Igreja Paroquial de Óbidos / Igreja de Santa Maria

IPA.00004714
Portugal, Leiria, Óbidos, Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa
 
Igreja paroquial manuelina, renascentista, maneirista e barroca, revelando na sua estrutura afinidades com as igrejas mendicantes: planta longitudinal, 3 naves, sendo a central mais elevada, com sinais de antigo clerestório entaipado por campanha decorativa posterior, cabeceira escalonada. Torre sineira prismática, com silhares irregulares nos cunhais, coberta por cúpula piramidal, vestígio da campanha de obras manuelina. Capela colateral de Nossa Senhora da Piedade, com túmulo integrado em altar de estrutura e ornatos renascentistas. Portal axial, em arco de triunfo, de influência serliana, repetindo soluções adoptadas para os altares em talha do período. Retábulo em talha, enquadrando telas e sacrário templete, de estrutura maneirista, na linha do retábulo de Nossa Senhora da Luz, em Carnide. Dinamização dos panos rectilíneos do interior conseguida pela decoração barroca de revestimentos azulejares, pinturas e talha dourada. Conjunto escultórico do túmulo obedecendo aos cânones e à temática ornamental do Renascimento, integrado no centro de produção coimbrã (pelas ligações desta igreja com o Mosteiro de Santa Cruz, pelo material empregue e pelas ligações de D. Isabel de Sousa com esse centro: era irmã de D. Diogo de Sousa, humanista, arcebispo de Braga e seu testamenteiro). Segundo alguns autores (R. Santos, Dias) as figuras em vulto do túmulo não fariam inicialmente parte do conjunto escultórico, integrando um primitivo retábulo escultórico da igreja. Segundo Reinaldo dos Santos constitui o protótipo do túmulo de D. Jorge de Melo no Mosteiro de São Bernardo em Portalegre (v. PT041214080003) atribuido a Nicolau de Chanterenne. A capela sepulcral da sacristia pretence a um dos priores da Igreja que mais obras fez no seu interior, nomeadamente a instalação do revestimento azulejar.
Número IPA Antigo: PT031012040003
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta rectangular composta por três naves e presbitério com capela-mor e capelas colaterais, endonártex ladeado por capelas laterais e torre sineira quadrangular, e sacristia rectangular adossada a S.. Volumes articulados com coberturas escalonadas, em telhado de uma e duas águas. Fachada principal virada a E. , com corpo central saliente, marcado por cunhais apilastrados e pináculos nos acrotérios, rematado por frontão triangular, com cruz no vértice e rasgado por portal de arco redondo, com moldura almofadada, rodeado por dupla colunata estriada, saíndo de pedestais, com capitéis coríntios sustentando entablamento lavrado e cornija com óvulos e dentículos; no intercolúnio dois nichos sem imagens; acima deste corpo um nicho com frontão triangular, com a imagem de Nossa Senhora da Assunção, orago da igreja, ladeado por dois corpos rectangulares com cartelas em mármore negro ao centro, enquadrados por pilastras laterais e coroados por frontões com pequenas cartelas ovais e volutas laterais. Este portal é encimado por óculo moldurado em oval; torre sineira a S. rasgada por ventanas e rematada por coruchéu piramidal; adossada à sineira um oratório com frontão contracurvado. A cabeceira é marcada horizontalmente por moldura, acima de um registo que deste lado vence