Palacete da Quinta de São Roque da Lameira / Quinta da Lameira

IPA.00027171
Portugal, Porto, Porto, Campanhã
 
Palacete de origem setecentista, alterado no século vinte. Planta rectangular, composta por três corpos, sendo o central mais alto e estreito. Fachadas rebocadas e pintadas com elementos definidores em cantaria à vista. Apresenta dois pavimentos de nível superior ao do solo circunjacente, águas furtadas e lojas de pavimento mais baixo que o solo.
Número IPA Antigo: PT011312030473
 
Registo visualizado 1402 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa  Palacete  

Descrição

Acessos

Campanhã, Rua de São Roque da Lameira, n.º 2092. WGS84: Lat. 41º09'27.65"N., Long. 8º35'12.66"O.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, em posição sobranceira e recuada relativamente à Rua de São Roque da Lameira. Em frente ao edifício, desenvolve-se pátio pavimentado com pedras de granito de várias dimensões, pontuado por canteiros ajardinados, delimitado por muro de granito, encimado por grades de ferro forjado, com duas entradas, uma de cada lado. Para N. e O. desenvolvem-se os jardins e mata (v. PT011312030482), pertencentes à casa, actualmente transformados em parque público com a designação de Parque de São Roque da Lameira. Envolvência marcada, na sua maioria, por edifícios unifamiliares, palacetes e vastas áreas verdes, testemunhos de grandiosas quintas, outrora existentes na Freguesia de Campanhã. A Este desenvolvem-se os edifícios da antiga Quinta da Bela Vista (v. PT011312030484), local onde actualmente se encontra aquartelada a Guarda Nacional Republicana.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Pestana (1979); MESTRE DE OBRAS: António da Silva Peneda (1910), Manuel ferreira Ribeiro (1911); CONSTRUTORA: Sociedade Cooperativa de Produção dos Operários Pedreiros Portuenses, SARL (1979)

Cronologia

1759 - Data gravada na fachada principal da habitação que corresponde provavelmente à data de conclusão da construção; 1854 - nascimento de António Ramos Pinto, filho de José Joaquim Teixeira Pinto com Eugénia Antónia Ramos Pinto; 1910, 20 de Abril - António Ramos Pinto pede licença à Câmara Municipal do Porto, para ampliar a sua habitação situada na Rua de São Roque da Lameira; 1911, 26 de Junho - pede autorização para alterar o projecto aprovado em 1910; 1912, 15 de Dezembro - António de Oliveira Calém Casa com D. Maria Eugénia Ramos Pinto e passam a morar na Quinta da Lameira; 1939, 18 de Maio - António Ramos pinto, redigiu o seu testamento; 1944, 17 de Dezembro - morre António Ramos Pinto, deixando em testamento a Quinta de São Roque da Lameira à sua filha Maria Eugénia Ramos Pinto*1; 1962, 27 de Maio - morre António de Oliveira Calém; 1978, 3 de Agosto - a Câmara Municipal do Porto compra ao então proprietário Dr. António Eugénio de Castro Ramos Pinto Calém, uma parcela da quinta com a superfície de 11 900 m2, mediante o pagamento de 1 100 000$00*2; 1979, 8 de Maio - é adquirida mais uma parcela com a superfície aproximada de 30 000 m2, correspondente à mata, casas, casa do jardineiro, motorista e anexos, pela quantia de 8 600 000$00; 1979, 20 de Julho - a mata e jardins abrem ao público com a denominação de Parque de São Roque, sendo as casas dos serventes, transformadas para outros fins; 2007, Outubro - o Gabinete de Planeamento Urbanístico, Divisão de Parques e jardins, foi transferido para o Parque da Cidade ficando o Palacete devoluto; 2016, maio - estabelecimento de parceria entre a Câmara e a Associação VIVERCIDE, para arrendar a Quinta da Lameira, por 15 anos; Pedro Torcato Álvares Pereira, colecionador de arte, compromete-se a recuperar o palacete Ramos Pinto para aí exibir as suas peças de arte contemporânea, até 2031, em troca do Município reduzir a renda anual, de 42 mil euros para 2 mil euros apenas.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Paredes exteriores em alvenaria de perpeanho, tudo assente em argamassa hidráulica, rebocadas e pintadas; pavimentos em soalho de madeira e em lajeado de granito; paredes interiores rebocadas com acabamento a estuque; tectos estucados; cobertura em estrutura de madeira revestida a telha; caixilharias em madeira pintada; varandas e guardas em granito, grades de ferro.

Bibliografia

MEIRELES, Miguel Ferreira, RODRIGUES, Agostinho B. Vieira - Campanhã. Estudos Monográficos. Porto: 1991; «Quinta da Lameira restaurada para ser museu por 15 anos». In Jornal de Notícias. 24 maio 2015, p. 23.

Documentação Gráfica

CMP: AH, Processo nº 466/1910 D-CMP/9 (46) f. 353-360, 1001/1911 D-CMP/9 (89) f.1-7; Divisão Municipal de Cadastros e Gestão de Património, Proc. 1478

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA

Documentação Administrativa

CMP: AH, Processo nº 466/1910 D-CMP/9 (46) f. 353-360, 1001/1911 D-CMP/9 (89) f.1-7; Divisão Municipal de Cadastros e Gestão de Património, Proc. 1478

Intervenção Realizada

1979 - Requalificação da mata e jardins, aproveitamento de edifícios existentes para instalação de sanitários públicos, biblioteca e bar; colocação de gradeamentos de ferro forjado, procedentes de várias demolições na cidade, armazenados nos armazéns do Palácio do Freixo; 1980 - instalação de conduta para abastecimento de água dos sanitários, rega e combate a incêndios; construção do muro de suporte; 1991 - Obras de conservação e restauro no solar.

Observações

EM ESTUDO. *1 - No seu testamento escreveu: "lego a propriedade de São Roque da Lameira, número 2092, com todas as suas edificações, terrenos, dependências e pertenças, e com todo o mobiliário, roupas, louças, vidros de uso, metais e adornos nela existentes, incluindo os quadros e retratos de família, exceptuando as colecções, as três vitrines do salão e as três vitrines do meu quarto de dormir, à minha filha Maria Eugénia Ramos Pinto, que sempre morou na dita propriedade, e pela dedicação falecida sua mãe". *2 - Esta parcela correspondia ao solar e terrenos envolventes, incluindo os formosos jardins.

Autor e Data

Ana Filipe 2009

Actualização

 
 
 
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