Ponte Salazar / Ponte 25 de Abril / Ponte Ferroviária e Rodoviária 25 de Abril

IPA.00009862
Portugal, Lisboa, Lisboa, Alcântara
 
Arquitectura de comunicações e transportes, do séc. 20. Ponte suspensa, em ferro e aço, constituída por duas torres, assentes a grande profundidade por estacas de betão, com langarina contínua, sustentada pelas torres e cabos de amarração que são escorados por maciços de betão criados nas margens. Possui dois tabuleiros, o superior com seis vias, duas delas metálicas e perfuradas, garantindo a estabilidade da estrutura, e o inferior, com duas vias ferroviárias, ambos com guardas metálicas tubulares, o segundo com passadiço de evacuação. Tem acesso N. por amplo viaduto de betão, que descreve uma curvatura, com seis vias, surgindo a S. uma ampla avenida, onde estão instaladas as portagens, compostas por cabines simples. Sob esta, uma via subterânea, permite a chegada do comboio à margem S.. Foi a primeira ponte a ligar as margens do Rio Tejo, junto a Lisboa, sendo o resultado de vários projectos que nasceram ao longo dos séculos 19 e 20, sendo a segunda maior ponte suspensa do mundo, com afinidades com a de São Francisco, nos Estados Unidos da América. Constituíu um dos primeiros grandes projectos interdisciplinares, que envolveu inúmeras empresas portuguesas e estrangeiras, cujos trabalhos no terreno assentaram em estudos vários de comportamento sísmico, de estabilidade e prospecções geológicas, realizadas, na sua maioria, pelo LNEC.
Número IPA Antigo: PT031106020606
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Transportes  Ponte / Viaduto  Ponte rodoviária  Tipo viga e cabos sob tensão

Descrição

Ponte que liga a margem N. à margem S. do Rio Tejo, iniciando a travessia em Alcântara, através de um viaduto de betão *1, a que se segue uma ponte suspensa, que termina nas imediações de Almada, no caso do tráfego rodoviária, seguindo pela margem S., sendo o tráfego rodoviário processado através de um túnel rasgado sob a Avenida da Portagem. O VIADUTO tem vãos entre 74,20 m e 76,0 0m, e seis vias *2, que ocupam o tabuleiro de betão pré-esforçado, apoiado em pilares geminados de betão armado, com fundação directa, construído em consolas simétricas; na estremidada N. tem pilares centrais para permitir formar a curvatura que descreve. A PONTE, pintada de vermelho, com produto especial para evitar a corrosão, tem um vão central com 1012,88 m e os laterais com 483,42 m, tendo cada vão da margem 10 m., marcada por duas torres, cada uma delas com cerca de 190,47 m de altura. Têm fundações de betão armado assente na rocha basáltica a 82,5 m de profundidade; são de aço carbono ASTM A-36 e no topo possuem dois selos de aço fundido que apoiam os cabos principais de suspensão; encontram-se ancoradas á fundação por parafusos de aço e os postes da torre são escorados por peças com X e duas travessas. Junto às margens descarrega em pilares metálicos, sobre estacas de betão, com fundação directa num dos lados. A ancoragem a N. desce a profundidade maior devido a problemas geológicos, tendo sido criado um maciço de betão armado. A viga de rigidez tem 21 m de largura, sendo contínua com 2277,64 m de comprimento, estando amarrada aos cabos principais; a via lateral, resultante de um acrescento, está assente em betão de cimento e, sob a viga, corre a via férrea. O tabuleiro superior apoia-se na viga de rigidez, reforçada com chapas de aço, com seis vias *3, tendo as centrais grelha metálica aberta, permitindo a estabilização da estrutura relativamente à acção do vento, assente em quatro longarinas contrafortadas por cantoneiras. O tabuleiro inferior, sob a viga, possui duas vias ferroviárias, com passadiço lateral de evacuação, ligando por escadas ao superior e possui catenária flexível. A viga de rigidez e os tabuleiros estão suspensos de dois cabos que amarram à ancoragem, feitos por fios de aço.

Acessos

Avenida da Ponte (lado N.), Avenida das Portagens (lado S.).

Protecção

Em vias de classificação

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado sobre o Rio Tejo, ligando ambas as margens do mesmo, desenvolvendo-se, no lado de Lisboa, sobre o sítio de Alcântara e, na margem S., próximo de Almada. Possui, na Avenida das Portagens, instalações de serviços estatais e, sobranceiro sobre a estrutura, o monumento ao Cristo Rei (v. PT031503010035).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: ponte

Utilização Actual

Transportes: ponte

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Lusoponte - Concessionária para a Travessia do Tejo, S.A.