o desnível do terreno, verticalmente por cunhais apilastrados; óculo ovalado sob a empena triangular. Fachada N. rasgada por portal de frontão rectilíneo, e a S. por portal com frontão de volutas - Porta em arco redondo, com moldura almofadada, ladeada por colunas dóricas, acima de pedestais, sustentando entablamento com tríglifos, rematado por frontão redondo, com volutas nas vertentes e anjo relevado no tímpano. INTERIOR: pavimentos diferenciados. Endonártex encimado por coro-alto, ladeado por capelas abertas em arcos de volta perfeita sobre pilastras. O endonártex é coberto por azulejos bícromos azuis e brancos setecentistas, com friso de albarradas e de padrão e tem abóbada pintada com enrolamentos de folhagem e grutescos, rodeando medalhão figurativo, com a representação de Nossa Senhora da Assunção. No coro-alto, surge órgão positivo de armário. As naves, de quatro tramos, são divididas por arcadas de volta perfeita sobre colunas toscanas, assentes em altos plintos. Nos seguintes dos arcos da nave central existem telas pintadas com santos e evangelistas, e sobre as arcadas 16 telas, atribuídas a Baltazar Gomes Figueira, com pequenos quadros separados por colunas torsas, sustentando entablamento, em talha polícroma, encimado por friso de embrechados de mármores de várias cores. As paredes das naves laterais e o frontal do presbitério são revestidas por azulejos seiscentistas, em azul e branco, com guirlandas, enrolamentos, meninos e pássaros, enquadrando cartelas com figuração de santos e legendas em latim; nas enjuntas dos arcos das naves laterais surgem albarradas. As naves têm cobertura em arco rebaixado, a central mais elevada, pintada com motivos idênticos, rodeando uma cartela com a Virgem da Assunção, ao centro da nave central. No baptistério surge o retábulo seiscentista de São Lourenço e o púlpito surge adossado a uma das colunas da nave central, do lado da Epístola, possuindo bacia decorada com cartelas, assenta em coluna balaústre. No topo da nave lateral do Evangelho existe capela com túmulo de D. João de Noronha e sua mulher, D. Isabel de Sousa. A capela-mor e as colaterais apresentam arcos de volta perfeita, sobre pilastras, sendo o central mais alto. A capela-mor tem as paredes revestidas a azulejos polícromos de padrão seiscentista, a azul e branco, e retábulo-mor de estrutura maneirista, com colunas coríntias, integrando sacrário em templete e a imagem da padroeira, com telas atribuídas a João da Costa, com passos da vida de Nossa Senhora, separadas por pilastras, rematando o conjunto um frontão em cujo tímpano se inscrevem telas ovais. As capelas colaterais têm as paredes revestidas a azulejos de padrão; a do lado Evangelho, dedicado a São Brás, tem retábulo de estrutura barroca, em talha joanina, e a do lado da Epístola, é dedicada a Santa Catarina, possuindo retábulo em talha dourada de estrutura maneirista com telas de Josefa de Óbidos; os frontais dos altares têm azulejos mudéjares e as paredes laterais telas com moldura em talha dourada. Anexa à sacristia a capela sepulcral do Dr. Francisco de Azevedo Caminha, com altar com frontal em embrechados de mármore e retábulo em talha dourada seiscentista, abóbada a berço pintada com enrolamentos de folhagem, revestimento azulejar em azul e branco, atribuído a Gabriel del Barco (Meco, 1989).

