Biblioteca Nacional de Lisboa / Biblioteca Nacional de Portugal

IPA.00007085
Portugal, Lisboa, Lisboa, Alvalade
 
Arquitectura cultural, do século 20. Edifício construído para instalar a Biblioteca Nacional. Dispõe de: depósito em torre, além de outros depósitos, de dimensão muito menor, associados a áreas bibliográficas e documentais específicas e comunicantes com os respectivos espaços de leitura; salas de leitura geral, especial (para deficientes visuais), de periódicos, de reservados, de iconografia , de cartografia / música e de microformas; auditório para conferências, de cena contraposta, com uma lotação de 236 lugares distribuídos por plateia de acentuada pendente, e contando com palco, subpalco, camarins e cabina de projecção; áreas adstritas aos serviços de recepção e catalogação; e oficinas e laboratórios. Quanto aos espaços exteriores a sua concepção aplica os princípios modernistas patentes nas preoucupações de ordem ecológica, selecçionando-se plantas pertencentes à formação vegetal da zona húmida quente onde Lisboa se insere, e no próprio desenho, favorecendo-se o bem estar do visitante, criando-se em frente de todas as fachadas que não a principal, um ambiente de clausura conseguido através da criação de um envolvimento do espaço central por uma cortina arbórea periférica, frente os limites exteriores, que confere privacidade e isolamento sonoro, apelando ao passeio pedonal. Formalizou na década de 60 do século 20 um desiderato de vários gerações de responsáveis pela Biblioteca Nacional, data em que esta instituição cultural passou a dispor de um edifício concebido de raiz e funcionalmente adaptado à sua missão. A sua concepção e construção mobilizou uma equipa vasta de projectistas de diversas especialidades, atendeu a processos de construção e de organização de espaços a partir da avaliação de exemplos estrangeiros, tendo o seu arquitecto - Pardal Monteiro - procedido a uma viagem à Europa antes da elaboração do projecto, e associou a participação de diversos artistas plásticos para a dignificação de alguns dos espaços do edifício. Treze anos de trabalho initerrupto, entre as terraplanagens e a inauguração, e as verbas envolvidas, cerca de 130 000 contos, revelam a modernidade e complexidade construtivas que caracterizam o edifício da Biblioteca, onde a Torre do Depósito - em estrutura integral de betão armado, com capacidade para 2 milhões de livros acondicionados em 10 pisos, todos eles dotados de monta livros e instalação pneumática para recepção de requisições - constitui o elemento mais singular mas não exclusivo. Outra caracteristica particular consiste no design da zona de estar do páteo central exterior, que serve de apoio ao infantário. De desenho altamente vanguardista, este recreio circular, envolvido por murete de suporte servindo por banco, com caixa de areia também circular inscrita neste páteo em posição descentrada mas servindo de ponto de referência para o desenho de várias tiras em várias cores, em calçada portuguêsa, começando no preto para passar ao rosa, ao beje e finalizar no branco, aumentando progressivamente a espessuras das ditas "Tiras", inscrito numa matriz rectangular de planta rectangular, é inédito, único e não pode deixar ninguém indiferente.
Número IPA Antigo: PT031106090386
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Cultural e recreativo  Centro de conservação e divulgação documental  Biblioteca  

