Sanatório de Sant'Ana / Hospital de Sant'Ana

IPA.00006058
Portugal, Lisboa, Cascais, União das freguesias de Carcavelos e Parede
 
Arquitectura de saúde, eclética. Edifício hospitalar do início do séc.20, projectado de acordo com as necessidades específicas da função que lhe foi atribuída, sanatório de tuberculose óssea, de planta em H, e grande articulação de volumes, através do esquema das coberturas, formando torreões e de várias águas, com abas corridas sobre cachorros e com gárgulas zoomórficas, em cantaria. Fachadas de dois ou três pisos, rebocadas e pintadas, com embasamento, friso a marcar a cave, pilastras nos cunhais e a separar os panos, sendo rasgadas regularmente por vãos, predominantemente rectilíneos, com molduras em cantaria na verga, parte superior das jambas e no peitoril. Fachada principal de três módulos, o central integrando capela, em revivalismo neoromânico e neobizantino, terminada em empena sublinhada por cornija e coroada por sineira, rasgada por trífora, com arcos de volta perfeita sobre colunas, precedida por galilé, com três arcos de volta perfeita sobre colunas, terminada igualmente em empena truncada por espaldar com baixo-relevo. Fachada posterior virada a S. e ao mar, igualmente de três módulos; o central de dois ou três pisos, alteado ao centro e com alguma linguagem neoromânica, terminado em empena com cornija, rasgado por vãos de verga abatida, enquadrado por falsos contrafortes, tendo no segundo piso janelas de sacada, e no terceiro ampla trífora, encimada por arco abatido inscrito; os módulos laterais apresentam amplas varandas alpendradas, solução para aplicação das técnicas "hélio-marítimas" da época, ou seja, para os doentes apanharem ar e sol; assentam em colunas e são inferiormente percorridas por painéis de azulejos policromos Arte Nova com motivos marítimos (crustáceos, algas, gaivotas e peixes, e o monograma do sanatório). Interiormente, o espaço organiza-se em função de corredores de circulação e distribuição, com silhares de azulejos monocromos brancos, animados superior e inferiormente por frisos fitomórficos Arte Nova, com os cantos arredondados para evitar a acumulação de sujidade, sistema mecânico de abertura das janelas, sistema mecânico e regulável de ventilação do ar nas enfermarias, sistema de carris de transporte das roupas dos doentes para a lavandara industrial, localizada em edifício próprio, exterior ao sanatório. Destaca-se o jardim de Inverno, com as paredes revestidas a azulejos policromos Arte Nova, de composição vegetalista assimétrica: com trepadeiras, folhagem e flores (girassóis, hortências, campainhas, papoilas, alcachofras) num entrelaçado sinuoso. Interiormente, a capela é essencialmente neoromânica, com tectos de madeira na nave, de travejamento à vista, e a capela-mor em meia cúpula, pintada com firmamento, em neobizantino, iluminada por trífora axial e janelas com vitrais. Possui as paredes com três registos, o inferior de cantaria e os superiores com pinturas murais, representando motivos fitomórficos, panejamentos e monograma do hospital, tendo coro-alto em madeira, com cadeiral, abrindo-se lateralmente portas em arco de volta perfeita e tímpano decorado com relevos, galeria com arcada sobre colunas, púlpito e tribuna, os últimos acedidos por porta de verga recta, arco triunfal sobre colunas de arquivoltas pintadas. Edifício hospitalar de início do séc. 20, de grande envergadura e dinamismo volumétrico, conseguido pela disposição e articulação dos corpos e ritmos de coberturas, construído com as mais modernas soluções de higiene, salubridade e ventilação, mantendo, ainda que sem funcionar, sistemas mecânicos que hoje constituem verdadeiro património arqueológico industrial raro. Constitui-se como exemplo conseguido de relação entre hierarquias funcionais e uma componente ornamental de significativa originalidade e riqueza. É notória o contraste entre a ala S., virada ao mar e destinada inicialmente às crianças, com varandas alpendradas sobre colunas, para os doentes apanharem sol, alternadas por corpos torreados, valorizadas artisticamente com silhares de azulejos Arte Nova alusivos ao mar, e a austeridade da ala N., destinada aos adultos, e com um programa de reabilitação não só fisíca mas, também, do estado de pobreza e ignorância. Os salões centrais da ala S., o chamado Jardim de Inverno e que constituía o recreio das crianças, seccionado em três, apresentam silhares de azulejos Arte Nova de grande qualidade estética e de várias técnicas (azulejos de estampilha, com acabamentos e pinceladas pintados à mão e recortados), com motivos florais numa criação cenográfica. A capela possui coro-alto em U pouco pronunciado, acedido de ambos os lados por portas, e um arco diafragma criando falso transepto muito estreito.
Número IPA Antigo: PT031105050067
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Saúde  Hospital  Sanatório  

