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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangulares. Torre sineira anexa, adossada à fachada lateral N. da capela-mor. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. Fachada principal, a E., terminada em empena, abrindo-se em gablete pórtico de quatro arquivoltas em arco perfeito, com bases bulbiformes, de plinto decorado, capitéis e impostas ornados de motivos fitomórficos e geométricos; tímpano vazado por uma cruz de Malta. Sobre o portal, abre-se uma rosácea vazada em círculos polilobados. Na fachada lateral S., zona da nave percorrida por arcatura cega sobre a qual assenta a cobertura, abre-se portal simples de arco pleno e duas janelas estreitas. Sobre os cunhais da capela-mor pináculos e no topo da empena cruz. No INTERIOR, nave com dois retábulos laterais, postos de ângulo, e arco triunfal de grande altura a pleno centro; tecto em madeira de perfil curvo pintado de azul com sanca em marmoreado em cor de terra de siena queimada, com quatro medalhões laterais e um central. Capela-mor com retábulo de talha dourada e tecto em caixotões policromados. Torre sineira de planta rectangular estreita com dois olhais de arco pleno, ambos com sinos, e rematada por volutas, pináculos e cruz. |
Acessos
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Sousa, Lugar de Passal |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 129/77, DR, 1ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 / ZEP, Portaria n.º 452/2014, DR, 2.ª série, n.º 113, de 16 junho 2014 *1 |
Enquadramento
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Rural, adossada. Implantada a meia encosta, tendo adossada a N. uma construção, e a S. o cemitério. Insere-se em pequeno adro murado. |
Descrição Complementar
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Possui fragmentos de pintura mural no tardoz do retábulo-mor. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial *2 |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 13 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENTALHADOR: Manuel Machado (1698). MESTRE-DE-OBRAS: Bento (1693-1694). PINTORES: Francisco (1693-1694); Justo Tapia (1693-1694); Manuel de Freitas (1693-1694); Paulo Perreira (1693-1694). PINTOR-DOURADOR: Pedro Machado Gomes (1693-1694). |
Cronologia
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1214 - Consagração da Igreja, conforme inscrição no lado O.; séc. 17 - 18 - redecoração interior da igreja; 1670-1672 - feitura dos retábulos colaterais; 1672 - acrescento dos retábulos colaterais para se colocarem as imagens, feitas nesta data, de Santo António e São Sebastião; 1673 - 1674 - douramento e pintura dos retábulos colaterais, dedicados a Nossa Senhora e São José, cada um deles por 40$000; 1692 - feitura do retábulo-mor, patrocinado pelo pároco, João Pereira Pinto; 1693, 03 junho - contrato com Pedro Machado Gomes para a pintura e douramento do retábulo-mor, pintura das imagens, douramento das molduras do teto da capela-mor por 120$000; é chamado para pintar os painéis do teto da capela-mor Manuel de Freitas; pintura do frontal de altar por Justo Tapia; 1694, 02 março - quitação da obra do retábulo-mor; obras de Paulo Pereira e Francisco (douramento) e do obreiro Bento; 1698, Fevereiro - colocação na igreja de umas grades de madeira executadas por Manuel Machado, da freguesia de Rande, Felgueiras, custando 7$480; 1758, 08 Abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco José Ribeiro dos Guimarães, é referido que a Igreja é dedicada a São Vicente e tem três altares, o mor, com o padroeiro, e os colaterais de Nossa Senhora do Rosário e São José; tem a Irmandade do Subsino; o pároco é abade apresentado pelo Conde de Vila Nova, rendendo o pé de altar e passal 160$000 e rende a igreja cerca de 500$000; 2007, 30 de novembro - proposta para atribuição de ZEP pela DRCNorte; 2008, 6 de fevereiro - parecer favorável do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.; 2 de setembro - despacho de homologação do Ministro da Cultura; 2013, 06 maio - anúncio n.º 162/2013, DR, 2.ª série, nº 86 relativo ao projeto de decisão de fixação da Zona Especial de Proteção da igreja. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em cantaria aparente de granito; granito nos muros de vedação, nos pavimentos e escadas da envolvente, em lápides, taburnos; calcário branco em pavimentos da envolvente; tijoleira em pavimentos; telha cerâmica na cobertura; telha de canudo no beirado e cumeeira; PVC nas goteiras; ferro nos caixilhos das janelas, ferragens e fechaduras das portas; zinco nos algerozes; madeira nas coberturas, tectos, guias dos taburnos; vidro simples colorido nos vidros das janelas. |