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

CONSTRUTORES: American Bridge Division og United States Steel Corporation (1962-1966); Construções Gouveia, Entrecanales & Távora (Engenheiro: Manuel Simões - 1962-1966); Construções Técnicas, Lda. (Engenheiro: Henrique Leitão - 1962-1966); DSD Dillinger, Stahlbau Gmbh, American Bridge, Wayss & Freytag Aktiengeselchaft, Teixeira Duarte, S.A. (Engenheiros: António M. Pires Carreto, António Nunes de Almeida, Axel Paul, J.M. Angelo, Joel Viana de Lemos, Luís Nunes de Almeida, Manuel Rondon, Paulo Salvador, Raoul Sombann, Ron Crockett, Walter Kline - 1996-1999); Empresa Industrial de Construção, Lda., SATREL (1962-1966); Morrisson Koudsen of Portugal, Lda. (Engenheiros: Robert Alfred E. Couto, John L. Armitage, B. Hunter - 1962-1966); Obras e Construções, Lda., OBRECOL (1962-1966); Sociedade de Obras Públicas e Cimento Armado, Lda., OPCA (Engenheiro: Manuel Godinho - 1962-1966); Sociedade Geral de Construção e Obras Públicas, Lda., SOPOL (Engenheiro: Spiro Agius - 1962-1966); Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas, SOREFAME (Engenheiro: Eduardo Magalhães - 1962-1966); Steinman, Boynton, Grounquist & London, Consulting Engineers (Engenheiro: Dale L. Barber, Ray M. Boyton - 1962-1966); Tudor Engineering Company (Engenheiros: Louis Riggs, Oral Conyers, Ralph Tudor, Robert A. Witkinsnon - 1962-1966); United States Steel Export Company (1962-1966). ENGENHEIROS: A. Reis Miranda (1962-1966); António Veiga (1962-1966); Cosema Crawford (1993-1997); José Celis (1997-1999); José F.C. Azevedo e Silva (1994); Martin Kendall (1993). ENSAIOS: pelos Roman Williams Davies e Irwin Inc. (1990-1993); PINTORES: J.I. Hass Company, Inc. (1965-1966); Sociedade Lisbonense de Metalização (1965-1966). PROJECTISTAS: Steinman, Boynton, Gronquist & Birdsall (1990-1993); Steinman, Boynton, Gronquist & London Consulting Engineers (Engenheiros: Dale L. Barber, Ray M. Boyton - 1960-1962); Taller & Cooper, Inc. (1960-1962); United States Steel Export Company (Engenheiros: Daniel C. Kline, Edward A. Bourroughs, Frank M. Highly, Robert B. Hunter - 1960-1962). SONDAGENS: LNEC (Engenheiro: Edgar Cardoso (1959-1962), (1990-1993); Sondagens Ródio, Lda. (Engenheiros: Angelo Nissolino, Octávio Mota - 1960-1962).

