Escola Técnica Elementar de Silva Porto / Escola Técnica Elementar do Cuito / Escola Industrial e Comercial João de Almeida

IPA.00030456
Angola, Bié, Cuito, Cuito
 
Escola comercial e industrial construída no séc.20.
Número IPA Antigo: AO910307000003
 
Registo visualizado 198 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Educativo  Escola  Liceu  

Descrição

Acessos

Cuito (antigo Silva Porto)

Protecção

Enquadramento

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Educativa: escola comercial e industrial

Utilização Actual

Recreativa: clube

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Fernando Schiappa de Campos (1955); ENGENHEIRO ELECTROTÉCNICO: José Francisco Duarte Ferreira (conjectural).

Cronologia

1955 - projeto da autoria do arquiteto Fernando Schiappa de Campos.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

AGUIAR, João António; MACHADO, Eurico Gonçalves; CAMPOS, Fernando Schiappa de. Normas para as instalações dos Liceus e Escolas do Ensino profissional nas províncias ultramarinas, Lisboa: Ministério do Ultramar, Gabinete de Urbanização do Ultramar, 1956; FERNANDES, José Manuel. Geração Africana - Arquitectura e Cidades em Angola e Moçambique, 1925-1975, Lisboa: Livros Horizonte, 2002; MARQUES, Fernando Moreira. Os Liceus do Estado Novo, Lisboa: Edições Educa, 2003; MILHEIRO, Ana Vaz. Edifícios Educacionais nos Trópicos: o trabalho do Gabinete de Urbanização Colonial na Antiga África Portuguesa, in 11th International Docomomo Conference Living in the Urban Modernity, Mexico City, 19 a 27 de Agosto de 2010; MILHEIRO, Ana Vaz; DIAS, Eduardo Costa. Arquitectura em Bissau e os Gabinetes de Urbanização Colonial (1944-1974), in arq.urb, Revista eletrônica de Arquitetura e Urbanismo, nº2, 2009 (http://www.usjt.br/arq.urb/numero_02/artigo_ana.pdf); MILHEIRO, Ana Vaz; FERREIRA, Jorge. Moderno Colonial. Património escolar em Angola construído durante o Estado Novo português, in 3º Seminário Docomomo Norte Nordeste, Morte e Vidas Severinas: Das ressureições e conservações (im)possíveis do património moderno no Norte e Nordeste do Brasil, João Pessoa, 26 a 29 de Maio de 2010; MONIZ, Gonçalo Canto. Arquitectura e Instrução, o projecto moderno do Liceu, 1836-1936, Coimbra: Ed.Arq, 2007.

Documentação Gráfica

AHU: MU/DGOPC/DSUH/Caixa36

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Não foi possível aferir a totalidade das características do imóvel, porém a memória descritiva do projeto pressupunha a existência de um grande bloco de dois pisos, onde seriam instaladas a administração e as aulas, um anexo destinado às oficinas que se desenvolveria na extremidade do lado direito e um corpo inserido no eixo da entrada do lado norte, onde se situariam os serviços gerais, comuns a alunos e alunas. Para recreio coberto aproveitar-se-iam as galerias do piso térreo e para recreio ao ar livre toda a área destinada à escola que não fosse ocupada pelos edifícios, devendo ser "convenientemente arborizada" toda a área que não fosse dedicada aos campos de jogos Ficaria logo contemplada a hipótese de expansão do edifício que, assim que concluída, traria ao edifício uma configuração próximo da dos liceus e escolas comerciais e/ou industriais: em altura (pelo aumento de um andar no bloco das aulas) e em superfície (pelo aumento do bloco de aulas até ficar com a entrada a meio e pela construção de um novo bloco paralelo a este bloco e a inserir na extremidade da galeria que se desenvolveria do lado norte do eixo da entrada e pela construção de novas oficinas dispostas ao longo da galeria que serve a oficina de trabalhos manuais).O edifício foi concebido para uma estrutura modelada em betão armado. As paredes exteriores deveriam ser construídas de alvenaria hidráulica de tijolo a vez e meia ou blocos de cimentos, devendo as paredes de enchimento ser construídos por dois panos de tijolo a meia vez, separados por uma caixa-de-ar, sendo as paredes interiores construídas em alvenaria hidráulica de tijolo furado. Os pavimentos do rés-do-chão deveriam ser formados por um massame hidráulico com o mínimo de 15cms de espessura, sendo a estrutura dos pavimentos superiores em betão armado. As coberturas em laje de betão armado deveriam ter obrigatoriamente uma inclinação de modo a facilitar a escorrência das águas pluviais, devendo ter um conveniente isolamento térmico. O telhado, deveria ter, pelo mesmo motivo, uma inclinação de 30º. De modo a providenciar uma correta ventilação, pressupunha-se a colocação de uma telha ventiladora a cada 2m2 de telhado. Nas salas de aulas e galerias optou-se pela aplicação de mosaico hidráulico ou cerâmico, sendo o pavimento do ginásio de soalho e o das oficinas de trabalho a betonilha de cimento. O projeto inicial pressupunha a colocação, a uma altura de 1,50m, de lambris de azulejo decorativo nas galerias e azulejo branco nas instalações sanitárias, cozinha, copa e despensa. Na memória descritiva contemplava-se a possibilidade da escolha de madeira à cor natural para aplicação na caixilharia, embora se admitisse a preferência na opção de caixilharia metálica. As portas dos vestíbulos seriam em ferro e as restantes em madeira.A comunicação entre os diferentes pisos deveria ser feita através de duas escadas, uma situada em frente do átrio da entrada e outro no extremo direito do bloco das aulas. Dentro dos mesmos pisos a comunicação seria providenciada através do sistema de galerias abertas. Os serviços administrativos (secretaria, arquivo, gabinete do diretor e gabinete do subdiretor) deveriam ficar situados junto da entrada. No piso térreo do bloco principal, situar-se-iam dois anfiteatros de ciências geográfico-naturais no segundo piso as salas de aulas. No corpo anexo, do lado direito deste bloco, a oficina de trabalhos manuais e no restante corpo, a sala de canto coral, que com capacidade para 100 pessoas poderia também ser reconvertida, sempre que necessário, em sala de conferências. O ginásio (misto) tinha capacidade para 200 pessoas, apresentaria o balão num dos extremos e o palco no outro. Localizado na extremidade do lado direito do bloco que se desenvolveria no eixo da entrada, o refeitório teria capacidade para 96 pessoas. A biblioteca dever-se-ia localizar no primeiro andar, junto da escada central, situando-se o museu no eixo da entrada do lado norte. O projeto foi elaborado em Lisboa, não existindo à altura da elaboração do projeto pelos técnicos do Gabinete de Urbanização do Ultramar, um local de implantação definido para o edifício; no entanto, deveria ser "em posição adequada dentro do núcleo urbano, permitindo satisfazer as condições base que orienta[ra]m este projecto - terreno sem desníveis acentuados, orientação do corpo das aulas a Norte ou a Sul."*1 - Esta solução foi amplamente seguida nas construções escolares levadas a cabo pelo Gabinete de Urbanização Colonial / do Ultramar.

Autor e Data

Tiago Lourenço 2010 (projeto FCT PTDC/AURAQI/104964/2008 "Gabinetes Coloniais de Urbanização: Cultura e Prática Arquitectónica")

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