Escola Náutica Infante D. Henrique

IPA.00019899
Portugal, Lisboa, Oeiras, União das freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias
 
Arquitectura educativa. Escola superior de náutica para preparação de oficiais da Marinha Mercante e Escola de Marinheiros e Mecânicos da Marinha Mercante destinada à formação de pessoal de categoria inferior a oficial. Conjunto de edifícios de arquitectura homogénea, com vários elementos de fachada comuns, designadamente a métrica de vãos e caixilharia, palas de protecção solar em betão, estrutura em betão armado e paredes em alvenaria de tijolo.
Número IPA Antigo: PT031110050056
 
Registo visualizado 549 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Educativo  Escola   Escola superior  

Descrição

Constituído por três corpos, dois parelelos ao rio, elevando-se a três e cinco pavimentos, para as aulas, com 34 salas, e o outro, de dois andares, para os serviços administrativos e instalações de corpo docente, como a secretaria a direcção, a sala de professores, a biblioteca, sala de convívio, de estar e bar; tem ainda três grupos de escadas e dois elevadores. Junto ao bloco principal existe ainda o edifício das oficinas, de um só pavimento, ligado por uma galeria coberta. Neste bloco, para além das várias oficinas, está ainda a central térmica.

Acessos

Avenida Engenheiro Bonneville Franco. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,691197; long.: -9,299592

Protecção

Enquadramento

Urbano. num plano elevado junto à estrada marginal que corre junto ao estuário do Rio Tejo.

Descrição Complementar

EDIFÍCIO PRINCIPAL: designado por Escola de Oficiais da Marinha Mercante, de planta longitudinal, ortogonal, com a entrada principal no seu centro, a partir da qual se desenvolvem duas alas destinadas a aulas, para O. e para E., de três e quatro pisos e uma terceira orientada a S., de dois pisos, destinada à direcção e serviços de apoio. As circulações realizam-se por amplos corredores, de capacidade adequada, e por escadas de dois lanços localizadas nos extremos dos corredores, a curta distância das entradas, existindo ainda dois elevadores junto ao átrio da entrada principal que servem os cinco pisos do edifício. OFICINAS da Escola de Oficiais da Marinha Mercante: piso único, térreo, implantado a N. do edifício principal, estando interligado a este por uma passagem coberta, compreendendo, no seu interior amplas áreas oficinais, uma sala de desenho, instalações sanitárias com balneários e vestiários e, em anexo, uma casa de caldeiras e instalações do posto de transformação e quadro eléctrico, cobertura de quatro águas, em betão, provida de clarabóias para iluminação natural. O acesso e circulação é feito por um corredor central, para onde se dispõem os diversos compartimentos, com várias passagens directas para o exterior. ESCOLA de Mestrança e Marinhagem (corpo B e C): planta de desenvolvimento ortogonal, em forma de S invertido, com entrada principal ao centro, apartir da qual se desenvolvem duas alas destinadas a aulas e serviços de apoio, para E. e O., com 4 pisos na ala nascente, um dos quais em cave, encimados por um quinto piso, parcial, adjacente à escada principal e elevador, estinado a sala de aparelhos de marinhagem. A ala Poente desenvolve-se em dois pisos, destinados a áreas de apoio à Escola. A semelhança do edifício principal dispõe de amplos corredores de circulação e escadas que se desenvolvem em dois lanços, localizadas nos extremos, servindo todos os pisos. (corpo A): desenvolve-se a partir do extremo poente do corpo B do edifício da Escola de Mestrança e Marinhagem, de desenvolvimento longitudinal para S., e maiores vãos orientados a E., com um piso em cave e quatro pisos em altura, com escadas em ambos os extremos. Serve como internato de alunos da escola, dispondo ainda de cozinha e refeitório, lavandaria e áreas de apoio, a cave constituida por áreas de arrumos, o piso 0, abrindo para um corredor central, dispõe de lavandaria e rouparia, quartos de alunos e instalações sanitárias, o piso 1 com cozinha, dispensa e refeitório, este último em sala ampla, além de instalações sanitárias, os pisos 2, 3 e 4 com quartos de alunos e instalações sanitárias de apoio, abrindo para um corredor central de distribuição. PAVILHÂO DESPORTIVO: implantado isoladamente em posição central no terreno, de construção simples, com uma nave central ampla, destinada a actividades desportivas e sociais, dispondo de áreas anexas de arrumos de cadeiras, instalações sanitárias e balneários, palco e cabine de projecção. Dispõe de cinco saídas directas para o exterior através de portas de duas folhas abrindo para o exterior e uma outra saída através do balneário, garantindo uma rápida evacuação dos utentes. PISCINA: implantada isoladamente em terreno junto ao muro N. entre o edifício das oficinas e a Escola de Mestrança e Marinhagem, apresenta características de construção semelhantes aos restantes edifícios. Possui dois níveis de pavimentos, sendo um em piso térreo, onde se desenvolve a piscina com profundidades variáveis, as áreas técnicas, áreas de arrumos e os acessos aos balneários, e outro nível superior ao nível da água, onde existem as circulações envolventes à piscina, as bancadas e os balneários, comunicando por uma escada interior de dois lanços. Para além do acesso ao nível do rés-do-chão existem duas portas no nível superior para acesso de público às bancadas que asseguram uma rápida evacuação dos utentes, e uma passagem para uma passerelle de acesso ao tanque de mergulho. Cobertura em laje de betão com clarabóias para iluminação zenital.

