Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil Martins

IPA.00007764
Portugal, Lisboa, Lisboa, São Domingos de Benfica
 
Arquitectura de saúde, modernista. O Pavilhão do Rádio, pertencente ao conjunto de edifícios que albergam os distintos serviços do Instituto Português de Oncologia, representa na arquitectura modernista portuguesa exemplo da adopção da linha funcional e racionalista, de influência germânica, à maneira de Gropius. O Pavilhão do Rádio consiste na primeira construção europeia de um pavilhão destinado à radioterapia que obedece aos mecanismos de protecção estabelecidos no IIº Congresso Internacional de Radiologia, ocorrido em 1928 na cidade de Estocolmo.
Número IPA Antigo: PT031106390499
 
Registo visualizado 4769 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício e estrutura  Saúde  Hospital    

Descrição

Complexo arquitectónico composto por vários pavilhões. Ao centro, situa-se o edifício principal, denominado Pavilhão Central. Junto a este, na fachada posterior, o Pavilhão de Instrumentos e Equipamentos, paralelo ao Pavilhão Administrativo, ladeado pelos corpos da Liga Portuguesa Contra o Cancro. No lado esquerdo, os Pavilhão de Radioterapia, a Unidade Autónoma de Psicologia, o Pavilhão do Rádio, o Pavilhão de Medicina Nuclear e o Lar de Doentes. No lado direito, o Pavilhão Fernando Santos, a Escola de Enfermagem, o Pavilhão de Risco e Prevenção e dois pavilhões de Medicina. O PAVILHÃO DO RÁDIO é um edifício de três pisos, com cobertura em terraço. A estrutura das fachadas é regular e simples. Na fachada N. destaca-se, ao centro, uma superfície onde se rasgam vãos desencontrados assim ficando visível a escada de acesso interior aos diferentes pisos.

Acessos

Rua Professor Lima Basto. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,739957; long. -9,16262

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 389/2013, DR, 2.ª série, n.º 115 de 18 junho 2013 (Pavilhão da Radio)

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado numa zona de ligeiro declive, no centro de Lisboa, envolvido por edifícios residenciais, construídos no início do séc. 20, ladeado por um viaduto e pela via férrea. Tem acesso por portão amplo e está rodeado por um murete em alvenaria rebocada e pintada de bege, capeado a cantaria, em alguns pontos encimado por rede.

Descrição Complementar

Num contexto com pouco acesso ao debate internacional, a viagem empreendida por Carlos Ramos na companhia de Marck Athias em 1929 repercutiu-se inevitavelmente no trajecto e discurso projectual do jovem arquitecto, a partir da qual teve a oportunidade de percorrer as cidades de Madrid, Paris, Lyon, Estrasburgo, Bordéus, Bruxelas, Genebra, Heildelberg, Hermsdorf, Copenhaga, Amsterdão, Berlim, observando directamente a produção da nova arquitectura do racionalismo internacional. Na Holanda, por exemplo, pôde conhecer o debate do movimento De Stijl, as soluções neoplasticistas de Gerrit Thomas Ritveld (1888-1964) ou as de Johannes Pieter Oud. Teve acesso às novas edificações da arquitectura espanhola de Lluís Sert, Rafael Bergamin, aos projectos da arquitectura alemã de Walter Gropius, de Mies Van der Rohe e Bruno Taut, à estética da Deutscher Werkbund. Em França contactou pessoalmente com Tony Garnier, cujo projecto para o hospital Grange-Blanche o impressionou. Esta viagem proporcionou-lhe igualmente a congregação de uma biblioteca pessoal muito qualificada e actualizada, onde reuniu obras de grande difusão e relevo internacional: a primeira edição de Vers une Architecture (1923) de Le Corbusier; do mesmo autor os ensaios Urbanisme (1925), Almanach d'architecture moderne (1926), Une Maison-Un Palais (1928); o texto teórico Architecture (1929) de André Lurçat (1897-1970), que estabeleceu uma matriz de valores éticos, formais e conceptuais do modernismo, sendo amplamente ilustrado com as obras emblemáticas do movimento moderno: como a Maison Domino (1914), o Pavilhão De L'Esprit Nouveau da Exposição de Artes Decorativas (1925) ou a Villa Stein (1927) de Le Corbusier, o edifício da Bauhaus em Dessau (1926) e a Fábrica Fagus de Walter Gropius, a Casa Steiner (1910) de Adolf Loos, as obras de Mies Van der Rohe, Frank Lloyd Wright, Josef Gocár, Marc Stam, Mallet-Stevens, Andrei Bourov, Rietveld, Luçat. Contam-se, também, entre as aquisições desta viagem, diversos periódicos estrangeiros que passou a assinar durante as décadas seguintes, notando-se uma recorrência particular aos periódicos germânicos. Note-se igualmente a aquisição de numerosas revistas no domínio da arquitectura hospitalar, entre as quais Kranken Anstalten der Neuzeit (1924), Berätelse Över Nybygonads Arbetena vid unds Lasarett (1927/1930), Hygiene and Social Hygiene in Hamburg (1928), Hopitaux - Sanatoria - André Lurçat (1928), Der Krankenhausbau der Gegenwart (1932).