Descrição

Planta em "H", composta por três corpos, os dois paralelos mais extensos, dispostos longitudinalmente, no sentido E. / O. (paralelos à orla marítima), voltados, um a S., originalmente a zona de internamento de crianças, e, o outro a N., originalmente zona de internamento de adultos. O terceiro corpo, perpendicular aos descritos e situado no eixo central do edifício, consolida a planta em "H". Lateralmente, dispõem-se construções secundárias, paralelas ao terceiro corpo e separadas dele por pátios internos. Massas de disposição acentuadamente horizontal, definida pelos corpos N. e S., de volumetria escalonada, de dois ou três pisos, e coberturas diferenciadas em telhados de uma, duas, três e quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas a amarelo, com embasamento, pilastras nos cunhais e a separar os panos, friso entre a cave e o piso superior, onde forma esbarro e tem falsas aletas nos cunhais *2, e terminadas em aba corrida assente em cachorrada de cantaria, com gárgulas em forma de búzios, conchas, rãs e sapos; são rasgadas a ritmo regular por vãos, predominantemente rectilíneos, com molduras em cantaria no peitoril, verga e parte superior das jambas. Fachada principal, voltada a N., e a posterior, voltada a S., constituídas por três módulos, diferenciados pelo número de pisos, três no central e dois nos laterais, e pelas coberturas, nos módulos laterais em telhados escalonados, intercalados por dois torreões com cobertura piramidal. Na fachada principal destaca-se, no módulo central, a capela, localizada axialmente e em posição altimétrica dominante, antecedida por galilé, terminada em empena, de cornija, truncada por espaldar triangular com baixo-relevo em bronze, representando "Santa Ana e a Virgem", ambos sobre mísulas esculpidas com ninhos de andorinha; é rasgada por três arcos de volta perfeita e duas arquivoltas, a interior sobre colunas de capitel de folhagem estilizada assentes em plintos paralelepipédicos, acedidos por lance recto de escadas. A nave termina igualmente em empena, sublinhada por frisos e cornija de massa, interrompida por sineira em arco de volta perfeita assente em mísulas, rematada em empena coroada por cruz grega; é rasgada por uma trífora, com arcos de volta perfeita, os centrais assentes sobre colunas, com vitrais. Interiormente, a galié é rasgada frontalmente por portal em arco de volta perfeita, ladeado por duas janelas com o mesmo perfil e vitrais. Ladeiam a capela três corpos, mais baixos, diferenciados entre si pela altura e pelas coberturas, individuais, o mais baixo apresentando frontal e lateralmente janelas flanqueadas por colunas, integradas na caixa murária, com peitoril recortado e formando arco abatido superiormente. Módulos laterais idênticos, constituído por seis corpos, diferenciados, o central, correspondendo a um torreão com paramento integralmente revestido a cantaria ao nível da cave, janela de sacada no primeiro piso, assente em consolas e com guarda de ferro e pilares nos ângulos, e janela de moldura curva, no piso superior. Fachada posterior com módulo central de três corpos de três pisos, antecedido por escadaria de dois lances simétricos que desemboca em patamar em meia-lua; o primeiro piso é rasgado por portas de verga abatida; o segundo por janelas com a mesma modinatura, mas sendo de varandim, lateralmente, e, ao centro, de sacada, assente em consolas, com guarda em ferro, onde é delimitada por falsos contrafortes; no último piso, terminado em empena triangular alteada, sublinhada por várias cornijas sobre mísulas laterais, abre-se ampla trífora, em arcos de volta perfeita, o central mais elevado, assentes em colunas de capitéis vegetalistas, que, por sua vez assentam em cornija estilizada, e encimados por um arco abatido sobre mísulas, com a inscrição: "HOSPITAL DE SANT'ANNA"; a janela central é circular e assenta sobre uma águia em cantaria. Módulos laterais idênticos, percorridos por varandas alpendradas, assentes em colunas com capitéis vegetalistas, sobre plintos, inferiormente percorridas por painéis de azulejos policromos com motivos alusivos ao mar; acede-se às varandas por escada de um lance, junto ao módulo central, e pelo interior do edifício. As varandas são intercaladas por dois corpos torreados, sobrelevados e de pano superior recuado, rasgado por janela em arco de volta perfeita, com tapasóis, cobertura piramidal e lanternim. Fachadas laterais idênticas, com nove corpos, diferenciados pela disposição em diferentes planos e pelas coberturas distintas; o corpo central é rasgado por arco abatido de acesso a túnel que, por sua vez, acede, lateralmente às caves, em frente a pátio. As fachadas dos dois pátios que separam as alas do edifício - a N. com galerias, são decoradas com azulejos bícromos, azul e branco, de padrão com flores; a S., são rasgadas por janelas de verga recta, a ritmo regular; a O. (pátio E.) / E. (pátio O.), têm um pano e dois pisos, o primeiro com escada central, de um lance, ladeada por dois vãos rectos de acesso à cave, e o segundo piso rasgado por porta central e duas janelas laterais, cada um dos vãos encimados por águas-furtadas com óculo; a E. (pátio E.) / O. (pátio O.), têm dois corpos, o do lado esquerdo mais baixo, rasgado por arco de volta abatida de acesso a túnel, e o outro com dois pisos, rasgado por janelas rectilíneas a ritmo regular. INTERIOR: de quatro pisos, o inferior ao nível do solo *3 e o superior de menor área, disposto em parte da ala S. do edifício. Organiza-se segundo amplos eixos de circulação e distribuição (corredores), com silhares de azulejos monocromos brancos, animado por frisos com motivos florais nas paredes; cantos arredondados para evitar a acumulação de sujidade; portas em madeira de carvalho, pintadas de branco, com moldura recta ou em arco de volta perfeita e com bandeiras. Pavimentos em ladrilho mosaico nos corredores, salão de Inverno, refeitório, instalações sanitárias e outras áreas de serviço, em soalho de madeira pitch-pine, preparado, nas enfermarias (coberto com linóleo) e quartos. Coberturas em falsas abóbada nos corredores e tectos planos nos restantes espaços. Na Ala N., paralela à fachada principal, cave com Serviço de Farmácia do lado esquerdo, e, do lado oposto, DRP (laboratórios de ressonância magnética, taques, etc). No piso térreo fica a capela, no módulo central, quartos particulares (originalmente enfermaria masculina) no módulo lateral E. (lado esquerdo), e no módulo lateral O. (lado direito) a unidade de internamento (originalmente enfermaria feminina). No segundo piso, de menor área, distribuem-se em torno da capela as dependências da comunidade religiosa. Na ala S., paralela à orla marítima, possui na cave arrumos, oficina de serralharia e casa de pessoal; no piso térreo surge, no módulo central, o antigo Jardim de Inverno, actual salão nobre, constituído por três salas interligadas por arcos de volta perfeita com portas envidraçadas, paredes decoradas com painéis e frisos de azulejo, policromos, com motivos florais; nos módulos laterais E. e O., ficam as enfermarias (originalmente das crianças), longitudinais, rasgadas por janelas voltadas a S., com grades no tecto, do antigo sistema de renovação do ar, vigias na parede N. voltadas para os corredores através das quais, originalmente, era estabelecido o contacto entre doentes e visitantes, diminuindo-se, dessa forma, o risco de contaminação. O segundo piso, de menor área, é ocupado por Serviços Administrativos e o terceiro, ainda de menor área, disposto ao longo de parte da zona central da ala S., originalmente ocupado pelos aposentos do director clínico e do capelão, é actualmente alojamento de pessoal temporário. O corpo que une as alas N. e S. tem na cave a antiga caldeira, carpintaria e armazém de alimentos; no piso térreo fica a cozinha, coberta por estrutura metálica envidraçada, refeitório e despensa. Os corpos laterais, secundários, paralelos ao anterior, correspondem a E., ao Centro de estudos, a O., ao bloco operatório. CAPELA de pé-direito elevado, com planta longitudinal composta por nave única e capela-mor semicircular, com sacristia rectangular adossada à esquerda. A nave tem as paredes seccionadas em três registos separados por cornijas, o inferior em cantaria, o segundo, animado por pinturas murais representando frisos de motivos fitomórficos enrolados sublinhando os vãos, panejamentos, estrelas e o monograma do sanatório, e o terceiro com os mesmos frisos fitomórficos, estrelas e, as laterais, ritmadas por relevos decorativos em gesso, com elementos vegetalistas e imagens de santos. Coro-alto em U, de madeira, assente em mísulas, com guarda em balaustrada, acedido de ambos os lados por porta de verga recta, à frente das quais a guarda avança e assente em mísula *4; a parede é decorada por relevo decorativo, delimitado por cornijas, representando os 12 Apóstolos e, ao centro da parede fundeira, "A Música Sacra"; à parede fundeira encosta-se cadeiral com espaldar de almofadas e, superiormente, rasga-se trífora, com arcos de volta perfeita sobre duas pilastras laterais e duas colunas de capitéis fitomórficos, com vitrais representando São Francisco *5, Santa Ana e a Virgem, e São Fortunato. No sub-coro, o portal axial, com a inscrição 1901-1905, é protegido por guarda-vento, em madeira, ladeado por duas janelas com vitrais representando São Frederico (Evangelho) e Santa Amélia (Epístola), em homenagem a Amélia e Frederico Biester. Nas paredes laterais rasgam-se, de cada lado, três portais, em arco de volta perfeita, de duas arquivoltas, com relevos em gesso sobre fundo dourado, no tímpano, representando os Evangelistas; os dispostos no sub-coro, têm chave bastante saliente correspondendo a mísulas do coro e os restantes são encimados por púlpitos e tribunas, de madeira, de bacia rectangular, assente em duas consolas, acedidos por portas de verga recta encimada por friso. Entre o coro e o púlpito, abrem-se galerias, com três arcos de volta perfeita assentes em colunas de capitéis fitomórficos e bases prismáticas. Um arco diafragma separando os púlpitos das tribunas, cria falso transepto, muito estreito. Tecto da nave em madeira, em dois planos articulados por travejamento de madeira sobreposto por figuras antropomórfico. Pavimento em tacos de madeira na nave, em tacos, com cruz ao centro, e portas em madeira de carvalho com ferragens. Arco triunfal de volta perfeita, com várias arquivoltas, sobre colunas de capitéis vegetalistas e pássaros, intradorso pintado com flores inscritas em quadrados colocados na diagonal, em tons de rosa e bordeaux, encimado por óculo com vitral representando o "Espírito Santo". Capela-mor, sobrelevada em dois degraus, com silhar de cantaria até ao nível dos lintéis das duas portas que se abrem lateralmente, para a sacristia, e que têm verga recta inferiormente recortada; superiormente, surgem dois frisos pintados, o inferior com entrelaços, a azul e vermelho sobre fundo rosa, e o superior, mais estreito, com elementos geométricos em tons de rosa e bordeaux; remate em cornija de cantaria sobre a qual se desenvolve cobertura em meia cúpula, pintada com firmamento de estrelas douradas. Ao centro da parede, surge o sacrário, em forma de templete, em mármore branco, terminado em empena, com relevo, dourado, na porta, representando a "Santa Cruz"; altar-mor em mármore branco, sobre colunas com fuste em mármore preto e capitéis decorados com folhagem sobre fundo dourado. Pavimento em mármore. Sacristia pequena, com acesso acompanhando o formato semicircular da parede da capela-mor.