Utilização Inicial

Educativa: escola superior

Utilização Actual

Educativa: escola superior

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: José Costa Silva (projecto). ENGENHEIROS: César Mário Pinheiro de Garcez Palha (estruturas), Fernando de Castelo Branco (electricidade, aquecimento, ventilação e águas), António José Ribeiro de Mendonça (arranjo do recinto, arruamentos e esgotos), Arquitecto José Luís Cruz da Silva Amorim (mobiliário e equipamento), arquitecto paisagísta Gonçalo Ribeiro Telles (ajardinamento e enquadramento paisagístico).

Cronologia

1936 - a Escola Náutica separa-se da Escola Naval, transferindo-a para a Direcção-Geral de Marinha; 1956 - primeira menção, em despacho, da vontade e necessidade de construção de uma escola náutica; 1960 - o Presidente da República, Américo Thomaz, promulgou o Decreto-Lei n.º 43245, de 18 de Outubro, em que se reconhece a necessidade de dotar de instalações condignas as escolas do pessoal da Marinha Mercante, a Escola Náutica para a preparação de oficiais, e as Esoclas de Marinheiros e Mecânicos da Marinha Mercante, destinadas à formação de pessoal da categoria inferior a oficial. Considerou-se vantajoso que as escolas fossem construídas no mesmo local, constituindo-se assim a Escola Naútica Infante D. Henrique; 1960, finais da década - a Delegação das Novas Instalações para os Serviços Públicos (DNISP), da DGEMN, tinha a seu cargo a escolha e aquisição dos terrenos para o novo edifício, assim como a realização dos estudos e dos projectos; 1970 - início das obras da primeira fase; 1972 - conclusão das obras da primeira fase e sua inauguração; a segunda fase seria constituída pela construção da Escola de Mestrança e Marinhagem, do internato e instalações comuns às duas escolas. A escola para preparação de oficiais da Marinha Mercante tinha capacidade para 350 alunos; a escola foi oficialmente considerada de nível superior; 1974 - a tutela da escola passou para o Ministério dos Transportes e das Comunicações.

Dados Técnicos

Materiais

Edifício principal e Escola de Mestrança e Marinhagem: pavimentos de mosaico hiráulico e cantaria de azulino de Cascais, nas salas parquet de madeira envernizada, paredes de tijolo com reboco e pintura a kerapas e portas de madeira envernizada; Oficinas: estrutura em betão armado e paredes de alvenaria de tijolo, cobertura de betão, salas e gabinetes técnicos em canaletes de fibrocimento; Piscina: estrutura de pilares e vigas de betão armado, paredes de alvenaria de tijolo, cobertura em lages de betão impermeabilizadas.

Bibliografia

Monumentos, n.º 10 a 12, 15, 18-19, 21-23, Lisboa, DGEMN, 1999-2001, 2003-2005.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSEP/DNISP, DGEMN/DRELisboa/DRC, DGEMN/DRELisboa/DIE/DO/DEM; Arquivo pessoal de Gonçalo Ribeiro Telles

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSEP/DNISP

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DNISP, DGEMN/DRELisboa

Intervenção Realizada

DGEMN: 1998 / 1999 - beneficiação das fachadas; 2001 - beneficiação de fachadas; 2003 - empreitada no tanque de mergulho; 2003 / 2004 / 2005 - remodelação das instalações sanitárias; 2005 - substituição da cobertura do edifício principal.

Observações

*1: DOF:.. Escola Naútica de Marinheiros e Mecânicos da Marinha Mercante

Autor e Data

Sofia Diniz 2003

Actualização

João Machado 2006
 
 
 
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