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Edifício e estrutura Edifício Judicial Tribunal Tribunal de comarca
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Descrição
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Planta prismática irregular. Massa simples, horizontalista. Cobertura homogénea em telhado a 2 águas. Fachada principal orientada a E., flanqueada por pilastras, com embasamento pouco saliente e 2 pisos: no 1º 3 portas emolduradas em arco rebaixado, sendo a central superiormente decorada com um conopial de volutas encimado por 2 pedras de armas (antigo concelho de Lafões e escudo real) e ladeada por 2 janelas de avental emolduradas em arco rebaixado; no 2º 1 vão em arco pleno com sino ladeado por 2 pares de janelas de avental em arco rebaixado encimado por conopial de volutas; remate em cornija. Fachadas N. e S. adossadas a casas de habitação e comerciais de 2 e 3 pisos. Fachada O., com 3 janelas rectangulares no 2º piso, sem acesso pelo exterior (ocupado por quintais). Interior: a porta principal abre para pequeno hall com escadaria central de 2 lanços em ângulo com patamar, e 2 portas rectangulares nas paredes laterais que comunicam, a N., com um corredor abobadado de berço que dá acesso a gabinetes e ao arquivo na zona posterior do edifício, e com o Posto de Turismo, circundado por silhar de azulejos de padrão, azuis e amarelos e, a S., com a Sala de Exposições Temporárias, no topo O. da qual existe um gabinete de estudos arqueológicos e uma arrecadação onde se guardam os espólios em estudo *1. A maioria dos vãos possuem molduras de pedra. Pavimentos lajeados e tectos de madeira. No 2º piso 2 grandes salas de Museu uma dedicada à Exposição do Linho (direita) e outra que reúne diversos objectos e utensílios de cerâmica, metal e vidro, armas, arte sacra e pintura, fruto de recolhas locais e dádivas particulares. Na primeira sala existe uma lareira de pedra na parede N.. Na zona posterior 1 gabinete, 1 arrecadação e 1 WC. Pavimentos de madeira e tectos de madeira apainelada com iluminação embutida. |
Acessos
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Praça Morais de Carvalho, frente à igreja de São Frei Gil |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 740-BE/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012 |
Enquadramento
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Urbano. Em ampla praça calcetada com passeio lajeado, com inclinação para S.. Adossado a edifícios seiscentistas e setecentistas recuperados. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: tribunal de comarca |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18 - construção do Tribunal Judicial e da Cadeia, defronte dos quais se encontrava o Pelourinho (182412002); 1832 - os decretos de Mousinho da Silveira dão nova organização administrativa e judicial ao país, dividindo-o administrativamente em províncias, comarcas e concelhos e, judicialmente, em círculos judiciais, comarcas, julgados e freguesias; 1833 - a comarca de Viseu integra o concelho de Lafões; 1835 - julgado de Vouzela ou Lafões faz parte da Relação do Porto; 1836 - Decreto que cria a comarca de Vouzela; Séc. 20, início - no edifício ainda estava a funcionar o antigo Tribunal Judicial da comarca; 1927 - Extinção da comarca de Vouzela, pelo Dec. nº 13 917; 1931 - Foi criado em Vouzela um julgado municipal pelo Dec. nº 19 578; Séc. 20, meados - o edifício serviu de posto da GNR e albergou salas de aula; 1960 - a Câmara Municipal de Vouzela, em reunião de 1 de Abril, deliberou adquirir o antigo edifício do Tribunal Judicial para aí instalar a Biblioteca Municipal, o Posto de Turismo, até então em funcionamento no antigo edifício dos paços do Concelho, e o Museu Municipal, cujo espólio estava guardado na Casa dos Távoras; 1984, 28 maio - Despacho de abertura do processo de classificação; 2005, 18 julho - proposta da DRCoimbra de classificação como Imóvel de Interesse Público; 2007, 13 dezembro - nova proposta da DRCCentro de classificação como Imóvel de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção; 2008, 23 abril - parecer favorável do Conselho Consultivo do IGESPAR à proposta da Direção Regional. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Cantarias e alvenaria de pedra granítica, madeira, azulejos, telha. |
Bibliografia
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MOURO, Manuel Barros, A Região de Lafões (Subsídios para a sua História), Coimbra, 1996; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72166 [consultado em 4 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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CMV |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CMV |
Intervenção Realizada
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CMV: 1980 - obras de restauro dos revestimentos e coberturas exteriores e interiores, remodelação total das divisórias interiores e prolongamento do edifício para O., tendo em vista a melhor instalação do Museu Municipal e Posto de Turismo. |
Observações
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*1: Actualmente depositado em estudo o espólio proveniente das escavações arqueológicas do Castro do Cabeço do Couço e da Torre Medieval de Cambra (182402013). |
Autor e Data
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Lina Marques 1998 |
Actualização
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