Utilização Inicial

Saúde: hospital

Utilização Actual

Saúde: hospital

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Carlos João Chambers Ramos (1897 - 1969) - Pavilhão do Rádio. CONSTRUTOR: Diamantino Tojal; Bruno dos Santos - Pavilhão do Rádio. ESCULTOR: Leopoldo de Almeida (1950).

Cronologia

1923, 29 Dezembro - publicação do decreto que cria o Instituto Português para o Estudo do Cancro, provisóriamente instalado no Hospital Escolar de Santa Marta (PT031106140062) em Lisboa; a criação do Instituto deveu-se ao empenho do Professor Francisco Soares Branco Gentil (1878-1964), pioneiro na área da oncologia em Portugal; 1927, 29 Jan. - o decreto nº 13.098 concede uma verba de 4.000.000$00 ao IPEC para a aquisição de um lote de terreno, construção de instalações próprias, instalação e aquisição de material para funcionamento do Instituto e constituição de um centro regional de luta anticancerosa; 1927, 16 Jun. - o Instituto toma posse da verba que lhe foi concedida; 1927, 3 Ago. - é assinada a escritura da aquisição de um terreno com uma área de 47.527m2, situado na Estrada de Benfica, Palhavã, pertencente à Condessa Emo Capodilista (D. Maria Henriqueta, filha dos Duques de Cadaval); 1927, 9 Ago. - iniciaram os trabalhos de terraplanagem; 1927, 20 Set. - contrato com Bruno José dos Santos e António Vicente Ramos para a construção dos primeiros pavilhões: dispensário e pavilhão de consultas; 1927, 14 Nov. - o Instituto Português para o Estudo do Cancro convida Carlos Ramos para falar sobre a obra que o Instituto pretende construir na Palhavã; 1927, 29 Dez. - inauguração do primeiro Pavilhão (A) (dispensário); 1927, 29 Dez. - já se tratavam doentes no primeiro centro do país de luta contra o cancro, encontrando-se construídos: o pavilhão do dispensário; e o pavilhão de consultas. O primeiro pavilhão (dispensário), construído em 90 dias, era dotado de 4 estações de Raio-X, 2 laboratórios (histologia e microanálise), secção de diagnóstico radiológico, cofre onde eram guardados 1.800 miligramas de rádio e gabinete de consulta. O segundo pavilhão (consultas) integrava 3 consultas auxiliares: medicina geral e doenças do aparelho digestivo; cirurgia geral e ginecologia; otorrinolaringologia e vias urinárias. Anexo a este pavilhão existia uma pequena construção provisória com refeitório para o pessoal; 1927 - primeiros estudos para o Pavilhão do Rádio (data apontada por Fernandes, 1991, e Tostões, 1995); 1928, Jan. - os empreiteiros solicitam a alteração dos termos do contrato no sentido de suspender os trabalhos de movimento de terras, executados conforme o antigo projecto do arq. Cristino da Silva; 1928, 30 Jun. - até esta data o Instituto havia recebido 334 doentes; 1928 - o Arquivo de Patologia publica uma separata exclusivamente dedicada ao "Instituto Português para o Estudo do Cancro". Nesta pequena publicação - ilustrada com alguns desenhos do plano geral, plantas e alçados dos pavilhões e fotografias dos pavilhões já edificados - Francisco Gentil comenta o plano estabelecido para a instalação do novo Instituto: "procuraremos realizá-lo com o máximo de equilíbrio entre os seus componentes. Para isso cercámo-nos de colaboradores novos e activos, tranquilizadora garantia de que esta obra, cedo ou tarde, será realizada dentro das normas por nós estabelecidas: Asilar, melhorar ou minorar o sofrimento aos inoperáveis; Diagnosticar precocemente e operar; Tratar em ambulatórios todos os doentes não hospitalizados, empregando para isso o melhor material terapêutico: Coligir uma boa biblioteca da especialidade, possuir um arquivo, um museu e uma secção de propaganda de educação; Fazer investigação científica e prestar a todos os médicos do país o melhor auxílio com diagnósticos histológicos e informação" ("O Instituto Português para o Estudo do Cancro", 1928, pp. 30, 31); 1928, Jul. - IIº Congresso Internacional de Radiologia, ocorrido na cidade de Estocolmo; 1929, Fev.