Convento de São Francisco

IPA.00006610
Portugal, Lisboa, Alenquer, União das freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana)
 
Arquitectura religiosa gótica, manuelina, renascentista e barroca. Convento franciscano de raiz gótica de que conserva portal principal em arco quebrado de 3 arquivoltas inscrito em gablete e decorado com meias esferas e, no claustro, janela geminada de arcos quebrados, assentes em colunas duplas. Na Casa do Capítulo portal manuelino a pleno centro decorado com motivos vegetalistas, zoomórficos e antropomórficos. Vão de acesso à Capela da família Miranda Henriques em arco abatido decorado com grutescos em candelabro, de feição renascimental. Igreja reedificada em estilo barroco de planta em cruz latina, de nave única coberta com abóbada de berço, com altares laterais inscritos em arcos de volta perfeita encimados por galeria com balaustrada. 1º convento da Ordem Franciscana a ser construído em Portugal. Da campanha gótica subsistem alguns elementos arquitectónicos, destacando-se o portal principal de arquivoltas quebradas sob gablete e a janela geminada da Casa do Capítulo. O portal manuelino que dá acesso a esta apresenta uma estrutura e decoração arquitectónica que revelam primitivamente não existir a parede a que hoje se encosta, com porta de madeira, pois possui um perfil indiciador de um vão destinado a permanecer aberto, estreitando ao centro e voltando a alargar para a periferia, junto à parede, sendo totalmente decorado nas duas faces. Isto significa que era um arco de passagem, aberto e pensado para ser visto de ambos os lados (com função idêntica ao arco rendilhado das Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha). A temática decorativa que o preenche: troncos podados, ramos de carvalho, flores, cachos de uvas, bagas, folhagens, enastrados e entrelaçados semelhantes a cestos, parecem bebidos na flora local e no artesanato e ainda em iluminuras da Leitura Nova e gravuras, nomeadamante os animais fantásticos e "putti".
Número IPA Antigo: PT031101110026
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem de São Francisco - Franciscanos (Província de Portugal)

Descrição

Convento de planta irregular, composta pela articulação de vários corpos em torno de Claustro quadrado, dos quais se destaca a igreja de planta em cruz latina, a capela da família Miranda Henriques e a capela de Santa Sancha. O edifício tem volumetria escalonada com coberturas diferenciadas de telhados a 1 (claustro), 2 (igreja) e 3 águas (portaria). Fachada principal a N com portal gótico em arco quebrado de 3 arquivoltas sobre colunelos intercalados com meias-esferas e capitéis decorados com motivos vegetalistas, inserido em gablete com pedra de armas de D. Dinis ladeada por duas inscrições. A O Portaria conventual à qual se acede por escadaria, com alpendre e revestimento azulejar setecentista a envolver a porta, tendo por temática a Aparição de 5 Mártires de Marrocos à Infanta Santa Sancha (esq.) e Fr. Zacarias e o Senhor Crucificado (dir.). INTERIOR: Igreja de nave única coberta com abóbada de berço apoiada em cornija; lateralmente 2 altares de talha dourada e pintada inscritos em arcos de volta perfeita de cantaria e púlpito junto ao transepto. Do lado do Evangelho pia baptismal. Encima os altares uma galeria marcada por vãos de verga curva com balaustrada, que prolongam o amplo espaço do coro-alto. No transepto, do lado da Epístola, altar do Senhor dos Passos (antiga capela do Santíssimo Sacramento) em arco de volta perfeita de cantaria e encimado por galeria (3 janelas da Sala do Capítulo) guarnecida por balaustrada suportada por mísulas. Arco triunfal de volta perfeita de cantaria ladeado por 2 altares no mesmo material e sobrepujado por pedra de armas reais e janela. Capela-mor de planta rectangular e cobertura em abóbada de berço apoiada em cornija; a E retábulo em talha dourada vazado a eixo por camarim delimitado por 2 colunas; lateralmente 2 portas de verga curva encimadas por nichos que albergam esculturas de São Francisco e São Domingos. CLAUSTRO: 4 alas e 2 pisos; no piso térreo 14 arcos de volta perfeita; corredores cobertos por tecto plano de madeira. A arcaria é suportada alternadamente por duplas colunas de capitéis esculpidos com motivos vegetalistas e contrafortes escalonados com remate superior em goteira. O acesso à Sala do Capítulo é feito por portal manuelino. O 2º piso possui alpendrada assente em colunas simples com capitéis decorados, fechado por janelas. Na ala O capela da família Miranda Henriques à qual se acede através de arco abatido em cantaria decorado com grutescos, encimado por pedra de armas e painel azulejar monócromo, setecentista; cobertura em abóbada estrelada com pintura decorativa e brasão; no muro de topo retábulo em talha dourada vazado ao centro por arco pleno preenchido com pinturas ornamentais simulando embrechados marmóreos de temática vegetalista. No 2º piso, sobre a Sala do Capítulo, a capela de Santa Sancha, de planta rectangular com cadeiral de madeira enquadrado por galeria em talha verde rococó composta por pequenos nichos envidraçados.

