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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária Tipo arco
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Descrição
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Ponte de tabuleiro em cavalete, com cerca de 27,81 de comprimento, com paramentos em aparelho irregular, assente em dois arcos de volta perfeita, de tamanho bastante desigual, com aduelas estreitas e compridas, algumas sigladas. A montante, entre os dois arcos, possui talha-mar prismático, alto. Tabuleiro inclinado formado por lajes que avançam da estrutura da ponte, sobretudo sobre ambos os arcos, não apresentando guardas laterais. |
Acessos
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Caminho do Ribelas. WGS84: 41º44'16.60''N., 7º28'23.85''O. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, na margem direita do rio Tâmega, primitivamente lançada sobre o Ribeiro de Ribelas, afluente do Tâmega, e cujo curso foi desviado a montante. Ergue-se entre o edifício das Caldas de Chaves e o Hotel Aquae Flaviae, numa zona ajardinada, pontuada de árvores e tendo na proximidade parque de estacionamento automóvel, actualmente integrado num espelho de água, de planta rectangular, delimitado por murete, de secção inclinada para o interior, e com o fundo coberto de seixos do rio. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Época medieval |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Época medieval - provável construção da ponte actual; séc. 16, inícios - representação da ponte das Caldas em cavalete sobre três arcos no Livro de Duarte d'Armas, na imagem da cidade vista do lado E., o qual representa ainda uma outra ponte de estrutura muito semelhante, também de 3 arcos e sobre o Ribelas, situada a cerca de 300 metros mais a noroeste e de que nada resta; 1758, 27 Março - António Manuel de Novais Mendonça, prior encomendado da igreja matriz de Chaves, não refere a ponte nas Memórias Paroquiais da freguesia, apesar de aludir ao ribeiro Ribelas e às águas das Caldas que, por serem muitas, por vezes se misturavam umas com as outras e até se chegavam a misturar nas águas do Rio Tâmega; séc. 19, finais - fotografia publicada mostra que a via que passava sobre a ponte do Ribelas era protegida por guardas laterais sobre um pavimento que parece original; posteriormente, em época não determinada, foi-lhe sobreposto um segundo pavimento, ligeiramente mais saliente que o original, para aumentar a largura da calçada; 1950 - desvio do leito natural do Ribeiro de Ribelas que passava sob a ponte, numa acção de salvaguarda das caldas. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural misto. |
Materiais
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Estrutura em silhares graníticos. |
Bibliografia
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ALMEIDA, João de, Reprodução anotada do Livro das Fortalezas de Duarte Darmas, Lisboa, 1943; MONTALVÃO, António, Notas sobre vias romanas em terras flavienses, s.l., 1971, p. 12; MARTINS, João Baptista, Algumas pontes antigas do Alto Tâmega e Barroso in Rev. Aquae Flaviae, Chaves, vol. 12, 1994, pp. 163-190; COLMENERO, Antonio Rodríguez, AQVAE FLAVIAE. II. O tecido urbanístico da cidade romana, s.l., 1997; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CMChaves |
Intervenção Realizada
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1994 - obras de restauro; CMChaves: 2000, início da década - obras de consolidação e restauro; recuperação da zona envolvente, com a criação de um espelho de água. |
Observações
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*1 - A cidade de Chaves constituía um importante nó de comunicações durante a época romana. Segundo Antonio Rodríguez Colmenero, a principal via era a chamada XVII do Itinerário de Antonino, que, pelo menos, entre Praesidium e Aquae Flaviae, e entre esta e Compleutica, discorria por dois ramais diferentes, que se cruzavam na cidade, criando quatro entradas ou saídas. Uma das mais conhecidas procedia de Ardãos, Seara Velha, Soutelo e Valdanta entrava na cidade, por uma ponte anterior à existente sobre o Ribelas, provável "decamanus maximus" da cidade, percorrendo a Rua Figueiredo Fernandes para E., e cruzando o Tâmega pela ponte, para seguir em direcção a São Lourenço. O ramal S. procedia de Boticas e Pastoria e cruzava o Ribelas pela ponte actual de dois arcos, penetrando na cidade pelo "cardo maximus" prosseguiria o mesmo decurso dentro da área urbana e sairia dela em direcção a Reboretum, depois de cruzar o Tâmega, mais ou menos pela Galinheira, antes da construção da ponte de Trajano. |
Autor e Data
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Ricardo Teixeira 1996 / Paula Noé 2009 |
Actualização
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