- Abr. - Carlos Ramos empreende uma viagem pela Europa na companhia do médico oncologista Marck Anahory Athias (1875 - 1946) com o intuito de coligir elementos de estudo e informações técnicas para a elaboração do projecto do Instituto Português de Oncologia. Trata-se da sua primeira missão de carácter oficial, para a qual foi nomeado pelo novo Governo, através da Portaria de 16 de Abril de 1928 (Diário do Governo, nº 90, de 23 de Abril de 1928), cujo relatório seria publicado no ano seguinte; 1930, Mar. - publicação, no Arquivo de Patologia (Lisboa, vol. II, nº1), do relatório de viagem "Os meios de luta contra o cancro em alguns países europeus. Relatório de viagem. Fevereiro-Abril de 1929". Entre os centros oncológicos e complexos hospitalares visitados 1*) Carlos Ramos valorizava de forma particular: a Fundação Curie, em França, pela "simplicidade arquitectónica exterior de qualquer dos pavilhões", simplicidade que considerava constituir "modernamente o segredo de toda e qualquer construção desta natureza"; a arquitectura dinamarquesa, considerada pioneira neste domínio; o edifício da Faculdade de Medicina de Lyon, concebido pelo arquitecto Paul Bellemain, "assente em modernos princípios de construção e "taylorização" americanos"; e, sobretudo, a qualidade do hospital Grange Blanche da autoria de Tony Garnier, que o impressionou. No seu conjunto, estes edifícios trouxeram ao jovem arquitecto a constatação que "a fisionomia de um edifício resulta (...) inteiramente da função para a qual é pensado", tendo, por outro lado, facultado o contacto com novos materiais e técnicas construtivas em experimentação nestes edifícios (cf. ATHIAS, Marck e RAMOS, Carlos, p.30); 1931 - início das obras para a construção do Pavilhão do Rádio [C], destinado a albergar os serviços de radioterapia e o laboratório de física de radiações; 1933 - inauguração do Pavilhão do Rádio (C), de Carlos Ramos, edifício construído, segundo Botelho (p.469), após uma visita de estudo do prof. Francisco Gentil aos centros europeus do género, sendo ainda, como refere o mesmo autor, "o primeiro [a ser] construído na Europa segundo as directrizes exigidas para aplicação das radiações (p.469); do conjunto projectado por Carlos Ramos, que incluia um edifício principal e pavilhões anexos, apenas o do Rádio foi edificado segundo o risco daquele arquitecto. Foram enviados donativos de Moçambique e realizadas subscrições públicas, entre os anos 1931 e 1933, para a conclusão do pavilhão; 1934, 21 Abr. - Carlos Ramos assina contrato para a elaboração dos anteprojectos das restantes instalações afectas aos serviços do Instituto Português de Oncologia, tendo concebido várias versões para o pavilhão central; 1934, 7 Jun. - o presidente da Comissão Directora do IPO dirige-se a Carlos Ramos no sentido de solicitar uma maqueta do Pavilhão do Rádio; 1935, 21 Jan. - a Comissão Administrativa dispensa o trabalho de Carlos Ramos, que viria a ser concluído pelo arquitecto germânico Hermann Diestel 2*) em 1938; 1947 / 1949 - trabalhos de construção do Bloco Hospitalar (edifício central) e da Escola de Enfermagem; 1948, 28 Maio - inauguração do Bloco Hospitalar; 1950 - construção da capela com uma escultura de Nossa Senhora das Graças, de Leopoldo de Almeida; 2006, 24 agosto - o edifício está em vias de classificação, nos termos do Regime Transitório previsto no n.º 1 do Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, 1.ª série, n.º 16, tendo esta caducado, visto o procedimento não ter sido concluído no prazo fixado pelo Artigo 24.º da Lei n.º 107/2001, DR, 1.º série A, n.º 209 de 08 setembro 2001; 2007, 21 junho - Despacho de abertura do processo de classificação do Pavilhão do Rádio como Interesse Municipal; 2008, 03 janeiro - é classificado como Interesse Municipal, Edital n.º 94/2007, de 3-01-2008, publicado no Boletim municipal n.º 724; 04 setembro - Despacho de abertura do processo de classificação pela sub-diretora do IGESPAR; 2011, 19 outubro - proposta de classificação como Monumento de Interesse Público e fixação de Zona Especial de Proteção, pela DRCLVTejo; 07 novembro - parecer favorável do Conselho Nacional de Cultura; 2012, 24 outubro - publicação do projeto de decisão relativo à proteção do edifício como Monumento de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção, em Anúncio n.º 13620/2012, DR, 2.ª série, n.º 206; 2014, 23 dezembro - abertura do concurso para obras de rwqualificação do terceiro piso do Pavilhão de Medicina.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

