Escola Comercial e Industrial de Benguela

IPA.00031396
Angola, Benguela, Benguela, Benguela
 
Escola comercial e industrial do séc. 20.
Número IPA Antigo: AO910203000013
 
Registo visualizado 210 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Educativo  Escola  Escola comercial e industrial  

Descrição

Não foi possível aferir as características do imóvel, porém a memória descritiva do projeto pressupunha a existência de um complexo com cinco blocos destinados à administração, ao anfiteatro de conferências (com capacidade para 200 pessoas), ao ginásio (com palco e balcão com capacidade para 170 pessoas), às salas de aula (com três pisos) e à oficina. O bloco dos serviços administrativos deveria compor-se por secretaria, tesouraria, cofre-forte, arquivos, gabinete do diretor e gabinete do subdiretor no piso térreo e biblioteca, museu e sala de professores no piso superior. O bloco das aulas teria no piso térreo salas de aulas dos cursos industriais e de ciências naturais bem como um anfiteatro de ciências geográfico-naturais; o segundo piso teria as aulas do ciclo preparatório, dois anfiteatros, o laboratório do química e o laboratório de física com câmara escura; o piso superior seria ocupado pelas aulas de desenho. O bloco das oficinas teria oficinas de trabalhos manuais, serralharia, carpintaria e eletricidade.O edifício foi concebido para uma estrutura modelada em betão armado. Todas as paredes exteriores deveriam ser de enchimento, constituídas por dois panos de tijolo a meia vez, separados por uma caixa-de-ar; as paredes interiores deveriam ser construídas em alvenaria hidráulica de tijolo. Os pavimentos do rés-do-chão deveriam ser formados por um massame hidráulico com o mínimo de 15cms de espessura, sendo a estrutura dos pavimentos superiores em betão armado. Nas salas de aulas e nas galerias optar-se-ia pela aplicação mosaico hidráulico ou cerâmico, devendo ser o pavimento do ginásio de soalho e o das oficinas de trabalho a betonilha de cimento ou mosaico. O projeto inicial pressupunha pintura do tipo Emalux nas galerias, a uma altura até 2,10m, devendo ser aplicado azulejo branco nas instalações sanitárias, cozinha, copa e despensa. Na memória descritiva contemplava-se a possibilidade da escolha de madeira à cor natural para aplicação na caixilharia, embora se admitisse a preferência na opção de caixilharia metálica. As portas dos vestíbulos seriam em ferro e as restantes em madeira (para aplicação na cor natural). O bloco administrativo e das aulas deveriam ser cobertos a telha, devendo optar-se por laje de betão armado no ginásio, anfiteatro e galerias de ligação. As coberturas em laje de betão armado deveriam ter obrigatoriamente uma inclinação de modo a facilitar a escorrência das águas pluviais, devendo ter um conveniente isolamento térmico. O telhado, deveria ter, pelo mesmo motivo, uma inclinação de 22º. De modo a providenciar uma correta ventilação, pressupunha-se a colocação de telhas ventiladoras.

Acessos

Antigas Avenida Governador Moutinho e Avenida Combatentes da Grande Guerra

Protecção

Enquadramento

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Educativa: escola comercial e industrial

Utilização Actual

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Fernando Schiappa de Campos (1958?)

Cronologia

1956, março - final da redação das "Normas para as Instalações dos Liceus e Escolas do Ensino Profissional nas Províncias Ultramarinas" da autoria do Gabinete de Urbanização Colonial (João António de Aguiar, Eurico Gonçalves Machado e Fernando Schiappa de Campos), que doravante regularão todos os projectos de Liceus e Escolas Técnicas e Elementares e Escolas Comerciais e/ou Industriais projectadas pelo Gabinete para as Províncias Ultramarinas; 1958 - data provável da elaboração do projecto da autoria do arquitecto Fernando Schiappa de Campos (Direcção dos Serviços de Urbanismo e Habitação - Direcção Geral de Obras Públicas e Comunicações do Ministério do Ultramar).

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

AGUIAR, João António; MACHADO, Eurico Gonçalves; CAMPOS, Fernando Schiappa de. Normas para as instalações dos Liceus e Escolas do Ensino profissional nas províncias ultramarinas, Lisboa: Ministério do Ultramar, Gabinete de Urbanização do Ultramar, 1956; FERNANDES, José Manuel. Geração Africana - Arquitectura e Cidades em Angola e Moçambique, 1925-1975, Lisboa: Livros Horizonte, 2002; MARQUES, Fernando Moreira. Os Liceus do Estado Novo, Lisboa: Edições Educa, 2003; MILHEIRO, Ana Vaz. Edifícios Educacionais nos Trópicos: o trabalho do Gabinete de Urbanização Colonial na Antiga África Portuguesa, in 11th International Docomomo Conference Living in the Urban Modernity, Mexico City, 19 a 27 de Agosto de 2010; MILHEIRO, Ana Vaz; DIAS, Eduardo Costa. Arquitectura em Bissau e os Gabinetes de Urbanização Colonial (1944-1974), in arq.urb, Revista eletrônica de Arquitetura e Urbanismo, no.2, 2009 (http://www.usjt.br/arq.urb/numero_02/artigo_ana.pdf); MILHEIRO, Ana Vaz; FERREIRA, Jorge. Moderno Colonial. Património escolar em Angola construído durante o Estado Novo português, in 3º Seminário Docomomo Norte Nordeste, Morte e Vidas Severinas: Das ressureições e conservações (im)possíveis do património moderno no Norte e Nordeste do Brasil, João Pessoa, 26 a 29 de Maio de 2010; MONIZ, Gonçalo Canto. Arquitectura e Instrução, o projecto moderno do Liceu, 1836-1936, Coimbra: Ed.Arq, 2007.

Documentação Gráfica

AHU: MU/DGOPC/DSUH/Caixa114

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Tiago Lourenço 2011 (projeto FCT PTDC/AURAQI/104964/2008 "Gabinetes Coloniais de Urbanização: Cultura e Prática Arquitectónica")

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login