Acessos

Praça de Santa Maria. WGS84 (graus decimais) lat: 39.361955 long:-9.157152

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público (igreja) / MN - Monumento Nacional (túmulo), Decreto nº 22 735, DG, 1.ª série, n.º 140 de 24 junho 1933

Enquadramento

Urbano. Implantação harmónica. Isolada por vias e terreiro calcetado, no largo principal da vila, rodeada pelos edifícios dos antigos Paços do Concelho (hoje Museu) e pelo Solar da Praça, do seu lado S., pelo Palácio dos Aboins (hoje CTT) a que se segue casa com grande alpendrada, a N.; no alinhamento do portal principal o Chafariz da Praça e por cima deste, encostado ao muro de suporte da R. Direita, num nível superior, o pelourinho da vila.

Descrição Complementar

TÚMULO DE D. JOÃO DE NORONHA: O grupo escultórico em vulto da Pietà, assente em arqueta com os símbolos da Paixão de Cristo, ladeado pelas figuras de São João e Maria Madalena apoiados sobre a arca tumular, inscreve-se em nicho com abóbada a berço sobre pilastras; os emblemas heráldicos de D. João de Noronha o Moço e sua mulher, Isabel de Sousa, estão relevados na lastra do túmulo, amparados por anjos, que seguram também uma cartela com inscrição. O nicho é enquadrado exteriormente por pilastras e colunas abalaustradas, servindo de base a 2 profetas em alto relevo segurando filacteras, com dosséis com forma de templetes, e ainda pequenos putti, abaixo da cornija; entablamento e pilastras com brutescos em baixo relevo, 2 bustos em alto relevo nas enjuntas do arco. Sobre a cornija 2 remates concheados na continuação das pilastras laterais, dos quais partem volutas e guirlandas, ostentadas por putti, dos 2 lados de um nicho, em que avulta o relevo da Virgem da Assunção, coroado por frontão triangular, com a representação de Deus Pai, com o globo numa mão e abençoando com a outra, no tímpano. CAPELA DE SÃO PAULO / CAPELA FUNERÁRIA DO PRIOR FRANCISCO DE AZEVEDO DE CAMINHA: capela de planta rectangular acedido por arco de volta perfeita, em calcário branco, trabalhadas com um rebaixo, com as bases e as impostas em mármore rosa, lavradas com registo, e chave também em mármore rosa, decorada com pomba do Espírito Santo, um querubim e duas flores-de-lis. O arco integra-se numa moldura rectangular cujos espaços entre o limite da cantaria e o arco, são preenchidos com embrechado em mármore negro. No INTERIOR, o pavimento é em pedra, tendo uma grande laje de sepultura em calcário claro, emoldurada em mármore rosa; as paredes são revestidas a azulejos monocromáticos até à altura da sanca em mármore rosa, representando, o da direita, a Conversão de São Paulo, ou estrada de Damasco, e, o da esquerda, a Degolação de São Paulo; sobre a sanca arranca a abóbada, em estuques pintados com brutescos, tendo um medalhão central decorado com uma coroa aberta que cinge um feixe de ramos de palma e, em torno deste, a legenda: CORONA IUSTITIÈ. Na parede do lado direito o revestimento azulejar contorna uma inscrição, também em azulejo, fazendo memória ao fundador da capela: HOCIACET IN TVMVLO COLVMEN FRANCISCVS | EGENTVM, DISCIPVLVS PAVLI, VIRGINIS EDITVVS. | HVNC MERITO PAVLVS CVSTODIAT ENSE SEPVLTVM; | VT SVPERA SERVET CLAVIBVS ARCE PETRVS. | VT, VIDENT, ORNAVIT SACRTÈ VIRGINIS ÈDEM: | IN CÈLO HÈC REFERET QVÈ SIBI FACTA SOLO. | CONDIDIT, HANC PRÈTER SIBI NIL, QVA CONDITVR, | VRNAM; VRNA ILLI SORTIS NOM MELIORIS ERIT, | OMNIA, QVÈQVE PIOS PRVDENS CONSVMPSIT INVSVS | FELIX! QVITANTAS SENPRE HABEBIT OPES. | VERE OBIIT PIETATE PRIOR, NVLLIQVE SECVNDVS, | PRIMVS. SI QVIS FORTE SECVNDVS. ERIT. 169. (o último dígito encontra-se rasurado, noutras descrições refere-se a data de 1697). Na parede do lado esquerdo, simetricamente ao espaço desta lápide, existe uma pequena janela de vão recto. O retábulo é aberto a partir de um vão em tudo semelhante ao da entrada para a capela, sendo que a chave do arco, neste caso, é decorada apenas com motivos vegetalistas. O altar é formado por um embrechado em mármores brancos, vermelhos e negros, formando dois painéis emoldurados a mármore rosa. O tampo, além da ara, apresenta alguns azulejos provenientes do revestimento do interior da igreja. A parte superior do retábulo é em madeira entalhada e dourada. O retábulo, em estilo barroco "nacional", apresenta uma banqueta, cuja frente é trabalhada com motivos vegetalistas vazados, sobre a qual assenta a moldura do nicho, composta por um primeiro registo com duas colunas salomónicas (uma em cada extremo) enlaçadas por parreiras e um segundo registo decorado com base, frente decorada com motivos vegetalistas e capitel, sendo estes dois registos prolongados em arco, o primeiro deles apresentando colunas salomónicas encurvadas e, o segundo, repetindo o plano decorado com folhagens, quebradas por cinco mísulas de suporte ao registo superior. A boca do nicho é "rendada" com motivos vegetalistas vazados e todo o interior do mesmo nicho é também decorado com folhagens (nas pares interiores laterais) e ramagens com flores no fundo. Pertence a este nicho a imagem de São Paulo (embora esta seja de meados do séc. 18).

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 15 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ESCULTOR: Nicolau de Chanterenne (séc. 16 - atribuído R. Santos, Markl); João de Ruão (séc. 16 - Dias). PINTORES: Diogo Teixeira; João da Costa; Josefa de Óbidos; Gabriel del Barco (1676). ORGANEIRO: Joaquim António Peres Fontanes (atribuído).

