Igreja Paroquial de Alhos Vedros / Igreja de São Lourenço e Capela de São Sebastião

IPA.00006638
Portugal, Setúbal, Moita, Alhos Vedros
 
Arquitectura religiosa, medieval, gótica, manuelina tardo renascença, maneirista, barroca. Igreja de nave única, planta rectangular, com capelas laterais e capela-mor, com transfiguração do espaço em interiores que permaneciam estruturalmente ligados à espacialidade maneirista. Gótico na Capela de São Sebastião, pela planimetria poligonal, modinatura de nervuras fortes, ogivais, e lumes de arco quebrado; exterior com contrafortes, segundo esquema gótico, e tumulária com escultura quatrocentista. Manuelino pelo uso de abóbadas de ogivas com chave em florões. Azulejaria, sevilhana hispano-árabe, de aresta. Renascimento na cobertura exterior das cúpulas em cerâmica branca, plantas em quadrado na capela manuelina; pórticos renascenças nos arcos pleno e rebaixado, arquitravados das capelas do lado da Epístola; pórticos renascença na capela lateral à esquerda, de um classicismo despojado com cúpula de modinatura maneirista. Maneirismo de raiz vernacular, exteriormente, pelo prospecto singelo dos volumes com formulário tendencialmente uniformizado; alçados austeros com despojamento decorativo, rematados à face com portais ornamentados; Barroco com uso de azulejaria e talha dourada em profusão de estilo nacional no altar-mor, pela organização arquitectónica inspirada nos portais românicos de arquivoltas concêntricas de meio ponto e igual número de espirais, com colunas pseudo-salomónicas, onde dominam talhados, os símbolos eucarísticos, enrolamentos de folhas de videira e cachos de uva, e abertura do espaço central para o trono; estilo joanino nos altares colaterais que ilustram os esquemas compositivos do barroco internacional, pela talha de dimensão arquitectural, de valor essencialmente cenográfico, com colunas salomónicas, grinaldas, cabeças de querubins, palmas. Azulejos: renascentistas hispano-árabes; barrocos na sacristia, com azulejaria joanina, em seriados de repetição, com padrão composto por cesta com flores, envolvidos por ornatos barrocos, sendo o conjunto contornado por barra de caracóis de folhagem, estilizados; nos azulejos seriados da capela de Nossa Senhora dos Anjos *7 (séc. 17); azulejos figurativos, com grandes cenas historiadas, com contenção ao nível da cercadura, nos alçados da capela-mor, e na nave, com cenas onde se relatam passagens da pregação e martírio de São Lourenço; joaninos em revestimento sumptuário com cobertura completa das paredes da capela de São Sebastião, com azulejos azuis e brancos, historiados, com cercadura muito movimentada, cujo tema é o martírio daquele santo; silhares azuis e brancos do alçado interior do frontispício e dos alçados da nave; pombalinos figurativos, historiados em grandes cenas com cercaduras de grande fantasia, com pilastras e enquadramentos arquitectónicos, sublinhado por recortes dos silhares contra as superfícies murais, com colorações carregadas. Rococó na talha de altares pintados com algum dourado, pela depuração linear, com elementos de talha fina, com motivos vegetais, concheados e asas de morcego. Monumento de fundação medieval. Notável revestimento azulejar; talha dourada em profusão; cabeceiras de sepultura provenientes do cemitério medieval, localizado no adro, encastradas nas paredes da igreja; tumulária de escultura quatrocentista; empresa esculpida num dos bocetes da capela de São Sebastião. A nível epigráfico destaque para a qualidade gráfica das inscrições góticas nº 1 e 3, uma delas armoriada, localizadas no adro da igreja, e que referem participantes nas campanhas em África no séc. 15; existência de linhas auxiliares nas inscrições nº 16 e 17, denunciando "ordinatio"; reaproveitamento de tampas de sepultura epigrafadas para gravar uma segunda inscrição, de que são exemplo as nº 20a, 20b, 23a e 23b. A zona do altar-mor era reservada para sepultar os padres da igreja como testemunham as inscrições nº 20b, 22, 23b e 26.
Número IPA Antigo: PT031506010011
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