Acessos

Rua de Benguela, Avenida Marginal, Avenida Vasco da Gama, n.º 2. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,683387; long.: -9,348397

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 584/2011, DR, 2.º série, n.º 115 de 16 junho 2011

Enquadramento

Urbano, implantado na orla marítima, na costa do Estoril, isolado, em terreno murado, delimitado pela Av. Marginal a S. e a E., pela R. Vasco da Gama a S., pela R. de Benguela a N. e pela R. de Luanda a O., rodeado por jardim, com ávores, canteiros e pavimento em calçada à portuguesa e em cimento. A E., ergue-se conjunto de edifícios desactivados: morgue, lavandaria, inceneradora, casas dos animais, casas do pessoal, gerador eléctrico e vestígios de um edifício que foi construído apenas ao nível dos alicerces *1; a NO., fica o bloco de consultas do Hospital, de construção posterior ao edifício central e, a N., a portaria, bar e parque de estacionamento.

Descrição Complementar

AZULEJARIA: Os azulejos surgem com função de animação figurativa e cromática das fachadas voltadas a S., sob as varandas alpendradas, com animais estilizados, crustáceos, algas, gaivotas e peixes, e o monograma do sanatório; como revestimento higiénico dos corredores, refeitórios e zonas de tratamento, onde são monocromos brancos com frisos em "grega" e apontamento de papoilas ou outra flor campestre; e para criação cenográfica no Jardim de Inverno, nos salões voltados a S., originalmente recreio das crianças e sala de recepção em dias especiais; têm silhar de azulejos com alcachofras em flor, e, superiormente, emoldurando a bandeira das portas, um outro silhar com uma trepadeira selvagem com campainhas azuis, nos quatro cantos da sala, pinheirinhos em flor sobre fundo azul-ultramarino opaco, folhagens em verde carregado, pinhas em ocre e terra sobre vidrado muito transparente; alguns azulejos que formam folhagens, são recortados; as paredes entre as portas, apresentam repetição de motivos, nomeadamente girassóis e hortênsias, entre trepadeiras, como a madressilva, num entrelaçado sinuoso ao gosto arte nova. Às técnicas de acabamento em toques e pinceladas executados à mão, sobrepõem-se as usuais estratégias de repetição, o uso de máscara ou estampilha; desenho sobre uma espécie de reserva no branco do azulejo, sendo os fundos, contudo, sempre preenchidos em várias tonalidades criando a ilusão de profundidade; sobre as portas de caixilho, desenho mais próximo dos azulejos da fachada, mais afirmativo, e contrastado, girassóis e outras flores, grande diversidade de folhagens, acabando o conjunto numa série de botões de papoila em efeitos de estudada assimetria que se recortam sobre o fundo branco dos azulejos do topo da sala; para dar maior relevo e criar zonas de contraste claro-escuro, alguns caules foram contornados a branco, outros foram desenhados a escuro, entrelaçando-se e aparecendo por trás e pela frente de outras plantas; paleta usada neste registo superior mais aberta e contrastada; são painéis de pincelada expressiva, com representação de plantas medicinais ("cannabis"), recortadas, sobre fundos em tons de violeta, roxo e terra; no topo destes painéis, círculos brancos como sóis onde as folhas da planta se recortam criando um feito de contraluz; na zona mais baixa um rodapé de alcachofras em flor, continuando o desenho do rodapé da sala, mas revelando outra mão (trabalho mais expressivo). Na ala N., numa zona de galerias viradas para o pátio interior (zona dos adultos, originalmente), surge um painel isolado, ensaio para a decoração dos frisos das fachadas, com um caranguejo e o a assinatura "J.Pinto", (José António Jorge Pinto). MONOGRAMA DO SANATÓRIO: dois "S" entrelaçados num "A", gravado nos vidros das portadas junto à Capela, azulejos da fachada e paredes da capela.