Acessos

Largo de Santo Estêvão. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,053139; long.: -9,012011

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 (portal manuelino)

Enquadramento

Urbano. Destacado e isolado, em posição altimétrica dominante, acompanhando o declive do terreno, tendo a O o topo do morro coberto de vegetação, e casario a E e S, na encosta.

Descrição Complementar

Da campanha de obras manuelina permanecem alguns elementos, tais como a pia baptismal, com decoração semelhante à da igreja de Nossa senhora dos Prazeres de Aldeia Galega da Merceana (v. PT031101020017) e o portal de acesso à Sala do Capítulo, localizado na ala E do Claustro, adossado a uma janela baixa de vão geminado de arcos quebrados com colunelo central, preenchidos por muro. O portal é totalmente esculturado e constituído por conjunto de 4 arquivoltas a pleno centro definidas por colunelos assentes em bases altas de secção poligonal côncava com intersecção de anéis, encimadas por folhagem. As arquivoltas estruturam-se simetricamente: 2 na frente e 2 no tardoz, sendo que o colunelo central define um arco menor, isto é: o portal estreita ao centro e alarga para a periferia em ambas as faces (perfil de V deitado). Externamente a 1ª arquivolta é decorada por fino tronco ondulante que sustem folhas de carvalho e bolotas; os colunelos e arco que a limitam são completamente preenchidos por sequência de corolas ou folhas fechadas e encaixadas verticalmente, e providos de capitéis de folhagem entrelaçada (dir.) e 2 peixes afrontados (esq.); a 2ª arquivolta é decorada por tronco podado sustendo grandes folhas de carvalho recortadas e enroladas, bolotas e cachos de uvas, que se eleva a partir de um cesto (esq.) e da boca de um leão (dir.); por entre a folhagem surgem "putti", pássaros e dragões alados. O colunelo central é recamado por série de módulos compostos por folhas e bagas atados por cordões e tranças, tendo o capitel da esq. uma carranca de cuja boca saiem enrolamentos vegetalistas e o da dir. folhas estriadas, superiormente enroladas em voluta. No tardoz, a 1ª arquivolta é preenchida igualmente por ramos de carvalho que sustêm bolotas, cachos de uvas e alcachofras, seguros na base por um "putto" (dir.) a partir de um entrançado de caules, e por entre os quais surge um anjo, um animal híbrido, um leão, uma águia e um porco; os colunelos que antecedem a última arquivolta são torsos encimados por capitéis vegetalistas, continuando-se em arco esculpido em forma de tronco podado, enastrado em espiral. A decoração da última arquivolta não é visível por ficar encostada ao pano de muro que contém porta de madeira. INSCRIÇÕES: EXTERIOR: 1. (CEMP nº. 535 A) Inscrição comemorativa da fundação e conclusão da igreja do convento gravada numa lápide com moldura simples filetada, localizada à esquerda da pedra de armas; superfície epigráfica muito erodida. Calcário. Dimensões não obtidas devido à altura a que se encontra a lápide. Tipo de letra: Inicial Carolino-gótica. Leitura modernizada: ESTA IGREJA FUNDOU A MUITO NOBRE RAINHA DONA BEATRIZ E ACABOU-A O MUITO JUSTIÇOSO SEU FILHO NOBRE REI DE PORTUGAL COMPRINDO DE VIRTUDE DOM DINIS. INTERIOR. 2. (CEMP nº. 535 B) Inscrição comemorativa da fundação e conclusão da igreja do convento gravada, em latim e em rima, numa lápide com moldura simples filetada, localizada à direita da pedra de armas; superfície epigráfica muito erodida. Calcário. Dimensões não obtidas devido à altura a que se encontra a lápide. Tipo de letra: Inicial carolino-gótica. Leitura: HOC PERFECISTI NIMIS INCLITE REX DIONISI QUO VIRTUS CRISTI TIBI GAUDIA DET PARADISI AMEN ERA Mª CCCª LV ANOS OPERE FINITO SIT LAUS ET GLORIA CRISTO AMEN. IGREJA: 3. Inscrição comemorativa da fundação do convento gravada numa lápide com moldura dupla encimada por pedra de armas e cruz. Calcário. Tipo de Letra: capital quadrada. Leitura modernizada: A INFANTA DONA SANCHA FILHA DEL REI DOM SANCHO, NETA DEL REI DOM AFONSO HENRIQUES, PRIMEIRO REI DE PORTUGAL, FUNDOU ESTE CONVENTO NO ANO DE 1222 ESTA SENHORA RECOLHEU AQUI OS SANTOS 5 MÁRTIRES DE MARROCOS PELO QUE MERECEU VÊ-LOS NA HORA DE SEU MARTIRIO GLORIOSO 1616. CLAUSTRO: 4. Inscrição funerária gravada numa tampa de sepultura, sem moldura nem decoração; a data encontra-se enquadrada por um motivo floral e um sinal de fim de texto, usado na Paleografia. Calcário. Tipo de Letra: capital quadrada. Leitura modernizada: SEPULTURA DOS IRMÃOS DA BALAQUEIRA MANUEL DA COSTA E MARIA DA COSTA SUA MULHER E DE SEUS HERDEIROS 1669. 5. Inscrição funerária gravada, em campo epigráfico rebaixado, numa tampa de sepultura com moldura simples e fragmentada no canto inferior direito.Tipo de Letra: capital quadrada. Leitura modernizada: AQUI JAZ JOÃO RODRIGUES DE MORAIS BENEFICIADO QUE FOI DE SÃO ESTEVÃO DESTA VILA. TEM UMA MISSA POR SUA ALMA NESTE CAPÍTULO(?) TODAS AS SEGUNDAS FEIRAS.

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Assistencial: lar

Propriedade

Privada: Misericórdia / Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 13 / 15 / 16 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

PINTOR: Diogo Contreiras (séc. 16).

