Ermida da Senhora de Anamão

IPA.00009348
Portugal, Viana do Castelo, Melgaço, União das freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro
 
Arquitectura religiosa, vernácula. Ermida de planta rectangular simples, com fachada principal em empena, com vãos em eixo, composto por portal de verga recta, ladeado por frestas e encimado por óculo. Alçados com cunhais apilastrados, sendo o lateral esquerdo rasgado por janela e porta travessa.
Número IPA Antigo: PT011603020052
 
Registo visualizado 1153 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Capela / Ermida  

Descrição

Planta rectangular simples e cobertura em telhado de duas águas. Paredes exteriores em aparelho de silhares graníticos com as juntas rebocadas a branco. Cruz latina remata as empenas e pináculos encimam os cunhais. Frontispício virado a E., terminado em empena, com porta singela de vão recto flanqueada por duas pequenas frestas e encimada por vão. No alçado S. abrem-se duas pequenas janelas junto dos cunhais e porta de vão recto a um terço do comprimento, próxima do frontispício. Um dos silhares apresenta data inscrita: 1663. O alçado O. é cego e a S. abre-se uma porta de vão recto. No INTERIOR as paredes são rebocadas a branco com lambril pintado a vinoso, o pavimento é em lajeado granítico consolidado com cimento e o arco triunfal é pleno, sobre pilastras. O púlpito exterior granítico apresenta as guardas decoradas em baixo-relevo, orladas com moldura e ostentando como motivo central um hexafólio inscrito num círculo.

Acessos

Castro Laboreiro, EN 202 (Melgaço - Lamas de Mouro), EN 203-3 para Castro Laboreiro, daqui em direcção à fronteira da Ameijoeira, no Lugar das Cainheiras caminho térreo em direcção E. e depois S. por c. de 3 Km.

Protecção

Incluído no Parque Nacional da Peneda do Gerês

Enquadramento

Rural e harmonioso; ergue-se junto ao limite da freguesia que aqui constitui fronteira com Espanha, presidindo ao vale encaixado e agreste do Rio Agro que corre de N. para S. orlado de vegetação espontânea. Em torno desenvolve-se espaço de adro relvado e que recentemente recebeu plantio de árvores, delimitado com murete a S. e integrando púlpito destacado a NE., adossado a possante afloramento granítico, coreto destoante em cimento para N. e casa de modestas dimensões a NO. ladeada por pequeno fontanário. Dominante e imponente eleva-se a E. a Pena de Anamão cuja cumeada granítica se vislumbra de quase todo o território de Castro Laboreiro. O caminho que parte da aldeia é marcado por duas alminhas e já próximo da ermida por um cruzeiro.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: capela

Utilização Actual

Religiosa: capela

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 17 - Época de construção segundo data inscrita na parede exterior S.; 1758, 11 Maio - referência à capela da Senhora de Anenão nas Memórias Paroquiais, onde se costumava celebrar festa no dia do santo do orago, a 8 de Setembro, e a que acudiam pessoas em romaria; 1874 - segundo Pinho Leal, a capela era uma gruta natural, cavada em rocha viva; provável ampliação posterior para O. em c. de 5 m. atendendo à costura visível no aparelho; séc. 20, última década - arranjo do adro e envolvente e construção do coreto.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura de granito aparente; porta de madeira; vidro simples; cobertura de telha.

Bibliografia

LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 2, Lisboa, 1874; LIMA, Alexandra C. P. S., Castro Laboreiro: Povoamento e organização de um território serrano, Cadernos Juríz / Xurés, 1, 1996.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IAN/TT: Dicionário Geográfico de Portugal, vol. 12, nº 457, pp. 3157 a 3182

Intervenção Realizada

Séc. 20 - reformas na cobertura e vãos, pintura das juntas exteriores.

Observações

A festa, realizada em Setembro, integra procissão e missa, leilão e baile. Os paroquianos e vizinhos galegos acorrem em grande número dispendendo todo o dia em torno da capela para o que trazem farnel compondo um interessante quadro: as imediaçães ficam salpicadas de pequenos grupos familiares, de vizinhança e compadrio, merendando pela hora do almoço. Ao longo da tarde, no adro, a N. da capela, reagrupam-se tocando e dançando até ao final do dia.

Autor e Data

Alexandra Cerveira 1999

Actualização

Paula Figueiredo 2001
 
 
 
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