Igreja de Nossa Senhora da Cola / Santuário de Nossa Senhora da Cola

IPA.00009838
Portugal, Beja, Ourique, Ourique
 
Arquitectura religiosa, barroca, popular, vernácula. Igreja barroca de uma nave, reflectindo a continuidade dos modelos da Arquitectura Chã, aqui transportados para uma volumetria adequada a um concorrido santuário de peregrinação. Máquina retabular do altar-mor com variante do estilo nacional em que se pressente já o influxo da arte joanina. Ampliação tardo-barroca com nártex de planta octogonal e duas torres sineiras povoadas de fogaréus, ao gosto ecléctico da época de D. João VI.
Número IPA Antigo: PT040212030017
 
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Registo

 
Edifício e estrutura          

Descrição

Planta poligonal, escalonada, composta por nártex enquadrado por duas torres sineiras, nave e capela-mor mais estreita, a que se adossam à esquerda a sacristia, uma dependência de acesso ao púlpito. Volumes articulados; massas dispostas na horizontal contrastando com a nerticalidade da fachada; cobertura diferenciada em telhados de duas águas na nave e na capela-mor, de uma água na sacristia, em prolongamento do telhado da nave, e na dependência anexa e em coruchéus escalonados nas torres sineiras Fachada principal a S., de três panos definidos por pilastras, sendo o central coroado por empena polilobada e cruz de ferro forjado, rasgado por arco em asa de cesto, encimado por janelão de cantaria de verga recta adintelada sobrepujado pelas armas do Reino Unido de Portugal, Algarve e Brasil, em argamassa relevada; panos laterais, correspondentes às torres, de dois registos separados por cornija, rematados por empena curva e rasgados por olhais em arco de volta perfeita; coruchéus coroados por cataventos e ladeadas por fogaréus assentes em plintos. Alçado O. com torre seguida pelos volumes cegos da nave e da dependência rematados por cornija e beirado, assim como o volume da sacristia que apresenta, na face virada a S., porta e campanário em espadana. Alçado N. cego com remate em empena coroada por três pináculos piramidais assentes em plintos nos acrotérios. Alçado E. com o volume da torre em destaque, corpo da nave rasgado por arco de volta perfeita de acesso ao nártex e janela emoldurada; volume da capela-mor rasgado por janela. Nártex octogonal, tendo na face SO. porta de acesso à torre e coro-alto; cobertura em abóbada de aresta e portal de verga recta emoldurado. INTERIOR: nave coberta por abóbada de canhão que arranca de cornija. Coro-alto sobre o nártex, resguardado por balaustrada de madeira. Do lado do Evangelho adossa-se o púlpito com bacia de cantaria e balaustrada de madeira; altar lateral de talha dourada e policromada. Do lado da Epístola rasga-se janela e altar idêntico ao que lhe fica fronteiro. Arco triunfal de volta perfeita, com acesso por degrau, revestido por painéis de talha dourada e policromada, encimado pelas armas reais. Capela-mor coberta por abóbada de berço que arranca de cornija; à direita rasga-se janela e à esquerda porta de acesso à sacristia; retábulo-mor de talha dourada e policromada com tribuna e trono, tendo por fundo uma glória solar relevada; o conjunto é enquadrado por duas colunas torsas de cada lado que se prolongam em arquivoltas, com dois painéis representando a " Anunciação " e a " Adoração dos Pastores ", a que correspondem, ao nível do arco, seis painéis polícromos imitando brocados que culminam nas armas reais. Sacristia com arcaz, maquineta de talha e lavabo de cantaria com decoração fitomórfica.

Acessos

Ourique, Castro da Cola, Cola

Protecção

Incluído na Zona Especial de Protecção do Castro da Cola (v. PT040212030001)

Enquadramento

Rural, isolado, dentro de um adro parcialmente murado, lajeado e ajardinado, numa pequena elevação contígua ao Castro da Cola (v. PT040212030001). Nas imediações, corre o rio Mira e a barragem de Santa Clara.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: santuário

Utilização Actual

Religiosa: santuário

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

Séc. 14 - existência de uma pequena ermida, dedicada a Nossa Senhora; 17 - construção do atual templo; séc. 18 - feitura do retábulo-mor; séc. 18 - 19 - ampliação do templo, com o acrescento do nártex, torres sineiras e feitura dos retábulos laterais.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas, elementos secundários de cantaria, telhado de telha de canudo, pavimentos interiores de tijoleira, retábulos de talha dourada e policromada.

Bibliografia

BARARDO, Maria do Rosário - Santuários de Portugal. Caminhos de Fé. Lisboa: Paulinas Editora, 2015.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; Associação de Reitores dos Santuários de Portugal: Paulinas

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

José Falcão e Ricardo Pereira 1999

Actualização

 
 
 
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