrangular de três degraus escalonados, de mármore de diversas tonalidades. Pilar de grés, composto por plinto paralelepipédico, de faces lisas; fuste ligeiramente mais estreito, de quatro tambores esquadriados e capitel formado por ábaco, coxim e colarinho de planta quadrada, o coxim de perfil em quarto de círculo. Remate pétreo, em coroa fechada decorada no coronel fiada de losangos intervalados por óvolos e nas hastes por vieiras estilizadas e rosetas de quatro pontas. Sob o colarinho, arranca, em cada uma das 4 faces, gancho férreo recurvo terminando em cabeça de serpente, munido de argola também férrea *1.

Acessos

Praça do Município

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, em largo arborizado e ajardinado.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Época moderna / Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1188 - reconquista aos mouros por D. Sancho I; 1242 - reconquista por ordem de D. Afonso II, que enviou para a tarefa D. Paio Peres Correia; 1266, Agosto - foral por D. Afonso III; 1504, 20 Agosto - foral novo por D. Maunel; séc. 17 / 18 - provável construção do pelourinho; 1712 - pertence à Comarca de Lagos e à Casa da Rainha e tem 350 vizinhos; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Pedro de Ataíde Mascarenhas, é referido que a povoação, com 218 vizinhos, pertence à Comarca de Faro, sendo da Casa da Rainha; tem juiz de fora e câmara; 1878 - o pelourinho é retirado da Praça do Município, quando foi construída a estrada macadame que vinha de São Bartolomeu de Messines, tendo sido desmantelado e as suas peças dispersas *2; Séc. 19, finais - a cruz que encimava a coroa foi doada pela Câmara Municipal a Estácio da Veiga; 1989 - reconstrução do pelourinho na praça do município segundo quanto descrito por Mascarenhas Júdice, aproveitando-se apenas a coroa e os ferros.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónoma.

Materiais

Estrutura em cantaria de calcário e de grés.

Bibliografia

COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza, vol. III, Lisboa, Officina Real Deslandesiana, 1712; DGEMN, Sé Catedral de Silves, Boletim da DGEMN, Porto, 1955; JÚDICE, P.P. de Mascarenhas, Atravez de Silves, I Parte, Silves, 1911; LOPES, João Baptista da Silva, Corografia (...) do reino do Algarve, Lisboa, 1841.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CMS: actas municipais da década de 1880; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 35, n.º 171, fl. 1271-1282)

Intervenção Realizada

CMSilves: 2019 - obras de conservação e restauro do pelourinho.

Observações

*1- 0 único elemento original que resta é a coroa. Mascarenhas Júdice descreve o pedestal: "num pedestal quadrado de 2 m de lado, sendo a parte superior de cantaria e a inferior de alvenaria tinha este pedestal 3 degraus. A coluna de cantaria de secção quadrada, implantada verticalmente sobre esta base, apresentava-se como que deprimida. Ao centro de um lado e outro e teria de altura 2,5 m não incluindo o capitel que era também de cantaria o qual poderia ter 30 cm de altura. No ponto de implantação do capitel sobre a coluna havia 4 peças de ferro recurvados e formando cruzeta, e cada uma d'ellas era terminada por uma argola. Sobre o capitel estava uma coroa real e sobre esta uma espécie de cutelo de ferro" (JÚDICE, 1955); * 2 - a coroa esteve durante alguns anos metida na parede de uma casa particular; posteriormente procurou-se reunir os seus elementos e depositá-los no museu Arqueológico Infante D. Henrique de Faro, por conta da Câmara Municipal de Silves.

Autor e Data

João Neto 1991

Actualização

Rosário Gordalina 2007
 
 
 
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