Cronologia

1210 - Em testamento D. Sancho fez doação do senhorio de Alenquer e suas rendas à sua filha D. Sancha, ficando o mesmo na Casa das Rainhas; 1212 - Primeira referência ao Paço Real de D. Sancha, no local onte veio a ser erigido o convento; 1216 - Cedência, pela infanta, de uma terra onde se situava a ermida de Santa Catarina, situada junto ao rio, para aí se fixarem os primeiros frades franciscanos vindos para Portugal, Fr. Gualter e Fr. Zacarias, constituíndo-se assim o primeiro eremitério franciscano no nosso país; 1217 - Instala-se na casa franciscana Fr. Soeiro Gomes, enviado de São Domingos de Gusmão, com a finalidade de fundar em Portugal cenóbios dominicanos; 1219 - Passam pela casa 5 missionários franciscanos com destino a Marrocos, que se tornarão os Santos Mártires de Marrocos; 1222 - Fundação do 1º convento nos Paços da Infanta D. Sancha, instalando-se os frades numas casas térreas e pobres, conforme se lê numa inscrição datada de 1616; 1257 - Breve do Papa Alexandre IV, concedendo 100 indulgências a quem visitasse a igreja no aniversário da Sagração dos Santos Francisco, António e Clara; 1280 /1300 - Início da obra do novo edifício conventual, em terreno cedido pela rainha D. Beatriz, esposa de D. Afonso III e donatária da vila; 1290 - Arcebispo D. Tello concede indulgência a quem concorrer para a obra; 1300 - Paragem nas obras na sequência do falecimento da rainha D. Beatriz; 1305 - Uma provisão do Bispo de Silves (D. João Soares Alão) revela que foram retomadas as obras na igreja e no claustro; sagração do novo templo 1317 - Concluída a primeira fase da construção da igreja; 1404 - Em consequência do Cisma da Igreja D. João I dá poderes a Fr. Diogo Arias para reformar o convento; 1468 e 1486 - Reunião do Capítulo Geral da Ordem Franciscana no convento, onde se confirmaram os Estatutos; séc. 15, final - Alargamento das terras do convento até à vertente da Barroca e demolição de algumas casas, procurando isolar-se mais o acesso ao convento; 1491 - Permanência no convento de D. João II e de sua esposa D. Leonor após a morte de seu herdeiro D. Afonso; 1496 - Estada de D. Manuel no convento; Séc. 16, início - Renovação do claustro, reparações na igreja e construção da porta da Sala do Capítulo; pintura de um "Baptismo" por Diogo Contreiras; 1545 - Reunião do Capítulo Provincial da Ordem franciscana; 1547 - Nova Sagração da igreja; 1557 - Oferta do relógio de sol, em mármore genovês, pelo cronista Damião de Góis; 1569 - a infanta D. Maria encomendou uma construção para albergar um presépio, "separada por um arco e um gradeamento em duas quadras: uma para o presépio e a outra de acolhimento às gentes que o fossem ver" (ALMEIDA, 1997, p. 36); 1575 - D. Sebastião custeia a colocação de novo forro no corpo da igreja; 1580 - Aloja-se no convento D. António Prior do Crato que aqui foi reconhecido como legítimo rei de Portugal; 1611 - Com consentimento do arcebispo de Lisboa, os frades trasladaram as ossadas do Beato Zacarias para um nicho na capela-mor; 1616 - Lápide evoca a fundação do convento em 1222 por D. Sancha e a estadia dos 5 mártires de Marrocos