IGREJA: planta irregular, composta pela nave, capela-mor e capelas laterais, com coincidência exterior / interior. Volumes escalonados em contiguidade e articulados em adossamento. Disposição das massas na horizontal. Cobertura diferenciada em telhados de 4, 3, 2 e 1 águas, domos com lanternins e coruchéu. Fachada principal orientada de 3 panos: o principal delimitado por cunhais de perfil toscano com 2 registos, definidos pelo portal renascentista rematado em frontão triangular aberto, onde assenta uma pedra com as insígnias dos Espatários e sobrepujado por janelão moldurado, de verga com cornija recta; remate em empena angular, com cornija de coroamento e beiral, com cruz no topo; a meio de cada um dos panos laterais delimitados lateralmente por pilastras salientes e, superiormente, por cornija e beirado, rasga-se uma janela. As fachadas são delimitadas por cunhais de cantaria, os seus alçados são ou cegos ou com parco número de vãos, na sua maioria, rectangulares e moldurados a cantaria; excepção para uma janela de verga curva, e para os vãos de arco quebrado da Capela de São Sebastião. Fachadas N. e S. com remate idêntico ao do frontispício, com excepção dos correspondentes aos 2 domos que são delimitados superiormente por cornija de coroamento, e do correspondente à Capela de São Sebastião, com coroamento de merlões chanfrados. Esta capela possui contrafortes escalonados, de apoio à abóbada. Portal lateral, renascentista, recuado, a N., entre a Capela de Nossa Senhora do Rosário e o Baptistério. Fachada E. com 2 janelas pequenas em sobreposição e sobrepujadas a pedra com as insígnias dos espatários. Torre sineira de planta quadrangular sobre terraço, de dois registos, com dois mostradores de relógio em 2 dos panos do primeiro registo, e no superior, 4 arcos sineiros; remate em cornija de coroamento e 4 pináculos piramidais; CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO: volume simples coberto por terraço, rematado por merlões pentagonais; contrafortes escalonados nos vértices, panos rasgados por 2 janelas em arco quebrado e um pequeno óculo. INTERIOR de nave única com paredes revestidas por silhar de azulejos de composição figurativa, azuis e brancos, ilustrando episódios do Antigo Testamento; pavimento de lajes com algumas tampas de sepultura epigrafadas e reaproveitamento de outras. A O. coro-alto, assente em 2 colunas toscanas sobre plintos altos e vestíbulo com corta-vento em madeira com tecto pintado com as armas de Portugal, em policromia. Corpo da nave com tecto de maceira em caixotões de rica policromia, com representação do martírio de São Lourenço no caixotão central e emblemática alusiva ao martírio do Santo nos caixotões laterais; capelas laterais: lado do Evangelho: Baptistério, separado da nave com arco de volta plena e portal de grade em madeira; pia baptismal em pedra; silhares de azulejos de composição figurativa, representando o baptismo de Jesus; tecto pintado com viva policromia; no pavimento uma tampa de sepultura epigrafada voltada para a pia. Capela de Nossa Senhora do Rosário separada da nave por arco de volta plena assente em pilastras toscanas, com altar de talha dourada e frontal recente, em azulejos com motivos de aves e ramagens, imitando frontal do séc. 17; nas paredes laterais silhares de azulejos de composição figurativa, representando episódios da vida da Virgem. Entre esta capela e a seguinte púlpito em mármore lavrado assente sobre modilhões. Capela de Nossa Senhora dos Anjos separada da nave por dois arcos plenos divididos por mainel e com uma das pilastras epigrafada; de planta quadrada, com o altar perpendicular à nave, mesa de sarcófago, com retábulo em talha dourada e pintada, com uma imagem de Nossa Senhora sentada em pequena peanha, rodeada de anjos, com o Menino assente no braço esquerdo; silhar de azulejos de padrão, azuis, brancos e amarelos *1; cobertura em cúpula maneirista, com lanternim. Sacristia: paredes com silhares de azulejos de composição ornamental representando albarradas; destaque para lavabo de mármore branco e vermelho, com lavor; tecto de masseira, pintado com decoração de simbologia católica. Lado da Epístola: junto à entrada escada de acesso ao coro-alto. Capela de São Sebastião: separada da nave por arco pleno; com dois tramos rectos e topo prismático de 3 panos, altar de tallha dourada; paredes revestidas de azulejos azuis e brancos de composição figurativa, ilustrando episódios da vida do Santo, e com inscrição pintada sobre o arco de entrada; cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas de aresta chanfrada com cadeia central; apoiada em mísulas e com bocetes vegetalistas excepto um composto pela empresa de Fernando do Casal; junto à parede do lado esquerdo sob pedra de armas a arca tumular de Fernando do Casal com jacente envergando armadura, segurando bastão e espada cingida, com os pés assentes em mísula e a cabeça sobre almofada lavrada com flores a imitar brocado; rebordo da tampa epigrafado e decorado com série de flores de cardo. Do mesmo lado a arca tumular de Pêro (=Pedro) Vicente com rebordo da tampa epigrafado; do lado oposto a arca tumular de sua mulher Constança Vaz, cuja tampa é igualmente epigrafada. Pavimento de tijoleira com azulejo ornamental azul e branco incrustado no centro. Capela de Santo António *2: rectangular, longitudinal, coberta por abóbada de arestas; altar de talha dourada e pintada, frontal em azulejos de padrão azuis, brancos e amarelos; nas paredes, silhares de azulejo de composição figurativa ilustrando episódios da vida de Santo Estevão, antigo orago da capela. Capela de São João Baptista: rectangular, longitudinal, com altar de talha dourada e pintura a branco, com frontal de azulejos de padrão, azul e amarelo, paredes totalmente revestidas de azulejos hispano-árabes, de padrão; pequena pia de água benta, em cantaria, adossada à parede; cobertura em abóbada polinervada estreladade, com bocetes vegetalistas e apoiada em mísulas; sob a janela uma lápide com inscrição; no pavimento uma laje epigrafada *3. Antigo Cartório: quadrangular, serve actualmente para arrumos. Arco triunfal de pilastras toscanas forrado a madeira pintada com intensa policromia, com duas capelas colaterais uma de cada lado do arco, em talha dourada *4. No pavimento da zona correspondente ao cruzeiro sete tampas de sepultura epigrafadas. Capela-mor profunda em plataforma elevada, com altar-mor e pano fundeiro coberto de talha dourada de estilo nacional, com a imagem do orago São Lourenço; cobertura em abóboda de berço assente em cornija.