ALMEIDA, Pedro Vieira de, História da Arte em Portugal (vol.14 - A arquitectura moderna), Lisboa, 1986; Carlos Ramos, Lisboa, F.C.G., 1986; Plano Director Municipal, Lisboa, CML, 1995; Arquitectura do século XX: Portugal, coord. BECKER, Annette, TOSTÕES, Ana, WANG, Wilfried, Lisboa: Portugal-Frankfurt 97, Frankfurt am Main: Deutsches Architecktur-Museum, München - New York: Prestel-Verlag, [1998]; Arquitectura Moderna Portuguesa 1920 - 1970, coord. TOSTÕES, Ana, LACERDA, Manuel, SOROMENHO, Miguel, Lisboa, IPPAR, D.L., 2003; ATHIAS, Marck e RAMOS, Carlos, "Os meios de luta contra o cancro em alguns países europeus. Relatório de viagem. Fevereiro-Abril de 1929", in Separata do Arquivo de Patologia Lisboa, vol. II, nº1, 1930; BOTELHO, Luís Silveira, Instituto Português de Oncologia Dr. Francisco Gentil, in Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; COUTINHO, Bárbara dos Santos, Carlos Ramos (1897-1969): Obra, Pensamento e Acção. A procura do compromisso entre o modernismo e a tradição, dissertação Mestrado História Contemporânea, FCSH-UNL, 2001; "Está concluído o Pavilhão do Rádio do Instituto Português de Oncologia", in Diário de Lisboa, 28/12/1933; FERNANDES, José Manuel, Arquitectura Modernista em Lisboa, 1925-1940, Lisboa, 1991; FERNANDES, José Manuel, Arquitectura Modernista em Portugal, Lisboa, 1993; FERREIRA, Rafael Laborde e VIEIRA, Victor Manuel Lopes - Estatuária de Lisboa. Lisboa: Amigos do Livro, Lda., 1985; GENTIL, Francisco, "Instituto Português de Oncologia: o Passado, o Presente e o Futuro", separata do Boletim do Instituto Português de Oncologia, vol. VI, Lisboa, nºs 1-4, 1939; Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, AAP, 1987; JANEIRO, Mª de Lurdes; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Triénio de 1947 a 1949, Lisboa, 1950; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; Monumentos, n.º 5 e n.º 10 a n.º 13, n.º 15-21, 23, Lisboa, DGEMN, 1996 e 1999-2005; "O Instituto Português para o Estudo do Cancro", in separata do Arquivo de Patologia, vol. III, fasc. I, Lisboa, 1928; "O Novo Pavilhão do Instituto do Cancro foi visitado esta tarde pelo chefe de Estado e pelo Presidente do Ministério", in Diário de Lisboa, 29/02/1933; TOSTÕES, Ana, Arquitectura portuguesa do século XX, in PEREIRA, Paulo (dir.), História da Arte Portuguesa, vol.3, Lisboa, 1995.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DRELisboa/DRC, DGEMN/DRELisboa/DIE, DGEMN/DSEP/ DGEMN/Arquivo pessoal Carlos Ramos

