Arco da Memória

IPA.00003317
Portugal, Leiria, Porto de Mós, União das freguesias de Arrimal e Mendiga
 
Arco com função de marco jurisdicional, delimitando os coutos de Alcobaça. Possui afinidades com o arco de Alvorinha, que também delimitava os Coutos.
Número IPA Antigo: PT021016040009
 
Registo visualizado 1565 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Político e administrativo  Estrutura de delimitação territorial  Marco  Marco de couto

Descrição

Arco monumental dobrado e reentrante, com tratamento idêntico nas 2 faces. Sobre imposta simples assenta o arco de volta perfeita terminando em friso sem decoração. Nas ilhargas uma inscrição em latim e outra em português documentam o motivo da construção e o restauro deste arco triunfal.

Acessos

Alto da Serra de Moleanos (Albardos) - Candeeiros, lugar da Memória

Protecção

Incluído na Área Protegida das Serras de Aire e Candeeiros (v. PT020615090027)

Enquadramento

Rural. Isolado. Paisagem natural em plena serra, a poente da freguesia de Arrimal.

Descrição Complementar

A inscrição em latim composta por Fr. Bernardo de Brito no princípio do séc. 17 a mando do Abade do mosteiro de Alcobaça e Geral da congregação, Rmo. Fr. Francisco de S. Clara, para se saber a causa do monumento e se não perder a lembrança do que ali acontecera. 1 - HIC, SCALABIM EXPVGNATVRVS, ALFÕSUS PRIMUS PORT./ REX, VOTV XPO VOVIT DATVRV SE ORDINI CISTERCIENS / CVNCTA QUAE OCVLIS CERNERE POSSET. DECVRREN- / TIBVS AQVIS IN MARE SI MERITIS D. P. BERNARDI FRETVS / VRBEM CEPISSET. QVOD DV PATER SANCTUS. SVIS / SVORVQ. ORATIONIBUS OBTINET. REX PROMISSA ADIM- / PLET. SVRGIT ALCOBATIAE REGALE COENOBIVM CVIVS / PRINCIPATVS HIC INITIV. IN ORIS MARITIMIS TERMINV / HABET. GESTA. S. HAEC OMNIA. ANNO DNI. MCXXXXVII. / XIII. IDVS MAI. - (Indo o rei D. Afonso o primeiro de Portugal para ganhar Santarém, fez neste próprio lugar um voto a Cristo de dar tudo quanto via com os olhos até ao mar à Ordem de Cister, se ajudado com os merecimentos de N. P. S. Bernardo ganhasse a vila. E alcançando-lhe o Santo o que pedia cumpriu o voto o rei de onde resultou a fundação do real mosteiro de Alcobaça; o senhorio do qual, começa deste lugar e se acaba na praia do mar. Aconteceram estas coisas todas, no ano do Senhor de mil cento e quarenta e sete a treze de Maio em uma quinta-feira). 2 - REEDIFICADO POR MANDADO / DO MVITO ALTO E PODEROZO / REI O SENHOR D. MIGVEL PRI- / MEIRO NO ANNO DE 1830. TERCEIRO / DO SEU FELIS REINADO.

Utilização Inicial

Política e administrativa: marco de couto

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

Séc. 16, final / séc. 17, início - edificação do arco; 1830 - o arco foi restaurado a mando de D. Miguel; 1991, 18 dezembro - deliberação camarária para classificação do imóvel; 1992, 14 janeiro - proposta de classificação da Câmara Municipal de Porto de Mós; 2007, 29 janeiro - proposta de abertura do processo de classificação da DRCoimbra; 12 fevereiro - parecer favorável ao processo de classificação do Conselho Consultivo do IPPAR; 26 março - despacho de abertura do processo de classificação do Presidente do IPPAR; 2013, 04 janeiro - publicação do Anúncio n.º 3/2013, em DR, 2.º série, n.º 3, relativo ao arquivamento do procedimento de classificação do Arco da Memória; 2014, 08 abril - publicação do Anúncio de abertura do procedimento de classificação da estrutura, em Anúncio n.º 82/2014, DR, 2.ª série, n.º 69; 2018, 27 novembro - publicação do arquivamento do processo de classificação em Anúncio n.º 192/2018, DR n.º 228/2018, 2.ª série.

Dados Técnicos

Estrutura com aparelho Quadratum e Vittatum

Materiais

Mármore

Bibliografia

CARDOSO, P. Luis, Dicionário Geográfico, ou Notícia Histórica de todas as Cidades, Vilas, do Reino de Portugal. Tomo 1, Lisboa, 1747; LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. 1, Lisboa, 1873; NATIVIDADE, Manuel Vieira, Mosteiro e Coutos de Alcobaça, Alcobaça, 1960; Vidais, Diário Regional, 06/07/1978; População mantém viva memória dos monges, Correio da Manhã, 18/07/1989; FURRIEL, Francisco Jorge, Da Pré-História à Actualidade - Breve Monografia de Porto de Mós, II vol., Porto de Mós, 1999.

Documentação Gráfica

Câmara Municipal de Alcobaça

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1830 - Reedificação do arco.

Observações

No sítio em que se diz que D. Afonso Henriques, em 1147, prometeu dar aos frades da Ordem de Cister toda a terra que de ali se descobrisse se ganhasse a vila de Santarém. Próximo da estrada nacional que liga Caldas da Raínha a Rio Maior, na freguesia de Vidais existe outro Arco da Memória - o Arco de Alvorninha. Este monumento, mais recente que o da Serra de Albardos tem sobre o friso com legenda 2 pináculos e a estátua de D. Afonso Henriques. Foi totalmente reconstruído em 1981. O Arco da Serra de Albardos encontra-se coberto de grafitos em ambas faces e ilhargas

Autor e Data

Lurdes Perdigão 1995

Actualização

Cecília Matias 2001
 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login