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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Via
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Descrição
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Apresenta uma extensão descontínua. Adapta-se a uma pendente acentuada, com um desnível superior a 100 metros, descrevendo numerosas inflexões, pontuadas por pequenos troços mais rectilíneos. A pavimentação, muito fragmentada, é composta por blocos de pedra assentes directamente sobre o solo, aproveitando por vezes o afloramento granítico natural, mais ou menos desgastado. Os blocos que constituem o pavimento mostram uma configuração e disposição bastante irregular, embora seja detectável a tendência para um alinhamento lateral mais organizado. Quase a meio do trajecto observa-se lateralmente um rochedo epigrafado, onde se identificam treze cruzes e uma inscrição datada *1. |
Acessos
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Caminho a SE. da Porta da Vila |
Protecção
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Incluído na Zona de Protecção da Aldeia de Castelo Mendo (v. PT020902080007) |
Enquadramento
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Peri-urbano e rural. Situada extramuros, inicia o seu percurso a partir das proximidades da Porta da Vila (v. PT020902080005), no lado oposto ao cemitério, junto à Alminha (v. PT020902080021). Contorna em parte o cabeço do Castelo, descendo até às poldras do Ribeiro dos Cadelos, o que permitia o acesso ao Rio Côa e ao sítio do Porto de São Miguel, já na margem oposta. Encontra-se delimitada pelos muros dos prédios rústicos, cruzando com diversos caminhos vicinais e com a ligação à Porta do Sol. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: via |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Época romana / Séc. 13 / 14 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Época romana - hipotética construção ou organização da via, considerando a ligação ao Porto de São Miguel, local situado na margem do Rio Côa, onde foi identificado um povoado deste período; séc. 13 - 14 - provável reconstrução ou pavimentação da calçada, tendo em conta a cronologia da vila e recinto fortificado; 1728 (?) - data epigrafada num rochedo que pontua o percurso, mas de difícil interpretação. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma. |
Materiais
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Granito. |
Bibliografia
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SILVA, José Antunes e FERNANDES, José Manuel, Castelo Mendo, Estudo de Recuperação Urbana e Arquitectónica, Lisboa, 1979; TELES, Carlos Alberto Chorão e TELES, João Alberto dos Santos, Levantamento Toponímico e Arqueológico do Concelho de Almeida (Trabalho realizado na Licenciatura em História - Arqueologia da Faculdade de Letras de Coimbra), Coimbra, 1981; NEVES, Vítor Manuel Leal Pereira, Três Jóias Esquecidas, Marialva, Linhares e Castelo Mendo, Castelo Branco, 1993; CARVALHO, Amorim de, Castelo Mendo, um Conjunto Histórico a Preservar, Braga, 1995. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - a inscrição apresenta-se quase ilegível, devido ao facto de se encontrar coberta por líquenes; por esse motivo o desenho anexo à ficha constitui apenas uma aproximação possível; a tradição oral explica a presença de cruzes nos rochedos como antiga indicação dos troços cuja conservação ficava a cargo da vila; porém, esta hipótese é dubitável, já que nas imediações existem outras pedras com cruzes insculpidas e porque estes sinais se encontram circunscritos apenas a um dos trechos do caminho (SILVA, José Antunes e FERNANDES, 1979); reforçando esta dúvida, acresce a data tardia fixada na inscrição, que poderá ser interpretada apenas como marco funerário. *2 - pontualmente destruída, a calçada encontra-se por vezes quase coberta por vegetação espontânea e por pequenas pedras arrastadas pela escorrência das águas. |
Autor e Data
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Margarida Conceição 1997 |
Actualização
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