Dique dos campos de Alvega

IPA.00003357
Portugal, Santarém, Abrantes, União das freguesias de Alvega e Concavada
 
Arquitectura infraestrutural e de comunicações e transportes, romana. Ponte-represa que terá servido simultaneamente de represa para irrigação dos campos de Alvega e de ponte na estrada que de Tubucci (Abrantes) seguia para Emerita (Mérida), passando por Aritium (Alvega) e Fraxinum (Alpalhão) (Oleiro). O tipo construtivo utilizado, o recorte dos arcos e tabuleiro parecem confirmar a sua origem romana. O aparelho aqui utilizado é semelhante ao das pontes romanas de Abrantes e ao da ponte-represa de Alferrarede (Oleiro). A referida via romana deve ser provavelmente a mencionada no itinerário do imperador Antonino Pio que passava por Santarém, Abrantes, Benavente, Alpalhão e Alvega.
Número IPA Antigo: PT031401030063
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de contenção  Represa    

Descrição

A ponte-represa lança-se em três arcos de volta perfeita, sendo o central de maior vão, apoiados em pilares quadrangulares tabuleiro em cavalete com anteparos a todo o seu comprimento. Talhamares a jusante e montante. Dimensões: tabuleiro - comprimento 19 m., largura 2,30 m.; arco central - largura do vão 3 m., altura (até ao nível da água) 1,90 m.; altura total máxima (deste os anteparos ao nível de água) 2,70 m. (Carvalho, 15).

Acessos

Próximo da confluência da Ribeira da Venda com a Ribeira da Cabeça Cimeira, no Lugar de Casa Branca, na Rua da Barragem

Protecção

Em vias de classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal), Despacho outubro 1974

Enquadramento

Rural. No Ribeiro da Represa.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Hidráulica: represa

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 03 / 04

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 03, final - 04, início - data provável de construção do dique, com a função simultânea de ponte, que se insere na rede de estradas romanas que cruza a região de Abrantes e da qual se encontram ainda numerosos vestígios.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estruturas: granitos porfiróides em aparelho rusticado nos pegões, em juntas, talhamares e anteparos. Aduelas dos arcos de cantaria, tabuleiro com vestígios de lajeado no pavimento.

Bibliografia

ALMEIDA, José de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, vol. II, 1946; CARVALHO, Rogério Pires de, Ponte Romana da Ribeira da Venda (Gavião) in Boletim da A. D.E.P.R.A., nº 5, Dezembro, 1982, pp. 13 - 15; MOURATO, Manuel António, Memória História da Notável Vila de Abrantes, 2ª ed, Abrantes, 1990; OLEIRO, Diogo, Abrantes - Pontes e Vias Romanas in Vida Ribatejana, 1959; 15 Anos de Obras Públicas (1931-1947), Lisboa, M.O.P, 1º volume Livro de Ouro, 2º volume, p.107, 1949.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

1. * DOF: Dique ou Represa para irrigação dos campos de Alvega, entre Abrantes e Gavião. 2. A ponte encontra-se em adiantado estado de ruína, tendo caído parte do arco extremo esquerdo, do arco central, dos anteparos e talhamares. Inúmeros blocos encontram-se dispersos, espalhados em redor.

Autor e Data

Rosário Gordalina 1991 / Isabel Mendonça 1995

Actualização

 
 
 
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