Utilização Inicial

Saúde: sanatório

Utilização Actual

Saúde: hospital ortopédico

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Adolfo António Marques da Silva; Álvaro Augusto Machado (1901 - 1904); António do Couto Abreu; António José de Santa-Rita (1986); Brito e Cunha (1959 - 1960); Carlos Calvet da Costa (1975); Joel Sant'ana (1986); José de Almeida Segurado (1962); José Fernando Teixeira (1975 - 1977); Manuel Joaquim Norte Júnior; Manuel Martins Garrido (1986); Rosendo Garcia de Araújo Carvalheira (1901); Sebastião Formosinho Sanches (1956). ARRANJO PAISAGÍSTICO: Viveiros do Falcão, Empresa de Agricultura e Jardinagem, Lda. (1969). ELECTRICIDADE: Aurélio Paulo; Rimac - Representações Industriais (1975); Materiais e Assistência à Construção, Lda. EMPREITEIROS: Manuel Matos Ferreira; Francisco de Nascimento Silva (1927); Tuscano e Cruz, Lda; J. d'Arriaga de Tavares Lda., João Ventura Pereira (1930); Fati Ferrex, Indústria Metálica, Lda; Omep - Obras, Medições e projectos, Lda.; Engiarte - Engenharia e Construções, Lda.; Odilon Martins Garcia; João Baptista de Matos (1970 / 1973); Figueira, Simões & Silva, Lda. (1967); José Augusto Gomes (1967 - 1976); Manuel Augusto Atalaia (1976); Tiago Gomes Fernandes (1977); Luciano Domingos Duarte (1977); Comprojecto, Projectos e Construções, Lda. (1986); Sanbentos Construtores Lda. (1986); HCI - Construções, Lda. (1988); Soenvil - Sociedade de Empreitadas Vilarinhos, Lda. (1987); Campo & Mar - Sociedade de Construções, Lda. (1990); Álvaro Pereira & Gomes, Lda.; ENGENHEIROS: António de Melo Arbués Moreira (1969); José Vaz Saraiva Máximo (1976); Bernardo Augusto Pereira Leite dos Santos (engenheiro electrotécnico). ENGENHEIRO ELECTROTÉCNICO: Bernardo Augusto Pereira Leite dos Santos (1966). ENTALHADORES: Frederico Augusto Ribeiro e Guilherme Coutinho (entalhadores, tecto e mobiliário da capela). ESCULTORES: Augusto da Costa Motta, José Netto, António José Moreira (canteiro, colunas do exterior e interior da capela). PINTORES: António Ramalho, Ricardo Ruivo (desenhos para azulejoe autor do monograma), Miguel Queriol (desenhos para azulejo e desenhador), José António Jorge Pinto (desenhos para azulejo e pintor dos azulejos do Jardim de Inverno) e Carlos Alberto Nunes (pintor dos azulejos exteriores, segundo desenhos de Ricardo Ruivo). RESTAURO DE AZULEJOS: Era, Arqueologia - conservação e gestão de património (2006). REPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS: Empresa de Electricidade e Mecânica, Lda. (1929); Argibay - Sociedade de Construções Navais e Mecânicas, Lda. (1962); J. Emílio Mateus (reparação do para-raios); Aurélio Paulo (1966 - 1971); Bernardo Manuel (Herdeiros) (1969); Indústrias Metálicas Dine, Lda. (1969); Sociedade Técnica de Fomento, Lda. (1970 / 1971); Lourenço Borges (1970); Telbri, Telecomunicações, Lda. (1970); Montoya & Amorim, Lda. (1970); Pergol - Sociedade de Pergamóides e Revestimentos, Lda. (1972); Luís Bandeira, Lda. (1976); Manuel J. Monteiro & C.ª, Lda. (1976); Indústrias Térmicas Nunes Correia, SARL (1977); Novolândia - Comércio e Indústria de Representações, Lda. (1977); Metalúrgica da Longra, Lda. (1977).