Cronologia

1876 - o engenheiro Miguel Pais sugere a construção de uma ponte que ligasse a zona do Grilo e o Montijo, que teria dois tabuleiros (ferroviário e rodoviário), com 76 tramos, semelhante à que se construíra em Viana do Castelo (v. PT0116); 1888 - o engenheiro americano Lye propõe-se projectar uma ponte entra Almada e o Tesouro Velho, na zona do actual Chiado; 1889 - os engenheiros franceses Bartissol e Seyrig propõem a feitura de uma ligação rodoviária e ferroviária entre a Rocha Conde de Óbidos e Almada, feita através de uma ponte de arcadas; 1890 - este projecto foi criticado por André de Proença Vieira, com base em estudos geológicos de Paul Choffat; 1890 - uma empresa alemã, de Nuremberg, propõe a construção de uma travessia entre o Beato e o Montijo, feita através de uma ponte em tramos metálicos; 1910 - o plano anterior ainda era discutido entre a Câmara de Lisboa e a imprensa da época; 1919 - H. Burnay & Cia. faz um estudo de um túnel para atravessar o Tejo entre Cacilhas e Santa Apolónia; 1921 - Alfonso Peña Boeuf propõe a construção de uma ponte com 14 arcos parabólicos entre a Rocha Conde de Óbidos e Almada, com via férrea dupla e quatro vias; esta ideia foi rejeitada para defesa do Porto de Lisboa; 1926 - Cortez & Bruhns e o arquitecto José Cortez propõe uma ponte suspensa de três vãos, entre a Rua do Patrocínio até Almada; 1929 - António Belo desenvolve um estudo para a execução de uma ponte ferroviária que ligasse o Beato e o Montijo; iniciam-se os estudos geológicos pela firma Gruen & Bilfinger; 1933, 1 Fevereiro - Duarte Pacheco nomeia uma Comissão para estudar o problema da travessia do Tejo; 1934 - abertura de concurso público para apresentação de projectos, o qual seria anulado pois nenhum dos concorrentes conrrespondia às exigências do caderno de encargos; 1938 - United States Steel Products fazem uma proposta mais simples e com facilidades de pagamento, que não seria aceite; o engenheiro Zuzarte de Mendonça defende a construção de uma ponte suspensa na Junqueira; 1942 - a instâncias da Câmara do Barreiro, Alcochete, Moita e Seixal foi nomeada uma Comissão para estudar a ligação entre as duas margens; 1951 - Peña Boeuf propõe a construção de uma ponte suspensa entre Almada e o Alto de Santa Catarina; 1953, 16 Junho - portaria do Ministério das Obras Públicas e das Comunicações para nomear uma Comissão para estudar o assunto, composta pelos engenheiros João Alberto Barbosa Carmona (presidente), Eduardo de Arantes e Oliveira (LNEC), Fernando Santos Silva (Administração do Porto de Lisboa), Carlos Guilherme Craveiro Lopes Couvneur (JAE), José Chedas Bogarim (DGTT), João Paulo Nazaré de Oliveira (Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização) e Alexandre de Vasconcelos e Sá (representante das Câmaras de Lisboa e Almada); 1954, 23 Abril - Arantes e Oliveira é substituído por Manuel Coelho Mendes da Rocha; foi incluído na Comissão Luís Maria Nolasco Guimarães Lobato (Chefe de Gabinete dos Estudos de Urbanização da Câmara de Lisboa); 1955, 8 Março - passa a integrar a Comissão um representante do Estado Maior, sendo nomeado Afonso de Magalhães de Almeida Fernandes; 1956, 13 Fevereiro - este foi substituído por Ernesto Soares de Oliveira e Sousa; 1957, 13 Abril - relatório viabilizando a ligação das duas margens; 1957-1958 - decisão do governo em incluir a construção da ponte no II Plano de Fomento da Ligação rodoviária e ferroviária entre Lisboa e a Margem Sul do Tejo; 1958, 8 Maio - o Ministério das Obras Públicas pede a centralização de todos os estudos; 1959, 27 Abril - Decreto-Lei n.º 42 238 que autoriza o MOP a abrir concurso para a concessão da construção da ponte; 1959-1960 - O LNEC, através do engenheiro Edgar Cardoso e uma equipa de engenheiros portugueses, estuda dez soluções estruturais *5; sondagens levadas a cabo pelo LNEC e pela empresa Sondagens Ródio, Lda., representada pelos engenheiros Octávio Mota e Angelo Nissolino; 1960, 3 Março - foram abertas quatro propostas *4; 28 Maio - adjudicação provisória do projecto à United States Steel Export Company, representada pelos engenheiros Daniel C. Kline, Edward A. Bourroughs, Frank M. Highly, Robert B. Hunter; o projecto da ponte suspensa é da responsabilidade da Steinman, Boynton, Gronquist & London Consulting Engineers, dos engenheiros Dale L. Barber e Ray M. Boyton; projecto da portagem, da responsabilidade de Taller & Cooper, Inc.; 1961 - continuação das expropriações dos terrenos necessários à implantação do viaduto e dos acessos, bem como do trabalho de realojamento de numerosas famílias *6; 23 Fevereiro - Decreto lei n.