Castelo de Noudar / Fortificação de Noudar

IPA.00000898
Portugal, Beja, Barrancos, Barrancos
 
Arquitectura militar, medieval, moderna. Castelo sobre elevação, composto por castelejo e barbacã, reforçados por cubelos a espaços mais ou menos regulares, com torre de menagem quadrangular. No exterior troços de revelins de forma estrelada. O perímetro amuralhado existente corresponde à campanha dionisina dos inícios do Séc. 14. Segundo Santiago Macias a primitiva estrutura militar consistiria numa "simples torre (burdj) ou atalaia que servia de proteção a um pequeno povoado, cuja função pode ter sido a de controlar a entrada neste limite da kura" podendo ser do período islâmico o pano de muralha em taipa e xisto a S. da alcáçova, sendo inequívoco "pela diferença de cota entre o interior da alcáçova e o seu exterior, que a linha onde aquela estrutura foi edificada corresponde ao limite meridional do burdj"; a torre implantava-se no ponto mais elevado do local, posteriormente ocupado pela alcáçoca cristã (MACIAS, 2012). Antiga fortificação, de primitiva fundação islâmica, em cuja torre de menagem, de notável espessura, existe uma cisterna. Originalidade dos materiais de construção (xisto e taipa). É o ex-libris do concelho.
Número IPA Antigo: PT040204010001
 
Registo visualizado 5653 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Castelo e cerca urbana    

Descrição

Fortificação composta pela cerca da antiga vila de Noudar, pelo castelo a SE.. e vestígios de cortina a SE. e redente a S.. Cerca de planta irregular disposta segundo um eixo longitudinal no sentido NO. / SE., integrando o castelo, de planta trapezoidal em cuja muralha NO. se ergue a torre de menagem; a cerca é percorrida por adarve e reforçada por 12 cubelos rectangulares e quadrangulares (3 comuns ao castelejo), e rasgada por 2 portas, em arco quebrado, uma a E., a principal, junto do muro do castelo, outra a O. protegida por pequena torre rectangular, pouco saliente; a muralha SE. do castelo é ém taipa revestida a alvenaria de xisto. Torre de Menagem, quadrangular, com c. 17,5m. de altura, onde se abrem 2 portas em arco quebrado, uma no piso inferior, na parede SE., e outra no 2º piso, a NE., com acesso por escada exterior; cobertura em terraço e coromento de merlões de remate piramidal. No interior da torre existe uma cisterna e outras 2 na praça de armas onde são visíveis alguns vestígios de estruturas murárias das dependências que compunham a antiga alcáçova.

Acessos

A c.10 km a NO. de Barrancos, por EM apenas em parte alcatroada, dentro na Herdade da Coitadinha (v. PT040204010011); da EM, parte, flanqueando a muralha, rampa estreita mas acessível por automóvel, em terra batida e restos de calçada, que conduz até à porta principal do Castelo.

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / Incluído no Plano Sectorial da Rede Natura 2000: Sítio de Interesse Comunitário Moura/Barrancos (PTCON0053)

Enquadramento

Rural, isolado, no extremo O. da Herdade da Coitadinha (v. PT040204010011), implantado em plataforma xistosa, no topo de um amplo outeiro, 275m acima do nível do mar, a cavaleiro entre o Rio Ardila e a Ribeira da Múrtega, a 2km da sua confluência, a 0,5 km da fronteira, junto à via que ligava Beja / Moura a Jerez de los Caballeros / Via da Prata uma das mais importantes redes viárias da antiguidade a Ocidente. Dentro da cerca localiza-se a Igreja de Nossa Senhora do Desterro (v. PT040204010004). A O. do Castelo predomina a vegetação ripícola nomeadamente de oloendros e a E. o montado; em território espanhol a paisagem encontra-se já algo descaracterizada pelas monoculturas introduzidas em substituição do montado. A 200m do Castelo ergue-se a Atalaia da Forca. Na Herdade, onde predomina o montado de azinho, abundante vegetação ripícola e fauna selvagem, subsiste vasto património arqueológico e etnográfico, destacando-se várias antas, um povoado calcolítico, moinhos de água (v. PT040204010007), choças e malhadas. Na envolvente predominam os montados de Quercus spp de folha perene e florestas de Quercus ilex e Quercus rotondifolia. Em termos de avifauna este é um dos melhores locais para observação de rapinas como o Grifo (Gyps fulvus), o Abutre-preto (Aegypius monachus), o Milhafre-real (Milvus milvus) e a Águia-imperial ibérica (Aquila adalberti); podem-se ainda observar exemplares de Cegonha-preta (Ciconia nigra) e, entre os passeriformes, o chasco-preto (oenanthe leucura), o Rabirruivo-preto (Phoenicurus ochrurus), a Cotovia-pequena (Lullula arborea) e a Andorinha das rochas (Ptyonoprogne rupestris).