Acessos

Rua 5 de Outubro. WGS84 (graus decimais): lat.38,653437, long. -9,029163

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 38 147, DG, 1.ª série, n.º 04 de 05 janeiro 1951 (capela de São Sebastião)

Enquadramento

Urbano. Isolada, no meio de uma praça com algumas árvores, pavimentada com calçada portuguesa e circundada por adro, tendo defronte do portal principal e da porta N. tampas de sepultura com inscrições.

Descrição Complementar

INSCRIÇÕES: EXTERIOR: 1. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura, no sentido dos ponteiros do relógio, excepto as duas últimas linhas, correspondendo à quinta e sexta do texto, que foram gravadas debaixo da primeira linha do epitáfio. Sem moldura nem decoração. Sulcos das letras preenchidos com betume negro, estando algum já a sair. Calcário. Muito erodida, algumas letras estão gastas, e em degradação progressiva por se situar no adro defronte da porta principal sendo necessário pisá-la para se aceder ao interior da igreja. Dimensões: 255x115,5. Tipo de letra: gótica minúscula de forma e inicial capitular carolino-gótica. Leitura modernizada: Sepultura de Fernão Dias cavaleiro da casa d'el rei Dom Manuel o qual em África se achou com Nuno Fernandes d'Ataide no desbarato do Xarife e com ele foi no desbarato dos alcaides de fez de sexta-feira de andoenças(=endoenças= celebrações da paixão de Cristo) faleceu na era de 1544 anos. 2. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura em campo epigráfico delimitado por moldura simples filetada, de cantos chanfrados em côncavo. Muito erodida e em degradação progressiva por se encontrar no adro. Superfície epigrafada muito degradada impede leitura completa da inscrição. Líquenes. Calcário. Dimensões: totais: 197,5x81,5; moldura: 3,5. Tipo de letra: capital do século XIX. Leitura modernizada muito incompleta e reconstituída: AQUI JAZ O PADRE FRANCISCO [...] DONA D[...] D [...] IGREJA D[...] PRIOR[...] A [...]OS DESTA IGREJA(?) FALECEU AOS [..] DE FEVEREIRO DE 17[..] ANOS PEDE UM PADRE NOSSO E UMA AVÉ MARIA PELO AMOR DE DEUS. 3. Inscrição de posse de capela e funerária gravada, no sentido dos ponteiros do relógio, na orla de uma tampa de sepultura que tem no centro um brasão de armas esculpido em relevo. Descrição heráldica: escudo de ponta; um estandarte; uma espada, um leão afrontado para a direita. Algumas letras erodidas mas ainda legíveis; moças, falhas, fracturada no canto inferior esquerdo, escudo fracturado inferiormente; líquenes. Calcário. Degradação progressiva por se situar no adro. Dimensões: totais: 217,5x113; escudo: 79,5x57. Tipo de letra: gótica minúscula de forma, de excelente qualidade gráfica, gótica maiúscula e inicial capitular carolino-gótica. Leitura modernizada: Esta capela é de gaspar Rodrigues mealheiro filho de pêro(=Pedro) mealheiro que morreu pelejando entre os mouros na Serra escura(?) na batalha que dom João de meneses houve com el rei de Fez uma sexta feira de endoenças do ano de 1513 aqui Jaz Isabel Ribeira sua mãe. 4. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Superfície epigrafada erodida com moças e buracos. Calcário. Dimensões: 81x63. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada e reconstituída: SEPULTURA DE ANTONIO DE GAMBOA(?) E DE SEUS HERDEIROS. 5. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura fragmentada. Erosões, letras a desaparecer, moças e buracos. Calcário. Dimensões: 217,5x90,5. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE BARNABÉ FUZEIRO E DE SEUS HERDEIROS (sic) NA ERA DE 1555 ANOS. 6. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Muito erodida, com mossas, buracos. Calcário. Dimensões: 118,5x50,5. Tipo de letra: capital quadrada de má qualidade gráfica. Leitura modernizada e reconstituída: SEPULTURA DE MANUEL(?) D[...] A [..]OS [...]. 7. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura que foi cortada para ser integrada no pavimento de pedra do adro. Sulcos pouco profundos potenciam a erosão. Calcário. Dimensões: 55x56. Tipo de letra: capital quadrada de má qualidade gráfica. Leitura modernizada e reconstituída: SEPULTURAS DE INÊS(?) [...] E DE SEU[S HERDEIROS]. 8a. Inscrição funerária gravada na primeira metade de uma tampa de sepultura. Muito erodida e cortada no topo inferior pela pedra onde está gravada a inscrição nº 3. Calcário. Dimensões: totais: 174,5x75,5; caixa do texto: 64. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada e reconstituída: AQUI JAZ MANUEL ÁLVARO(?) DOUTOR E SO[...] FALECEU A [..] DE NOVEMBRO DE 1553(?) ANOS. 8b. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura que já possuía inscrição (nº 8b). Superfície epigrafada erodida com algumas letras delidas. Calcário. Dimensões: totais: 174,5x75,5; caixa de texto: 56. