Pelourinho de Vouzela

IPA.00003773
Portugal, Viseu, Vouzela, União das freguesias de Vouzela e Paços de Vilharigues
 
Pelourinho setecentista, de pinha cónica, em forma de obelisco, com soco octogonal de três degraus, e pedestal e fuste emoldurados, com vértices arredondados e sulcos verticais; capitel do tipo bola, decorado com motivos vegetalistas, com algumas semelhanças ao de São Miguel do Outeiro (v. PT021821200006). Possui ferros de sujeição com remates zoomórficos.
Número IPA Antigo: PT021824120002
 
Registo visualizado 1069 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo pinha

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco quadrangular de três degraus escalonados, de rebordos boleados em ressalto, onde assenta base quadrangular, tronco-piramidal, onde se ergue o plinto prismático de faces molduradas, rematado por tronco de pirâmide invertido, de molduras sobrepostas. Sobre o plinto uma espécie de cornija saliente quadrangular e a base do fuste, idêntica à do pedestal. Fuste de secção quadrangular, em forma de obelisco, de faces lisas e vértices arredondados ladeados por dois sulcos, com anel saliente a um terço da altura. Os dois terços superiores do fuste continuam o talhe do anterior mas apresentam uma forma tronco-piramidal mais acentuada e são encimados por friso onde assenta o capitel de forma cúbica com cercadura de palmetas estilizadas e topo esferóide onde se cravam dois ferros cinzelados em forma de pluma ou espiga com olhal, terminando em ponta curva lanceolada, seguros por duas hastes simples. Remate em coifa recortada inferiormente sob disco arredondado e espalmado, sobrepujado por grimpa de ferro com pequena esfera a meio.

Acessos

Praça da República. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,723393; long.: -8,110944

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, em praça exígua, com estacionamento automóvel e circundada por arruamentos a E., N. e O., e casas de habitação de dois pisos, uma delas quinhentista. Fronteiro à Igreja da Misericórdia (v. PT021824120011).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 18 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1336 - D. Dinis concedeu foral ao Concelho de Lafões que integrava Vouzela desde o início da nacionalidade; 1436, Maio - Vouzela tornou-se sede do Concelho de Lafões, cuja cabeça fora até então a Vila do Banho (termas de São Pedro do Sul); 1514, 15 Dezembro - D. Manuel deu foral novo ao Concelho de Lafões; séc. 17 - a sede do Concelho e da Comarca de Lafões regressou à Vila do Banho, e, posteriormente, o território de Lafões foi dividido em dois concelhos: Vouzela e São Pedro do Sul, que se voltaram a unir à Vila do Banho e de novo separados em 1696; séc. 18, início - coexistiram diversos concelhos e vilas dentro do território de Lafões, em Vouzela construiu-se o Tribunal Judicial e a Cadeia, frente aos quais se encontrava o Pelourinho, cuja edificação ocorreu nesta centúria; 1708 - o infante D. Luis foi senhor de Vouzela, concelho pertencente à coroa; 1758, 17 Agosto - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Manuel da Paz, é referido que a povoação é do Duque de Aveiro; tem juiz de fora e câmara; 1834 - o antigo Concelho de Lafões foi novamente dividido apenas em dois: São Pedro do Sul e Vouzela; 1836 - a divisão foi remodelada ficando o território de Lafões com 5 concelhos: Vouzela, São Pedro do Sul, São João do Monte, Sul e Oliveira de Frades; 1871 - as freguesias de Alcofra, Campia, Carvalhal e Cambra, foram anexadas ao Concelho de Vouzela, simultaneamente sede única da Comarca de Lafões; 1882 - até esta data, o Pelourinho ocupou a actual praça Morais de Carvalho, defronte do antigo Tribunal; com a colocação da estátua de Morais de Carvalho, o Pelourinho foi apeado e transportado para um largo na parte posterior do Edifício dos Paços do Concelho (v. 1824120008), a que dá acesso um arco; 1927 - extinta a Comarca de Vouzela; c. 1935 - o Pelourinho é de novo deslocado, desta vez para a praça da República, onde se encontraM 1959 - pedido de Gil Pinheiro de Almeida Cabral para modificar a traça de uma porta num edifício junto ao Pelourinho; 1959 - a DGEMN deu autorização com a condição do desenho ser de composição simples e sujeito a aprovação da Direcção-Geral; 1996 - construção da porta da casa de Gil Cabral em arco quebrado, com madeiramento em relhas, em harmonia com a traça do edifício e não prejudicando a envolvência do monumento.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; ferros de sujeição em ferro.

Bibliografia

MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, Vouzela, Beira Alta, vol.3, Viseu, 1944; SOUSA, Júlio Rocha e, Distrito de Viseu, Viseu, 1972; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74481 [consultado em 4 janeiro 2017].

Documentação Gráfica

CMV

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 43, n.º 517, fl. 757-762)

Intervenção Realizada

Nada a assinalar

Observações

Autor e Data

Madeira Portugal 1992 / Lina Marques 1998

Actualização

 
 
 
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