Castro de Aldeia Nova
| IPA.00000545 |
Portugal, Bragança, Miranda do Douro, Miranda do Douro |
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Aglomerado proto-urbano. Povoado da Idade do Ferro. Castro com duas linhas de muralha, com defesa reforçada por torreão pétreo e fosso exterior, com vestígios de ocupação em época romana. Neste local foi erigida um monumento honorífico, dedicado ao cavaleiro, indígena, da Ala Sabininia Aemilio Balaeso, sendo, provavelmente, uma lápide datável de finais do séc. 1 d.C.. Este povoado forneceu um importante conjunto de estelas funerárias romanas, com cabeceira semicircular, decoradas com suásticas ou com "portadas", cuja inscrição evidencia a adopção, por parte dos indígenas, de nomes e cognomes latinos. |
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Número IPA Antigo: PT010406080001 |
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Registo visualizado 816 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado da Época do Ferro Povoado fortificado
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Descrição
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Povoado fortificado defendido por duas linhas de muralhas construídas com silhares graníticos, partidos, assentes em seco, em aparelho irregular; possuem uma espessura máxima de c. de 2,5 m, e defendem o povoado de N. a SO., flanco em que o povoado está ligado à encosta, não apresentando estruturas defensivas no sector SE., sendo estas constituídas pelas arribas, de forte pendor, sobre o Rio Douro. A muralha interna está reforçada, a NE. por um torreão de planta circular, apresentando, nesta zona, uma rampa de entrada. O sistema defensivo é complementado por uma linha defensiva, a SO., assim como poderá ter existido um fosso exterior, actualmente entulhado pelo caminho de acesso à capela. Esta, dedicada a São João, tem planta longitudinal, de corpo único rectangular e massa simples com cobertura em telhado de duas águas. Fachadas rebocadas e caiadas. Fachada principal, virada a S., terminada em empena truncada por cruz latina sobre pedestal prismático, com portal de arco de volta perfeita. Fachada E. rasgada por pequeno janelo rectangular. Fachadas N. e O. cegas. |
Acessos
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São João das Arribas, estradão em terra batida desde Aldeia Nova |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Rural, isolado, remate de esporão virado a SE., a meia encosta, coberto de vegetação rasteira e árvores de pequeno porte, sobranceiro ao Rio Douro. No interior do povoado implanta-se, em pequena plataforma artificial, a Capela de São João das Arribas, tendo, defronte da frontaria, bancos corridos, pétreos. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Idade do Ferro |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável. |
Cronologia
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Idade do Ferro - primeira ocupação do povoado; séc. 01 - povoado fortificado com ocupação melhor documentada; Época Moderna - época provável de construção da capela. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Muralhas e construções em granito; vestígios da cobertura das construções em "tegula" e "imbrex"; epígrafes em granito, calcário e mármore; estrutura da capela em alvenaria de granito, com paramentos rebocados e caiados, cobertura em madeira telhada, porta de madeira. |
Bibliografia
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ALVES, Francisco Manuel, Memórias Arqueológicas-Históricas do Distrito de Bragança, vol. IX, Porto, 1934, p. 31 - 33, 61 e 571; LE ROUX, Patrick, L'armée romaine et l'organisation des provinces ibériques d'Auguste a l'invasion de 409, Paris, 1982, p. 224; MOURINHO, António Maria, Epigrafia Latina Aparecida Entre Sabor e Douro desdo o Falecimento do Abade de Baçal, Brigantia, 7, Bragança, 1988, p. 104 - 105 e 120; LEMOS, Francisco Sande, Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, dissert. de doutoramento, polic., vol. IIa, Universidade do Minho, Braga, 1993, p. 202 - 206; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70172 [consultado em 4 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - O espólio deste povoado está depositado no Museu da Terra de Miranda e no Museu Nacional de Arqueologia. É constituído por fragmentos de cerâmica comum, da Idade do Ferro e romana, "tegula", "imbrex"; artefactos metálicos em ferro e bronze, de onde se destaca duas pontes de seta, sendo uma de tipo Palmela, assim como duas fíbulas, uma de tipo Meseta e outra anular. Deste povoado são provenientes doze estelas funerárias romanas, a maioria fragmentadas ou anepígrafas, em granito, cálcario e mármore, com cabeceira semicircular, decoradas com suásticas ou com "portadas", cuja inscrição evidencia a adopção, por parte dos indígenas, de nomes e cognomes latinos, bem como uma lápide honorífica com a inscrição: "AEMILIO BAL/AESO SIGNIFERO A(L)AE SA/BININA(E) COGN/ATIO DE CEN(TURIA)". |
Autor e Data
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Ernesto Jana 1993 / Miguel Rodrigues e Paulo Amaral 2001 |
Actualização
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