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE DOMINGOS FERNANDES E DE SEUS HERDEIROS (sic) NA ERA DE 1616 ANOS. INTERIOR: 1. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura, que tem no topo inferior o sulco do fecho da porta. Superfície epigrafada erodida por se encontrar em local de muita passagem, à entrada da igreja. Calcário. Dimensões: 192x93. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada e reconstituída: ESTA SEPULTURA É DE HEITOR ÁLVARES E DE [..]AIROS E DE SUA MULHER LEONOR FERNANDES. 2. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura, onde foram cravados os ferros da porta do guarda-vento que ocultaram parte da segunda linha. Superfície epigrafada muito erodida impede leitura integral. Dimensões: 198x92. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada e reconstituída: SEPULTURA DE JERONIMO [...]EIRO QUE DEUS TEM EM CEU [...] A [.]LR DA C[...] IOSO[..]O E DE SEUS HERDEIROS. 3. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Calcário. Dimensões: 50x18. Tipo de letra: capital quadrada Leitura modernizada e reconstituída: SEPULTURA DE JORGE [...]. 4. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura, onde foram cravados os fechos da porta do guarda-vento. Calcário. Dimensões: 198,5x95. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE LOURENÇO MENDES E AMBROSIA DA VEIGA E SEUS HERDEIROS. 5. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura. Superfície epigrafada muito erodida. Calcário. Dimensões: 80,5x65. Tipo de letra: capital quadrada e um "E" capital actuário. Leitura modernizada: SEPULTURA DE BASTIÃO(=SEBASTIÃO) RODRIGUES E HERDEIROS. 6. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura. Superfície epigrafada muito erodida e esburacada. Calcário. Dimensões: 81x63. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada e reconstituída: SEPULTURA DE GONÇALO FERNANDES(?) E SEUS HERDEIROS 1610. 7. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Calcário. Dimensões: 65x64,5. Tipo de letra: capital quadrada e "s" gótico minúsculo de forma. Leitura modernizada e reconstituída: SEPULTURA DE JOÃO RODRIGUES [...] EIRO E SEUS HERDEIROS. 8. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Superfície epigrafada muito erodida. Calcário. Dimensões: 63,5x63. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada e reconstituída: [...] SEUS HERDEIROS [...]. 9. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Superfície epigrafada muito erodida. Calcário. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE DOMINGOS FERNANDES E SEUS HERDEIROS E(sic) 1557. 10. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Calcário. Dimensões: 87x57,5. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE MANUEL FERNANDES E HERDEIROS. 11. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura. A tampa está invertida. Calcário. Dimensões: 178x87. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE TOMÉ DE MATOS E DE SEUS HERDEIROS. 12. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Fracturada ao meio. Calcário. Dimensões: 44x74. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: [...] MENDES [...] HERDEIROS [...] DE 157[.]. 13. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Calcário. Dimensões: 52x84,5. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE JOÃO RODRIGUES PIDRIRO(sic) E DE SUA MULHER E HERDEIROS 1605. 14. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Superfície epigrafada muito delida. Calcário. Dimensões: 66x57.Tipo de letra: gótica minúscula e letra inicial maiúscula. Leitura modernizada e reconstituída: Sepultura de [...]. 15. Inscrição funerária gravada num fragmento de uma tampa de sepultura. Erosões e mossas profundas. Calcário. Dimensões: 76x64,5. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: AQUI JAZ ANA BERNALDES(=BERNARDES) A QUE DEUS TENHA EM GLORIA. Capela de São Sebastião: 16. Inscrição funerária gravada na aba da tampa de uma arca tumular. Calcário. Vestígio de linhas auxiliares. Dimensões: totais: 91x 195,5x59; campo epigráfico: 19x195,5. Tipo de letra: gótica minúscula de forma, inicial capitular carolino-gótica e gótica maiúscula. Leitura modernizada: Aqui Jaz costanca(=constança) vaz mulher de pêro(=Pedro) Vicente mãe de fernando casal. 17. Inscrição funerária gravada na aba da tampa de uma arca tumular. Calcário. Vestígios de linhas auxiliares. Dimensões: totais: 91x191x58; campo epigráfico: 32x191. Tipo de letra: gótica minúscula de forma, inicial capitular carolino-gótica e gótica minúscula. Leitura modernizada: Aqui Jaz pêro Vicente criado do Jfante(=Infante) dom João marido de constança vaz pai de fernando casal o que mandou fazer esta capela a qual foi feita era de lxxbjj(=77). 