Bateria do Casalinho

IPA.00025038
Portugal, Setúbal, Setúbal, União das freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
 
Arquitectura militar, modernista. Bateria de tipo moderno, construída estrategicamente para funcionar juntamente com outras unidades militares construídas na zona, aproveitando a topografia do terreno, com infra-estruturas à superfície, construídas em linha contínua, entre as quais evidenciam-se as plataformas para as peças fixas de artilharia, numa plataforma aterrada, tudo cercado com camuflagem natural.
Número IPA Antigo: PT031512010146
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Bateria    

Descrição

A bateria voltada a SO., está construída numa plataforma aterrada, com a área adjacente de mato, em camuflagem natural, é formada por um conjunto de 7 construções que têm como elemento de ligação o muro de retenção de terras a que estão adossadas, apresenta espaços planos entre cada uma dessas construções, que se apresentam de forma contínua, em linha recta; estas são de um piso, têm coberturas exteriores abobadadas; realça-se o cordão largo, continuado ao longo do muro e das edificações referidas; nas plataformas evidenciam-se elementos de fixação em ferro das peças de artilharia; a primeira construção é de planta em L e tem 2 vãos de entrada; as outras 6 de são de planta em T, com 3 vãos. INTERIOR: os vãos dão acesso a salas independentes de espaço único com tectos planos e lisos. Os Dois edifícios são semelhantes entre si, apresentam plantas alongadas, rectangulares; são de um piso, de um pano rasgado por uma série de vãos de janelas e portas, têm cobertura de uma água com muito pouca inclinação; o interior é compartimentado.

Acessos

EN 10-1, Serra da Arrábida; EN 379 - 1, Setúbal - Azeitão, Portinho da Arrábida, 600 m depois da entrada para a Praia de Albarquel (primeiro caminho de terra batida à direita) com a indicação de Casalinho, Estrada do Farol da Amêijoa a 1700 m de Albarquel; acesso ainda pela Estrada de Serventia da Bateria do Casalinho com origem na saída O. de Setúbal. O Posto de Comando encontra-se em terrenos do Moinho da Desgraça.

Protecção

Incluído no Parque Natural da Arrábida

Enquadramento

Rural, isolado. Conjunto constituído pela bateria e por duas casas, todas construções isoladas. A Bateria fica a c. 400 m do Moinho da Desgraça - Terrenos anexos e Postos de Comando e de Observação de Albarquel e do Casalinho (v. PT031512010145), dá sobre a Barra de Setúbal; as duas casas erguem-se por de trás da bateria, construídas em linha contínua paralela à daquela, estão simetricamente implantadas em relação à bateria e à estrada de acesso, para SO. não muito longe, estão o Forte de Albarquel (v. PT031512010095) e a Bateria de Albarquel (v. PT031512010144). Confronta a N. com o Casalinho de Francisco Joaquim Peres; a S., O. e E. com terrenos pertencentes à antiga Quinta da Comenda de Mouguelas. O Posto de Comando (no referido Moinho da Desgraça) fica no flanco esquerdo e um pouco à frente da bateria, da qual dista c. 200 m em linha recta, com ligação por caminho de terra batida, dando sobre a barra de Setúbal.