Descrição

O edifício implanta-se ao centro de um terreno de contornos regulares, rodeado por zonas ajardinadas que são cruzadas por arruamentos pedonais calcetados e vias de circulação automóvel alcatroadas. Perímetro exterior delimitado por muro baixo de cantaria com guarda em ferro, à excepção da face que acompanha a fachada principal, cuja guarda é mais baixa e em cantaria. Os acessos ao interior da propriedade localizam-se nos topos N. e S.: são reentrantes em relação à linha murária de protecção e destinam-se preferencialmente à circulação automóvel. Alinhado com a entrada principal do edifício, e ligeiramente descentrado do eixo, encontra-se o portão de acesso pedonal, a que se segue uma " alameda " pontuada por degraus que vencem o ligeiro declive do terreno. O edifício resulta de uma planta composta pela articulação de diversos corpos paralelepipédicos de volumetria, pisos e funcionalidades diferenciados. Todas as coberturas são planas, à excepção da Sala de Leitura, desenhada por duas águas em betão, bem como na disposição de massas predomina a horizontalidade, tão só quebrada pela verticalidade da Torre do Depósito. Organizam a planta quatro volumes nucleares: o que compõe a fachada principal, de planta rectangular, com 4 pisos (incluindo cave), desenvolvido no sentido N.-S. e destinado aos serviços administrativos e a outros espaços de frequência pública; no prolongamento deste corpo, para S., situa-se o edifício do auditório, ligado ao administrativo através de um volume mais baixo e recuado - correspondente ao vestíbulo do auditório -, e que interrompe a continuidade da extensa fachada principal; paralelamente ao corpo da frontaria (a O.) levanta-se a Torre do Depósito, volume compacto, de grande altura (37 m), estreito e comprido ( cerca de 14 m x 93 m), com 10 pisos; comunicante com o depósito e perpendicular a este, eleva-se o volume da Sala da Leitura, localizado na parte posterior do terreno. A articulação do corpo da frontaria com o depósito, faz-se por corpos dispostos em torno de um praça central. Nos terrenos a O., e no limite N. construído, situam-se as instalações das oficinas e tipografia: relativamente descentradas do conjunto, embora comunicantes com ele, dispõem-se estas instalações numa planta U aberta para O., com dois pisos, oferecendo-se o alçado S. à zona ajardinada que acompanha a fachada lateral da Sala de Leitura. O tratamento das fachadas, apesar de distinto, apresenta elementos comuns: embasamento de cantaria; panos rebocados e pintados, sobre os quais se rasgam vãos rectos inscritos em molduras que definem nos paramentos a área de fenestração, alternando aberturas que se sucedem horizontalmente e de modo quase contínuo, com outras onde se privilegia a ordenação vertical, marcada por panos de muro que ignoram a marcação dos pisos (caso da fachada principal); remate superior limitado a friso de cantaria pouco saliente. No que diz respeito ao espaços exteriores existe, frente á fachada principal, um grande relvado que a enquadra paisagisticamente. Este relvado é delimitado a N. e a S por dois arruamentos automóveis acompanhados por passeio que permitem também um acesso pedonal. Estes acessos acompanham e fundem-se na fachada principal do edifício. A N. do primeiro acesso referido e a S. do segundo situam-se, entre o grande relvado e os limites da propriedade nestas direcções, dois parques de estacionamento em espinha, ensombrados por dois alinhamentos de plátanos (Platanus orientalis) em cada parque e, no parque situado N. também um outro alinhamento de pinheiros de várias espécies como o pinheiro de Alepo (Pinus halepensis) e o pinheiro bravo (Pinus pinaster), existindo ainda perto numa placa separarora a presença de pinheiros mansos (Pinus pinea). Este grande relvado situado frente á fachada principal é cortado transversalmente por um caminho pedonal, com cerca de 6 m. de largura, pavimentado a calçada portuguesa em calcário com desenhos rectengulares em basalto, que liga a entrada principal do edifício à Rua Ocidental ao Campo Grande. Como o edifício se encontra a uma cota superior à desta rua, o desnível é vencido por dois lances de escadas separados por um patamar. Ao longo deste caminhos e em posição simétrica em relação ao mesmo, existem vários exemplares notáveis de tílias (Tília cordata), um par logo após a entrada na propriedade, outro no talude do terreno que acompanha o primeiro lançe de escadas e ainda um outro par no talude que acompanha o segundo lance de escadas, contribuindo para amenizar visualmente estes pequenos acidentes de terreno. Ainda plantados no relvado, junto ás entradas laterais na propriedade, localizam-se também simétricamente, dois núcleos com quatro choupos cada, situando-se a poente destes na zona N. vários exemplares arbóreos entre os quais um chorão (Salix babylinica). Um caminho rodoviário alcatroado liga o parque de estacionamento N. ao extremo O. da propriedade. As fachadas posterior e lateral da Sala de Leitura dão para um enorme relvado circundado periféricamente, perto do limite do terreno, por um caminho pedonal. Os canteiros compreendidos entre este caminho e o limite da propriedade são densamente arborizados predominando as oliveiras (Olea europaea), coabitando com outras espécies como o choupo-negro (Populus nigra), conferindo ao caminho uma função de orla, embora de quando em quando existam oliveiras na berma nascente do caminho.Encontramos ainda neste espaço alguns arbustos como: aloés (Aloe vera), folhados (viburnun tinus) e pitosporos ((Pitosporo undulatum). Este caminho periférico, comunica com o parque de estacionamento S. A grande altura da parede exterior da sala de leitura è atenuada pela presença de um alinhamento de 6 exemplares notáveis de seis cedros-do-Bussaco (Cupressus lusitanica) e as vistas das janelas da sua fachada S. enriquecidas pela presençade um roseiral. Na zona do relvado situada em frente ao extremo S. do edifício encontram-se plantados, em linhas, 18 jacarandás (Jacaranda ovalifolia), ainda muito jovens.

Acessos

Rua Ocidental ao Campo Grande, nº 83. VWGS84 (graus decimais) lat.: 38,751101, long.: -9,152538

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 740 - FT/2012, DR, 2.ª série, n.º 252 de 31 dezembro 2012 *1

Enquadramento

Urbano. Localiza-se no lado poente do Jardim do Campo Grande, encontra-se afastado da via pública e destacado, sendo envolvido por zonas ajardinadas. Para O. e N. situam-se os terrenos onde se encontra implantada a Cidade Universitária.