18. Inscrição funerária gravada, no rebordo, ao redor da tampa de uma arca tumular. A arca, com jacente e assente sobre três leões, situava-se originariamente no centro da capela, decerto debaixo do bocete onde se encontra gravada a empresa de Fernando Casal que tem por corpo um compasso, e por alma a divisa "FASTA LA FIN"; à época a inscrição, gravada ao redor da arca tumular, podia ser lida na integra mas actualmente os campos epigráficos números 1, 3 e 4 ficaram ocultados por a arca ter sido encostada à parede, perdendo a inscrição a sua funcionalidade. Vestígio de linhas auxiliares. Superfície epigrafada muito erodida. Calcário. Dimensões: totais: 85,5x194x65; campo epigráfico: 193x18,5. Tipo de letra: gótica minúscula de forma, cujos traços descendentes terminam em gavinhas. Leitura modernizada e reconstituída: Aqui Jaz fernando casal [...] [...]de de t[...] [...] [...] de xxbjj [..] anos e por honra da cavalaria em campo(?) fiz minha fim(?) do lo[...] [...]. Capela de São João Baptista: 19.Inscrição comemorativa da instituição de capela, gravada numa lápide num campo epigráfico rebaixado e enquadrado por moldura dupla. Superfície epigrafada com mossas e buracos. Calcário. Dimensões: totais: 63x88; campo epigráfico: 57,5x82,5; moldura: 3. Tipo de letra: capital quadrada com algumas figuras peculiares: "Z", "G" e "R". Leitura modernizada: ESTA CAPELA MANDOU FAZER PÊRO(Pedro) GOMES DE FARIA CAVALEIRO FIDALGO DA CASA D'EL REI DOM MANUEL FINOU-SE A 11 DE MARÇO DE 1517 E NELA SE HÁ-DE DIZER EM CADA UM ANO PARA SEMPRE 52 MISSAS PARA SUA ALMA E DE FERNÃO GOMES SEU PAI E DE BEATRIZ GONÇALVES SUA MÃE COMEÇA-SE QUARTA- FEIRA DE CINZA E ACABA-SE SEGUNDA-FEIRA DA PASCOELA E SERÃO DITAS PELA RENDA DA METADE DE UMA HERDADE QUE É NA RIBEIRA DE CANHA E DE UMA VINHA QUE É ALÉM DA PONTE SEGUNDO SE MAIS LARGAMENTE SE CONTEM NO TESTAMENTO DA DITA BEATRIZ GONÇALVES E EM UM COMPROMISSO E TOMBO FEITO POR AIRES GOMES DE FARIA SEU FILHO E DO DITO FERNÃO GOMES E SEU TESTAMENTEIRO E PRIMEIRO MINISTRADOR(=Administrador) DA DITA CAPELA. 20a. Inscrição funerária gravada no topo superior de uma tampa de sepultura, que tem uma outra inscrição gravada em época posterior, na metade inferior. O texto está virado para o altar-mor. Superfície epigrafada muito erodida, especialmente no lado direito. Calcário. Dimensões: 165x84. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE GASPAR RODRIGUES PIMENTA QUE JAZ AQUI E SUA MULHER E PARA SEUS HERDEIROS. 20b. Inscrição indicativa do local destinado à sepultura dos padres da igreja gravada na metade inferior de uma tampa de sepultura, que já possuía uma outra inscrição (nº. 20a). Calcário. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA PARA OS REVERENDOS PADRES. 21. Inscrição indicativa da porta de acesso a um carneiro gravada numa laje. Calcário. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: PORTA. 22. Inscrição indicativa do local destinado à sepultura dos padres da igreja gravada numa tampa de sepultura, que tem esculpida ao centro a cruz da Ordem de Santiago. Calcário. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA PARA OS REVERENDOS PADRES. O lapicida trocou o "B" pelo "V". 23a. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura, onde posteriormente foi gravada uma outra inscrição. Actualmente o texto encontra-se picado. Este processo foi intencional e visou "apagar" a epigrafe e reaproveitar a pedra que passou a cobrir a sepultura dos padres da igreja, que passaram a ser sepultados neste local. Calcário. Dimensões: 173x87. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DE ÁLVARO DIAS COELHO E DE SEUS HERDEIROS FALECEU NA ERA DE 1572. 23b. Inscrição indicativa do local destinado à sepultura dos padres da igreja gravada numa tampa de sepultura, que já possuía uma outra inscrição. Calcário. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA PARA OS REVERENDOS PADRES. 24. Inscrição indicativa da porta de acesso a um carneiro gravada numa laje, fracturada no canto inferior direito. Calcário. Dimensões: 64x83. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: PORTA. 25. Inscrição gravada numa tampa de sepultura. Impossível realizar análise epigráfica por estar debaixo de um altar. 26. Inscrição indicativa do local destinado à sepultura dos padres da igreja gravada numa tampa de sepultura, que tem ao centro um escudo de ponta onde se gravou a cruz da Ordem de Santiago. Calcário. Dimensões: 226x113,5. Tipo de letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DOS REVERENDOS PRIORES. 27. