Edifício da Caixa Geral de Depósitos, CGD, de Faro

IPA.00020453
Portugal, Faro, Faro, União das freguesias de Faro (Sé e São Pedro)
 
Arquitectura civil financeira, ecléctica. Banco com planta irregular sem coincidência com o exterior. Volumes articulados com massas dispostas na horizontal em 2 e 3 pisos, dispondo de cave. Coberturas diferenciadas em telhado de duas águas nos corpos da frente principal, coruchéu cónico no corpo que articula estes últimos e terraço no restante imóvel. Fachadas rebocadas e pintadas de branco. Frente principal com grande austeridade e contenção, de apurado sentido clássico tão ao gosto da arquitectura do Estado Novo, com duas fachadas articuladas na esquina por um corpo de secção circular rematado por coruchéu cónico cumeado por esfera armilar, onde se abre um portal de verga recta com moldura em cantaria circunscrita por filete sobreposta por uma mísula ao centro, sendo encimada axialmente por duas janelas com moldura em cantaria. Fachadas da mesma frente com composição idêntica, embora com número distinto de vãos, com embasamento e remate em duplo beirado com três linhas de rasgamento, assentando a terceira sobre um entablamento com mísulas suspensas e cornija pronunciada; primeira linha com janelas altaneiras de verga recta e moldura de cantaria encimada por mísula ao centro, rasgando inferiormente o embasamento; segunda e terceira linhas com janelas idênticas às do corpo da esquina. Interior com piso térreo amplo destinado ao atendimento ao público onde se apresentam vários pilares de sustentação de secção circular, e pisos superiores muito compartimentados correspondentes a gabinetes e salas de reunião, contando ainda com uma pequena sala de conferências.
Número IPA Antigo: PT050805050134
 
Registo visualizado 369 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Serviços  Banco    

Descrição

Planta irregular sem coincidência com o exterior, com um pequeno espaço ajardinado no interior. Volumes articulados com massas dispostas na horizontal em 2 e 3 pisos, dispondo de cave. Coberturas diferenciadas em telhado de duas águas nos corpos da frente principal, coruchéu cónico no corpo que articula estes últimos e terraço no restante imóvel. Fachadas rebocadas e pintadas de branco; embasamento, cornija, mísulas e molduras de vão em cantaria; Frente principal com fachadas voltadas a N. e a E., articuladas na esquina por um corpo de secção circular com embasamento e rematado pelo coruchéu cónico cumeado por esfera armilar, com um portal de verga recta com moldura em cantaria circunscrita por filete, e sobreposta por uma mísula ao centro, lendo-se na verga "CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS" em letras de metal; portal sobreposto por duas janelas idênticas dispostas verticalmente e axialmente ao portal, com verga recta e moldura de cantaria; Fachada N. com embasamento e remate em duplo beirado com três linhas de rasgamento de 4 vãos cada, assentando a terceira sobre um entablamento com 4 mísulas suspensas e cornija pronunciada; primeira linha com janelas altaneiras de verga recta e moldura de cantaria encimada por mísula ao centro, rasgando inferiormente o embasamento; segunda e terceira linhas com janelas idênticas às do corpo da esquina. Fachada O. igual à última fachada, contando porém com 7 janelas por linha de rasgamento de vãos; à direita da fachada encontra-se um corpo recuado com um amplo vão de acesso ao interior com portadas de metal e vidro precedido de rampa e degraus, enquando superiormente se abre um janelão de configuração irregular; um pouco acima da meia altura das fenestrações inferiores desta frente passa uma faixa pintada de amarelo. Frente posterior correspondendo a um corpo de aspecto maciço com embasamento, remate recto e com o canto SE. arredondado, apresentando uma reentrância à esquerda onde se abre um vão de acesso ao interior com portadas de metal e vidro encimado por janelão; a parede lateral esquerda desta reentrância descreve uma curva sendo rasgada em quase toda a altura por um janelão de forma irregular. INTERIOR: alçados rebocados e pintados de branco ou revestidos a mármore, com rodapé em madeira, pavimentos em mármore, pilares de sustentação e tectos falsos. Caixilharias e portas em madeira. Piso térreo com amplo espaço interior destinado ao atendimento ao público. Pisos superiores compartimentados em várias salas e gabinetes por paredes ou divisórias. Último piso com varanda sobranceira aos terraços e com uma sala de conferências revestida a madeira e pavimento em alcatifa, dispondo de um pequeno estrato para a mesa dos oradores e plateia com declive pouco acentuado com cadeiras amovíveis com capacidade para 54 pessoas. Elevador e escadas situados no corpo que se articula a S. da frente principal.

Acessos

Rua Dom Francisco Gomes, nº 2, Largo Dom Francisco Gomes de Avelar e Rua João Dias

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, planície, adossado. Implantação transversal num quarteirão, oferecendo duas frentes distintas, a principal formando uma esquina com fachadas voltadas para o lg. Gomes de Avelar e para a R. Dr. Francisco Gomes, e outra frente voltada para a R. João Dias. Contorna o edifício do Banco de Portugal (v. PT050805050056) sem no entanto se adossar a este. Fachada N. da frente principal alinhada com a fachada do edifício que se encontra adossado a E., sendo este de semelhante altura; aberta para uma larga rua de calçada à portuguesa, interdita ao trânsito automóvel, onde se localizam vários serviços de restauração, comércio e bancos, confrontando o edifício do Café Aliança (v. PT050805050067). Fachada O. da mesma frente alinhada com a fachada principal do edifício do Banco de Portugal, sendo aberta para um largo ajardinado da época romântica onde se implanta um coreto, separando o imóvel da doca de Faro; o pavimento do largo em calçada portuguesa. Encontra-se próximo deste imóvel o hospital e igreja da Misericórdia (v. PT050805050038), com fachada alinhada com a fachada O. deste.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Serviços: banco

Utilização Actual

Serviços: banco

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Arq. Veloso Reis Camelo (1899 - 1985).

Cronologia

1876,10 Abril- fundação da Caixa Geral de Depósitos por carta de lei, tendo sido inicialmente administrada pela Junta de Crédito Público; 1947 - Encontra-se em elaboração o projecto para o edifício; demolição do prédio que nesse espaço se encontrava; 1950 - em curso as obras de construção, pela Delegação nas obras dos edifícios da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência; 1951 - conclusão das obras.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada de branco; pilares e lajes em betão armado; embasamento, molduras de vãos e cornijas em cantaria de pedra calcária; pavimentos, escadas e revestimentos de paredes em pedra mármore e alcatifa em alguns pavimento; madeira em revestimentos de paredes e mobiliário; portas, janelas e caixilharias em alumínio e madeira; escada de caracol em metal; vidros simples nas janelas e divisórias.

Bibliografia

Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Triénio de 1947 a 1949, Lisboa, 1950; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/REE-0194/13

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Daniel Giebels 2005

Actualização

 
 
 
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