Descrição Complementar

Possui as estátuas de granito de Luís de Camões, Fernão Lopes, Eça de Queirós e Gil Vicente, surgindo, na frontaria, uma imagem de bronze, a representar a "Cultura", em tamanho natural, e "O Saber", bem como alguns baixos-relevos.A fachada posterior do edifício enquadra um grande pátio de planta quadrada, situado cerca de 4 m. abaixo do nível do jardim junto ao edifício, com acesso ao jardim por escada no extremo SO.. Este páteo serve de apoio ao infantário existente no edifício, cujas portas envidraçadas facilitam a comunicação com o exterior. O pátio é composto por uma zona de estar de planta circular em posição descentrada já que encosta ao edifício a N. A restante área é relvada, encontrando-se o topo oposto ocupado por arbustos de grande porte, encontrando-se arborizados os restantes dois cantos que enquadram esta circunferência, no canto NE encontra-se plantada uma palmeira-das-canárias (Phoenix canariensis), no canto NE uma oliveira (Olea europaea ), e no canto SO. um cedro-do-bussaco(Cupressus lusitanica). Junto à parede do edifício a nascenteencontramos duas árvores de citrinos e um jacarandá ( Jacaranda ovalifolia). O pavimento desta, em calçada portuguesa, em preto, branco e rosa, presenta desenhos também circulares que enquadram uma caixa de areia situada na zona pavimentada, também esta circular e em posição descentrada em relação à zona em que se enquadra. Ambas as zonas circulares são separadas da envolvente por muretes de suporte de cerca de 0,5 m., que servem também de banco. Um caminho curvilíneo pavimentado por placas calcárias rectangulares justapostas de forma desencontrada, atravessa o relvado de nascente a poente, acompanhando a forma circular da zona calçetada, afastado desta a uma distância de cerca de 6 m.

Utilização Inicial

Cultural e recreativa: biblioteca

Utilização Actual

Cultural e recreativa: biblioteca

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Ministério da Cultura

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais: Delegação das Novas Instalações para os Serviços Públicos (DNISP): direcção, execução e fiscalização. PROJECTOS - Arquitectura: arq. Porfírio Pardal Monteiro e arq. António Pardal Monteiro; estruturas: eng. Pedro Pardal Monteiro; instalações eléctricas: eng. Manuel Camacho Simões; aquecimento e condicionamento especiais: eng. Armando dos Reis Miranda e eng. Armando Coutinho Lencastre; águas e esgotos: arq. José Luís Silva Amorim; arquitecturas de interiores, equipamento e mobiliário: Daciano da Costa (Sala do Catálogo, Sala de Leitura Geral, Restaurante / Bar do público, Sala do Conselho e Auditório); mobiliário e equipamentos especiais: arq. António Pardal Monteiro; ARQUITECTOS PAISAGISTAS António Viana Barreto e Álvaro Dentinho (1955-1960); arruamentos: eng. António Nobre de Castilho. ARTISTAS PLÁSTICOS - coordenador das obras de arte: Raul Lino (1879-1974); pintores: Guilherme Camarinha (1913-1994) (Tapeçaria da Sala de Leitura), Carlos Botelho (Tapeçaria da Sala do Conselho); Lino António (1898) (painéis a fresco do Vestíbulo); Estrela Faria (painel a fresco da Sala de Reservados); escultores: Martins Correia (1910) (estátua de Fernão Lopes), Joaquim Correia (1920) (estátua de Gil Vicente), Álvaro de Brée (estátua de Eça de Queirós), Euclides Vaz (estátua de Luís de Camões), António Duarte (1912-1998) (estátuas em bronze); e Leopoldo de Almeida (baixos-relevos da entrada principal). EMPREITEIROS - reconhecimento geológico; Sopecate, Sociedade de Pesquisas, Captações de água e Transportes, Lda; terraplanagens: Sociedade Construtora Portuguesa, Lda; esgotos: Engil, Sociedade de Engenharia Civil, Lda; arruamentos: António Veiga, Lda / Edifer, Construções Pires Coelho & Fernandes, S.A.R.L.; infra-estruturas: Fundações Franki, Lda; Caixilharia metálica: Sonorte, Sociedade de Estruturas Metálicas do Norte, S.A.R.L; acabamentos: A. Pinto Bandeira / Ortotécnica, Organização Técnica de Construções, Lda / Sociedade de Construções Fernando Pires Coelho, Lda / Ferreiras & Cunha, Lda / Lusalite, Sociedade Portuguesa de Fibrocimento; instalações técnicas: Fonseca & Seabra, Lda / Justo Meneses / Projel, Projectos de Electricidade, Lda / Sociedade Portuguesa de Ascensores Schindler / Sotécnica, Sociedade Electrotécnica, Lda / Siemens, Companhia de Electricidade, S.A.R.L / eng. Rui Rolão Gonçalves; equipamentos: Sociedade Técnica de Fomento, Lda / Fábrica Portugal, S.A.R.L / FOC, Fábrica Jerónimo Osório de Castro ( Herdeiros), Lda / José Olaio & Ca. (Filho) / Móveis Altamira / Móveis Artur Campos, Lda / José Ribas Serrano (Caldas da Rainha); ajardinamentos: Jardim Primavera de Manuel da Silva Moreira / Sociedade Agrícola Jardim de Portugal, Lda / Viveiros do Falcão, Empresa de Agricultura e Jardinagem, Lda; diversos: Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, LDa / José Raimundo & Filhos (Pero Pinheiro).