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura. Calcário. Dimensões: 192x97,5. Tipo de letra: capital do séc. 19. Leitura modernizada: AQUI JAZ MARTINIANO GOMES PEREIRA FREIRE CONVENTUAL DA ORDEM DE SANTIAGO, E PRIOR QUE FOI DESTA IGREJA 49 ANOS FALECEU EM 15 DE OUTUBRO DE 1814. Capela de Nossa Senhora dos Anjos: 28. Inscrição de posse e funerária gravada numa pilastra, num campo epigráfico rebaixado e enquadrado por moldura dupla. Superfície epigrafada com algumas erosões. Vestígio de linhas auxiliares, que nem sempre foram seguidas. Algumas incorrecções cometidas pelo lapicida. Calcário. Dimensões: totais: 213x48,5; campo epigráfico: 197x36; moldura: 6,5. Tipo de letra: capital quadrada, com um tipo de "E" extravagante. Leitura modernizada: ESTA CAPELA É DE NOSSA SENHORA DOS ANJOS E DE SEUS CONFRADES E PELOS CONFRADES FOI DADO LICENÇA A TRISTÃO DE MENDONÇA PARA TER SUA SEPULTURA E PARA SEUS HERDEIROS. AZULEJO: Conjunto de azulejos de grande interesse, dos séc. 16, 17 e 18; revestem as paredes da nave, das capelas laterais e os frontais de altar. Capela-mor: paredes laterais revestidas de azulejo de composição figurativa formando silhar; monocromia: azul em fundo branco; temática: Antigo Testamento - Moisés; 15 az. de altura; frontal de altar em azulejo de padrão do séc. 17 *5; Nave: azulejos de composição figurativa, organizados em 2 registos, formando silhar recortado que reveste as paredes até 2/3 do pé direito; monocromia: azul em fundo branco; temática: episódios da vida de São Lourenço (registo superior); cartelas com emblemas alusivos ao santo (registo inferior); Sacristia e corredor de acesso à escada da torre: silhares de azulejo de composição ornamental seriada; albarradas (cesto de flores); barra: enrolamentos vegetalistas; 10 az. de altura; Capelas laterais - lado do Evangelho: Capela de N.Senhora dos Anjos: silhar de azulejos de padrão (4), 6 x 6 azulejos; policromia, azul e amarelo em fundo branco; 11 az. de altura; Capela de N. Senhora do Rosário: azulejos de composição figurativa formando silhar; monocromia: azul em fundo branco; temática: episódios da vida da Virgem: Nascimento da virgem; Anunciação; 16 az. de altura. Frontal de altar moderno *6, imitando os frontais do séc. 17 com motivos de aves e ramagens inspirados em tecidos orientais; Capela baptismal: revestimento de composição figurativa (até 2/3 do pé direito); monocromia, azul em fundo branco; temática: baptismo de Cristo; paisagem; figuras masculinas; lado da Epístola: Capela de são João Baptista: totalmente revestida de azulejos hispano-árabes, de aresta; três padrões diferentes e friso igualmente em azulejo de aresta; policromos; frontal de altar em azulejo de padrão dito de maçaroca, 2 x 2 azulejos, azul e amarelo em fundo branco; Capela de Santo António (antiga capela de Santo Estevão): azulejos de composição figurativa formado silhar; monocromia: azul em fundo branco; temática: episódios da vida de Santo Estevão: lapidação de Santo Estevão; Santo Estevão perante o rei; 15 az. de altura; CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO: totalmente revestida de azulejos de composição figurativa, organizados em dois registos; monocromia: azul em fundo branco; registo superior: 4 episódios da vida e martírio de São Sebastião, identificados por legenda; registo inferior: emblemas alusivos ao santo, inseridos em cartelas integradas num conjunto de diversos elementos decorativos: colunas, mísulas, enrolamentos vegetalistas, motivos ornamentais concheados; na parede do fundo, 2 painéis de composição figurativa representando cada um deles um anjo: o anjo à esquerda de quem entra é de fabrico recente *7. Por cima do arco de acesso à capela: grinaldas de flores e frutos e inscrição: "Esta obra se fez no anno de 1730 (...)"; Escada de acesso ao coro alto: silhares de azulejo de figura avulsa; monocromia: azul em fundo branco; 6 az. de altura; Coro alto: silhar de azulejos de composição ornamental seriada: albarradas (jarra de flores ladeada por golfinhos) ; barra: enrolamentos vegetalistas; monocromia: azul em fundo branco; 10 az. de altura.