Descrição Complementar

INSCRIÇÕES: duas inscrições que se encontravam outrora na Torre de Menagem: inscrição comemorativa da construção do castelo de Noudar, gravada numa lápide, na letra Inicial capitular carolino-gótica, leitura de Gustavo de Matos Sequeira: ERA Mª CCCª XLª VI ANOS PRIMO DIA D' ABRIL DOM LOURENÇO AFONSO MESTRE D'AVIS FUNDOU ESTE CASTELO DE NOUDAR E POBROU(=POVOOU) A VILA PARA DOM DINIS REI DE PORTUGAL NESTE TEMPO. Inscrição comemorativa de uma obra no castelo efectuada durante a comendadoria de D. Aires Afonso, gravada num silhar que inclui uma cruz da Ordem de Avis florenciada acompanhada por dois pássaros e dois frutos, uma vieira e um escudo de Portugal Antigo; o campo epigráfico está delimitado superior e lateralmente e é regrado; a pedra está mutilada inferiormente o que dificulta a leitura da última linha; calcário; Dimensões: 65,5x28x19; campo epigráfico: 23,5x27; Tipo de letra: Inicial capitular carolino-gótica; Leitura: TETES(?) AIRES AFONSO COMENDADOR MOR D'AVIS GONÇALO VASQUID(?) (...) *2.