Cronologia

1890, década - Sousa Martins e Francisco Rompana, médicos, descobrem o sítio da Fonte das Tainhas, na Parede (Carcavelos), um terreno, junto ao mar, com excepcional riqueza em algas marítimas, abrigado do Nordeste e recebendo os primeiros e últimos raios solares; transmitem a decoberta ao casal Biester que, desde logo, se mostra interessado em construir um sanatório no local; 1897 - morrendo o Dr. Sousa Martins, Manuel Bento de Sousa substitui-o na coordenação do projecto; 1898 - Frederico e Amélia Biester compram em hasta pública os terrenos ficando obrigados a pagar anualmente um foro à Câmara Municipal de Cascais e encomendam o projecto arquitetónico a José António Gaspar, professor da Real Academia de Belas-Artes, o qual não chegou a ser concretizado; 1899, 21 Janeiro - Frederico e Maria Amélia Biester mandam entregar na Câmara Municipal de Cascais um requerimento apresentando o projecto do sanatório e pedindo licença para a sua construção; 25 Janeiro - o projecto foi aprovado por Jaime Artur da Costa Pinto, Presidente da Câmara Municipal de Cascais; 1900 - falecimento de Frederico e Amélia Biester, deixando em testamento os seus bens a Claudina Chamiço, sua tia; o Dr. Gregório Fernandes, seu médico pessoal, foi chamado para colaborar; 1901, 7 Agosto - lançamento da 1.ª pedra do sanatório, projectado pelo arquitecto Rosendo Garcia de Araújo Carvalheira, patrocionado pelo casal Frederico e Amélia Biester e Claudina Chamiço, na presença do Dr. Gregório Fernandes (cirurgião e director do sanatório), Dr. Francisco Rompana e Dr. Almeida Ribeiro (1.º director clínico); colocação de azulejos da fachada S., pintados por Ricardo Ruivo e executados por Carlos Alberto Nunes, e no Jardim de Inverno, da autoria de Jorge Pinto, Miguel Queriol e Ricardo Ruivo; 1902 - o arquitecto Rosendo Carvalheira expõe o projecto do sanatório na 2ª Exposição da Sociedade Nacional de Belas-Artes; 1904, 31 Julho - inauguração do sanatório ainda incompleto; 1905, 31 Julho - inauguração da capela; os vitrais foram desenhados por António Ramalho e executados numa casa especializada, francesa; 1907 - publicação do regulamento do sanatório; 1910 - o Governo republicano decreta a expulsão das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo que trabalhavam no sanatório; por pressão de Claudina Chamiço, são chamadas Irmãs da Congregação da Província de Portugal das Dominicanas de Santa Catarina de Sena; 1911, 19 Outubro - Claudina Chamiço lega em Testamento a posse do Sanatório à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que fica encarregue da sua administração juntamente com uma comissão administrativa; 1912 - conclusão da construção do edifício; 1913, 18 Janeiro - falecimento de D.ª Claudina de Freitas Chamiço; 1915 - publicação de novo regulamento do sanatório; 1916 - construção do pavilhão de doenças contagiosas pelo arquitecto Álvaro Augusto Machado; 1927, 9 Agosto - a administração do sanatório passa a ser exercida exclusivamente pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; 1939 / 1940 - demolição de algumas dependências para permitir o alargamento da estrada marginal Lisboa - Cascais; 1950 / 1960 - construção de uma sala de operações, sendo Director clínico o Dr. Arnaldo Rodo; 1956 - decisão não concretizada de converter o Sanatório em Centro de Recuperação de Incapacitados motores, alterando o edifício existente e construindo novos edifícios sob a direcção técnica do Arquitecto Sebastião Formosinho Sanches; 1959, 15 Março - Ministro da Saúde elogia o relatório do Dr. Arnaldo Rodo e solicita saber qual o arquitecto encarregue das obras propostas; 25 Setembro - Mesa aprecia o estudo preliminar do arquitecto Brito e Cunha e a estimativa para adaptação do imóvel a hospital Ortopédico e delibera encomendar-lhe o respectivo ante-projecto; 1960, 10 Outubro - Mesa delibera aproveitar o ante-projecto do pelo Arq.º Brito e Cunha na maior medida possível, mas verificou que se distanciava muito do programa inicialmente aprovado; 1961 - despacho ministerial atribuindo a Santa'Ana a existência jurídica como Hospital Ortopédico, perdendo a antiga designação de sanatório; 1962, 23 Fevereiro - o engenheiro António Melo d'Arbués Moreira entregou um relatório que propõe a construção de uma nova central térmica junto da chaminé da antiga central da lavandaria e a construção, a longo prazo, de um corpo novo localizado no espaço disponível entre o edifício principal e anexos; utilização do imóvel como centro de reabilitação dos militares feridos em Angola; 12 Setembro - despacho do Ministro das Obras Públicas, encarregando o arquitecto José de Almeida Segurado de elaborar projecto de remodelação geral e ampliação; 25 Setembro - assinatura do contrato com o arquitecto José de Almeida Segurado; 1963, 14 Janeiro - por proposta da Comissão Administrativa de Obras da SCML, o Ministro das Obras Públicas homologou um parecer do Conselho Superior de Obras Públicas que propõe uma revisão geral do aproveitamento do edifício; 22 Julho - Instituto Português de Reumatologia entrega o programa para a construção de um pavilhão nos terrenos do hospital; 1967, 12 Abril - a Comissão Administrativa de Obras da SCML solicitou ao Arquitecto José de Almeira Segurado a entrega do projecto da 1ª fase correspondente ao bloco operatório; 1969, 10 Julho - na sequência do tremor de terra que abalou Lisboa nesse ano, caíram vários tectos nas enfermarias; 3 Novembro - o presidente da Comissão Administrativa de Obras da SCML propôs ao provedor as seguintes obras na capela: ampliação do coro, supressão das teias laterais da nave que impediam o trânsito e estacionamento das camas dos doentes e adaptação do altar-mor às novas normas litúrgicas; 1970, 14 Abril - o provedor autorizou a remodelação da electrificação da capela; 3 Junho - escritura de permuta de terrenos com a Câmara Municipal de Cascais; 1973, 19 Março - o Provedor solicitou ao Ministro da Saúde e Assistência a inclusão no IV Plano de Fomento de um bloco cirúrgico no Hospital de Santana; 1974, 7 Agosto - infestação de formiga branca na zona da fisioterapia; 1977, 15 Novembro - pelo Decreto-lei 480/77 o Hospital de Sant'Ana é integrado na Direcção-Geral dos Hospitais; 1982, Maio - A SCML autorizou e subsidiou a Obra de Sant'ana - Associação dos Doentes do Hospital de Sant'Ana; 25 Agosto - publicação do Decreto-Lei 341/82 que faz regressar o Hospital de Sant'Ana à posse da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa por força do legado da instituidora; 1986, 12 Fevereiro - subsídio da Mesa à obra de Sant'Ana para a ajudar nas obras; 17 Novembro - a lavandaria ameaçava ruína devido ao facto da construção não ter sido projectada para receber as vibrações da maquinaria moderna; 1987, 15 setembro - proposta de classificação pela CMCascais; 1988, 26 abril - publicação do Decreto-Lei 144/88 regulamentando o Hospital de Sant'ana; Junho - a Administração do Hospital alertou a provedoria para o facto dos azulejos da fachada principal e motivos decorativos da capela se estarem a perder; 1991, 28 novembro - Despacho de abertura do processo de classificação do presidente do IPPC; 2003, 15 março - proposta da DRLisboa para classificar o edifício como Imóvel de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção; 23 Maio - Despacho de homologação da classificação pelo Ministro da Cultura a classificar o edifício como Imóvel de Interesse Público, com a designação oficial de Hospital de Sant'Ana incluindo terrenos e edifícios solidários; 29 Maio - Despacho de homologação da Zona Especial de Protecção pelo Ministro da Cultura.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura de alvenaria mista; reboco pintado; embasamento, pilastras nos cunhais e a separar os panos, molduras de vãos, friso entre a cave e o piso superior, colunas gárgulas, cachorros e outros em cantaria (mármore e pedra calcária); silhares exteriores e interiores em azulejo; pavimentos em ladrilho mosaico nos corredores, salão de Inverno, refeitório, instalaçõse sanitárias e outras áreas de serviço, soalho de madeira pitch-pine, preparado, nas enfermarias (coberta com linóleo) e quartos, tacos e em mármore na capela; elementos decorativos em estuque; portas e caixilharias em madeira de carvalho; gradeamentos de ferro e bronze; pinturas murais na capela; baixo-relevo em bronze; cobertura de telha.