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Setúbal)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 14 (conjectural) / 15 / 16 / 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 13 - Hipotética construção da primitiva igreja; 1320 - D. Dinis ordena que a igreja de São Lourenço de Alhos Vedros contribua com 90 libras para subsidiar a guerra contra os mouros, concessão expressa na bula dada ao rei pelo papa João XXII; 1477 - Pêro Vicente, criado do infante D. João, marido de Constança Vaz, e pai de Fernando Casal, manda construir a capela de São Sebastião, cujo administrador recebia três tostões brancos para mandar celebrar missas pelas almas dos instituidores; 1513 - Um alvará do mestre da Ordem de Santiago, D. Jorge, filho de D. João II, obriga o povo da Moita, a assistir à festa de Nossa Senhora dos Anjos realizada em Alhos Vedros; data do falecimento de Gaspar Rodrigues Mealheiro, filho de Pêro Mealheiro e Isabel Ribeira, que lutou ao lado de D. João de Meneses na guerra contra o rei de Fez, onde morreu, instituidor de uma capela na igreja, como se lê numa tampa de sepultura localizada no adro; 1513 / 1814 - Datas gravadas em tampas de sepultura e lápides, localizadas no adro e no interior da igreja, indicam nomes de indivíduos relacionados com a antiga vila de Alhos Vedros; séc. 16, 1ª década - época dos azulejos hispano-árabes que revestem a capela de São João Baptista; séc. 16, inícios - fundação da capela de Nossa Senhora dos Anjos; 1517, 11 de Março - data da morte de Pêro Gomes de Faria, cavaleiro fidalgo da casa de D. Manuel, que mandou construir a capela de São João Baptista; 1532 - data gravada no arco da Capela de São João Baptista; 1590 / 1610 - data da capela situada à esquerda do edifício; 1571 - Visitação da Ordem de Santiago refere que a pia baptismal era fora da igreja; 1602 - data gravada na porta lateral N.; séc. 17, inícios - época do pórtico principal e da nave da igreja; séc. 17 - época dos azulejos de padrão, policromos, da capela de Nossa Senhora dos Anjos; a Confraria de Nossa Senhora dos Anjos concede sepultura a Tristão de Mendonça e seus herdeiros, na capela que possui na igreja; séc. 18 - época dos azulejos de composição figurativa da capela-mor, da capela gótica, da capela de Nossa Senhora do Rosário, e do baptistério; 1730 - colocação dos azulejos de composição figurativa na capela de São Sebastião; 1747 - As "Memórias Paroquiais" referem que a igreja se localizava fora da vila, que existia uma imagem de São Lourenço no altar-mor; dois altares colaterias, um das Almas do Purgatóriio, da parte da Epístola, e outro da parte do Evangelho, dedicado a São João Baptista; na capela de Nossa Senhora do Rosário existiam ex-votos; e na capela de São Sebastião encontravam-se encostadas à parede duas arcas tumulares; 1749 - azulejos das paredes da nave; 1752 - As "Memórias Paroquiais" descrevem que a igreja tem a " pia baptismal da parte do Evangelho em uma casa separada, para a qual se entra por um arco e grade, que tem para o corpo da igreja. Tem mais da mesma parte do Evangelho, imediata à pia baptismal, uma capela arruinada, que teve o título de Senhora da Piedade, e o arco da capela com que se comunicava com o corpo da igreja, se acha já tapada com uma parede"; 1758 - As "Memórias Paroquiais" desse ano indicam obras realizadas na igreja e nova localização da capela de Nossa Senhora do Rosário que "ficava antigamente no lado esquerdo, perto da porta principal e por causa da reedificação da igreja e coro que se fez de novo se mudou para o lado direito"; existiam na igreja três irmandades: Santíssimo, Nossa Senhora dos Anjos e das Almas; 1814 - data do falecimento do padre Martiniano Gomes Pereira, membro da Ordem de Santiago e prior da igreja; 1834 - Até esta data o priorado da igreja pertencia à Ordem de Santiago; 1875 - data gravada no sino menor da igreja; 1910- a igreja é fechada e abandonada, apesar de na sacristia viverem uma mulher com sua filha; 1911, 14 de Junho - Inventário dos bens da igreja enuncia os objectos móveis indicando que os mesmos estão na posse da Junta da Paróquia de Alhos Vedros; 1923 - venda em hasta pública dos bens da igreja de Alhos Vedros; 1930 - A sede da Junta de Freguesia de Alhos Vedros e o Registo Civil funcionavam numa das capelas da igreja, a última do lado do Evangelho, vulgarmente conhecida por cartório; 1931, Março - A igreja e seus anexos, sacristia, torre com um sino, sala das sessões da extinta Irmandade, casa de arrecadação dos caixões e adro, é entregue à Corporação encarregue de promover e sustentar o culto católico; 1932 a Outubro de 1946 - A igreja reabre ao culto; 1947 - data inscrita no sino maior da igreja; 1948, 24 de Fevereiro - O relatório do Engº Jorge de Sena entregue à Direcção dos Monumentos Nacionais, refere que a igreja estava muito arruinada, devido ao abandono, falta de obras, e do péssimo estado de conservação da cobertura e dos pavimentos; 1949 - cessão, a título precário, dos dois altares em talha dourada das capelas colaterais, provenientes do Mosteiro de Santa Maria de Almoster e que se encontravam numa arrecadação na Igreja de Jesus, em Setúbal; 1951 - pedido e obtenção de blaústres em madeira provenientes da Catedral de Portalegre (SIPA: txt.00611865).

