Ponte das Caldas / Ponte do Ribelas

IPA.00003647
Portugal, Vila Real, Chaves, Santa Maria Maior
 
Ponte medieval de arco de tabuleiro em cavalete, assente em arcos de volta perfeita, tendo a montante talha-mar prismático.
Número IPA Antigo: PT011703500043
 
Registo visualizado 1621 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Transportes  Ponte / Viaduto  Ponte pedonal / rodoviária  Tipo arco

Descrição

Ponte de tabuleiro em cavalete, com cerca de 27,81 de comprimento, com paramentos em aparelho irregular, assente em dois arcos de volta perfeita, de tamanho bastante desigual, com aduelas estreitas e compridas, algumas sigladas. A montante, entre os dois arcos, possui talha-mar prismático, alto. Tabuleiro inclinado formado por lajes que avançam da estrutura da ponte, sobretudo sobre ambos os arcos, não apresentando guardas laterais.

Acessos

Caminho do Ribelas. WGS84: 41º44'16.60''N., 7º28'23.85''O.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, na margem direita do rio Tâmega, primitivamente lançada sobre o Ribeiro de Ribelas, afluente do Tâmega, e cujo curso foi desviado a montante. Ergue-se entre o edifício das Caldas de Chaves e o Hotel Aquae Flaviae, numa zona ajardinada, pontuada de árvores e tendo na proximidade parque de estacionamento automóvel, actualmente integrado num espelho de água, de planta rectangular, delimitado por murete, de secção inclinada para o interior, e com o fundo coberto de seixos do rio.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: ponte

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Época medieval

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Época medieval - provável construção da ponte actual; séc. 16, inícios - representação da ponte das Caldas em cavalete sobre três arcos no Livro de Duarte d'Armas, na imagem da cidade vista do lado E., o qual representa ainda uma outra ponte de estrutura muito semelhante, também de 3 arcos e sobre o Ribelas, situada a cerca de 300 metros mais a noroeste e de que nada resta; 1758, 27 Março - António Manuel de Novais Mendonça, prior encomendado da igreja matriz de Chaves, não refere a ponte nas Memórias Paroquiais da freguesia, apesar de aludir ao ribeiro Ribelas e às águas das Caldas que, por serem muitas, por vezes se misturavam umas com as outras e até se chegavam a misturar nas águas do Rio Tâmega; séc. 19, finais - fotografia publicada mostra que a via que passava sobre a ponte do Ribelas era protegida por guardas laterais sobre um pavimento que parece original; posteriormente, em época não determinada, foi-lhe sobreposto um segundo pavimento, ligeiramente mais saliente que o original, para aumentar a largura da calçada; 1950 - desvio do leito natural do Ribeiro de Ribelas que passava sob a ponte, numa acção de salvaguarda das caldas.

Dados Técnicos

Sistema estrutural misto.

Materiais

Estrutura em silhares graníticos.

Bibliografia

ALMEIDA, João de, Reprodução anotada do Livro das Fortalezas de Duarte Darmas, Lisboa, 1943; MONTALVÃO, António, Notas sobre vias romanas em terras flavienses, s.l., 1971, p. 12; MARTINS, João Baptista, Algumas pontes antigas do Alto Tâmega e Barroso in Rev. Aquae Flaviae, Chaves, vol. 12, 1994, pp. 163-190; COLMENERO, Antonio Rodríguez, AQVAE FLAVIAE. II. O tecido urbanístico da cidade romana, s.l., 1997; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CMChaves

Intervenção Realizada

1994 - obras de restauro; CMChaves: 2000, início da década - obras de consolidação e restauro; recuperação da zona envolvente, com a criação de um espelho de água.

Observações

*1 - A cidade de Chaves constituía um importante nó de comunicações durante a época romana. Segundo Antonio Rodríguez Colmenero, a principal via era a chamada XVII do Itinerário de Antonino, que, pelo menos, entre Praesidium e Aquae Flaviae, e entre esta e Compleutica, discorria por dois ramais diferentes, que se cruzavam na cidade, criando quatro entradas ou saídas. Uma das mais conhecidas procedia de Ardãos, Seara Velha, Soutelo e Valdanta entrava na cidade, por uma ponte anterior à existente sobre o Ribelas, provável "decamanus maximus" da cidade, percorrendo a Rua Figueiredo Fernandes para E., e cruzando o Tâmega pela ponte, para seguir em direcção a São Lourenço. O ramal S. procedia de Boticas e Pastoria e cruzava o Ribelas pela ponte actual de dois arcos, penetrando na cidade pelo "cardo maximus" prosseguiria o mesmo decurso dentro da área urbana e sairia dela em direcção a Reboretum, depois de cruzar o Tâmega, mais ou menos pela Galinheira, antes da construção da ponte de Trajano.

Autor e Data

Ricardo Teixeira 1996 / Paula Noé 2009

Actualização

 
 
 
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