Utilização Inicial

Militar: castelo e cerca urbana

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 14 / 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1167 - a povoação de Noudar *1 é tomada aos mouros por Gonçalo Mendes da Maia; 1253, 06 dezembro - D. Afonso X, o Sábio, concede foro a Noudar, Arouche, Aracena, Moura e Serpa; 1283, 04 março - D. Afonso X doa Noudar, Moura, Mourão e Serpa a D. Beatriz, sua filha, mulher de D. Afonso III, ficando estas vilas a pertencer à coroa portuguesa; durante a luta que opôs D. Afonso X a D. Sancho, seu filho e herdeiro, D. Beatriz coloca estas praças fronteiriças à disposição do exército de seu pai, mas acabam por ser tomadas pelos partidários do infante; 1295 - após a assinatura do tratado de paz entre D. Dinis e D. Fernando IV, herdeiro de D. Sancho, Noudar torna à coroa portuguesa; 1295, 16 dezembro - D. Dinis outorga carta de foral a Noudar; 1307, 25 novembro - D. Dinis doa a vila à Ordem de Avis determinando que os freires e o mestre D. Lourenço Afonso promovam o povoamento da região e construam um "castello de boo muro e façam y huum Alcaçar forte" (BARROCA, 2000, p. 1339); 1308, 16 janeiro - D. Dinis para incentivar o povoamento desta região, de extrema importância para a consolidação do reino por ser fronteiriça, toma as seguintes medidas: isenta os moradores da vila de serem penhorados ou constrangidos por dívidas, nas suas armas, cavalos e roupa de vestir; concede mercê ao Mestre de Avis " para ajuda do lavor de Noudar, das lutuosas que por 4 annos tem de receber dos vassalos que morrerem, e quitando-lhes as colheitas das Commendas da sua Ordem, ainda que naquelles 4 anos ahy vam"; e institui na vila de Noudar um Couto de Homiziados dando "mercê de segurança real" a quem nele vivesse por cinco anos; 1308, 01 abril - uma lápide originalmente colocada sobre a torre de menagem, hoje desaparecida mas referida por Gustavo de Matos Sequeira, noticiava que D. Lourenço Afonso, mestre da Ordem de Avis, a pedido de D. Dinis fundou o castelo de Noudar e povou a vila; 1307, 03 março / 1311, 14 abril - neste período D. Aires Afonso ocupa o cargo de comendador-mor da Ordem de Avis e promove obras no castelo, como prova a inscrição gravada numa lápide outrora localizada no castelo e hoje depositada na Câmara Municipal de Barrancos (a data critica atribuida a esta inscrição por Mário Barroca é o ano de 1308); 1319, 26 abril - por carta de quitação passada por D. Dinis a D. Gil Martins, mestre da Ordem de Avis, esta fica livre da dívida que havia contraído para a construção dos castelos de Noudar, Veiros e Alandroal (BARROCA, p.1341); 1322 - D. Dinis doa à Ordem de Avis na pessoa do seu mestre, D. Vasco Afonso, o senhorio da vila e as rendas das igrejas de Serpa, Moura e Mourão para ajuda na construção do castelo (BARROCA, 2000, p. 1340); 1339 - D. Diego Fernandez nobre castelhano da Ordem de Santiago cerca e toma o castelo; 1372 - pelo casamento de D. Fernando com D. Leonor Teles o castelo é devolvido a Portugal; 1385 - o castelo regressa à posse de Castela; 1386 - Assinatura do Tratado de Monção pelo qual as Praças de Noudar, Mértola (v. PT040209040003), Castelo Mendo (v. PT020902080005) e Castelo Melhor (v. PT020914020015) regressam a Portugal em troca de Olivença e Tui;1406 - D. João I com o objectivo de reforçar o povoamento desta zona fronteiriça renova o estatuto de Couto de Homiziados a Noudar;1509 / 1510 - Os desenhos de Duarte d'Armas registam o castelo com uma barbacã de planta irregular, adossada e parcialmente integrada a SE. do muro da vila, este parcialmente arruinado e provido de torres quadrangulares também muito destruídas, tal como os remates de merlões; a barbacã possuia dupla cintura de muralhas a NE. e 2 torres rectangulares a SO. uma das quais "no andar do muro" e outra com esbarro, ambas cobertas com telhado e integrando simultâneamente a muralha do castelejo, irregular, de forma aproximada a um trapézio, onde se salientam para além destas torres, 2 cubelos semi-cilíndricos voltados a SE. "na altura do andar do muro", sem remate, uma torre quadrangular no cunhal E. com cobertura de telhado e outra rectangular no cunhal N., que estava "derribada"; a NO. a torre de menagem, quadrangular, abobadada, provida de cisterna e "tem em cima um