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Alvenaria, cantaria calcária, mármore branco e vermelho, madeira, talha dourada, azulejo, tijoleira vermelha e telha.

Bibliografia

ALVES, Padre Carlos F. Póvoa, Subsídios para a História de Alhos Vedros, Alhos Vedros, 1992; Caderno Sócio-Cultural do Concelho da Moita, Moita, 1996; COSTA, Américo, Diccionario Chorographico de Portugal Continental e Insular, s.l., s.d.; LEAL, Ana de Sousa, A Igreja de Nossa Senhora da Graça na História de Palhais (Séc. XVI), in Um Olhar Sobre o Barreiro, n.º 4, III Série, Barreiro, Junho, 1996; PEREIRA, Paulo, As Grandes Edificações (1450 - 1530), in IDEM, (Direcção) História da Arte Portuguesa, Vol. 2, Lisboa, 1995.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; Paróquia de Alhos Vedros

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; ANTT: Ordem de Santiago, B 50 - 172

Intervenção Realizada

Junta de Freguesia de Alhos Vedros: 1930 - renovação do pavimento da capela onde se situava o cartório; DGEMN: 1950 - obras de reparação geral; 1968 - consolidação de azulejos, caiações interiores, reparação do portão principal e portado exterior, reparação das portas interiores; Paróquia: 1973 - arranjo da envolvente; DGEMN: 1979 - obras gerais, com reposição do telhado, restituindo ao edifício um perfil mais aproximada do que tivera no passado, com limpeza de excrescências que tinham sido introduzidas através dos tempos; limpeza da torre das excrescências que a rodeavam; parcialmente descoberta a cúpula mourisca, junto à torre, presentemente foi completamente posta a descoberto; sobre a sacristia puseram-se a descoberto os terraços que aí existiam até então tapados por entulho; obras de grande vulto na capela de São Sebastião, a S. no corpo da igreja, com demolição do anexo encostado à capela; 1980 / 1981- obras de conservação e reparação, rebocos exteriores e caiações, reparação da instalação eléctrica; 1986 - obras diversas de reparação; 1987 - obras de beneficiação;1991 - a partir desta data revestimento de azulejos do séc. 17, que estavam dispersos, na capela de Nossa Senhora dos Anjos; revestimento do mesmo tipo de azulejos, nos frontais do altar-mor, de São João, de Santo António e de Nossa Senhora do Rosário (sendo estes modernos); revestimento total da cúpula, junto à torre, de azulejos branco-liso; Paróquia: 2000 - restauro da pintura dos tectos.

Observações

*1 - azulejos provenientes das paredes da escada que leva à torre e de outras dependências do edifício onde se encontravam dispersos. *2 - Antiga Capela de Santo Estêvão. *3 - Segundo a tradição popular esta porta era a entrada para o famoso subterrâneo que ligava a sede dos Espatários, em Palmela e as igrejas filiais da ordem; indica decerto a entrada do carneiro de Pedro Gomes Faria, instituidor da capela, apesar de em 1970, quando se levantou a laje, não se terem encontrado vestigios de ossadas. *4 - Altares provenientes do Mosteiro de Almoster; *5 - frontal realizado nos anos 1950 com azulejos dispersos provenientes doutras dependências do edifício. *6 - realizado nos anos 1990. *7 - realizado nos anos 1990 para tapar uma janela.

Autor e Data

Albertina Belo 1999 / Paula Correia e Filipa Avellar 2002 / Filipa Avellar 2006

Actualização

Carolina Silva 2006
 
 
 
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