Cronologia

1148 - 1185 - fundação da igreja de Santa Maria e nomeação de São Teotónio como Prior; 1367, cerca - instituição na igreja da capela de São Lourenço, por Rui Nunes de Aboim; 1415 - criação da Colegiada; 1441 - realizam-se na igreja os esponsais de D. Afonso, futuro D. Afonso V, com D. Isabel; séc. 16 - Reforma do primitivo templo, construído por D. Afonso Henriques (Santos Silva, 1987) ou reconstruído sobre mesquita (Pereira, 1988) por D. Leonor, a seguir à construção da igreja de Nossa Senhora do Pópulo, nas Caldas da Raínha (Câmara, 1986, Pereira, 1987); desta reforma permanece a torre sineira e a capela de Nossa Senhora da Piedade; 1525 - data da construção da capela de Nossa Senhora da Piedade para receber o túmulo com os restos mortais de D. João de Noronha e de D. Isabel de Sousa, que no seu testamento determina que se faça um archete de pedraria dentro do qual se porá um miomento de pedra chã(...)um retábulo com uma imagem de Nossa Senhora do Pranto também de pedraria, o melhor e mais honesto que possa"...; 1571 - em 6 de Março a igreja é encerrada por ameaçar ruína; 15 Agosto - o Prior D. Rodrigo Sanches, inicia a reestruturação da igreja, a mando de D. Catarina; 1526 / 1528 - data provável de realização do túmulo e conjunto escultórico (R. Santos); 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra a Diocese de Lisboa; 1579 - D. Sebastião autoriza a realização de um peditório para a construção de um retábulo dedicado a São Sebastião; 1590, cerca - Diogo Teixeira pinta o tríptico de São Brás; 1622, cerca - o pintor João da Costa executa o retábulo da capela-mor; 1661 - Josefa de Óbidos pinta as cinco telas do retábulo do altar de Santa Catarina; 1676 - início do revestimento decorativo do interior, no tempo do Prior Dr. Francisco de Azevedo Caminha; revestimento azulejar da nave, sacristia e ábside; pintura das abóbadas; retábulos do altar-mor, telas da nave, retábulo de São Lourenço; painéis de azulejos na capela de São Paulo, atribuídos a Gabriel del Barco; séc. 18 - continuação da campanha decorativa: azulejos do endonártex e pintura da abóbada, azulejos dos dois absidíolos; retábulo em talha do altar de São Brás; 1710, cerca - execução do órgão, atribuível a Joaquim António Peres Fontanes; 1834 - extinção da Colegiada; 1890 - data de possível restauro assinalada no nicho da Virgem do portal axial; 2018, março - adjudicação para a conservação e restauro do portal.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Cantaria e alvenaria de pedra calcária, alvenaria de tijolo, betão, telha cerâmica, mármores, azulejos, madeira, vidro, ferro.

Bibliografia

CÂMARA, Teresa Maria Bettencourt da, Óbidos. Arquitectura e Urbanismo, tese de mestrado, UNL, Lisboa, 1986; DGEMN, Igreja de Sta. Maria de Óbidos, Boletim nº 58, Lisboa, 1949; DGEMN, Obras em Monumentos Nacionais - Congresso Internacional de História da Arte, s.l., 1949; DIAS, Pedro, Nicolau Chanterenne, escultor da Renascença, Lisboa, 1987; GIL, Júlio, As mais belas igrejas de Portugal, vol. II, Lisboa, 1989; Guia de Portugal, Lisboa, 1927; MARKL, Dagoberto Markl, A escultura do Renascimento, in História da Arte em Portugal, vol. 6, Lisboa, 1986; MECO, José, A Azulejaria em Portugal, Lisboa, 1989; Memórias Históricas (...) sobre as antiguidades de Óbidos(...), Lisboa, 1985; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Triénio de 1947 a 1949, Lisboa, 1950; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; PEREIRA, José Fernandes, Óbidos, Lisboa, 1988; SANTOS, Reinaldo dos, A Escultura em Portugal, Lisboa, 1950; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Tesouros Artísticos de Portugal, vol. V, Lisboa, 1955; SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971; SILVA, Manuela Santos, Ensaios para uma Monografia das Colegiadas de Óbidos na Idade Média, CLIO - Revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, nº 3, Lisboa, 1998; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vols. I e II, Braga,1990; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73749 [consultado em 21 outubro 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