aposentamento bom" iluminado por fresta e era rematada por merlões piramidais; junto à torre de menagem abria-se uma dupla entrada para a praça de armas, centrada por pátio longitudinal com 2 cisternas em redor do qual se dispunham os "aposentamentos térreos" e outras dependências que compunham a alcáçova; Séc. 16 - a igreja paroquial era denominada de Nossa Senhora de Entre Ambas as Águas, evocando a ribeira da Murtéga e o rio Ardila que abraçam a E. e O. a vila; 1510, 20 fevereiro - em carta enviada ao rei D. Manuel por Manuel Velho, visitador das obras dos Castelos de Portel, Moura e Mourão, referem-se obras no Castelo: "de Noudall"; 1513, 17 outubro - Foral novo dado por D. Manuel; 1532 - o Livro das Terras das Ordes - Povoação de entre Tejo e Guadiana, refere que o comendador da Vila, que "he do Mestrado d'Avis" é o Marquês de Torres Novas e o Alcaide Luís Dantas; tinha então uma freguesia e cerca de 6 moradores; no termo da vila ficava a aldeia de Barrancos com 73 moradores, dos quais nove eram viúvas, dois clérigos e o resto "sam castelhanos"; 1557, 29 novembro - apresenta-se à paróquia o licenciado Bartolomeu Rodrigues, o mais antigo prior da igreja documentado; 1577 - as Comendas de Noudar e Barrancos pertencem a D. Jorge, Duque de Aveiro; 1590, 17 abril - as Comendas passam para a Casa de Linhares; Séc. 17 - a vila possui 400 vizinhos, Misericórdia, hospital e 3 ermidas; durante as Guerras da Restauração e nas lutas da sucessão o castelo sofre grandes estragos; 1610 - as Comendas de Noudar e Barrancos passam para a Casa Cadaval; 1644 e 1707 - o castelo é tomado pelas tropas espanholas; Séc. 17, finais - a igreja paroquial tinha como invocação Nossa Senhora do Desterro; era prelado D. Prior Mor de Avis; 1740 - Noudar contava com 200 fogos; 1769 - era prior da igreja Frei Ignácio da Costa Inverno; Séc. 18, até - a vila foi sede de Concelho, sendo então a mesma transferida para Barrancos; 1755 - planta da Praça de Noudar por Miguel Luiz Jacob na qual se mostra a localização de um reduto de planta estrelada que se projetava construir no morro de São Gens, fronteiro ao castelo, do seu lado SE., que nunca chegou a realizar-se; a planta mostra uma cortina e redentes frente aos troços SE. e NE da cerca, e um revelim a proteger o cubelo O.; na alcáçova assinala-se a torre de menagem, que servia então como armazém de pólvora, armazéns demolidos a SO e no exterior do ângulo N. da muralha NO. quartéis arruinados; 1758 - planta da Praça de Noudar riscada por João António Infante, praticante de numero da Academia Militar da Provincia do Alentejo; 1795 - planta da Praça de Noudar por Lourenço Homem da Cunha de Eça; Séc. 19 - a vila é abandonada pela população; 1879 - o proprietário da Herdade da Coitadinha, José Bonifácio Garcia Barroso, apresenta um requerimento ao rei D. Luís para que o Castelo de Noudar, em ruínas, passe para o Ministério da Fazenda a fim de ser vendido em hasta pública *3; 1893 - vendido pelo Estado a João Barroso Domingues, proprietário em Barrancos, que, mais tarde, o vende a José Augusto Fialho e Castro, lavrador e proprietário de Barrancos; passou depois, por herança, para Maria das Dores Blanco Fialho Garcia; 1894 - assinatura do Tratado da Contenda; 1909 - Gustavo de Matos Sequeira refere as duas inscrições outrora localizadas na torre de menagem e cujas fotografias publica: uma delas esteve durante alguns anos guardada na Herdade da Coitadinha, onde o autor a viu *2; 1981, verão - início de um programa de intervenção integrada a cargo do Campo Arqueológico de Métola; 1990, década de - o proprietário era Maria das Dores Blanco Fialho Garcia; 1997, 25 junho - assinatura do contrato de promessa de compra e venda do Castelo por José Augusto Fialho à Câmara Municipal de Barrancos; venda à EDIA da Herdade da Coitadinha; 2000 - Organizado pela Câmara Municipal e pelo Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul com o apoio da DGEMN, financiado pelo Fundo Social Europeu através do Programa Leonardo da Vinci, tem lugar no Castelo um estaleiro-escola de formação, com equipas de jovens oriundas de França, Itália e Espanha, em restauro e conservação; 2012, 20 agosto - encerramento temporario ao público por decisão do município, devido ao perigo de derrocada de partes do monumento.

