Palácio Ratton / Tribunal Constitucional

IPA.00005082
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia
 
Arquitectura residencial, neoclássica. Palácio urbano.
Número IPA Antigo: PT031106220267
 
Registo visualizado 4979 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo planta retangular

Descrição

De planta rectangular simples, o palácio constitui-se como um volume paralelepipédico, com cobertura em telhado a 2 águas. O alçado principal, a E., organiza-se em 3 pisos, sendo cada um deles animado por 10 vãos. Destaca-se, ao nível do piso térreo, a porta de acesso, em arco de volta inteira, precedida por alpendre de cantaria vazado nas suas 3 faces por arco de volta perfeita ladeado por colunas toscanas adossadas. No andar nobre, no eixo do portal, uma janela de sacada coroada por frontão curvo abre-se para o terraço que se constitui como cobertura do pórtico, delimitado por grade de ferro forjado com elementos de ferro fundido. Todos os restantes vãos são janelas de peito no 1º e no último piso e de sacada no andar nobre.

Acessos

Rua do Século, n.º 111

Protecção

Incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811) e na Zona Especial de Proteção do Bairro Alto e imóveis classificados na área envolvente

Enquadramento

Urbano, destacado, isolado por pátio murado semicircular (definido pelas 2 construções adossadas ao muro E.) desenvolvendo-se diante da fachada e por jardim murado contíguo ao alçado posterior

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Judicial: tribunal

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 18, final - existia neste local uma fábrica de chapéus da qual era proprietário o francês Jácome Ratton, depois 1º senhor do Prazo da Barroca de Alva; 1816 - residia no palácio, que entretanto fizera edificar, Jácome Ratton, por cujo falecimento herda a propriedade sua filha D. Francisca Júlia Ratton Clamouse, casada com Gabriel João Lourenço Daupias; séc. 19, 1º quartel - passa o palácio para a posse de Bernardo Daupias, 1º barão e 1º visconde de Alcochete (n. 1782), neto de Jácome Ratton; 1878 - a propriedade encontra-se na posse de D. Amélia Chamiço Biester; séc. 20, década 30 - era proprietária do edifício D. Amélia Freitas Guimarães de Carvalho, após, por heranças sucessivas, ter pertencido à família do banqueiro Fortunato Chamiço; década 80, final - instalação no palácio do Tribunal Constitucional; 1999 - construção de um novo edifício, para ampliação das instalações, pela DGEMN; 2006, 24 agosto - o edifício está em vias de classificação, nos termos do Regime Transitório previsto no n.º 1 do Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, 1.ª série, n.º 16, tendo esta caducado, visto o procedimento não ter sido concluído no prazo fixado pelo Artigo 24.º da Lei n.º 107/2001, DR, 1.º série A, n.º 209 de 08 setembro 2001.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, mármore, estuques pintados, azulejos, ferro forjado

Bibliografia

ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Livro 5, Lisboa, s.d.; DAUPIAS, Nuno, Os Projectos de Jácome Ratton Sobre o seu Prédio do Calvário e as Diferentes Casas em que Morou, in Boletim da Junta da Província da Estremadura, Nº 32/34, Lisboa, 1953; Monumentos, n.º 10 a n.º 12, n.º 15-17, n.º 19-21, Lisboa, DGEMN, 1999-2004; RATTON, Jácome, Recordações de Jácome Ratton sobre Ocorrências do seu Tempo, de Maio de 1747 a Setembro de 1810, Coimbra, 1920; ZÚQUETE, A. E. Martins, Nobreza de Portugal, Vol. II, Lisboa - Rio de Janeiro, s.d..

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRELisboa/DIE/DRC, DGEMN/DSE, DGEMN/DSPI, DGEMN/DRMLisboa

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRELisboa; CML: Arquivo de Obras, pº nº 30.799

Intervenção Realizada

1878 - ampliação do edifício acrescentando o que na actualidade é o módulo S.; 1921 - construção do 1º andar do anexo a S. (garagem, nº 109); 1934 - reparação do muro, reparações externas e internas; 1941 - obras gerais de beneficiação; 1948 - reparação do telhado e pinturas, alteração da compartimentação interna da garagem (nº 109); 1953 - alteração da fachada da garagem; 1957 - obras gerais de beneficiação; DGEMN: 1982 / 1997 - obras de adaptação às novas funções; colocação de um posto de transformação; instalação de detecção e alarmes contra incêndios; do refeitório - bar; de central telefónica; remodelação e adaptação do anexo (jardim); remodelação da instalação eléctrica; beneficiação do muro do jardim na Travessa do Loureiro; 1998 - construção de um novo módulo de 3 pisos a N. do jardim; 2001 - conclusão dos arranjos exteriores; instalação do equipamento do controlo de acesso e iluminação suplementar; 2002 - beneficiação da garagem e habitação anexa; arranjo do corredor de acesso ao novo edifício; climatização do refeitório e piso térreo; remodelação dos espaços da cave; 2003 / 2004 - levantamento das anomalias do edifício, pelo Instituto de Construção do Instituto Superior Técnico; DGEMN: reparação das coberturas e fachadas; 2004 - projecto de adaptação de uma dependência a auditório.

Observações

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1995

Actualização

Celso Caires 1999
 
 
 
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