DGEMN: 1942 - Apeamento e reconstrução da armação do telhado e do telhado; desentaipamento da porta lateral do lado N.; reparação de rebocos no interior e exterior; reparação de portas e caixilhos; substituição de 3 fustes monolíticos do portal axial; 1943 - novo lajedo em cantaria; pavimento em tijolo prensado; consolidação dos quadros em tela (reentretelagem?), incluíndo limpeza e retoques em 2 quadros; reparação geral da talha dos altares; 1944 - restauro de 3 telas de Josefa de Óbidos; 1944 - assentamento e douramento dos 2 altares laterais; 1945 - repregamento geral do tecto da nave central, reconstrução de algumas cambotas novas; 1946 - restauro da pintura a têmpera e óleo do tecto; 1947 - continuação do restauro da pintura dos tectos; continuação do restauro da pintura dos tectos; 1948 - Reentretelamento de 16 telas, incluíndo limpeza; restauro da pintura a óleo nas cimalhas da nave central e coro, paredes do coro, incluíndo douramento das molduras; entretelamento de 14 telas triangulares (enjuntas dos arcos da nave central); construção de estrado novo em casquinha para assentar o cadeiral; pavimento de tijolo prensado para o coro; guarnecimento das paredes do coro, por trás do cadeiral, com argamassa de cimento; reparação de molduras dos quadros; restauro da balaustrada do coro, incluíndo feitura de 2 balaústres; 1949 / 1953 - trabalhos diversos de pintura; reparação dos órgãos; restauro da pintura dos tectos e da douradura de 2 altares; restauro de pinturas; reparação de 2 altares laterais; 3 caixilhos novos, reparação em 2 outros; reparação da talha do altar-mor e das molduras dos quadros; moldura e batentes para o baptistério; restauro de 6 telas grandes e respectivas molduras; restauro da pintura do tecto do arco da entrada principal; restauro do altar-mor, incluíndo limpeza do retábulo e retoques a ouro; restauro, retoque e limpeza de telas do altar esquerdo, em frente ao baptistério; douramento das molduras do altar do Evangelho; caiação da igreja; reparação do altar junto ao coro; pintura em portas e caixilhos; caiação do baptistério e da capela lateral; 1950 - Restauro da torre sineira, atingida por um raio apeamento e reconstrução da agulha da torre, em alvenaria de tijolo; reparação geral do telhado; restauro da talha do órgão e da talha da capela anexa à sacristia; pintura do tecto desta capela; impermeabilização das paredes da nave central; sistema de ventilação da igreja; construção de bancos com genuflexórios; reboco novo no interior da torre sineira e na escada de acesso ao púlpito; limpeza e retoque de telas; lintéis de travação em betão armado; pára-raios; 2 degraus em cantaria na escada da torre e um na porta do coro; padieira da porta do coro; lajedo de cantaria nos patamares da escada da torre; vidros na janela da torre; rebocos novos e caiação dos paramentos exteriores da igreja; beneficiação de 2 cabeças de sinos; reparação dos foles dos órgãos; electrificação; 1954 - levantamento do telhado da nave lateral direita, colocação de cartão asfáltico assente sob o forro; reassentamento do telhado, com aproveitamento de material; novo beirado; escada nova de acesso ao púlpito; 1969 - concerto do órgão por João Sampaio e Filhos, que lhe colocou um ventilador eléctrico; 1978 - revisão geral de coberturas e execução de rufos contra as paredes da empena, para evitar infiltrações; 1979 - reparação de portadas de madeira do oratório adossado à fachada principal; pintura de portas e caixilhos; limpeza dos balaústres de madeira das teias do púlpito e do coro; limpeza do telhado e substituição de telhas partidas; 1980 - instalação eléctrica; 1983 - remodelação da instalação eléctrica; 1984 - revisão das coberturas; 1986 - substituição da estrutura das coberturas de madeira por estrutura em betão armado com esteira de lajes pré-esforçadas; protecção da esteira com pintura flintkote; aplicação de canais romanos novos; execução de beirados simples à portuguesa; 1987 - reparação da estrutura do tecto, com execução de empalmes em madeira; aumento dos tirantes a fim de serem integrados nas cintas de travamento em betão armado, na cobertura da nave; rebocos novos e caiação das paredes laterais mais elevadas da nave central e torre sineira; levantamento de 8 tábuas pintadas para injecção de gás tóxico a fim de eliminar xilófagos; 1998 - restauro, limpeza e consolidação do revestimento azulejar das naves; construção de uma instalação sanitária junto à sacristia; 2000 / 2001- execução de novos rebocos nos paramentos exteriores e caiação, reparação do interior da torre Sineira; caiação geral do exterior; limpeza e reparação das coberturas; DGT: 2019 - restauro do portal da igreja, obra acompanhada pela DGPC e pela CMÓbidos.

Observações

*1 - DOF: Igreja Matriz de Óbidos / Igreja de Santa Maria e Túmulo ou Monumento Funerário de D. João de Noronha.

Autor e Data

Isabel Mendonça 1992 / Sérgio Gorjão 1998

Actualização

João Seabra 2001 / Cecília Matias 2003
 
 
 
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