Descrição Complementar

Nada a assinalar

Utilização Inicial

Militar: bateria

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1916 - no âmbito da Grande Guerra, ordena-se a construção desta bateria e da de Milregos (esta, situada junto à ribeira da Ajuda, na sua margem esquerda) em terrenos expropriados à Quinta da Comenda pertencente ao Conde de Armand, Roger Ernest Marie Joseph; é notitificada uma expropriação amigável, em processo não concluído, pelo preço de 1766$45, valor calculado entre o delegado do Exército e o feitor da referida quinta; 1919 - a construção das baterias é interrompida; 1928 - acordo dos herdeiros do Conde de Armand com o valor anteriormente atribuído, que lhes é então pago; 1929, Março - o Governo Militar de Lisboa, Comando de Engenharia, autoriza demarcação dos terrenos das Baterias do Casalinho e de Milregos, por 194$00; 10 Maio - conclusão da obra; 29 Agosto - nota sobre as casas do Forte de Albarquel estarem ocupadas, sendo o 1º andar a habitação do Comandante do Regimento de Infantaria 11, e o r/c estar a ser utilizado para depósito de materiais, utensílios e ferramentas, pertencentes à Bateria do Casalinho, então em construção; Dezembro - o Forte de Albarquel continua com as casas ocupadas com materiais para a construção das Baterias do Casalinho e de Milregos; 1935 - notícia sobre o Posto de Comando satisfazer sob o ponto de vista das comunicações e da boa visibilidade do campo de tiro, ficando colocado bastante lateralmente para que não seja incomodado pelo fumo e poeira levantados pelos tiros da bateria; 1946 - colocação de 8 marcos de cantaria, marcados com a numeração de 1 a 8 e com a sigla M.G., encastoados em maciços de alvenaria hidráulica com 0,40x0,40x0,50 m, delimitando os terrenos do PM; 1949, 19 de Agosto - autorizada a ocupação do terreno junto à bateria para nele serem instaladas, em barracas, uma colónia de férias para os filhos dos Sargentos e cabos da Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas, por um período de 20 dias; 1957 - o Posto de Comando do Grupo Sado é instalado no antigo Posto de Comando da Bateria do Casalinho depois de devidamente adaptado, constando de um edifício de 2 pisos, sendo um enterrado, com paredes e pavimento de betão e cobertura de telha sobre estrutura de madeira; com dependências para o telémetro, radar, central telefónica e TSF, quarto do Comandante, e instalações sanitárias, com o custo de 215880$00; 1962 - informação sobre a bateria estar desmontada e desartilhada, servindo então de paiol geral da posição de Albarquel, estando em mau estado de conservação: a iluminação eléctrica está ligada à rede, mas a instalação está quase completamente arrancada, a água vem de um poço com moto-bomba, os esgotos estão em mau estado, sobre o rio Sado; 1978, 14 de Abril - pedido de cedência das instalações para o Instituto Militar dos Pupilos do Exército (IMPE), juntamente com a Bateria do Casalinho, de momento desactivadas, mas havendo necessidade de as manter em condições de rápida reactivação, se necessário, pelo que se devem manter as servidões; 30 de Maio - despacho do General do Quartel Mestre General autorizando a elaboração do Auto de entrega e recepção do forte de Albarquel e Bateria do Casalinho, afectos ao RAC ao IMPE, a título precário, para instalação de uma Colónia de Férias seguido da sua efectivação a 9 de Outubro; 1993, 17 de Dezembro - Nota do Quartel-general Governo Militar de Lisboa, informa que a Bateria está desactivada e não tem interesse operacional; 1995, Novembro - instalação de um posto de controlo ambiental (posto de controlo de poluição da SECIL, para implementação do controlo de emissão de poeiras das suas chaminés); 1997 - pedido da Associação de Escoteiro de Portugal para ocupação o espaço da bateria para instalação do Centro de Formação Escutista e Educação Ambiental, uma vez que esta se encontra desactivada, o que foi aceite, mas nunca concretizado; notificação da existência de estudos para determinar uma ocupação para o PM; 1998 - pretende-se proceder à alienação do imóvel por Hasta Pública, aguardando-se inclusão em Decreto de Alienação; 2000, 20 de Janeiro - por Auto de Mudança de Utente esta Bateria e o Forte de Albarquel passam para o Batalhão de Informações e Segurança Militares (BISM*1); 2004, Julho - cedência por protocolo do espaço da bateria ao Centro de Promoção Ambiental e Conservação da Natureza para o Projecto Portugal Verde - Jovem e Floresta; anulado por não cumprimento de cláusulas acordadas por parte do Centro; Novembro - cedência de terreno à SECIL com autorização de instalação de uma Estação de Monitorização da Qualidade do Ar, num abrigo monobloco, pré-fabricado Movex de construção especial com paredes isolantes em sanduíche e aço galvanizado lacado a branco e espuma de polimetano, posicionado sobre 4 maciços 400x400 m/m em construção civil, com área de 7,7 m2.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes; estrutura autoportante.

Materiais

Alvenaria mista rebocada, betonilha, betão armado, ferro fundido

Bibliografia

PM 11 - Setúbal, Bateria do casalinho: Caixa 1, Arquivo da Secção do Património da Repartição de Planeamento e Gestão do Património da Direcção de Defesa - Estrutura / Comando do Logístico do Exército Português; Idem, Arquivo do Centro de Informações e Segurança Militares (CISM).

Documentação Gráfica

DGEMN: DSID; CISM; MDN: Repartição de Planeamento e Gestão do Património da Direcção de Defesa - Estrutura / Comando do Logístico do Exército Português: Arquivo da Secção do Património.

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID; CISM; MDN: Repartição de Planeamento e Gestão do Património da Direcção de Defesa - Estrutura / Comando do Logístico do Exército Português: Arquivo da Secção do Património.

Documentação Administrativa

DGEMN: DSID; CISM; MDN: Arquivo da Secção do Património da Repartição de Planeamento e Gestão do Património da Direcção de Defesa - Estrutura / Comando do Logístico do Exército Português: PM 11 - Setúbal, Bateria do casalinho, Caixa 1; 1ª Conservatória do Registo Predial, Setúbal, Freguesia Nossa Senhora da Anunciada, Matriz nº 3, Sec. Nº H.

Intervenção Realizada

Nada a assinalar

Observações

*1 Em Julho de 2006 passou a ser designado por Centro de Informações e Segurança Militares (CISM).

Autor e Data

Albertina Belo 2006

Actualização

 
 
 
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