º 43 514 que autoriza os Ministros das Obras Públicas e das Finanças, respectivamente, a outorgar em nome do Estado no contrato a celebrar para construção da ponte, e a celebrar os acordos financeiros necessários, definindo ainda o regime em que, ao abrigo da legislação geral aplicavél, deverão ser realizadas as expropriações; 25 Fevereiro - celebração do contrato, para a elaboração do projecto definitivo e para a execução de trabalhos de prospecção geológica, geotécnica dos terrenos, trabalhos geodésicos e topográficos; 10 Maio - por Portaria é constituida uma comissão para proceder ao estudo das disposições necessárias à delimitação da zona e regime de graduação de mais-valia dos terrenos da margem S., e dos seus acessos; 3 Novembro - a empresa adjudicatária entrega o projecto definitivo da ponte e seus acessos; 3 Novembro - o projecto final foi apresentado; 1962, 9 Maio - aprovação do projecto; 1962, 5 Novembro - início da construção da ponte; 1962-1966 - construção da ponte e infraestruturas de ligação, com construção geral da United States Steel Export Company, estando as fundações e ancoragens a cargo de Norrisson, Koudson of Portugal, Lda, com os engenheiros Robert Alfred E. Couto, John L. Armitage e B. Hunter; as fundações das torres devem-se à Tudor Engineering Company, com os engenheiros Ralph Tudor, Robert A. Wikinsnon, Oral Conyers e Louis Riggs; início das terraplanagens, efectuadas pela firma Amaro & Mota, Lda., com o engenheiro F. Moreira de Lemos e pela Sociedade de Obras Públicas e Cimento Armado, Lda., OPCA, com o engenheiro Manuel Godinho; fabricação dos elementos metálicos pela American Bridge Division of United States Steel Corporation e pela Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas, SOREFAME, com o engenheiro Eduardo Magalhães; feitura das estacas de betão pela Construções Técnicas, Lda., representada pelo engenheiro Henrique Leitão; feitura dos muros de suporte a N., pela Obras e Construções, Lda., OBRECOL; execução do viaduto de Alcântara pela Sociedade Geral de Construção e Obras Públicas, Lda., SOPOL, com o engenheiro Spiro Agius; feitura dos viadutos da Avenida de Ceuta, pela Construções Gouveia, Entecanales & távora, pelo engenheiro Manuel Simões; construção da portagem pela Empresa Industrial de Construção, Lda., SATREL; feitura da pavimentação e acessos, pela firma António Veiga, Lda.; pintura da ponte pela J.I. Hass Companym Inc. e dos elementos de aço pela Sociedade Lisbonense de Metalizações; o sistema eléctrico foi da responsabilidade do engenheiro A. Reis Miranda; 1966, 6 Agosto - abertura da ponte ao tráfego rodoviário; 1990-1993 - projecto do alargamento do tabuleiro rodoviário pela firma Steinman, Boynton, Gronquist & Birdsall, de Nova Iorque; início dos ensaios pelo LNEC, sendo feito um modelo, ensaiado no Canadá pelos Roman Williams Davies e Irwin Inc.; 1993 - era director do projecto o engenheiro Martin Kendall; 1993-1997 - direcção do projecto entregue à engenheira Cosema Crawford; 1994, abril - consórcio LUSOPONTE, SA (constituída pelas empresas Mota-Engil - 38%, da Vinci - 37%; Atlantia - 17,5%; Teixeira Duarte - 7,5%) ganha o concurso público internacional para o projeto, construção, financiamento e exploração da ponte vasco da Gama e tem como uma das contrapartidas a gestão e exploração da ponte 25 de Abril; 1994 - projecto de instalação eléctrica, pelo engenheiro José F.C. Azecedo e Silva; inspecção dos cabos pelo Instituto de Soldadura e Qualidade; 3 Março - criação do GECAF (Gabinete de Gestão das Obras de Instituição do Caminho de Ferro na Ponte 25 de Abril), composto por Mário Pinto Alves Fernandes, Luís do Canto Moniz, Vasco Manuel Franco e Abreu, João Manuel Soares Travessa e João Graça Ribeiro, o coordenador administrativo; 28 Abril - abertura do concurso público para o alargamento do tabuleiro rodoviário e construção do caminho de ferro; 26 Junho - abertura das propostas, tendo concorrido 5 empresas *7; as propostas foram analisadas por uma Comissão, composta pelo GECAF e por António Rebelo da Costa Franco e Abreu, do Conselho das Obras Públicas, por António Reis (IST), Emídio José Assis Barbosa (CP) e o jurista José Mário Ferreira de Almeida; 18 Agosto - a Comissão entrega um relatório, onde sugere que a adjudicação seja entregue à proposta conjunta das firmas DSD Dillinger, Stahlbau Gmbh, American Bridge, Wayss & Freytag Aktiengeselchaft, Teixeira Duarte, S.A., sendo os responsáveis pela execução os engenheiros Walter Kline, Manuel Rondon, Raoul Sombann, Ron Crockett, Axel Paul, António M. Pires Carreto, Joel Viana de Lemos, Paulo Salvador, António Nunes de Almeida, J.M. Angelo, Luís Nunes de Almeida; 1995 - medições das vibrações pelo LNEC; 24 Agosto - aprovação da adjudicação; 1996, 26 Janeiro - consignação dos trabalhos; 1997-1998 - direcção do projecto a cargo do engenheiro José Celis; 1997, Maio - dissolução da GECAF; 1998, 6 Novembro - abertura das 3 vias de circulação; 15 Novembro - passagem do primeiro comboio; 1999, 4 Abril - conclusão dos trabalhos; 29 Julho - inauguração oficial da linha ferroviária; 2015, 04 março - publicação do anúncio de abertura do procedimento de classificação da Ponte, em Anúncio n.º 35/2015, DR, 2.ª série, n.º 44; 2018, 05 dezembro - publicação do Anúncio n.º 205/2018, relativo ao Projeto de Decisão relativo à classificação como monumento de interesse público (MIP) da Ponte 25 de Abril (DR, 2.ª série, n.º 234).