Bibliografia

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Boletim Cultural do Município, n.º7, Cascais, 1988; Protecção à Infância - Uma obra monumental: O Sanatório de Sant'Ana, O Século, Lisboa, 29 Janeiro 1908; RAMOS, Carlos Eugénio da Silva, Sanatório de Sant'Ana, in Panorama, Ano 3, n.º 17, Lisboa, 1943; Regulamento do Sanatório de Sant'Ana na Parede, fundado em 26 de Julho de 1904, Lisboa, 1907; Sanatório da Parede, in Ilustração Portuguesa, Lisboa, 08 Agosto 1904; Sanatório da Parede, O Século, Lisboa, 31 Julho 1904; Sanatório da Parede, in Revista - Portugal - Brasil, Lisboa, 01 Setembro 1904; Sanatório da Parede. Uma festa simpática, O Século, Lisboa, 01 Agosto1904; Sanatório de Sant'Ana, Diário de Notícias, Lisboa, 9 Dezembro 1902; Sanatório de Sant'Ana, O Século, Lisboa, 9 Julho 1904; Sanatório de Sant'Ana na Parede. Na véspera de sua inauguração, Correio da Noite, Lisboa, 30 Julho 1904; Sanatório de Sant'Ana (Parede). 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Documentação Gráfica