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/Arquivo pessoal Carlos Ramos;

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/Arquivo pessoal Carlos Ramos

Intervenção Realizada

DGEMN:1950 - foram projectadas e executadas duas pequenas empreitadas, a primeira referente à construção de uma capela no terraço central do bloco hospitalar e a outra, ao revestimento, com betuminoso, dos arruamentos; 1954 / 1955 - execução de obras de remodelação da quinta enfermaria e de obras gerais de conservação, pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1956 - continuação dos trabalhos de construção da nova casa das caldeiras, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1957 - conclusão da construção do edifício destinado às oficinas e à nova casa das caldeiras; 1959 - reparação da instalação de águas quentes e montagem de uma caldeira a vapor e a instalação de um monta-macas no serviço operatório, pelos Serviços de Construção e Conservação; DGEMN: 1996 - remodelação do 3.º piso e beneficiação das fachadas do Pavilhão de Internamento, com impermeabilização da casa das máquinas e pala de protecção; construção da Central de Emergência do Pavilhão de Radioterapia; beneficiações na Escola Superior de Enfermagem; ampliação do laboratório de Anatomia Patológica; 1998 / 1999 - ampliação do edifício do Laboratório de Microscopia Electrónica; 1999 / 2000 - beneficiação das fachadas e coberturas do Lar de Doentes; 2000 - remodelação da cozinha e refeitório; 2001 / 2002 / 2003 - remodelação da cozinha e respectivo equipamento; 2002 / 2003 - beneficiação dos acessos e das instalações da escola de enfermagem; 2004 / 2005 - remodelação de um dos pisos dos quartos do lar de doentes, com obras de construção civil e instalações especiais; 2005 - empreitada de remodelação de um piso no edifício do lar de doentes e beneficiação de infra-estruturas de electricidade e de mecânica.

Observações

EM ESTUDO 1*) No Relatório de viagem são registados os seguintes equipamentos: Instituto do Cancro da Faculdade de Medicina de Paris, que funcionava numa dependência do Hospital Paul Brousse, situado em Villejuif, a 3 km de Paris; Centro anti-canceroso da Salpêtriére, instalado na Clínica Cirúrgica do Prof. Gosset, que abrangia serviços de cirurgia, rádio e Curieterapia; Instituto Pasteur; Centro anti-canceroso de Bordéus, fundado sob o impulso do radiologista Bergonié, instalado nas dependências do Hospital de St. André; Centro anti-canceroso e Faculdade de Medicina de Lyon, este último construído com o apoio financeiro da Fundação Rockefeller e projectada pelo arquitecto Paul Bellemain; em Genebra, reconhece a qualidade do Radium Institut Suisse, dirigido pelo Dr. E. Wassmer; o Institut fur Krebsforschung, em Berlim, funcionava numa dependência da Charité, sendo dirigido por Blumenthal; em Copenhague, o Instituto de Anatomia Patológica e da Radium Stationen, dirigida pelo Dr. Collin; os hospitais Amts Sygehus, Bispebjaerg, Rigshospitalet, Comunal e Instituto de Fisiologia - particularmente salientado no Relatório de viagem -, "autênticos padrões de um pequeno povo, que tem justificado orgulho por essa grandiosa obra de ensino e de assistência social". Neste relatório é, ainda, referida a qualidade das construções hospitalares e de natureza assistencial na Dinamarca, então apresentadas numa pequena publicação datada de 1925, da autoria do Director dos Hospitais K. M. Nielsen, Os Hospitais Municipais de Copenhague; 2*) O arquitecto germânico Hermann Diestel colaborou com Albert Speer (1905-1981) e delineou o projecto para a Clínica Universitária de Berlim em 1941. Em Portugal, para além do Instituto Português de Oncologia, realizou os projectos para o Hospital Santa Maria, situado em Lisboa, entre 1940 e 1953, e o Hospital de São João, no Porto, em 1959.

Autor e Data

Filomena Bandeira 1998 / Rute Figueiredo 2007

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login