Cronologia

1796, 29 fevereiro - Alvará de criação da Real Biblioteca Pública da Corte e do Reino, herdando por orientação as linhas que lhe haviam sido traçadas por António Ribeiro dos Santos, por fundos aqueles que haviam pertencido à Real Mesa Censória (extinta dois anos antes) e por instalações provisórias na ala Ocidental da Praça do Comércio: 1797, 13 maio - a biblioteca abre ao público no aniversário do príncipe regente (Proença: p. 165); 1836 - passa a designar-se Biblioteca Nacional de Lisboa e é transferida para o 1.º piso Convento de São Francisco; 1841 - o Depósito das Livrarias dos Extintos Conventos é incorporado na Biblioteca Nacional de Lisboa: no total, 176 700 volumes passam para a gestão da Biblioteca, além dos fundos entretanto acrescentados, onde se contam por importantes livrarias como a dos Clérigos Regulares da Divina Providência (Teatinos) ou de colecções, como a de Frei Manuel do Cenáculo; 1844 - o bibliotecário-mor José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha manifesta preocupação com as instalações e enuncia o problema tal como se apresentará para sucessivas direcções da Biblioteca: "tudo (...) é, por todos os lados que se considere, impróprio para o fim a que foi destinado", a começar pelos "mais terríveis inimigos de todo o depósito de livros e manuscritos" que são "a humidade - o pó - a traça - e a falta de ventilação"; portanto, "a dignidade nacional, a conservação de material tão importante, a conveniência de serviço, a comodidade do público, tudo aconselha, que se apresse com todas as forças do dia, em que a biblioteca nacional seja devidamente colocada" (NORONHA: p. 124 e 129); séc. 20, início - apesar de melhoramentos diversos introduzidos no convento, os sucessivos directores (José da Silva Mendes e Xavier da Cunha, na 2.ª metade do séc.19 e Faustino da Fonseca, em 1911) não deixaram de chamar a atenção para a urgência de uma solução mais definitiva; 1918 - Raul Proença dá voz a uma corrente que conheceria expressão cada vez mais insistente: porque "os livros morrem em torno de nós (...) e há secções inteiras condenadas, como a de Teologia", propõe que, em vez de ampliações (aludindo à intenção de levantar uma nova sala de leitura em anexo), se construa um novo edifício (ver: "O problema das bibliotecas em Portugal", Pela Grei, 1918); 1919 - Jaime Cortesão e Raul Proença são nomeados, respetivamente, diretor e chefe dos serviços técnicos da Biblioteca, para executarem a reforma decretada em Maio pelo Ministro Leonardo Coimbra; 1919 - deslocação a Itália de Jaime Cortesão, que oportunamente aproveita para visitar algumas bibliotecas, anunciando uma das preocupações da sua direcção: beneficiar a Biblioteca Nacional de novas instalações; as apreciações mais favoráveis vão para as bibliotecas de Madrid e Paris, onde lhe é dado ver "métodos novos de construção" aplicados a edifícios onde sobre o conceito de museu prima "o da oficina do trabalho", insistindo no carácter funcional, orientado para "o proveito do livro e do leitor" (CORTESÃO: 1921, p. 16); 1920, início da década - a Biblioteca, que funcionava todos os dias utéis em horário diurno (das 11 h às 17 h.) e nocturno (19 h 30 m às 22 h 30 m), oferecia aos leitores um fundo estimado em 347 922 volumes e 10 935 manuscritos, com acesso informativo limitado a catálogos parciais "antiquados", embora estivesse "em preparação uma pormenorizada descrição da Biblioteca, sua história e suas colecções" (PROENÇA: Anais ......1923, p. 146), dispunha de uma direcção empreendedora que considerava prioritário para o desenvolvimento da política cultural que assistia a uma biblioteca nacional e para a prossecução dos seus objectivos, associados à conservação, organização e divulgação do património bibliográfico português, a construção de instalações modernas: "é que não há nenhuma instituição cuja função própria esteja tão estruturalmente ligada ao seu edifício como uma biblioteca de conservação (...)" - acrescentando-se, para acautelar os adeptos de soluções provisórias - que "o que não se descobriu ainda é maneira de conservar os livros num edifício que tem todas as condições para os destruir" (PROENÇA: Anais..., 1921, p.1); 1920, Abril e Maio - contrariando os mecanismos administrativos seguidos pelos seus antecessores e socorrendo-se da prática publicista republicana que ambos conheciam, J. Cortesão e R. Proença lançam uma campanha nos principais diários da capital - Diário de Notícias e O Século - com o objectivo de divulgar a situação das instalações e de concatenar o apoio público em defesa da construção de novo edifício para a Biblioteca. Ao mesmo tempo inauguram uma exposição no convento de São Franscisco onde mostram documentos e espécies bibliográficas degradadas, cabal elucidação do que o mau acondicionamento e deficiente aplicação de processos de desinfestação, junto com a humidade e a ausência de ventilação produzem em livros, manuscritos, gravuras, etc.. Semelhante campanha deu frutos: sucederam-se as visitas ministeriais, de senadores e deputados, mas também de figuras ligadas aos meios científicos, culturais e académicos. Neste contexto ainda, forma-se a Sociedade dos Amigos da Biblioteca, obtém-se o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da Academia das Ciências de Lisboa e da Associação dos Arqueólogos