SCML: DGIP; IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

SCML: DGIP; IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

SCML: DGIP (Proc.º 66B, 107); CMC: AHMC

Intervenção Realizada

1927 - Obras de recuperação sob a direcção de Francisco de Nascimento Silva; 1929, Maio - obras de recuperação e de electrificação da lavandaria sob a direcção da Empresa de Electricidade e Mecânica, Lda.; Julho - montagem de uma bomba a vapor; Novembro - montagem de um grupo electro-lomba centrífuga por J. Tavares d'Arriaga, Lda.; 1930, Janeiro - montagem de uma caldeira de vapor e um esquentador por João Ventura Pereira; DGEMN: 1942 - obras de recuperação; 1944 - adaptação da antiga residência do director a enfermaria para tratamento de adultos do sexo feminino; reparação dos telhados; 1945 - obras de conservação; obras na residência do capelão e na cozinha central; 1946 - reparação dos telhados; 1953 - reparação das instalações sanitárias e dos telhados; Comissão Administrativa de Obras da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: 1962, 24 Abril - abertura do concurso para reparação da caldeira n.º 535; 15 Maio - adjudicação da empreitada à firma Argibay - Sociedade de Construções Navais e Mecânicas, Lda.; 28 Junho - abertura do concurso da empreitada de obras de conservação e beneficiação em portas, janelas e coberturas; 6 Julho - adjudicação à firma Odilon Martins Garcia; 1963, 17 Dezembro - conclusão da beneficiação de janelas, portas e cobertura do edifício; 1964, 14 Dezembro - adjudicação à firma João Baptista de Matos da empreitada de obras de conservação e beneficiação; 1965 - conservação na enfermaria de crianças da secção 3; 4 Março - adjudicação da reparação do pára-raios à firma J. Emílio Mateus; 1966, Outubro - concurso para a beneficiação da instalação eléctrica sob projecto do engenheiro electrotécnico Bernardo Augusto Pereira Leite dos Santos; 20 Outubro - adjudicação à firma Aurélio Paulo; 1967, 9 Junho - concurso da empreitada de ampliação do refeitório das empregadas; 15 Junho - adjudicação da obra à firma José Augusto Gomes; 22 Junho - adjudicação a Aurélio Paulo de trabalhos complementares da remodelação da instalação eléctrica; 25 Outubro - concurso para obras de beneficiação das enfermarias; 2 Novembro - adjudicação à firma Figueira, Simões & Silva, Lda.; 1969, 20 Janeiro - contratação para elaboração do projecto de abastecimento de vapor de água e remodelação da cozinha do hospital ao engenheiro António de Melo Arbués Moreira; 11 Fevereiro - adjudicação da reparação da caldeira à firma Bernardo Manuel (Herdeiros); 19 Maio - concurso para construção da nova vedação; 26 Maio - concurso ampliação das instalações sanitárias nas instalações das Irmãs no 1.º andar; 3 Junho - adjudicação da ampliação das instalações sanitárias a José Augusto Gomes; 4 Junho - adjudicação da construção da vedação à firma Indústrias Metálicas Dine, Lda. e ao empreiteiro José Augusto Gomes; 30 Dezembro - concurso para o fornecimento de novo equipamento de cozinha com central própria de vapor; 31 Dezembro - adjudicação do arranjo paisagístico do terreno anexo ao Sanatório à firma Viveiros do Falcão, Empresa de Agricultura e Jardinagem, Lda; 1970, 26 Janeiro - concurso para obras na capela; 5 Fevereiro - adjudicação do fornecimento do novo equipamento de cozinha com central própria de vapor à firma Sociedade Técnica de Fomento, Lda.; 7 Fevereiro - adjudicação das obras na capela à firma José Augusto Gomes; 25 Fevereiro - concurso para modificação do altar-mor; 9 Março - concurso para abastecimento de água para rega; 25 Março - concurso para o fornecimento do quadro geral de distribuição de energia eléctrica; 9 Abril - adjudicação dessa obra à firma Lourenço Borges; 24 Abril - instalação de dois pára-raios de tipo radioactivo pela firma Telbri, Telecomunicações, Lda.; 11 Maio - adjudicação da modificação do altar-mor à firma João Baptista de Matos; 2 Junho - trabalhos de construção civil inerentes à montagem do novo equipamento de cozinha pela firma José Augusto Gomes; 7 Outubro - a Comissão Administrativa de Obras prescindiu da entrega do projecto da renovação da cozinha a elaborar pelo Engenheiro António Mello d'Arbués Moreira; 12 Novembro - adjudicação da substituição do pavimento da cozinha à firma José Augusto Gomes; 27 Novembro - concurso para o fornecimento e montagem de mobiliário de aço inoxidável para a cozinha; 17 / 18 Dezembro - adjudicação da empreitada à firma Montoya & Amorim, Lda. e fornecimento do mobiliário em aço inoxidável à firma Sociedade Técnica de Fomento; 23 Dezembro - trabalhos imprevistos na instalação eléctrica pela empresa Lourenço Borges; 1971, 21 Janeiro - concurso para reparação da instalação eléctrica; 4 Fevereiro - adjudicação da instalação eléctrica da capela à firma Aurélio Paul, que também fez a reparação da instalação eléctrica nas residências do pároco e da comunidade; 17 Março - concurso para a aquisição do equipamento da lavandaria; 30 Abril - adjudicação dessa empreitada à Sociedade Técnica de Fomento, Lda.; 8 Junho - concurso para a instalação eléctrica na cozinha; 1 Julho - adjudicação da empreita à firma Aurélio Paulo; 13 Julho - adjudicação da estufa a vapor para a cozinha à firma Sociedade Técnica de Fomento Lda.; 10 Agosto - concurso da instalação eléctrica do Lar das enfermeiras; 2 Setembro - adjudicação da empreitada à firma Aurélio Paulo; 16 Novembro - concurso de reparação da fachada do edifico principal; 25 Novembro - adjudicação da empreitada à firma João Baptista de Matos; 1972, 20 Janeiro - adjudicação da 2ª fase das obras de conservação e beneficiação do hospital à firma João Baptista de Matos; 28 Março - concurso para a reparação dos muros existentes; 13 Abril - adjudicação da empreitada à firma João Baptista de Matos e das obras de adaptação do equipamento na lavandaria à firma José Augusto Gomes; 9 Maio - concurso para revestimento plástico no Lar das Enfermarias; 18 Maio - adjudicação da empreitada à firma Pergol - Sociedade de Pergamóides e Revestimentos, Lda.; 25 Maio - adjudicação à firma João Baptista de Matos da 3ª fase das obras de conservação e beneficiação; 8 Agosto - concurso de reparação das fachadas do edifício da lavandaria; 31 Agosto - adjudicação da empreitada à firma José Augusto Gomes; 27 Dezembro - adjudicação da reparação dos tectos de estuque à empresa José Augusto Gomes; 1973, 5 Junho - adjudicação da reparação das coberturas ao empreiteiro João Baptista de Matos; 27 Julho - concurso para a remodelação da instalação eléctrica; 1975, 15 Julho - concurso para a remodelação da instalação eléctrica no Serviço IV; 23 Julho - adjudicação das obras de conservação, beneficiação e alteração das enfermarias da Secção IV à firma José Augusto Gomes; 30 Julho - adjudicação da remodelação da instalação eléctrica no Serviço IV à firma Rimac - Representações Industriais, Materiais e Assistência à Construção, Lda.; 25 Agosto - concurso para a instalação eléctrica da cozinha, copa suja e zona de preparação; 3 Setembro - concurso para a remodelação da cozinha; 16 Setembro - concurso para a remodelação da entrada principal com projecto do Arq.º José Fernando Teixeira; 31 Dezembro - a Mesa deliberou dar prioridade à ampliação e beneficiação das instalações sanitárias da Secção IV suspendendo estas três empreitadas; suspendeu ainda as obras de conservação e beneficiação e alteração das enfermarias da Secção IV entretanto adjudicadas ao empreiteiro José Augusto Gomes; 17 Novembro - o arquitecto Carlos Calvet da Costa entregou o estudo relativo à remodelação da zona sanitária da Secção IV; 1976, 27 Fevereiro - concurso de beneficiação da central térmica com projecto do Eng.º Saraiva Máximo; 17 Março - adjudicação da empreitada à firma Luís Bandeira, Lda.; 14 Abril - adjudicação de 3 termoacumuladores à firma Manuel J. Monteiro & C.ª, Lda.; 27 Maio - concurso para ampliação e beneficiação das instalações sanitárias da Secção IV; 1 Abril - adjudicação das obras de conservação, beneficiação e alteração das enfermarias da Secção IV à firma José Augusto Gomes; 16 Junho - adjudicação da empreitada à firma Manuel Augusto Atalaia; 4 Agosto - adjudicação da remodelação da instalação eléctrica do Serviço IV à firma Rimac; 21 Setembro - concurso de reparação geral das coberturas do edifício central; 30 Setembro - adjudicação da empreitada a José Augusto Gomes; 1977, Março - projecto para a rampa de acesso ao Serviço IV pelo Arquitecto Carlos Calvet da Costa; 5 Abril - projecto do novo gerador de vapor e novo depósito de água quente da central térmica pelo Engenheiro José Vaz Saraiva Máximo; 7 Abril - concurso para obras de conservação e beneficiação da lavandaria e rouparia; 20 Abril - adjudicação da empreitada à firma Tiago Gomes Fernandes; 12 Maio - concurso para novo gerador de vapor e novo depósito de água quente da central térmica; 1 Junho - adjudicação da empreitada à firma Indústrias Térmicas Nunes Correia, SARL; 8 Julho - concurso para revestimento plástico dos pavimentos; 15 Julho - a empreitada foi adjudicada à firma Novolândia - Comércio e Indústria de Representações, Lda.; 16 Agosto - concurso de instalação da ventilação na cozinha (suspenso); 7 Setembro - concurso de reparação geral dos arruamentos (pavimentos exteriores); 14 Setembro - concurso para a construção do posto de transformação; 20 Setembro - concurso de instalação da ventilação na cozinha; 4 Outubro - adjudicação da empreitada de reparação geral dos arruamentos (pavimentos exteriores) à firma Luciano Domingos Duarte e da empreitada de construção do posto de transformação; 22 Setembro - projecto de arranjo do acesso ao hospital pelo Arquitecto José Fernando Teixeira; 2 Novembro - adjudicação da instalação da ventilação da cozinha à firma Metalúrgica da Longra, Lda.; 1978, 22 Novembro - a Mesa deliberou não autorizar as obras nos sanitários da Secção II do Serviço IV devido ao novo regime jurídico do Hospital; 1980, 5 Fevereiro - concurso para o revestimento plástico dos pavimentos da enfermaria B; Administração do Hospital de Santana: 1980, 25 Junho - a Mesa deliberou autorizar a realização de obras de beneficiações no hospital; Obra de Sant'ana - Associação dos doentes do Hospital de Sant'ana: 1982 / 1983 - modificação do dormitório, construção de uma cozinha e respectivo lava-loiça, arranjo de uma casa grande, arranjo de dois quartos independentes, reparação de uma casa de banho no 1º andar; 1986, 14 Agosto - projecto de execução do núcleo de consultas externas, portaria, túnel e arranjo dos espaços envolventes pelos arquitectos Joel Sant'ana e António José de Santa-Rita; 18 Agosto - adjudicação da empreitada de remodelação do Serviço I à firma Comprojecto, Projectos e Construções, Lda. e da remodelação da rede geral dos esgotos à firma Sanbentos Construtores Lda.; 1986, 25 Setembro - constituição de equipa projectista para a elaboração do projecto do Centro de Desenvolvimento Infantil chefiada pelo arquitecto Manuel Martins Garrido; 13 Outubro - concurso para a empreitada do núcleo de consultas externas; 1987, 3 Fevereiro - por despacho ministerial a empreitada do núcleo de consultas externas foi adjudicada à firma Soenvil - Sociedade de Empreitadas Vilarinhos, Lda.; 6 Abril - a construção do novo núcleo de consultas externas em frente da fachada principal fez despoletar a polémica no concelho; 26 Junho - entrega do projecto do Centro de Desenvolvimento Infantil da autoria do arquitecto Manuel Martins Garrido; 14 Setembro - concurso público para a empreitada; 8 Outubro - anulação do concurso público; 1988, 7 Janeiro - realização de novo concurso público a nível internacional; 9 Fevereiro - a Mesa deliberou conceder um subsídio à Obra de Sant'Ana para a realização de obras de conservação nas suas instalações; 8 Junho - adjudicação da empreitada do Centro de Desenvolvimento Infantil à firma HCI - Construções, Lda.; 1989, 6 Novembro - projectos do novo núcleo de quartos particulares e farmácia pelos arquitectos Joel Sant'ana e António José de Santa Rita; 1990, 12 Fevereiro - suspensão de parte da obra pela SCML; 21 Fevereiro - a provedoria solicitou ao Ministro da Saúde a conversão do Centro de Desenvolvimento Infantil em Centro Ortopédico e de Desenvolvimento Infantil que passaria a constituir um serviço do Hospital Ortopédico; 24 Maio - a SCML apresentou à CM de Cascais o projecto da Central Térmica e Incineração da autoria Joel Sant'Ana e António José de Santa Rita; 19 Julho - os mesmos arquitectos apresentaram o projecto da nova central térmica e de incineração; 8 Agosto - parecer desfavorável pela Comissão do Património Histórico e Cultural de Cascais devido à demasiada volumetria aparente e inadequado tratamento arquitectónico das fachadas; 28 Agosto - concurso para a empreitada do núcleo de quartos particulares e farmácia; 27 Novembro - adjudicação da empreitada à firma Campo & Mar - Sociedade de Construções, Lda.; 1991, 24 Janeiro - o Tribunal de Contas chumbou o contrato da empreitada celebrado entre a firma Campo & Mar e a SCML; 20 Maio - novo contrato entre a firma Campo & Mar e a SCML; 1992, 29 Setembro - concurso público para a construção das centrais térmica e de incineração; Agosto - a obra encontrava-se parada; 5 Novembro - a Mesa deliberou proceder à rescisão do contrato com a firma HCI - Construções, Lda.; Setembro - projecto de arquitectura das alterações ao Centro Ortopédico de Desenvolvimento Infantil; 29 de Outubro - concurso para obras de conservação e beneficiação da cobertura e das fachadas da ala dos quartos particulares; 5 Novembro - a empreitada foi adjudicada à firma Álvaro Pereira & Gomes, Lda.; 22 Dezembro - concurso para a empreitada de obras de conservação do muro confinante com a Av. Marginal; 1993 - recuperação e escoramento do edifício da Lavandaria; por ocasião das comemorações do 495º Aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, inauguram-se 9 quartos particulares e Farmácia; 14 Julho - anulação do concurso da empreitada para a construção das centrais térmica e de incineração; 1994 - construção das Centrais Térmica e de Incineração; 2002 - a DGEMN fez um estudo sobre as necessidades de intervenção nas coberturas e revestimentos azulejares, a pedido da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; 2003 - construção de novas instalações da Medicina Física e Reabilitação; 2004 - reabilitação da cobertura e tectos em abóbada do Serviço 3; remodelação interior na Unidade de Cuidados Continuados; 2006, Julho - restauro dos azulejos pela Era Arqueologia, Conservação e Gestão de Património.