no convento facto que propiciou a visão do martírio que iriam sofrer por D. Sancha;1635 - Terraplanagem do coro; 1689, 1702, 1706, 1709, 1713 - Reuniões do Capítulo Provincial da ordem franciscana no convento; 1726 - Data inscrita no exterior do transepto; 1739 - Data inscrita no nicho que contém imagem de S. Francisco; Séc. 18, 1ª metade - Colocação de azulejos na portaria e claustro; 1755 - O terramoto destrói a parte mais antiga do edifício conventual: igreja e corpo S, com dormitório, capítulo e enfermaria; Séc. 18, 2ª met. - Grande campanha de obras responsável pela reedificação da igreja ; 1762 - Lápide datada no interior do transepto; 1834 - Encerramento do convento na sequência da extinção das ordens religiosas e desamortização do seu património; a igreja passa a paroquial; 1846 - O Governo cede à Câmara Municipal uma parte da cerca para cemitério público; 1857 / 1862 - Obras de reconstrução; 1863 - Na sequência de avultado legado testamentário de D. Maria do Patrocínio Pereira Forjaz feito ao hospital da Misericórdia de Alenquer, procede-se à sua instalação nas antigas dependências conventuais e a obras de adaptação; instalação da sede da Paróquia de Santo Estêvão; 1901, Nov. - restauro do claustro, promovido por Moisés do Carmo, segundo projecto de Rosendo Carvalheira; 1906, Jun. - trabalhos de reparação na igreja, nomeadamente nos estuques e altares; 1906, Ago. - conclusão dos trabalhos de reparação e sagração da igreja; 1909 - Danos causados por terramoto; 1936 / 1937 - O claustro carece de obras: substituição do pavimento superior, armação e telhado, que estão em ruínas, e reparação dos arcos e colunas; 1940 - O claustro está integrado no Hospital e Asilo da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, sendo as alas superiores ocupadas pelo dormitório de asilados e entaipados os vãos; o Hospital arrecada lenha e mato no piso inferior e todo o claustro está muito sujo; 1947 - Obras incompletas no claustro e os estuques estão a cair; é feito orçamento para restauro; 1948 - Obras necessárias no claustro; 1950 - No claustro faltam pavimentos, rebocos, limpeza de cantarias, caixilharias, portas, vigamentos e coberturas; o painel de azulejos está em mau estado; 1958 - O estado do convento tem piorado, o claustro está a arruinar-se, a igreja e o portal manuelino necessitam de reparações urgentes interna e externamente, refazer os estuques de tectos e paredes e restaurar rebocos, substituição de pavimento apodrecido, caição e pinturas, revisão dos telhados; 1961 - Existem 2 enfermarias no piso superior do claustro que devem ser demolidas "restituindo-se o monumento à antiga traça"; 1967 - Necessidade de obras de reparação em virtude de infiltração de águas pluviais que arruinou os tectos, prestes a desabar; 1968 - Necessidade de obras urgentes dado o estado de derrocada da capela-mor e capelas laterais, encontrando-se a igreja fechada; 1969 - O edifício conventual encontra-se abandonado e em acelerada degradação; 1986 - Reabertura da igreja conventual ao culto.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes (igreja) e estrutura mista (claustro).