e, além da "visita diária de muitas centenas de pessoas" (CORTESÃO: 1920, p. 226) à exposição, a iniciativa é coroada pela deslocação das mais altas figuras do Estado e do governo (presidentes da República, do Ministério e das duas Câmaras do Parlamento); por fim, é entregue ao Parlamento uma representação, beneficiando de cerca de 1000 assinaturas, "pedindo a votação de medidas urgentes e radicais para a salvação da Biblioteca" (CORTESÃO: 1920, p. 226); 1920, Maio - é discutida na Câmara dos Deputados a proposta de Lei, com data de 27 de Abril, apresentada pelo Ministro da Instrução, Vasco Borges, destinada a obtenção de receitas para a construção de novo edifício, através da cobrança de um imposto, em percentagens variáveis, sobre publicações estrangeiras, livros antigos, espectáculos públicos e outras actividades ligadas ao mercado do livro (ver: Diário da Câmara dos Deputados, sessão de 12 Maio, p. 16). Aquela proposta veio a ser aprovada, embora sujeita a alterações e não sem divergências de opinião. No entanto, e como afirma, logo na abertura do debate, o deputado Alves dos Santos (figura destacada nas ciências da educação e professor da Universidade de Coimbra), a campanha pública obriga e legitima uma decisão: segundo aquele pedagogo, basta percorrer o livro das inscrições dos visitantes da Biblioteca para percebermos que "estamos em presença de um movimento de carácter nacional (...); não há dúvida que qualquer providência que o Parlamento tome, será bem recebida pela Nação, que reconhece connosco que é necessário instalar melhor os serviços das bibliotecas públicas, sobretudo da Biblioteca Nacional" (Diário da Câmara dos Deputados, sessão de 12 de Maio, p. 19); 1920, Junho - para o Parlamento pendia, no entanto, a dúvida sobre a melhor solução: adaptação / ampliação do convento de São Francisco ou construção de novo edifício. Para este efeito é nomeada (Lei n.º 995) uma comissão para avaliar a situação, pronunciar-se sobre a decisão mais adequada, comprometendo-se ainda a elaborar o projecto e um orçamento. Dela fazem parte Júlio Dantas (Inspector Geral das Bibliotecas e Arquivos), Jaime Cortesão e Raul Proença (responsáveis pela direcção da BN), o arquitecto José Luís Monteiro, os senadores Herculano Galhardo e Constâncio de Oliveira, os deputados Plínio da Silva e Alves dos Santos, estes eleitos pelas câmaras, e o eng. Proença Vieira, nomeado pelo Governo; 1921 - a Comissão apresenta o relatório, deixando explícito a necessidade de edificação nova e em outro local (ver argumentos apresentados in "O relatório da Comissão..., Anais: 1921, pp. 333-357). Como condições a observar, a Comissão aponta: escolha de um local onde a nova biblioteca "fique isolada de arruamentos e de qualquer aglomeração de habitações"; "necessidade, para o edifício futuro, de uma área mínima de 1, 5 hectares, devendo ainda adquirir-se, à volta dele, para expansão futura, uma área de 1, 5 hectares" (Ibidem, p. 337), tendo este cálculo por base que a instituição contaria dentro de um século com 2 milhões de livros. Na referência ao projecto já delineado, a Comissão esclarece ter sido elaborado a partir de princípios biblioteconómicos e tendo por exemplo estruturas estrangeiras, destacando as americanas, e muito em particular a Biblioteca do Congresso de Washington. Aquele projecto, orçado pelo mínimo em 10 0000 contos, contempla um edifício de dois andares, três grandes depósitos em ferro com vários pisos, uma sala de leitura geral com acesso aos depósitos e salas e oficinas de trabalho, destinadas a catalogação, impressão e encadernação. O relatório termina observando a necessidade da Comissão técnica e executiva do novo edifício se deslocar ao estrangeiro, em particular aos Estados Unidos, para desenvolver o programa e projecto ora apresentados; 1930, década de - será dentro de um novo enquadramento institucional, inaugurado com o Estado Novo, que se retomará a questão das instalações da Biblioteca. Sobre o processo desencadeado durante a I República parece pender o esquecimento ou a dúvida. A persistência das dificuldades e o agravamento das condições de funcionamento conduzem o Inspector das Bibilotecas e Arquivos, que continua a ser Júlio Dantas, a dirigir-se ao Ministério das Obras Públicas, no sentido de promover forma de solucionar a situação. É então sugerido por aquele inspector, em ofício datado de 25 de Outibro de 1934, que seja constituída uma comissão para estudar, mais uma vez, a oportunidade de construir um edifício novo ou manter as instalações actuais: no primeiro caso, alude-se a um edifício de aspecto monumental; na segunda circunstância, à ocupação das dependências das Escola de Belas Artes e à construção de raiz, nos terrenos do convento, do depósito, com capacidade para um milhão e meio de volumes, e da casa-forte para documentos (ver: Crónica, Anais..., 1936, p. 88); 1935, 25 Fevereiro - por portaria assinada por Duarte Pacheco (ministro das Obras Públicas) é nomeada uma comissão composta por Júlio Dantas e António Ferrão, respectivamente, inspector geral e subinspector das Bibliotecas e Arquivos, Augusto Botelho da Costa Veiga, director da BN, engenheiro Raul Couvreur, secretário-geral do Ministério das Obras Públicas, além dos arquitectos Luís Cristino da Silva e Tertuliano Lacerda Marques e do engenheiro Luís da