Dados Técnicos

Estrutura autónoma.

Materiais

Estacaria, maciços e estrutura do viaduto em betão; langarinas, viga de rigidez e torres em ferro e aço; cordões de amarração em aço; tabuleiro em aço e alcatrão; vias laterais assentes em cimento de betão.

Bibliografia

Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., 2.º Vol. Lisboa, 1962; A ponte Salazar, Lisboa, Ministério das Obras Públicas / Gabinete da Ponte sobre o Tejo, 1966; Arquitectura de Engenheiros - séculos XIX e XX, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Maio / Junho, 1980; A Ponte 25 de Abril, Lisboa, Rede Ferroviária Nacional - REFER, E.P., 1999.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, SIPA

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DREL, DGEMN/DSEP

Intervenção Realizada

DGEMN: 1961 - realização de estudos sobre modelo da ponte suspensa, de uma cúpula de apoio de turbinas, de um sistema arco-fundação e de uma consola com vazamentos; ensaios com vista a aperfeiçoar a técnica de utilização dos vernizes frágeis, salientando-se os estudos dinâmicos sobre modelodestinados a averiguar a estabelidade dos pilares do rio da ponte, quando sujeitos à acção de um sismo; elaboração do plano geral de observação da ponte; realização de ensaios de deformabilidade e fluência "in situ" e no laboratório para a ponte; realização de estudos relativos às fundações da Ponte sobre o Tejo. elaboração de estudos para esclarecimento das condições de fundação das obras de arte dos acessos; realização de trabalhos na oficina de mecânica , construção de um penetrómetro, de dois modelos;ensaios com cargas repetidas; ensaios de amostras colhidas na sodagem 305., 402, 501, 505; e em amostras de tufo colhidas nas sondagens do pilar 4; e sobre amostras de argila composta, colhidas na galeria da margem esquerda; sondagens para as obras de acesso á ponte, pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Observações

*1 - inicialmente pensado para ser de metal. *2 - inicialmente pensado para seis vias, devido à dificuldade de uma possível ampliação de uma estrutura em betão. *3 - inicialmente possuía quatro vias com separador central. *4 - os quatro proponentes foram: Sociedade Atlântico, com projecto de Albert Caquot; Société des Forges & Ateliers du Creusot, Fried Krupp Maschinen-Und, Stahlbou, Merritt Chapman & Scott Corporation, Dorman Long Ltd., Hojgaard & Schultz, com projecto do Professor Chadenson; Demag A.G., Aug. Klonne, Dortmunder Bruckenbu C.H. Jucho, Gollnow-werk A.G., Hein, Lehmann & Co., Siemens Baunion, Waiss & Freytag A.G. Somec, com projecto de Kurt Kloppel. *5 - entre estes estudos deve-se ter em conta a Ponte do Ervedal, uma pequena réplica do projecto definido para sobre o Rio Tejo, levada a cabo pelo engenheiro Edgar Cardoso, que se encontrava na região a construir as pontes necessárias para colmatar a subida das águas das ribeiras da Seda e de Avis, com a construção da barragem do Maranhão. *6 - os problemas das expropriações e do realojamento dos moradores dos prédios a demolir exigiram ainda grande esforço, para assegurar a sua satisfatória resolução. *7 - os concorrentes foram: Condunil, S.A. e Baudin Chateauneuf; Soares da Costa, S.A., com projecto de I.M. Pregilo; Dragados y Construcciones, AA, Momberg & Thonser Als, Construtora Abrantina, S.A., A. Silva & Silva, Ramalho Rosa, S.A.; Bento Pedroso Construtores, S.A., Tennenge, Cleveland Struc Engeneering, Mague, Somague e a vencedora.

Autor e Data

Filomena Bandeira 2001 / Paula Figueiredo 2009

Actualização

Teresa Deus Ferreira 2014
 
 
 
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