Materiais

Alvenaria mista, reboco pintado, cantarias de calcário, estuque, mármore, ferro forjado, madeira, telha.

Bibliografia

CUNHA, D. Rodrigo da Cunha, História Esclesiástica da Igreja de Lisboa, Lisboa, 1642; ESPERANÇA, Fr. Manuel da, História Seráfica, Tomo I, Lisboa, 1656; SOLEDADE, Fr. Fernando da, História Seráfica, Tomo V, Lisboa, 1719; HENRIQUES, Guilherme João Carlos, Alenquer e o Seu Concelho, Lisboa, 1873 - 1902; SILVA, Joaquim Possidónio. O Portal Manuelino em S. Francisco de Alenquer, in Boletim da Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses, 2ª série, tomo 4. Lisboa, 1885; COUTINHO, Jaime Pereira, Jornal Damião de Góis, Alenquer, 1886 - 1925; RIBEIRO, Luciano, Alenquer, Subsídios para a sua História, Lisboa, 1936; CÂNCIO, Francisco, Ribatejo Histórico e Monumental, vol. 3, s.l., 1947; OLIVEIRA, Miguel de, História Eclesiástica de Portugal, Lisboa, 1948; ALMEIDA, Fortunato de, História da Igreja em Portugal, Porto, 1967 (1ª ed. 1917); LOPES, Pe. Félix, Franciscanos, in SERRÃO, Joel, (dir. de), Dicionário de História de Portugal, Vol. III, Porto, s.d. (1ª ed. 1970); MANUEL, Luís, ROCHA, Venâncio, Alenquer Concelho Multisecular e Monumental, Alenquer, 1983; ATANÁZIO, Manuel C. Mendes, A Arte do Manuelino, Lisboa, 1984; HAUPT, Albrecht, A Arquitectura do Renascimento em Portugal, Lisboa, 1986 (1ª ed. 1922); DIAS, Pedro, A Introdução das Primeiras Formas Góticas, História da Arte em Portugal, vol. 4, Lisboa, 1986, pp. 8 - 63; Idem, O Manuelino, in Idem, vol. 5, Lisboa, 1986; Igreja de S. Francisco Inaugurada em Alenquer, in O Século, Lisboa, 4 Outubro 1986; MARTINS, José Eduardo, GUAPO, António, MELO, António, O Concelho de Alenquer, 2ª ed., Vol. 1 e 3, Alenquer, 1987 e 1989; AZEVEDO, Carlos, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, 2ª ed., Vol. I, Lisboa, 1990; BASTOS, Fernando, Apontamentos sobre o Manuelino no Distrito de Lisboa, Lisboa, 1990; DIAS, Pedro, A Arquitectura Gótica Portuguesa, Lisboa, 1994; ALMEIDA, Mónica da Anunciata Duarte de, O Programa Artísticos da Capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Luz de Carnide [dissertação de ;estrado em História da Arte da Universidade de Lisboa], 2 vols., Lisboa, 1997; BATORÉO, Manuel, O painel quinhentista "Baptismo de Cristo" da Igreja de São Francisco de Alenquer, in Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, Fevereiro 2002, pp. 37-49; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69803 [consultado em 8 agosto 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; CMA: Arquivo GTL; SCMA