Costa de Sousa e Macedo; 1936, Janeiro - o relatório da Comissão chega à DGEMN. Sopesando vantagens e desvantagens entre as duas soluções, a Comissão começa por alertar para a urgência da obra, sumariando o diagnóstico secular já conhecido, considerando depois que a solução "mais brilhante" seria a construção de um "Palácio da Biblioteca" nas imediações do parque Eduardo VII, isolado ou integrado num complexo de construções destinado a serviços culturais (ver: Crónica, Anais..., 1936, p. 89): neste caso, seria levantado um depósito geral nos terrenos anexos do convento, "em galerais sobrepostas", com "estantes metálicas móveis, maquinismos de expedição e distribuição automática das espécies, casa-forte para os cimélios" (Ibidem, p. 89); 1936, Abril - o Director Geral da DGEMN informa o Inspector das Bibliotecas e Arquivos que o ministro das Obras Públicas optou pela adaptação e ampliação do Convento de São Francisco, tendo sido o eng. Eduardo Rodrigues de Carvalho, da Repartição de Estudos e Edifícios, encarregue, junto com o presidente da Comissão, de proceder às tarefas de organizar o programa de molde a lançar-se concurso para o projecto; 1936, Junho - em reunião da Comissão é aprovado o Programa das Novas Instalações da Biblioteca Nacional (ver Programa das Novas Instalações....., Anais: 1936, pp. 36 -41). Ainda assim, os arquitectos vogais da Comissão, Cristino da Silva e Lacerda Marques, não deixam de observar que a construção de um novo edifício pouco mais dispêndio representaria que os 20 000 000$00 orçados para a adaptação do convento, indiciando a preferência anunciada no relatório de Janeiro; 1940, década de - por ano, através do depósito legal, entram entre 4 000 a 5 000 livros e o número de leitores ronda mais de 30 000. Mantêm-se os problemas ligados à conservação, bem como inúmeras dificuldades de organização geral dos serviços e de atendimento público: em 1946, quando António Ferrão assume a Inspecção das Bibliotecas e Arquivos, ordena um inquérito aos estabelecimentos dependentes daquela inspecção. A questão do edifício da Biblioteca voltava à ordem do dia. 1950 - retoma-se, em moldes idênticos, o processo, sendo nomeada uma Comissão destinada a pronunciar-se sobre a melhor solução, quer dizer, reconversão do edifício do Convento de São Francisco ou construção de novo complexo. São então convocados responsáveis do M.O.P e do Ministério da Educação para integrarem a Comissão: a presidir, Raul Maçãs Fernandes, inspector superior de Obras Públicas, tendo por vogais o eng. José Pena Pereira da Silva e o arq. Raul Lino e como delegados do Ministério da Educação, António Ferrão, inspector das Bibliotecas e Arquivos, e Silva Marques, director da BN; 1951, Junho - já depois de ocorrida a substituição do director da Biblioteca (e consequentemente também na Comissão), cargo desempenhado desde Abril por Manuel dos Santos Estevens, é apresentado o Relatório onde a referida Comissão se pronuncia pela conveniência da construção de raiz de novas instalações para a Biblioteca Nacional; 1952 - a elaboração do projecto é entregue a Porfírio Pardal Monteiro, cujo contrato assina a 4 de Setembro, e a direcção, execução e fiscalização da obra fica a cargo da DNISP; 1955 - ante-projecto concluído, aprovado pelo Ministro das Obras Públicas, eng. Arantes de Oliveira, em Abril; 1955 - Plano geral do jardinamento dos espaços exteriores pelo Arquitecto Paisagista António Viana Barreto; 1960 - Plano geral do pátiocentral pelos ARQUITECTOS PAISAGISTAS: António Viana Barreto e Álvaro Dentinho; 1956 - no Verão o projecto definitivo encontra-se concluído, iniciando-se a construção; desde o ano anterior que os trabalhos preparatórios se encontravam em curso, incluindo aquisição de terrenos, sondagens geológicas e terraplanagens gerais; 1957 - morte do arq. Pardal Monteiro; 1962 - execução das esculturas em bronze por António Duarte; 1968, 14 de Outubro - inicia-se a transferência para o novo edifício; 1969 - feitura dos baixos-relevos por Leopoldo de Almeida; 8 Fevereiro - visita oficial do Presidente do Conselho de Ministros, prof. Marcelo Caetano, acompanhado pelos ministros das Obras Públicas e Educação Nacional, dispondo o edifício de alguns serviços a funcionar e embora ainda não estivesse concluída a mudança das colecções do Convento de São Francisco para o edifício do Campo Grande; 10 Abril - Euclides Vaz executou a escultura de Luís de Camões, sendo a de Fernão Lopes e Gil Vicente de Martins Correia e a de Eça de Queirós de Álvaro de Brée; 1998 - projecto de ampliação e remodelação das instalações; 2004 - Entre o património bibliográfico e documental da Biblioteca Nacional, conta-se o fundo geral, composto por dois milhões e quinhentas mil obras, acondicionado na torre do depósito, onde ocupa mais de 30 km de prateleiras: superada, portanto, a estimativa da Comissão de 1921, que apontava um fundo de 2 milhões para 2021; 2005, 27 janeiro - Despacho de abertura do processod e classificação do presidente do IPPAR; 2007, 14 fevereiro - proposta de definição de Zona Especial de Proteção pela DRLisboa; 19 março - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR; 2008, 28 janeiro - Despacho de homologação de classificação do edifício como Imóvel de Interesse Público e fixação da Zona Especial de Proteção pela Ministra da Cultura.

