Edifício do Instituto Nacional de Estatística

IPA.00007770
Portugal, Lisboa, Lisboa, Areeiro
 
Arquitectura administrativa, modernista. Friso de frescos no Salão Nobre (Henrique Franco) e baixos-relevos na fachada (Leopoldo de Almeida) cuja composição se inspira em temas associados às actividades económicas; vitral na escadaria principal
Número IPA Antigo: PT031106430537
 
Registo visualizado 1374 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Político e administrativo central  Instituto    

Descrição

Edifício composto por 4 corpos adossados de planta e área diferenciadas alinhados em formato de V com corpo principal orientado a SO. Corpo principal: antecedido de escadaria de pedra que se estende a toda a largura da fachada. Esta composta por 3 panos sendo os laterais idênticos e de menores dimensões. Ambos os pisos têm 3 vãos rasgados no inferior em portas e no superior em janelões (estes decorados com vitrais de formas geométricas. Sobre estes, baixos-relevos de pedra rematados por friso interrompido. No pano central a remate, "INSTITUTO NACIONAL DE ESTATISTICA" a letras brancas sobre fundo de reboco amarelo. Corpos rectangulares: desenvolvem-se em 4 pisos sendo o último ligeiramente de menores dimensões e recuado. Fachadas exteriores divididas em 3 panos idênticos divididos em 7 vãos de janelas de peitoril. Nas fachadas a tardoz, pano semelhantes aos anteriores com 4 vãos por piso.

Acessos

Avenida António José de Almeida; Avenida do México; Avenida Manuel da Maia

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 179/2013, DR, 2.ª série, n.º 67 de 05 abril 2013 *1

Enquadramento

Urbano. Isolado, implantado num terreno, de forma triangular, toda murado, a N. do Instituto Superior Técnico (v. PT031106430168), tendo a fachada principal voltada a O. para a Avenida António José de Almeida e, a E., com uma pequena zona arborizada, voltada à Avenida Manuel da Maia. Do lado N. estende-se o Bairro Social do Arco do Cego (v. PT031106430303) com a Igreja de São João de Deus (v. PT031106430536) e o Liceu Dona Filipa de Lencastre (v. PT031106430538) integrado no dito bairro.

Descrição Complementar

Na fachada principal, sobre as janelas laterais, dois baixos relevos da autoria do escultor Leopoldo de Almeida, representando um a Agricultura e a Demografia e, outro o Comércio e a Indústria. No Salão Nobre, destaca-se a decoração da sala com dez frescos, da autoria do pintor Henrique Franco, representando as quatro estações do ano e algumas actividades económicas tais como a Agricultura, a Pesca, os Têxteis e a Cerâmica. Na escadaria principal, no patamar superior, um vitral, de grandes dimensões, em posição horizontal, executado em 1933 no atelier de Ricardo Leone, sob cartão do pintor Abel Manta.

Utilização Inicial

Política e administrativa: instituto

Utilização Actual

Política e administrativa: instituto

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Porfírio Pardal Monteiro (1931). DESENHADOR: Abel Manta (1933-1934). ESCULTOR: Leopoldo de Almeida (1933-1934); PINTOR: Henrique Franco (1933-1934). VITRALISTA: Roberto Leone (1934).

Cronologia

1931 - data do projecto, da autoria de Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957); 1932, Janeiro - são iniciados os trabalhos de construção do novo edifício com a colaboração de vários operários e técnicos que prestaram serviço na construção do Instituto Superior Técnico; 1932, 23 Fevereiro - cerimónia do lançamento da primeira pedra, estando já abertos os caboucos em toda a ala Sul; 1933-1934 - execução da pintura por Henrique Franco, os vitrais, desenhados por Abel Manta e a escultura de Leopoldo de Almeida; execução de um vitral para o interior por Roberto Leone 1935, 23 Maio - inauguração do imóvel; 2004, 12 janeiro - requerimento para a classificação, por um particular; 2006, 25 junho - Despacho de abertura do processo de classificação pelo vice-presidente do IPPAR; 2012, 29 fevereiro - proposta da DRCLVTejo de classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção; 29 outubro - publicação do projeto de decisão relativo à classificação do edifício como Monumento de Interesse Público, e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção, em Anúncio n.º 13631/2012, Dr, 2.ª série, n.º 209.

Dados Técnicos

Materiais

Betão armado, madeira,vidro, ferro forjado

Bibliografia

SANTIAGO, Fernando, Instituto Nacional de Estatística in Panorama - Revista Portuguesa de Arte e Turismo, nº 11, Lisboa, 1942; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, AAP, 1987; FERNANDES, José Manuel; JANEIRO, Mª de Lurdes, Arquitectura Modernista em Lisboa, 1925-1940, Lisboa, CML, 1991; FERNANDES, José Manuel, Arquitectura Modernista em Portugal, Lisboa, Gradiva, 1993; Instituto Nacional de Estatística, in Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; Arquitectura del Movimiento Moderno. Registro Docomomo Ibérico. 1925-1965, 1996; CALDAS, João Vieira, Pardal Monteiro - Arquitecto, Lisboa, AAP, 1997; Arquitetura Moderna Portuguesa 1920-1970, IPPAR, 2004, p.182

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSARH, DGEMN/DSEP, DGEMN/DRELisboa/DIE, DGEMN/DRELisboa/DEM, DGEMN/DRELisboa/DRC, DGEMN/Arquivo Pessoal Porfírio Pardal Monteiro

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSEP/DNISP

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

DGEMN: 1950 - obras de conservação e reparação pela Direcção Regional; 1954 - realização de obras, pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1961 - Obras de beneficiação e de conservação, pelos Serviços de Construção e de Conservação.

Observações

*1 - DOF: Edifício Sede do Instituto Nacional de Estatística incluindo muros e logradouro. O Instituto Nacional de Estatística foi criado pela Lei nº 1911, datada de 23 de Maio de 1935, tendo-lhe sido atribuídas as "funções de notação, elaboração, publicação e comparação dos elementos estatísticos referentes aos aspectos da vida portuguesa que interessam à Nação, ao Estado e à Ciência". A compra do terreno ficou em 900 contos e na construção do edifício foram gastos cerca de 5 000 contos. Para fazer face às crescentes necessidades de instalação está previsto uma ampliação do edifício, com projecto do Arqtº. Arsénio Cordeiro.

Autor e Data

Filomena Bandeira 1998 / Luísa Castro-Caldas 2007

Actualização

 
 
 
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