Intervenção Realizada

DGEMN: 1938 - Apeamento e reconstrução de armação do telhado à antiga, em madeira brasileira, e coberta com telha velha e românica, substituição de cantarias mutiladas; 1939 - Apeamento e reconstrução de armação de telhado em pinho meio cerne, cobertura com telha velha e românica, vedações, beirada e frechais em betão armado, cachorros em madeira de castanho, construção e assentamento de tectos em forro de castanho moldurado e apainelado, picagem de rebocos velhos e aplicação de rebocos hidráulicos; obras no claustro; 1940 - Apeamento e reconstrução completas da parede de separação do claustro e cemitério com reconstrução das portas primitivas e grades de ferro, anel de betão armado, substituição completa dos telhados de 3 alas do claustro, reposição dos tectos em madeira de castanho em 2 alas e consolidação das colunas do piso superior em 3 alas; 1941 - Conclusão da reconstrução da cobertura do claustro e reparação geral de telhados; 1942 - Reparação da armação dos telhados com substituição de madeiras avariadas, pintura de carbonilo, reconstrução e reparação de telhados; 1943 - Reparação geral da armação e cobertura de telhados e dos rebocos, com picagem; 1944 - Reparação geral de telhados com substituição de madeiras; 1968 - Obras de consolidação de paredes exteriores e restauro da cobertura da capela-mor, capelas laterais e nave central, consolidação da estrutura de madeira do tecto com substituição de elementos deteriorados e execução de cintas de betão armado no coroamento das paredes; assentamento de vigotas de betão pré-esforçado em larós, fileiras, varas e ripas, tijoleiras e lâmina de compressão armada; consolidação de paredes de alvenaria com gatos de betão; execução de telhados em telha românica e portuguesa; reparação da torre; consolidação da parede exterior do cunhal N: demolição de alvenaria de pedra e execução de cinta de betão armado e de alvenaria de pedra em elevação; preservação do claustro (cobertura e interior) e zona da Portaria; 1978 - Obras no claustro: picagem de rebocos, tendo sido postos a descoberto "elementos de interesse" (janela geminada em arco quebrado); pavimentação com tijoleira; SCMA: década de 80 - Campanha de obras de conservação e restauro; 1988 - Recuperação de tectos pintados da igreja, de Vieira Lusitano; DGEMN: 1989 - Substituição da estrutura do telhado da igreja por betão armado, dificultando a desmontagem e restauro dos caixotões do tecto.

Observações

*1- a nível epigráfico destaca-se a inscrição nº 2 por se encontrar gravada de forma rimada.

Autor e Data

Paula Noé 1992 / Teresa Vale e Maria Ferreira 1999 / Lina Marques 2001/ Filipa Avellar 2004

Actualização

 
 
 
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