Dados Técnicos

Tirando partido do declive natural do terreno, 6% a 10%, Viana Barreto afirma na memória descritiva:" ...sempre que possível, os arruamentos e caminhos deverão ficar "enterrados", embora ligeiramente, de forma a não cortarem a perspectiva ou alterarem eixos de vista".

Materiais

Vegetais - árvores: plátanos (Platanus orientalis), pinheiros de várias espécies como o pinheiro-de -alepo (Pinus halepensis) e o pinheiro bravo (Pinus pinaster), tílias (Tília cordata), chorão (Salix babylinica), oliveiras (Olea europaea), choupo-negro (Populus nigra, ). cedros-do-Bussaco (Cupressus lusitanica), jacarandás (Jacaranda ovalifolia). Arbustos: aloés (Aloe vera), folhados (viburnun tinus) e pitosporos ((Pitosporo undulatum), rosas (rosa-canina. Spp).

Bibliografia

ANDRESEN, Teresa (coord.), Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian: Francisco Caldeira Cabral e a primeira geração de arquitectos paisagistas (1940-1970), Lisboa, 2003 (Catálogo da Exposição realizada na Fundação Calouste Gulbenkian); CALDAS, João Vieira, Pardal Monteiro - Arquitecto, Lisboa, AAP, 1997; CASTILHO, José Feliciano de, Relatório acerca da Biblioteca Nacional de Lisboa, e mais estabelecimentos anexos, Lisboa, 1844-1845; CORTESÃO, Jaime, Relatórios oficiais: do director da Biblioteca Nacional, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, n.º 3, Jul.-Set. 1920, pp. 217-230; CORTESÃO, Jaime, Relatório de uma viagem ao estrangeiro, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, v. 2, n.º 5, Jan.-Mar. 1921, pp. 10-18; Crónica, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, v. 11, n.ºs 43-44, Jan.-Jun. 1936, pp. 87-91; DANTAS, Júlio, Crónica, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, v. 9, n.ºs 35-36, Jul.-Dez. 1931, pp. 55-56; Diário da Câmara dos Deputados, sessões n.º 68, 78 a 82, 84 a 87 e 95, Abril e Maio de 1920; Diário do Senado, sessão n.º 93, 16 Junho 1920, pp. 12-17; Do Saldanha ao Campo Grande: os originais do Arquivo Municipal de Lisboa, Lisboa, 1999; Do Terreiro do Paço ao Campo Grande: 200 anos da Biblioteca Nacional, Lisboa, 1997; DOMINGOS, Manuela D., Subsídios para a História da Biblioteca Nacional, Lisboa, 1995; DOMINGOS, Manuela D., Biblioteca Nacional: crónica de 200 anos [documento electrónico: endereço - http://www.bn.pt/sobre-a-bn/cronica-200anos.html); Inauguração do Novo Edifício da Biblioteca Nacional, Lisboa, 1969; MARTINS, João Paulo (org.), Daciano da Costa Designer, Lisboa, 2001 (Catálogo da Exposição realizada na Fundação Calouste Gulbenkian); Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 2 º Vol, Lisboa, 1962; Monumentos, n.º 7 e n.º 9 a n.º 12, 17, 21-23, Lisboa, DGEMN, 1997-2000, 2002, 2004-2005; O programa das novas instalações da Biblioteca Nacional, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, v. 12, n.ºs 45-46, Jul.-Dez. 1936, pp. 33-41; O Relatório da Comissão do Edifício da Biblioteca Nacional, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, n.º 8, Out.-Dez. 1921, pp. 333-335; PACHECO, Ana R. Assis, Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957): a obra do arquitecto (dissertação de Mestrado em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa, FCSH), Lisboa, 1998; PROENÇA, Raul, "O problema das bibliotecas em Portugal", Pela Grei, n.