Termas de Santa Ana / Termas da Herdade do Ourives / Fonte de Santa Ana / Pousada de São João

IPA.00033068
Portugal, Beja, Moura, Póvoa de São Miguel
 
Arquitetura assistencial, comercial e turística, do séc. 20. Termas. Dureza águas subterrâneas de 200 a 300 mg/l de CaCO3 e natureza da água sulfidricada cloretada (Contreiras 1937), cloretada sódica (Acciaiouli 1941) e bicarbonatada cálcica (Calado 1992).
Número IPA Antigo: PT040210020077
 
Registo visualizado 716 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Saúde  Termas    

Descrição

Da Pousada subsiste apenas a portaria do jardim, em arcada tripla, de volta perfeita e remate em empena recortada, com pináculos nos vértices. Um corredor ajardinado, com c. de 20m, desemboca num corpo, em plano mais elevado, em forma de templete, no local da nascente; numa das paredes, painel azulejar figurando Santa Ana. Entre os dois corpos ajardinados, poço com c. de 7m a 8m de profundidade, brotando a nascente de um calcário terciário (Acciaiuoli 1944, IV: 181).

Acessos

Herdade do Ourives, EN 386 Moura - Amareleja, a 5Km da Amareleja,à mão direita.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado, na Herdade do Ourives. Pertence à Província Hidromineral da Bacia hidrográfica do Rio Guadiana, Zona geológica (A); o fundo geológico carateriza-se por conglomerados e arenitos, margas com concreções calcárias e argilas, de baixa permeabilidade.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Saúde: termas

Utilização Actual

Propriedade

Privada: pessoa colectiva

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1855, antes de - as águas são analisada pelo engenheiro espanhol D. António Gonsalves y Garcia Menezes; 1892 - Alfredo Luís Lopes refere a existência de "um pequeno estabelecimento balnear, onde há vários tanques e quartos destinados a alojamento de doentes" (LOPES, 1892); 1893, 3 de novembro - primeiro alvará de concessão das termas a uma família residente na Amareleja; 1936, 12 de junho - alvará de transmissão de exploração das termas; 1939 - Helena Garcia Pulido, herdeira dos primeiros concessionários, recebe o alvará de transmissão; é definida a área de proteção da nascente de 50ha; 1940 - o Dr. Agostinho Caro Quintiliano é nomeado diretor clínico das termas, por Portaria que refere não poder este "concorrer ao lugar diretor clínico de qualquer outra Estância Hidrológica"; no seu relatório Quintiliano menciona "A fonte de Santa Ana é uma pequena estância termal com frequência reduzida e na sua quasí totalidade constituída por gente da classe pobre com residência na freguesia da Amareleja."; neste mesmo ano o preçário é aprovado por Portaria, tendo-se inscrito 106 aquistas e dados 932 banhos (9 banhos por tratamento); o balneário possuía 16 quartos de banho, sendo água elevada por bombagem e aquecida a uma temperatura de 36 a 38º, e depois canalizada para as banheiras; 1950, início - construção da Pousada de São João e provável ajardinamento do local da nascente; 1950 - 1960 - painel de azulejos figurando Santa Ana; 1963 - o Anuário Médico-hidrológico de Portugal deste ano refere uma buvete e um balneário tipo rústico, além da pousada pertencente ao concessionário; 1968 - declaradas abandonadas; 1980, década de, até - as termas e a Herdade dos Ourives são propriedade da família Garcia Pulido; 1980, década de - venda da propriedade e aquisição pelo atual proprietário, sendo então a pousada e os balneários demolidos.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

Águas e Termas Portuguesas 1918; Desenvolvimento do Termalismo na Região do Alentejo 1987; Le Portugal Hidrologique et Climatique 1930 - 1932; ACCIAUOLI, Luís, Águas de Portugal em 1940, Lisboa, Tipografia da Casa Portuguesa, 1942; ACCIAIUOLI, Luís de Menezes Correia, Águas de Portugal: Relatório referente à exploração das nascentes de águas minerais e de mesa durante o ano de 1939; Lisboa, Tipografia da Sociedade Astória, 1941; IDEM, Esboço Histórico das Águas Minerais de Portugal, Lisboa, Sociedade de Geografia, 1940; CONTREIRAS, José Aboim Ascensão, Guia Hidroterápico de Portugal, Lisboa, Tipografia da Empresa Nacional de Publicidade; 1937; CORREIA, Fernando, Guia Prático das Águas Minero-Medicinais Portuguesas, Coimbra, Livraria Moura Marques & Filho, 1922; Direcção-Geral das Obras Públicas e Minas, Boletim de Minas, Lisboa, 1930 - 1935; Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos, Águas minerais do Continente e Ilha de S. Miguel, Lisboa, 1940; FÉLIX, Francisco da Costa, Aguas Minero-medicinaes em geral e de Portugal em particular, Lisboa, Impresa de S.G. de Sousa Neves, 1877; LOPES, Alfredo Luís, Aguas Minero-Medicinaes de Portugal, Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1892; MATA, Manuel Marques da e TRAVASSOS, Augusto da Silva, Anuário Médico-hidrológico de Portugal, Lisboa, Direcção-Geral de Saúde, 1963; NARCISO, Armando, A Evolução da Crenoterapia e as Águas Medicinais Portuguesas, Lisboa, Dep. Portugal - Brasil, 1920 (obras não consultadas).

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Rosário Gordalina 2012

Actualização

 
 
 
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