Bibliografia
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ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, História de Arte em Portugal. O Românico, vol. 3, Lisboa, 1986; BRANDÃO, Domingos de Pinho, Obra de talha dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na Diocese do Porto - Documentação, vol. I (séculos XV a XVI), Porto, Diocese do Porto, 1984; CAPELA, José Viriato, MATOS, Henrique e BORRALHEIRO, Rogério, As freguesias do Distrito do Porto nas Memórias Paroquiais de 1758 - Memórias, História e Património, Braga, Universidade do Minho, 2000. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DREMN |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN; Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Intervenção Realizada
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PAROQUIANOS: 1980 - Obras de restauro sob a orientação técnica dos técnicos da DREMN: reparação do telhado, restituição do pavimento da nave em taburnos, reparação da parede S. da capela-mor, decapagem das paredes interiores, construção das soleiras da porta principal e lateral S., desmontagem do púlpito, coro e seus acessos, bem como de dois altares laterais, consolidação do tecto em caixotões da capela-mor, construção do pavimento da capela-mor em lajeado de cantaria, incluindo indicações quanto ao seu assentamento, bem como para os degraus necessários para a ligação com a nave, sacristia e presbitério, aplicação de caixilhos nas janelas da capela-mor, execução de lajeado em frente à fachada principal e o acesso por escadaria ao adro após o seu nivelamento, limpeza exterior de cantarias e posterior refechamento de juntas, desentaipamento da porta da fachada lateral N.; DGEMN: 1989 - trabalhos de arranjo e beneficiação das coberturas, drenagens interiores e instalação eléctrica; IPPC: 1990 - tratamento da talha dos altares e das molduras dos caixotões do tecto; DGEMN: 1992 - trabalhos de beneficiação das coberturas, os quais incluíram a remoção da telha e ripado existente, consolidação do travejamento da estrutura, colocação de placas onduladas em cartão asfáltico do tipo "Onduline" assente sobre ripado de carvalho e acabamento com assentamento de telha do tipo nacional antiga; conservação e restauro de tectos, pinturas e talhas da capela-mor e nave; 2004 - revisão das coberturas e das caixilharias exteriores; conservação e restauro do tecto em caixotões da capela-mor; 2005 - limpeza dos paramentos e grade da torre sineira; revisão e limpeza das telas da cobertura da sacristia; revisão da instalação eléctrica e sonora; tratamento e pintura dos cabeçotes dos sinos; conservação e restauro do tecto em caixotões da capela-mor; 2005 - limpeza dos paramentos e grade da torre sineira; revisão e limpeza das telas da cobertura da sacristia; revisão da instalação eléctrica e sonora; tratamento e pintuta dos cabeçotes dos sinos; conservação e restuaro do retábulo-mor; 2005 / 2006 - conservação e restauro do tecto e sanca da nave. |
Observações
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*1 - DOF: Igreja de São Vicente de Sousa. *2 - a Rota do Românico do Vale do Sousa inclui 19 imóveis: Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios (v. PT011311100010), Igreja de Gândara (v. PT011311040009), Igreja de São Gens de Boelhe (v. PT011311020008), Igreja de Abragão (v. PT011311010015), Memorial da Ermida (v. PT011311150005), Capela da Senhora do Vale (v. PT011310080004), Igreja de São Pedro de Ferreira (v. PT011309050001), Ponte de Espindo (v. PT011305130009), Ponte de Vilela (v. PT011305020008), Igreja de Aveleda (v. PT011305020004), Torre de Vilar (v. PT011305260005), Igreja de Santa Maria de Airães (v. PT011303020007), Igreja Matriz de Unhão (v. PT011303280004), Igreja de São Vicente de Sousa (v. PT011303260008), Igreja Velha de São Mamede de Vila Verde (v. PT011303330020), Igreja de Paço de Sousa (v. PT011311220003), Igreja de Cete (v. PT011310080001), Igreja Matriz de Meinedo (v. PT011305130002) e Mosteiro de Pombeiro (v. PT011303150001). |
Autor e Data
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Isabel Sereno e João Santos 1994 |
Actualização
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