Dados Técnicos

Estruturas autoportantes

Materiais

Cantarias e alvenarias de pedra xistosa não argamassada e taipa; betão; ferro; cimento

Bibliografia

ALMEIDA, António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; ALMEIDA, João de, Livro das Fortalezas de Duarte D' Armas, Lisboa, 1943; IDEM, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Vol. 3, Lisboa, 1948; BARROCA, Mário Jorge, Epigrafia Medieval Portuguesa (862-1422), F.C.G., Porto, Vol. II, pp. 1338-1341 e pp. 1359-1362; CALADO, Hugo Miguel Pinto, A Raia Alentejana Medieval e os Pólos de Defesa Militar. O Castelo de Noudar e a Defesa do Património Nacional (texto policopiado, Dissertação de Mestrado em História Regional e Local, Universidade de Lisboa, Faculdade de letras, Departamento de História, 2007 - ) (obra não consultada); Câmara Municipal de Barrancos, Boletim Municipal da Câmara Municipal de Barrancos; COELHO, Adelino de Matos, O Castelo de Noudar - Fortaleza Medieval, Barrancos, Câmara Municipal de Barrancos, 1986; GIL, Júlio, Os mais belos castelos de Portugal, Lisboa, 1986; MACIAS, Santiago, Castelo de Noudar in Discover Islamicart Art. Place: Museum With No Frontiers, 2012 (); NUNES, Duarte Gil, A comenda de Noudar da Ordem de Avis no final da Idade Média (texto policopiado, dissertação de Mestrado em História Medieval do Renascimento, Universidade do Porto, Faculdade de Letras, 2010 - ) (obra não consultada); PROENÇA, Raul, Guia de Portugal, vol. 2, Lisboa, 1932; PÁSCOA, Marta, "Levantamento documental sobre Noudar e Barrancos existente na Torre do Tombo", Cadernos do Museu, Câmara Municipal de Barrancos, nº 1, novembro, 1998, pp. 5- 38; REGO, M., Investigações arqueológicas no Castelo de Noudar, Arqueología en el entorno del Bajo Guadiana, Huelva, 1994, pp. 37-53 IDEM, Noudar (Barrancos): do Calcolítico à vila medieval, tesina em Arqueologia apresentada à Universidad de Huelva, 2001; IDEM, Noudar no contexto da margem esquerda do Guadiana em época islâmica, Actas de las I Jornadas de Cultura Islámica, Almonaster la Real, 2001, pp. 99-112; IDEM, A ocupação islâmica de Noudar, Arqueología Medieval, n° 8, Porto, 2003 pp. 69-82 (obras de REGO, M. não consultadas); SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Noudar, fortaleza militar do séc. XVI - Notícia Histórica, Boletim da Real Associação dos Architectos Civis e Archeólogos Portugueses, 4ª série, vol. 11, nº 10, Lisboa, abril a junho de 1909, pp. 649-657.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; Direcção de Infraestrutras do Exército: Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar/ 8415-5-69-81, 8414-5-69-81, 3247/IV-2-21A-105, 3247/III-2-21A-105, 3247/I-2-21A-105 (DSE)

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; IANTT: Registos Paroquiais, distrito de Beja, concelho de Barrancos, freguesia de Nossa Senhora da Conceição, misto, livro I; Repartição de Finanças de Barrancos.

Intervenção Realizada

DGEMN: 1944 - demolição de paredes recentes, consolidação das mais antigas, reconstrução de abóbodas e coberturas; 1979 - consolidação de muralhas; 1981 - recuperação de muralhas em ruína, restauro da capela, prospecções arqueológicas dirigidas por Cláudio Torres; 1985 - obras de construção civil; EDIA: 2000 / 2001 - Recuperação do Monte da Coitadinha no âmbito do projecto Parque da Natureza de Noudar; CMBarrancos: 2010, c. de - obras de recuperação da torre SO..

Observações

*1 - Também referida por Nodar ou Noudall; as escavações arqueológicas revelaram vestígios testemunhando sa ocupação humana contínua do lugar desde o Calcolítico, constatando-se, para além da alcáçova, uma outra zona de ocupação, a N.; a área entre a torre e a zona habitacional não foi ocupada em época islâmica; *2 - as duas inscrições encontram-se actualmente no Museu Municipal de Barrancos *3 - "José Bonifácio Garcia Barroso, negociante em Lisboa e proprietário em Barrancos, que tendo uma propriedade denominada Coitadinha, que circunda as ruínas do Castelo de Noudar pertencentes a este concelho, outras dentro das mencionadas ruínas, as quais são uma casa na rua de ardila, dois assentos de casas na rua de Múrtega e outras; e não havendo utilidade alguma na conservação das ditas ruínas, porque para nada servem. Pede a V.ª Mde. para que as mencionadas ruínas do castelo de Noudar passem ao Ministério da Fazenda a fim de serem vendidas em hasta pública como bens nacionais, segundo as leys de amortização".

Autor e Data

Isabel Mendonça 1994 / Rosário Gordalina 2004 / Lina Oliveira e Filipa Avellar 2005

Actualização

Rosário Gordalina 2005
 
 
 
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