Fortaleza de Alcoutim

IPA.00002820
Portugal, Faro, Alcoutim, União das freguesias de Alcoutim e Pereiro
 
Arquitectura militar, medieval e moderna. Fortaleza com baterias voltadas para o rio, paiol e outras construções, voltadas para terra, protegidas por fortes cortinas de muralhas.
Número IPA Antigo: PT050802010004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Castelo    

Descrição

Trata-se da intersecção de duas construções de diferentes épocas. O castelo medieval e um forte moderno. Ambas são de planta irregular. As muralhas medievais são coroadas de merlões e têm adarves. A construção moderna é composta de várias baterias e um baluarte voltados ao rio.

Acessos

Cerro do Castelo Velho; Margem direita da Ribeira de São Marcos confluente com o rio Guadiana

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993 / Parcialmente incluído no Plano Sectorial da Rede Natura 2000: Sítio de Interesse Comunitário Guadiana (PTCON0036) e Habitat 92D0 (Galerias e Matos Ribeirinhos Meridionais).

Enquadramento

Urbano. Situa-se na encosta de um monte, que se levanta na margem direita da ribeira de São Marcos, junto da sua confluência com o Guadiana, fronteiro à fortaleza espanhola de São Lucar, que fica situada na margem esquerda deste rio. As muralhas envolvem a povoação.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: castelo

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Câmara Municipal de Alcoutim, auto de cedência de 26 Setembro 1941

Época Construção

Séc. 13 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Neolítico - Calcolítico - segundo os vestígios encontrados, teria existido no local um Castro lusitano; Séc. 10 a.c., finais - os Fenícios te aqui teriam estabelecendo uma feitoria, sob a vigilância do castro lusitano; Séc. 08 a.c., meados - os Gregos fixam no local uma colónia, que se fundiu na população lusitana; Séc. 02 a.c., inícios - os Romanos conquistam Alcoutim quando este era já um centro rico, com um porto fluvial muito frequentado; a fortaleza é transformada numa forte base militar de ocupação e importante centro político a que chamaram Alcoutinium; 415 - tomada pelos Alanos, a praça de Alcoutim entrou em franca ruína, em virtude da paralisação das exportações minerais; 715 - conquista pelos mouros mudando-lhe o nome para Alcatâ não conseguindo todavia restaurar a sua antiga importância política e comercial; 1240 - tomada de Alcoutim aos Mouros por D. Sancho II, procurando-se de imediato reedificar o castelo e construir uma forte muralha para defesa da povoação, a que o monarca deu o título de vila; 1304 - D. Dinis manda restaurar o castelo e as muralhas e concede foral à vila que veio a doar à Ordem de São Tiago; 1369 - Na fortaleza assinou-se a paz de Alcoutim entre D. Fernando I e D. Henrique de Castela; a construção defensiva viria ainda a ser reparada no tempo de D. João II e de D. Manuel; 1640 - Durante a guerra da Restauração foram feitas novas obras de reforço da fortaleza, entre outras as baterias do Cortadoiro e Santa Bárbara, destinadas a bater o rio e a praça espanhola fronteiriça.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1948; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73247 [consultado em 8 agosto 2016].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

DGEMN: 1961- obras de consolidação de blocos de alvenaria que se encontravam desligados e construção de panos de muralha afim de se consolidarem diversos troços; 1967 - procedeu-se ao apeamento de alvenarias em ruína e à sua reconstrução; 1969 - foram demolidas várias casas em ruína para desobstruir troços de muralha, que depois foram consolidados com a construção de alvenaria hidráulica em elevação; 1977 - apeamento e reconstrução de alvenarias em cortinas e merlões, refechamento de fendas em panos de muralha, empregando gatos de betão armado; assentamento de uma nova porta em madeira para a porta do castelo; 1979 - consolidação do castelo e paiol: demolição de alvenarias e telhados e posterior reconstrução; assentamento de soleira em cantaria na porta do paiol; 1981 - obras de recuperação: construção de alvenaria hidráulica em elevação para a recuperação de uma escada de acesso aos adarves, recuperação de cortinas e merlões, reconstrução de rebocos na zona das baterias e de um baluarte; 1985 - obras de conservação nas muralhas e construção de um archete no vão da porta do castelo empregando tijolo maciço e argamassa de cimento; 1988 - instalação de iluminação eléctrica exterior.

Observações

Autor e Data

João Neto 1991

Actualização

 
 
 
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