Observações

*1 - De destacar a Lavandaria industrial, pelo sistema de transporte e secagem das roupas, feito através de carris onde deslizavam vagões; o edifício que permaneceu ao nível dos alicerces, seria um pavilhão de enfermaria para doenças contagiosas, com pavilhão anexo para consultas externas, projectado por Álvaro Machado. *2 - A zona do embasamento corresponde a uma caixa-de-ar que integra o sistema de ventilação original do edifício e que comunica com respiradouros que percorrem o espaço interior ao nível dos soalhos e tectos que, por sua vez, comunicam com as coberturas que se organizam em três triplos telhados; o ar circula, também, entre os telhados, elevando-se, para o efeito, torreões coroados por pequenas chaminés; sob a cobertura, num espaço visitável, um grande canal de circulaçãode ar que percorre o edifício longitudinalmente; O sistema era controlado por quadros metálicos inseridos nas paredes, fora das camaratas, fabricado na casa Ernesto Cotrim. *3 - Quando o sistema de ventilação do ar deixou de estar em funcionamento as caves foram aproveitadas para cumprir outras funções, tendo sido necessário, nas áreas que passaram a ser frequentadas por pessoas, caso da Farmácia, DRP e oficinas, rebaixar o piso para aumentar o pé-direito; os carris foram tapados. *4 - A teia e os cadeirais laterais, de desenho requintado, executado por um dos arquitectos da obra, foram retirados e guardados, tal como as portas do exterior e interior da capela, com ferragens de desenho neoromânico. *5 - O desenho preparatório do vitral representando São Francisco conserva-se na Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves.

Autor e Data

Teresa Vale e Maria Ferreira 1998 / Helena Mantas e João Simões 2006

Actualização

António Cota 2011 / Maria João Martins 2014
 
 
 
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