º 1 e 3, 1918; PDM - Plano Director Municipal, Lisboa, CML, 1995; PROENÇA, Raul, [artigo de fundo], in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, v. 2, n.º 5, Jan.-Mar. 1921, p. 1; PROENÇA, Raul, Antecedentes e origens da Biblioteca Nacional de Lisboa, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, n.º 11, Jul-Set. 1922, pp. 154-165; PROENÇA, Raul, A Biblioteca Nacional, in Anais das Bibliotecas e Arquivos, S.2, v. 4, n.º 15, Jul.-Set. 1923, pp. 146-148 (artigo extraído do Guia de Portugal); TOSTÕES, Ana (coord.), Biblioteca Nacional - Exterior-Interior, Lisboa, 2004 (Catálogo da Exposição organizada pela Blblioteca Nacional).

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSEP/DNISP, DGEMN/DREL/DIE, DGEMN/DREL/DRC, DGEMN/Arquivo Pessoal de Daciano da Costa; Arquivo Pessoal de António Viana Barreto

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSEP/DNISP, DGEMN/DREL, IHRU/SIPA

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DNISP, DGEMN/DREL; Arquivo Pessoal de António Viana Barreto

Intervenção Realizada

DGEMN: 1961 - deram-se por concluídas as obras de instalação de aquecimento, ventilação, condicionamento de ar e muros de vedação; 1ª fase dos trabalhos complementares de terraplanagem, arruamentos e arranjo do pátio; prosseguiram também os trabalhos de escultura e o fornecimento de estantaria metálica para o depósito de livros e mobiliário metálico, pela Delegação das Novas Instalações para os Serviços Públicos; LNEC: 1961 - realização de medições de deslocamentos horizontais e verticais; DGEMN: 1997 - remodelação da zona de recepção de leitores; remodelação da instalação eléctrica e rede informática; substituição de revestimentos; 1998 / 1999 - beneficiação das coberturas; instalação de um elevador; 1998 / 1999 / 2000 / 2001 / 2002 - instalação de novo restaurante e bar no piso 0; colocação de rampa de acesso a deficientes no exterior; construção de elevador no vestíbulo principal; intervenções pontuais relativas a segurança e iluminação; 2002 - encontram-se em fase de execução os trabalhos relativos à ampliação do posto de transformação, com construção de nova edificação adossada à fachada poente da torre do depósito dos livros, com construção de um pequeno edifício destinado ao novo posto de seccionamento de energia eléctrica; 2004 - impermeabilização dos terraços dos departamentos de Cartografia, Música e Investigação; 2005 - conclusão da ampliação do edifício de microfilmagens; 2008 / 2009 - obras com movimentos de terra, nos espaços exteriores.

Observações

EM ESTUDO * Levantamento efectuado em 1975 (ver DGEMN: DSEP/DNISP, desenho n.º 66589 ("Planta Geral - confrontações, áreas do recinto e do edifício", Esc: 1/500, 27 Nov. 1975); *1 - DOF: "Edifício da Biblioteca Nacional e jardins envolventes, incluindo o património integrado."

Autor e Data

Filomena Bandeira 1999 / Filomena Bandeira e Luísa Castro-Caldas 2004 / Teresa Camara 2008

Actualização

 
 
 
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